Conectados escrita por Nathalia S


Capítulo 16
XV- Indiferença


Notas iniciais do capítulo

Olá gente querida =D , mil desculpas pela demora, eu realmente estava sem imaginação para esse capitulo kkk.

Boa leitura.



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Quando Agatha acordou na manhã seguinte, sua vontade era de ficar em casa e nunca mais ir trabalhar. No entanto, ela sabia reconhecer que precisava daquele emprego e não queria agir como uma criança.

Com grande esforço ela levantou-se da cama e tomou um banho quente. Antes de vestir-se, conferiu sua agenda e viu que ela e Rafael teriam que participar de uma reunião naquela manhã. Suspirando pesadamente, a jovem abriu seu guarda roupa e vestiu uma calça jeans escura, um blusão preto, um casaco comprido bege com preto, uma bota de cano longo preta com um salto médio e uma bolsa com estampa de onça que ela comprara na semana anterior. Olhando-se no espelho se considerou arrumada o suficiente para uma reunião.

Após passar um pouco de pó facial, rímel e gloss incolor, Agatha saiu de casa, pensando no que será que aquele dia estava guardando para ela.

----xx----

Rafael acordou às 07h da manhã, o que lhe dava tempo o suficiente para tomar um banho, se arrumar e revisar alguns tópicos da reunião daquele dia. Isso não era seu normal. Nos últimos tempos ele nunca revisava nada, chegando a esquecer de algumas reuniões, mas naquele dia...era diferente.

Quando deu a hora certa, ele saiu de casa pensando no que Agatha havia lhe contado no dia anterior e rezando, silenciosamente, para que ela não aparecesse no trabalho naquele dia.

Infelizmente suas silenciosas e infantis preces não foram atendidas. Assim que entrou em sua sala avistou Agatha arrumando alguns papéis em sua mesa.

''Não aja como uma criança tola'', foi o pensamento dele ao adentrar sua sala e saudá-la:

-Bom dia, Agatha!

Ao ouvir a voz de Rafael, Agatha virou-se rapidamente de frente para ele e respondeu a saudação:

-Bom dia! Estava terminando de arrumar alguns detalhes da reunião de hoje, mas já terminei. Estarei em minha sala até a hora da reunião.

-Irá me acompanhar? - Perguntou Rafael, mesmo já sabendo que ela iria sim.

-Sim senhor! -Respondeu Agatha.

Rafael estranhou o fato dela chamá-lo de senhor, mas lembrou-se, novamente, da discussão que tiveram no dia anterior e imaginou que aquele fosse o melhor jeito que ela arranjara para lidar com aquilo. Decidiu-se por não comentar nada.

-Tudo bem então. - Ele falou e ela saiu da sala, sem olhá-lo.

Assim que sentou-se em sua cadeira, Agatha ouviu Rafael fechar a porta de conexão entre seus escritórios e sentiu-se mais aliviada. Por mais que tentasse agir normalmente depois da conversa do dia anterior ela não conseguia. Não conseguia negar para si mesma que desejara, ao menos por um minuto, que ele lhe pedisse desculpas pela atitude que tivera há tantos anos atrás. ''Sou apenas uma tola'' , pensou ela e voltou a concentrar-se no trabalho.

Faltavam quinze minutos para o início da reunião. Rafael sabia que estava na hora de chamar Agatha e ir para a sala onde a mesma seria realizada, mas estava nervoso. Não sabia como agir com a jovem. Até que decidiu-se:

''Vou tratá-la da mesma forma que trato todas as mulheres.'' , pensou ele ao abrir a porta de sua sala. Mas lá em seu íntimo ele sabia que não daria certo a sua tática. Afinal Agatha não era nenhuma das outras mulheres.

-Agatha?

-Sim? - Perguntou a jovem, olhando-o. Ela ouvira quando Rafael abrira a porta e preparara-se psicologicamente para encará-lo.

-Podemos ir para a reunião?

-Sim senhor. Já está na hora! -Confirmou ela, levantando-se e pegando uma planilha.

-Vamos então! - Disse ele mais uma vez e saiu da sala. Pelo som do salto, percebeu que ela estava seguindo-o.

Ao abrirem a porta da sala de reunião surpreenderam-se. Eram os primeiros a chegar.

