Conectados escrita por Nathalia S


Capítulo 15
XIV- Cartas na mesa


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! =D Particularmente adorei esse capitulo, espero que vocês gostem também.

Amanhã farei o vestibular de inverno da PUCRS para treinar meus conhecimentos, estou super ansiosa, nem sei como consegui escrever esse capitulo kkk.

Boa leitura.



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Agatha sentou-se à mesa de frente para Rafael. Ambos haviam ido em silêncio até o restaurante, não encontraram nenhum assunto, por mais que houvesse procurado.

Quando o garçom aproximou-se e perguntou-lhes o que iriam querer, foi um alívio, pois o silêncio estava começando a fazer-se incomodo. Quando o jovem afastou-se para mandar preparar os pedidos deles, Rafael perguntou:

-E o que meu pai queria com você, afinal?

Agatha exitou. Perguntou-se se deveria contar a ele ou apenas dar-lhe um corte. Acabou por decidir que o assunto não era nenhum ''segredo de Estado'' e acabou por dizer:

-Ele queria avisar-me que meu padrasto está com câncer. -Disse ela, ainda pensando se deveria contar a outra parte.

-Sinto muito. Eu não sabia disso. - Agatha apenas deu de ombros, deixando Rafael intrigado com aquilo. Ele sabia que ela nunca se dera bem com o padrasto, mas aquela atitude era...um tanto exagerada.

Tomando coragem ela terminou:

-E queria perguntar-me se nós estamos tendo um caso. -Ela ficou surpresa por não ter sentido seu rosto esquentar ao falar aquelas palavras. Em compensação, Rafael parece ficar um pouco envergonhado.

-E o que você respondeu?

-Que não tínhamos nada! - Respondeu ela, omitindo um pouco da conversa.

Por sorte o garçom chegou com os pedidos deles naquele exato momento, poupando um momento um tanto embaraçoso. Rafael estava perguntando-se o porque de seu pai ter chamado Agatha para fazer aquela pergunta, podia muito bem ter perguntado a ele.

Passaram-se alguns minutos em silêncio, até que Agatha decidiu que era a vez dela falar alguma coisa:

-E como vai sua vida?

-Vai boa. - Respondeu ele. Não tinha muito o que dizer. - E você está gostando da cidade? - Ele não se lembrava se já havia feito aquela pergunta para ela ou não.

-É, estou gostando um pouco. Parece que tudo está igual. Acho que posso contar em uma mão as mudanças que ocorreram aqui desde que eu fui embora.

-Tenho que concordar com você. Está cidade não gosta de mudar muito não. - Ela apenas sorriu e ficou quieta. - O aniversário do meu pai está chegando.

-Pois é, percebi isso.

-Ainda lembra-se do dia de aniversário dele?

-Se eu lembro até do seu aniversário, obviamente lembro do aniversário do seu pai. - Respondeu ela, um pouco impaciente. A menção do aniversário de Rafael, fez-lo lembrar de quando ela dissera com exatidão o dia de seu aniversário, algum tempo atrás, enquanto passava corretivo em sua face.

-Meu pai vai dar uma festa para comemorar essa data. Será no dia mesmo do aniversário, próximo domingo. Um almoço em nossa casa.

-Ricardo sempre gostou de datas comemorativas. - Falou ela, sem entender onde ele queria chegar com aquele assunto.

-Verdade. -Concordou Rafael, com um sorriso nos lábios. -Gostaria que você fosse. Ficaria muito feliz em ter uma companhia.

Por um momento Agatha achou muito fofa a atitude dele. Seu coração aumento de ritmo e ela pensou em aceitar, com um sorriso bobo estampado em sua face. Então ela lembrou-se da bela mulher que estava com ele no dia da festa da empresa, e acabou dizendo:

-Acho melhor não. As pessoas podem ter pensamentos errados a nosso respeito.

Rafael sentiu-se decepcionado. Podia jurar que ela iria aceitar e queria mesmo que ela assim o fizesse.

