Conectados escrita por Nathalia S
Notas iniciais do capítulo
Mais um ai gente. =D
Boa leitura.
Agatha acordou naquela manhã ensolarada de sábado com uma forte dor de cabeça. O dia estava lindo, apesar do frio, o céu estava límpido, o que a animava consideravelmente. Mas sua dor de cabeça a desconcertava.
Espreguiçou-se e levantou-se da cama, desejando muito que não precisasse trabalhar naquele dia. Estava com sono, com dor e com frio. E, além disso tudo, passara a noite toda sonhando com Rafael, com o dia em que ela havia deixado-o.
Com uma preguiça enorme, a jovem mulher foi até seu banheiro e banhou-se, após voltou ao seu quarto e vestiu uma roupa quente, bonita e mais informal do que o normal. Jeans, coturnos marrons simples, casaco militar comprido, verde escuro, um blusão marrom e, para completar, uma bolsa marrom.
Jeicks foi até sua pequena cozinha e passou um pouco de café. Alguns minutos depois, quando o mesmo já estava pronto, bebeu-o enquanto comia algumas broas de milho. Amava broas de milho.
Seus pensamentos estavam estabilizados. Agora a jovem perguntava-se porque pensara tanto em Rafael na noite anterior. Por mais que tentasse, ela não encontrava a resposta. Chegou a cogitar, apenas por um segundo, que estivesse apaixonando-se por ele novamente, mas aquilo soou tão idiota para ela mesma, que acabou rindo e deixando aquilo para lá.
Ainda pensando no quanto a dor de cabeça estava irritando-a, Agatha saiu de seu apartamento e foi para a empresa.
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Rafael havia acordado no horário certo naquela manhã, por mais milagroso e raro que aquilo fosse. Revirou-se na cama por alguns minutos, com preguiça de levantar, por causa do frio. No fim acabou desistindo de ficar deitado. Aquilo estava agoniando-o e trazendo-lhe pensamentos indesejados. Achou melhor levantar-se e tomar um banho, para depois ir a empresa.
Meia hora depois de ter levantado, Rafael estava devidamente vestido e bebendo um pouco de café com leite em sua espaçosa e bela cozinha. Preferira não comer nada, sentia seu estômago contraindo-se de forma desconfortável e só pioraria se ele comesse alguma coisa.
Alguns minutos depois o herdeiro dos Suvens entrou em seu carro e dirigiu-se a empresa, pensando se Agatha, assim como ele, tentara divertir-se na noite anterior, mas não conseguiu, por ter os pensamentos fixos um no outro.
''Que idiotice a minha. Não entendo porque continuo a pensar essas besteiras.'' , pensou Rafael.
Durante todo o percurso até a empresa ele foi xingando-se mentalmente e tentando não pensar besteiras. ''Como seria bom se ela fosse embora.'', era a frase que mais ocupava sua mente. Sua vida estava tão...boa antes dela retornar. Por que ela tivera de retornar? E, o que mais o intrigava, por que ela havia ido embora naquele dia há alguns anos? Queria muito saber a resposta, mas ela não parecia disposta a falar.
Rafael estava revendo mentalmente as possibilidades de seu pai permitir que ele faltasse a festa no próximo sábado quando entrou no elevador. Estava tão distraído que não notou a mulher que estava ao seu lado.
-Bom dia para você também Rafael. - Falou Agatha, um pouco irritada. Ele não precisava ser tão mal educado assim.
-Oh, -Falou ele, surpreso. - Bom dia Agatha, desculpe-me, é que não havia lhe visto.
-Sem problemas. - Falou ela. Em outra situação teria adorado discutir com ele por qualquer motivo, mas naquele dia sua cabeça não estava permitindo isso.
-Animada com a festa? - Perguntou ele, tentando puxar assunto.
-Não gosto muito de festas. - Respondeu ela, olhando para o chão.
A palavra ''festa'', quando ligada a ''Rafael'', fazia ela lembrar da ''trágica'' formatura.
-Você não mudou muito então. - Falou ele, no instante em que as portas do elevador se abriram. - Primeiro as damas. - Disse ele, sinalizando para que ela saísse do elevador. Agatha saiu em silêncio e foi para a sala de reuniões.
Durante toda a manhã, Agatha, Rafael, Ricardo e mais alguns funcionários importantes, discutiram os detalhes finais da festa. Seria uma festa de gala, com músicas românticas, vinho, espumantes e petiscos deliciosos. Com certeza seria uma das melhores festas do ano na cidade.
A reunião terminou as 13h15, ninguém havia almoçado ainda, então todos os presentes retiraram-se da sala rapidamente. Todos, menos Agatha, Rafael e Ricardo Suvens.
-E então Agatha, já sabe onde almoçará amanhã? - Perguntou o senhor Suvens para a jovem. Ela olhou-o um pouco surpresa com a pergunta.
-Não sei senhor, em casa ou em algum restaurante próximo...amanhã decido.
-Não, não. -Falou ele, negando algo com a cabeça. - Isso soa solitário demais e os domingos foram feitos para serem passados em família. Por isso almoçará conosco amanhã. Eu e minha esposa estaremos aguardando-lhe. Moramos na mesma casa de anos atrás, mas, com certeza, Rafael pode dar-lhe uma carona, não é mesmo filho?
Os dois jovens olhavam para o homem a sua frente um pouco espantados. Ambos pareciam incrédulos com o convite que ouviram. Rafael parecia prestes a estrangular seu pai.
-Não quero incomodá-los senhor. - Disse Agatha, tentando livrar-se da saia justa onde havia metido-se. Não queria, de forma alguma, passar algumas horas de seu domingo ao lado de Rafael.
-Não será incomodo nenhum, e minha esposa ficará muito feliz em ver-lhe. -Disse Ricardo, pegando sua maleta e indo em direção a porta. - Rafael passará em seu apartamento as 11h. Até amanhã. - Dito isso o velho retirou-se da sala, deixando os dois jovens com um olhar perdido para trás.
Seguiram-se alguns segundos de silêncio, como se ambos procurassem algo para dizer.
-Seu pai mudou! Não era tão espontâneo assim há alguns anos. -Disse Agatha, sem saber o que mais poderia falar e achando o silêncio incômodo.
-Realmente mudou. - Confirmou Rafael.
-Não precisa ir buscar-me amanhã. - Disse Agatha, não queria incomodá-lo nem, muito menos, dever um ''favor'' a ele.
-Preciso sim, afinal, ordens do senhor Suvens não se desobedece. - Respondeu o rapaz, sorrindo.
-Imagino que não. - Falou Agatha, dando um pequeno sorriso para ele. - Tenho de ir agora. Preciso passar em algum supermercado ainda.
-Tudo bem. Até amanhã então. - Falou o jovem Suvens, aproximando-se da garota.
Agatha olhou-o sem entender o que ele pretendia fazer com toda aquela proximidade. Estava quase pensando que ele daria-lhe um beijo nos lábios, quando ele desviou e beijou sua bochecha direita. Uma sensação de formigamento e calor tomou conta dela.
-Até amanhã Rafael. -Disse ela, ainda boba com a reação dele e saiu da sala,, sem olhar para trás.
Se tivesse olhado, veria um jovem homem com um olhar perdido, mergulhado em seus próprios pensamentos e dúvidas, pois ele notara a ligeira felicidade que estampara o rosto dela quando ele beijou-a.
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E ai?? O que estão achando da história???
Beijos. *---*