Introdução

Haviam se passado dois dias desde o pedido de Jake, e como eu pensava todos eles já sabiam. Eu é claro estava radiante, porem o tempo estava correndo e eu precisava por o meu plano em prática, mas como eu faria isso agora? Com a casa cheia de vampiros e ainda por cima noiva?

Eu sabia que era bem provável que no fim disso tudo Jake me recusasse, mas esse plano era a nossa única chance de sair vivos dessa guerra. Então doesse o que doesse eu teria de ser forte e continuar.

Daniel iria me ajudar, ele ainda não sabe como e nem sabe meu plano, mas ele prometeu que me ajudaria e é bom que ele cumpra com a palavra.

*****

Estava em La Push na casa de Emily, Jake estava em uma reunião com a matilha, eu havia contado a Emily do meu noivado e de Jake, ela havia ficado muito feliz, estávamos conversando até que Seth entra.

– E ai garotas!

– Oi Seth! – respondemos em coro

– Seth! – o chamei – Eu preciso falar com a Leah sabe onde ela está?

– Hum... Ela está lá fora, mas o que você quer com ela? – perguntou sem entender

– Você é curioso, ein! – falei rindo, fazendo Emily rir também – Ah Emily obrigada pela recepção!

– Imagina! Bom e boa sorte com os Volturis! – falou

– Obrigada. Seth você vai hoje a noite? – perguntei me referindo do jantar que Esme ofereceria para reunir a todos e discutirmos um plano de ataque.

– Já estou lá, baby! – respondeu me fazendo rir

Saí da pequena e aconchegante casa de Sam e Emily e comecei a caminhar perto da casa, encontrando Leah um pouco mais a frente.

– Leah! – a chamei – Podemos conversar?

– Não tenho que conversar nada com você! – sério acho que eu nunca me acostumaria com seu modo “delicado” de ser

– Mas eu tenho! – respondi do mesmo modo

Ela se virou me encarando de cima a baixo e mexeu a cabeça em sinal que eu a seguisse. E foi o que fiz.

– Fala! – disse de braços cruzados sentando-se em um toco de árvore

– Eu preciso de sua ajuda! – falei direta

Leah começou a gargalhar.

– E o que te faz pensar que eu vou te ajudar?

– É sobre o Jake!

– E o que você quer? Ajuda com o casamento? Pois fique sabendo que não sou a melhor...

– Não é isso! – calei-a – Eu tenho um plano alternativo pra batalha... – ela me encarou e eu continuei – mas para coloca-lo em prática eu vou ter que, que... sair de Forks.

– Nossa não sabia que “plano alternativo” era sinônimo de covardia – nessa hora meu sangue ferveu

– Olha só Leah, se tem alguém que esta sofrendo em tudo isso sou eu, eu posso ler mentes e vi a visão da Alice, e acredite não é nada bom ver todos a quem eu amo morrendo, inclusive você! Então cale a sua boca e me ouça! – ela me olhava incrédula e tremendo – Eu vou ter que sair de Forks e ninguém pode saber, e preciso que todos acreditem que fugi, por medo! E Você vai me ajudar dizendo que me viu indo embora na patrulha de hoje a noite!

– O que você vai fazer enquanto estiver fora?

– Não posso te contar! Meu pai ainda é um leitor de mentes!

– E quem garante que ele não vai ler minha mente? – perguntou debochada

– Eu só estou pedindo a sua ajuda por que você é uma das poucas que sei que vai conseguir esconder seus pensamentos! E a noite você vai entregar essas cartas! – abri a mão mostrando ela ia pegar as cartas, mas eu as puxei de volta – vou precisar fazer uma cena convincente pro meu pai ver em sua mente!

– Não devia confiar em mim! – ela murmurou

– Mas eu confio! Não faça eu me arrepender! – disse dura

– Então é bom que seu plano dê certo, porque senão eu mesma faço questão de te matar! – rosnou e saiu do meu campo de visão

Voltei para onde o meu carro estava, é o dia que meus pais chegaram fomos dar uma volta na minha BMW M3 vermelha e desde então gosto de usá-la! Fiquei lá até Jake voltar.

– Olá futura senhora Black! – me cumprimentou com um beijo na mão fazendo uma pose de cavalheiro

– Olá meu futuro marido! – Seu sorriso não poderia ficar maior

Ele me puxou pela cintura me beijando delicadamente. E é claro me deixando com as pernas bambas, e me sentindo terrivelmente mal pelo que vou fazer, e ele como sempre percebeu que há algo de errado.

– O que foi meu amor? – perguntou ele com preocupação evidente

– Jake, sei que é estranho eu te pedir isso, mas... Me promete que mesmo que eu faça algo que – suspirei – que pareça errado você vai sempre me deixar explicar?

Ele franziu a testa e fez uma cara de quem não havia entendido nada.

– Jake, por favor, só...prometa! – implorei lutando contra a angustia dentro de mim

– Eu prometo meu anjo, mas que história é essa? – me perguntou me abraçando

– Só algo que passou pela minha cabeça... Mas e ai quer uma carona? – perguntei balançando as chaves do carro

– Não, obrigada! Vou ficar por aqui, tenho que ficar um pouco com meu pai... – disse abaixando a cabeça e eu sabia o que significava

– Eu vou tirar a gente dessa! – falei convicta ele me olhou – Eu prometo! – ele sorriu, me deu um selinho, porém não soltei-o e o puxei mais para mim, fazendo com que todo nosso corpo se tocasse, o beijei com amor, paixão, medo, ardência, o senti se animando, logo estávamos encostados em uma árvore com minhas pernas em volta de sua cintura e ele me prensando na árvore, ofeguei entre seus lábios.

