Conectados escrita por Nathalia S


Capítulo 9
VIII- Festa


Notas iniciais do capítulo

Voltei amores.

Demorei, eu sei, mas é desestimulante não receber comentários e ter um número razoável de leitoras. u.u

Boa leitura.



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Rafael chegou em seu apartamento depois de mais um cansativo dia de trabalho. Finalmente chegara a sexta-feira. Mas, infelizmente, ele precisaria trabalhar no dia seguinte. No próximo sábado haveria uma festa na empresa e eles planejariam os últimos detalhes da mesma na manhã do dia seguinte. Embora ele achasse completamente desnecessária aquela festa, seu pai insistira que seria ''um ótimo investimento''. Um grande contrato fora recentemente assinado e aquela seria a oportunidade perfeita para todos comemorarem.

Mesmo assim, Rafael não poderia passar uma sexta-feira a noite em casa. Ainda mais estando com os pensamentos tão confusos como estava. Agatha mexera com ele, sua mente não era mais a mesma. De certa forma ele sentia-se um adolescente bobo perto dela.

Suspirou pesadamente tentando afastar aqueles pensamentos, ele não podia se prender a ela, não quando ela com tanta facilidade o abandonara da última vez.

O jovem Suvens despiu-se com rapidez e tomou um relaxante e quente banho, saindo do banheiro, decidiu arrumar-se. Conhecia uma ótima casa noturna na cidade, e iria para lá nessa noite.

----xx----

Agatha chegou em seu apartamento tremendo de frio. Uma leve chuva começara a cair na rua e ela, como não levara nenhum guarda chuva, acabara se molhando. Seu casaco estava com várias marcas das gotas da chuva. A jovem mulher fechou a porta e jogou-se em seu sofá recém adquirido. Estava exausta. Não apenas fisicamente, mas também psicologicamente e aquela chuva, que a pegara desprevenida, não ajudara em nada.

A jovem Jeicks ficou sentada em seu sofá por longos minutos. Seu olhar se manteve fixo em um ponto qualquer do seu tapete azul. Tentava não pensar em Rafael, mas seus pensamentos teimavam em dirigir-se para ele. Odiava-se por isso. Ela estava caindo na mesma conversa de conquistador barato...na mesma conversa em que caíra da outra vez. Mas na outra vez ela era apenas uma jovem, quase que uma criança, tola e apaixonada, que não sabia nada da vida. Isso mudara.

Mas no fundo, lá no fundo, ela não podia negar para si mesma que seu coração disparava quando estava perto de Rafael...''anjo'', pensou ela, mas abanou a cabeça e levantou-se do sofá. Não queria passar a noite pensando nele, não queria correr o risco de perder o sono por causa dele.

Mas no fundo de sua mente ela não pode deixar de se perguntar se ele estaria pensando nela. E, enquanto a reconfortante água quente do chuveiro lavava seu corpo, ela pôs-se a relembrar todos os detalhes da noite que passara com ele e do almoço que ambos haviam partilhado.

''Típicos pensamentos de uma tola, idiota, iludida e apaixonada.'' pensou ela, enquanto enrolava-se na sua toalha de banho.

Caminhou rapidamente até seu guarda roupas e vestiu-se. Colocou uma calça de moletom, uma segunda pele, a blusa do pijama e um moletom por cima. Estava bastante frio e a madrugada tendia a ser ainda pior.

Pegou o DVD portátil que comprara junto com seus móveis e sentou-se em sua cama, cobrindo-se com o cobertor. Teria de ir a empresa no dia seguinte. Rafael teria uma reunião sobre os preparos finais da festa que a empresa daria no próximo final de semana e ela teria de acompanhá-lo na reunião para anotar tudo o que falassem. Seria entediante, mas era seu trabalho e ela não podia reclamar.

Colocou o DVD no aparelho, era uma comédia romântica qualquer. Geralmente ela não gostava muito desses filmes, mas naquele dia...bom...naquele dia tudo estava diferente e estranho.

Suspirou pesadamente e deu play no filme, pensando em como seria bom ter uma companhia naquela noite.

----xx---

Rafael estava entediado. Pela primeira vez em muito tempo ele estava entediado em uma festa. Normalmente a simples menção da palavra ''festa'' já o animava, mas dessa vez era diferente.

