Conectados escrita por Nathalia S


Capítulo 21
XX- Apenas...pensar.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo pequeno e meio parado...mas necessário para o próximo. kkkk.

Boa leitura.



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Quando os primeiros raios de sol apareceram no dia seguinte, encontraram Agatha dentro de um ônibus com destino Pelotas-Porto Alegre.

Quando chegara em casa no dia anterior, ela refletira bastante sobre aquilo, até que julgou ser a decisão mais correta que poderia tomar naquele instante. Ela estava precisando de suas velhas amigas por perto, lhe aconselhando.

Algumas horas depois, no dia anterior, ela ligara para sr. Ricardo e pedira uma licença de quatro dias, ele disse que ela poderia ir fazer ''sabe-se lá o que'' e que ainda teria seu emprego quando retornasse. Agatha agradecera muito à seu chefe e desligara o telefone, não queria que ninguém lhe perturbasse. Sabia que Rafael ligaria para ela, mas ela não conseguiria tomar sua própria decisão se ele continuasse presente em sua vida, um pouco de distância era tudo que ela precisava no momento.

A viagem durou um pouco mais de quatro horas, tendo uma parada de vinte minutos para o café da manhã. Assim que a jovem Jeicks desembarcou na estação rodoviária da capital, começou a procurar por Gabriela, sua amiga prometera que lhe encontraria na rodoviária.

Após procurar por uns cinco minuto pela confusão do local, encontrou sua amiga encostada em uma camionete perto de uma cafeteria. A loira não mudara nada no tempo em que não se viam, continuava em boa forma e com uma expressão bondosa estampada em sua face. Mas ela não estava só, junto com ela estavam as outras duas grandes amigas de Agatha, Sarah, com sua pele levemente bronzeada e cabelos lindos e volumosos, e a ruiva Bibian, pálida e com o mesmo olhar perdido que geralmente carregava – exceto quando ficava zangada.

Agatha não conseguiu suportar a saudade que sentia de suas melhores, e únicas, amigas. Saiu correndo, literalmente, de onde estava, com um sorriso enorme, e jogou-se nos braços de Sarah, que ficou muito surpresa por um segundo, mas depois reconheceu a amiga e sorriu, como todas as outras.

-Amiga! Achei que você nunca mais voltaria para nos visitar. - Disse Gabriela.

-Lógico que eu voltaria, não consigo viver muito tempo sem vocês.

Todas deram-se um abraço coletivo, a felicidade que sentiam era gigantesca.

-Ficará até quando? - Perguntou Bibian.

-Por quatro dias, depois terei de ir. Tive sorte do meu chefe dar-me essa licença.

-Teve sorte mesmo! - Afirmou Sarah. - Agora vamos logo, todas vamos ficar hospedadas na casa da Gabi nesses quatro dias, temos muito o que conversar.

-Realmente temos. - Concordou Agatha, entrando no carro das amigas.

---xx---

Rafael acordou sentindo-se ligeiramente animado naquela manhã. No dia anterior ficara muito frustado por Agatha não ter se despedido dele, mas, pensou ele, talvez ela não quisesse dar passos tão grandes. O que o confortava era saber que ela não conseguiria fugir dele no serviço, seria impossível e ele pretendia chamá-la para um jantar naquela noite, a fim de esclarecer de vez em que ponto estava o relacionamento deles.

Levou mais tempo que o normal escolhendo suas roupas naquela manhã, era ligeiramente vaidoso e se perguntava o que Agatha preferia que ele vestisse. Após pensar por longos cinco minutos, decidiu-se por uma calça e um blazer preto e uma camisa cinza clara. Preferiu não por nenhuma gravata, e calçou seus sapatos mais lustrosos.

Durante o caminho até a empresa, ia pensando em qual seria a melhor forma de contar para Agatha o que realmente sentia. Tudo bem que ele tinha dado indiretas bem diretas no dia anterior, mas queria deixar bem claro, não queria que ela continuasse duvidando dele. Para Rafael a base de um relacionamento era a confiança, e queria que ela sentisse isso por ele, nele.

Portanto, o jovem Suvens surpreendeu-se ao entrar em sua sala e não ver Agatha lá. Ela sempre chegava antes que ele.

''Vai ver ela pegou um trânsito.'', pensou, não muito convicto.

Uns dez minutos depois, quando ele estava quase indo a sala de seu pai perguntar se o mesmo tinha alguma novidade, visto que o telefone dela estava desligado, a secretária de Ricardo entrou em sua sala com a agenda onde Agatha sempre anotava os compromissos dele.

-Senhor Suvens, -disse a mulher. - Seu pai pediu que eu viesse repassar com o senhor seus compromissos desse dia.

-Por que? Onde está Agatha, a minha secretária? - Perguntou Rafael, levantando-se da cadeira.

-Não sei onde ela está senhor, sei apenas que ontem a noite ela pediu a seu pai que lhe desse uma licença de alguns dias.

Por alguns segundos Rafael sentia seu mundo desmoronar. Era a segunda vez que ela fugia dele, ele não conseguia acreditar aquilo, não agora que ele imaginou que os dois estavam se acertando.

Enquanto a mulher lia seus compromissos para aquela manhã, Rafael não prestava atenção. Só conseguia pensar em Agatha e em onde ela estaria naquele momento, no por que ela não se despedira no dia anterior e no por que ela não lhe avisara que iria viajar. Por alguns instantes Rafael jurara que já tinham passado dessa fase de ''fugir'' um do outro, mas pelo visto se enganara profundamente.

---xx---

Agatha deitou-se na cama do quarto de hóspedes da casa de Gabriela. Na verdade, na mansão de Gabriela. Haviam tantos quartos que quando as amigas iam posar lá, cada uma ficava em um quarto e, mesmo assim, ainda sobrava um e mais o sótão.

Agatha ficara mais de uma hora narrando a suas amigas tudo que ocorrera desde que ela deixara a capital para ir a Pelotas. Todas as três ficaram muito surpresas que ela tivesse encontrado Rafael depois de tantos anos.

Após narrar toda a história, as garotas saíram para trabalhar, todas haviam conseguido permissão para trabalhar depois das 10h30, mas o tempo já se esgotara.

Agatha havia recolhido-se ao quarto que seria seu por aqueles quatro dias com a intenção de assistir algum filme, mas ao deitar-se o cansaço era tanto que ela optou por dormir um pouco, esvaziar a sua mente. Mas era difícil, toda a vez que fechava seus olhos lembrava-se de Rafael e de suas amigas dizendo: ''Ele é sua alma gêmea, só você não percebeu ainda.''

Elas afirmavam aquilo com tanta convicção...Agatha queria ter a mesma convicção que elas, ou apenas queria ter coragem de admitir para si mesma aquele sentimento.


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Notas finais do capítulo

Comentem meus amores fantasmas. E obrigada a quem já abandonou essa vida anônima e tem comentado. kkkkk.

Beijos! *-*



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