-Pensei que estávamos atrasados. - Comentou Agatha.

-Concordo. Tenho que chamar atenção do meu pai quanto a pontualidade. - Falou Rafael, irônico. Agatha sorriu por um momento perante o comentário dele, mas então percebeu que não deveria estar sorrindo e sim ignorando-o. O sorriso desmanchou-se e ela sentou-se em uma das cadeiras.

Rafael percebeu o breve sorriso da jovem e, por mais que não quisesse, sentiu um breve calor em seu peito. O mesmo calor que ele sempre sentia quando eles eram mais jovens e ela sorria para ele.

O som da porta sendo aberta o tirou de seus pensamentos e ele apressou-se para se sentar ao lado de Agatha. Logo alguns clientes e alguns importantes funcionários da empresa adentraram a sala e sentaram-se à mesa. Após os breves cumprimentos iniciais a reunião começou.

---xx---

Agatha suspirou aliviada quando o expediente encerrou-se naquele dia. Há tempos não se sentia tão esgotada. Não via a hora de chegar em seu apartamento, tomar um banho e dormir.

Rafael estava trancado em sua sala desde o término da reunião. Não que ele tivesse muito o que fazer, longe disso. Na verdade ficar trancado em sua sala fora a única forma que ele achara de ficar longe de sua ex-amiga.

Foi somente quando ele viu a luz da sala dela apagar-se que ele saiu de sua sala. O perfume dela parecia estar entranhado naquele cômodo e aquilo era sensacional. Ele desejava dizer que odiava o aroma dela e de seu perfume, mas não podia mentir para si mesmo. Ficou alguns minutos parado, apenas respirando profundamente. Quando achou que já haviam se passado minutos o suficiente para ela ter saído do prédio, saiu da sala dela e foi até o elevador.

''A que ponto chegamos para fugir de alguém'', pensou ele, assim que as portas do elevador fecharam-se.

A noite estava realmente fria e Rafael só percebeu isso quando teve de caminhar do elevador até o seu carro, que estava estacionado na rua. Ao entrar no mesmo a primeira coisa que fez foi ligar o aquecedor. Durante a reunião pela manhã, pensara em sair à noite para beber alguma coisa, no entanto o frio exagerado acabara de destruir seus planos. Tudo o que ele queria era chegar em seu apartamento e dormir tranquilamente até o dia seguinte.

Estava passando pela parada de ônibus que havia em frente a empresa quando viu Agatha. A jovem estava encolhida em um canto da parada e era a única pessoa na rua aquela hora. Rafael percebeu que ela tremia, provavelmente de frio. Com um suspiro ele parou o carro e abriu o vidro do carona.

Agatha não conseguira ligar para nenhum táxi, seu celular estava sem bateria e não havia nenhum telefone público por perto, por isso decidira ir embora de ônibus mesmo. A temperatura havia caído muito desde que ela acordara e a jovem arrependeu-se por não ter colocado mais roupas. Estava quase pensando em ir embora caminhando quando um carro parou em sua frente.

A jovem Jeicks não pode negar que seu coração gelou naquele instante. Ela não era forte e nem tinha experiência em defender-se de ataques físicos. Sua única alternativa seria sair correndo, embora ela não corresse muito rápido. Estava quase morrendo de susto quando viu que o motorista do carro era Rafael. Suspirou aliviada.

-Quer uma carona? - Perguntou o jovem.

Agatha estava preparando-se para aceitar a proposta quando viu um ônibus vindo. Olhando para o letreiro do mesmo percebeu que ele passaria pela esquina do seu prédio.

-Não, obrigada. Mas eu vou de ônibus. - E antes que Rafael pudesse falar, Agatha entrou no ônibus parado atrás de seu carro.

O jovem ficou parado, mesmo depois do ônibus já ter saído da parada. Não entendia o motivo dela ter negado sua carona. Tudo bem que talvez ela houvesse decidido tratá-lo profissionalmente, mas pessoas que trabalham juntas se dão carona, não?

Confuso e magoado, Rafael voltou para seu lar.


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Notas finais do capítulo

Roupa da Agatha (http://www.polyvore.com/reuni%C3%A3o/set?id=86342943 )

E ai???

Prometo não demorar tanto. kk. Beijos



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