Na maioria das vezes ele ficava em dúvida sobre qual mulher deveria pegar, mas, dessa vez, nenhum parecia bonita o suficiente para ele. Todas lhe pareciam vulgares e sem sal. Apoiou-se no balcão do bar e esvaziou o copo que estava bebendo. Ouviu o barulho de alguém sentando-se ao seu lado e virou-se para ver quem era. Deu de cara com Kate.

Kate era uma bela mulher, seus cabelos eram longos, negros e encaracolados. Sua pele era morena ou, como muitos diriam, da cor do pecado. Seus olhos eram castanhos e belos. Seus lábios eram cheios, assim como seus seios, o que contrastava com sua boa forma física. ''Boa forma'' que Rafael chamava de ''magra demais''.

-E ai gato. - Falou ela, abraçando o jovem Suvens, ele retribuiu seu abraço.

-Como estás minha gata? - Perguntou ele, sorrindo. Eles costumavam se chamar por esses apelidos, era natural para ambos.

-Estava bem, até ver um cara lindo como você sozinho...agora estou ainda melhor. - Admitiu Kate. Rafael riu com a sinceridade da moça.

-E a seduzente mulher que me viu sozinho, está sozinha também? Ou já arrumou companhia?

-Sempre estou só por você querido. - Respondeu a mulher, dando uma piscada atrevida para Rafael.

O relacionamento dos dois se resumia a isso. Sexo. Se Kate sentia alguma coisa a mais por Rafael, ela cuidava para não demonstrar. Enquanto a Rafael...ele decididamente não sentia nada pela jovem que estava a sua frente. Apenas um sentimento de amizade.

-Quer sentar aqui para beber um pouco? - Perguntou Rafael, tentando ser cavalheiro. Com qualquer outra mulher aquilo teria dado certo, mas Kate sabia que ele estava louco para ir embora ter uma excelente noite com ela. Por isso ela apenas riu.

-A quem está tentando enganar baby? Não a mim, imagino. Sabe que não sou tão ingênua assim a muito tempo. - Rafael apenas ergueu as mãos, como se dissesse: ''eu tentei ser sutil, mas já que você não quer...''

-Já que você não quer aproveitar minhas gentilezas...quer ir para meu apartamento? - Perguntou ele rindo.

-Vou pensar no seu caso. - Respondeu atrevidamente a jovem, indo em direção da saída da boate. Rafael acompanhou-a até seu carro e ambos foram para o apartamento dele.

----xx---

Agatha secou suas lágrimas. O filme a fizera chorar, exatamente da forma que ela já esperara que ele faria. Aquela atitude era no mínimo idiota, mas fazia parte da vida.

A mulher deligou o DVD e deitou-se corretamente na cama, o sono já estava tomando conta de seu corpo. Sentia seus pensamentos ficarem nebulosos, o que sempre ocorria minutos antes dela dormir.

A última coisa em que pensou antes de adormecer foi: ''Será que Rafael também está pensando em mim?''

---xx---

Rafael estava deitado em sua cama, fitando o teto branco do seu quarto. Kate fora embora a mais ou menos meia hora, mas ele não se levantara. Estava com sono, mas esse não era o principal motivo que o mantinha inerte na cama. Rafael estava sentindo um estranho aperto no peito. Arrependimento.

Aquilo era algo completamente novo para ele. Não se lembrava de ter sentido aquilo muitas vezes antes. Na verdade achava que podia contar em uma mão as vezes que arrependera-se de algo. Mas ali estava ele, arrependido por ter ido para a cama com Kate.

Não por ela. Não. Na verdade em momento algum pensara nela. Estava com os pensamentos focados em Agatha. Não desviara sua mente dela por mais que um minuto. Tudo lembrava ela.

''Merda''. Foi a única coisa que ele conseguiu pensar. Fazia tão pouco tempo que Agatha retornara e ela já fizera isso com ele, imagina o que aconteceria em um ano! Provavelmente ele enlouquecerá antes desse tempo.

Foi xingando-se mentalmente, por estar pensando mais do que o necessário em Agatha Jeicks, que Rafael adormeceu.


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Notas finais do capítulo

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