-Mas e daí? Seria tão ruim assim para a sua reputação que as pessoas pensassem que nós estamos em um relacionamento feliz? - Perguntou Rafael, antes que conseguisse se conter. Agatha bufou e disse:

-Rafael, Rafael. Não se iluda. No máximo pensariam que estamos tendo um caso, que somos amantes ou algo do gênero. Ninguém juntaria nossos nomes e a palavra ''felicidade'' em uma mesma frase. - Ele ia falar alguma coisa, mas ela o interrompeu dizendo: - E tenho certeza de que a sua namorada não ficaria nenhum pouco feliz com isso.

-Minha namorada? - Pergunta ele, confuso. Agatha levanta uma sobrancelha e ele lembra-se que ela o viu com Kate no dia da festa. Sem conseguir se conter, ele dá uma risada. - Kate? - Pergunta ele. - A garota da festa? -Agatha apenas assenti, não achando graça nenhuma naquilo. - Ela não é minha namorada, é apenas uma amiga.

-Com certeza é. - Diz ela irônica.

-Juro que ela é sim.

-Então você é mais cafajeste que eu pensava. Não sei quando você tornou-se esse rapaz desprezível que sai cada dia com uma diferente. -Desabafou ela, não aguentando-se mais.

Aquilo irritou profundamente Rafael. Ela queria saber quando ele ficara assim? Então ele iria contar!

-Quer saber quando eu mudei e virei o que você chama de cafajeste? Quando você me abandonou! - Agatha foi pega de surpresa com aquela resposta, mas tentou disfarçar. - Você era minha melhor amiga Agatha. Era quem sempre estava comigo. Nós estávamos juntos e felizes, eu pretendia te pedir em namoro naquela noite, mas daí você sumiu e eu descobri que tinha ido morar com sua tia em outra cidade. Você sabe como eu me senti naquele momento? -Rafael nunca pensara que chegaria o dia em que ele contaria para ela aquilo, mas não conseguira mais conter-se. Ele precisava ver a reação que ela teria. Esperara que ele choraria, ficaria espantada e pediria desculpas. Mas jamais esperara vê-la com raiva.

-Oh, que lindo Rafael. Sabe, eu até acreditaria em suas palavras e ficaria encantada com elas se eu ainda fosse uma menina tola de 15 anos. Não faça-se de bobo. Eu vi tudo está bem? Eu vi você beijando uma vadia qualquer naquele dia, eu vi meu melhor amigo e o menino que eu amava me traindo. Como você acha que eu me senti? Você era a única coisa que me prendia à essa cidade e você jogou a minha confiança fora! Então não venha se fazer de vítima. Não para cima de mim.

Terminado seu desabafo, Agatha deixou um pouco de dinheiro em cima da mesa e saiu quase correndo do restaurante. Não pretendia contar aquilo para ele, mas fora inevitável. Não conseguira ficar calada após ouvir as críticas que ele lhe fez.


Quase correndo Agatha chegou no ponto de táxi mais próximo do restaurante e pegou um. Iria para seu apartamento, depois ligaria para Ricardo contando o que havia acontecido. Sabia que ele entenderia.

Rafael ficou sentando à mesa do restaurante, paralisado, por vários segundos. Nunca pensara que Agatha vira ele beijando Kate naquela ocasião. Sim, a jovem era Kate. Mesmo sentindo-se um canalha, Rafael não pode deixar de pensar que Agatha também tinha um pouco de culpa naquilo. Se ela tivesse ficado e conversado com ele, ele teria contado tudo e eles poderiam ter continuado. Mas não, ela tinha que ter ido embora.

Ainda sem acreditar no que havia acontecido, Rafael foi até o caixa e pagou a conta. Depois voltou para seu escritório. Não estranhou ao ver que Agatha não estava lá, até agradeceu por aquilo, não queria ter de vê-la novamente tão cedo.


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Notas finais do capítulo

E ai??? O que acharam? Esperavam por isso? Gostaram? Odiaram?
Comentem suas lindas. E seus lindos, se tiver algum leitor. kkk.

Beijos e até o próximo. *-*



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