–Precisamos nos casar logo! – exclamou rindo me fazendo corar da nossa cena

Saí de seu colo e dei mais um selinho e entrei no carro.

*****

De noite coloquei uma roupa confortável e bonita (para a fuga) e um casaco e um All-Star para disfarçar, já que hoje estava bem frio!

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Desci as escadas olhando para todos, que estavam entretidos em suas próprias conversas, Jake já estava por lá, sorriu assim que desci, sorri de volta.

Mas hoje estava muito difícil ficar lá em baixo, por algum motivo eu não conseguia controlar, de quem queria ler a mente, me dando uma baita dor de cabeça, subi as escadas novamente e fui ao quarto/consultório do vovô atrás de um remédio para dor de cabeça, mas em uma das gavetas da mesa havia uma seringa com uma agulha um tanto quanto grossa, com um liquido prata, do liquido reconheci o cheiro de Carlisle.

Era o sangue dele!

Mas logo uma voz masculina acabou com os meus pensamentos.

– O que você está fazendo aqui? – Perguntou meu pai

– Estou procurando um remédio pra dor de cabeça, parece que hoje não consigo controlar de quem leio a mente! – falei fazendo uma careta ao lembrar da dor e lhe toquei transmitindo meu pensamento enquanto ele me dava o pequeno frasco, ele riu pelo nariz e deu um sorriso torto – não é engraçado sentir dor, pai! – falei fazendo uma cara de emburrada

– Sei que não, só estou me lembrando de como eu me senti da primeira vez que eu também podia ouvir tudo, mas com o tempo se acostuma! – tomei o remédio fazendo uma careta pelo gosto ruim e meu pai riu – Isso sim é engraçado! – o fuzilei com o olhar e ele de repente ficou estático

Ai caramba o que eu fiz? Meu pai está bravo comigo por isso? Depois ele saiu do transe eu o abracei.

– Pai se eu não te conhecesse diria que estava tendo uma visão!

– N-Ness! – ele gaguejou ainda com o olhar longe – eu consegui ver através de seu poder sem você me tocar!

– Ah pai! Foi isso? Eu fiquei preocupada, mas relaxa talvez seja só porque você tenha voltado a ler minha mente! – falei o mais óbvio

– Não Ness, você meio que ilustra seus pensamentos para transmiti-los, mas quando eu estou só lendo sua mente eu apenas ouço e não vejo.

– Isso significa...

– Que você aprimorou seu poder! – disse sorrindo – Parabéns! – disse sorrindo mas logo fechou a expressão ao pensar em como Aro iria me querer em sua guarda

– Eles não vão sair vivos! – eu falei em um tom ameaçador ele me olhou

– O que você está planejando?

– Nada papai, nada! Só espero que realmente eles acabem!

Ele me olhou apreensivo e me abraçou aproveitei para mostrar todo o meu amor por ele, mamãe, nossa família, os lobos, àqueles que apesar de não ter convivência estavam lutando ao nosso lado.

– Nós também te amamos Ness!

– Mais que minha própria vida! – repetimos juntos

–Ah e vou pedir para sua mãe colocar o escudo em todos para aliviar! – disse antes de sair porta a fora

*****

Depois de falar com o papai fui ao meu quarto tranquei a porta e comecei a arrumar a mala cuidadosamente, coloquei dinheiro, passaporte, identidade e a seringa com sangue/veneno do vovô.

Em seguida fui em direção ao quarto de Dan, e fiz o mesmo processo, e silenciosamente levei sua mala ao meu quarto, tranquei a porta e desci em direção à mesa onde Esme nos chamava para comer.

Me sentei ao lado de Jake os outros garotos sempre muito engraçados e brincalhões viviam, falando coisas do tipo: “Parecem gêmeos siameses” ou “Jake, deixa a menina respirar! Você não larga dela!” com essa Jake rosnou e eu só respondi “Então devo me considerar sortuda!” fazendo com que eles parassem e Jake me desse um selinho apaixonado.

Depois do jantar o pessoal começou a subir para o quarto onde haveria a reunião, eu disse que depois lia na mente de alguém qual era o plano, pois estava com dor de cabeça e eles concordaram.

Quando vi Dan subindo as escadas passei o pensamento na mente dele “me encontre na clareira daqui a cinco minutos!”ele me apontou o andar de cima me indicando a reunião “Não importa só faça o que te pedi!” ele afirmou com a cabeça, pois sabe que não ganharia essa discussão.

Quando tive certeza de que todos estavam no outro andar fui ao meu quarto, tranquei a porta e abri a janela, inspirei fundo para ver se havia alguém por lá, mas não havia nada.

Troquei de casaco e sapato, agarrei as duas malas junto ao meu corpo e pulei evitando o máximo de impacto, saí correndo com minha velocidade anormal e segui para a clareira onde Dan já me aguardava.

– O que você vai fazer? – me questionou

– Nós vamos fugir! – ele arregalou os olhos, mas não teve nem tempo de contestar e eu já o arrastava dali indo em direção a La Push

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Bônus do Capítulo

Renesmee e Daniel corriam pela floresta.

Renesmee torcia para que Leah agisse de forma certa para o seu plano.

Daniel a seguia, mas não compreendia como sua amiga/irmã podia fazer algo como aquilo abandonar a própria família.

Leah sentia ao longe a presença dos dois, tratou de se destransformar e seguir o plano de Renesmee.

– O que querem?! – perguntou ríspida

– Quero que leve essas cartas para os Cullens e para Jacob! – respondeu-lhe Renesmee sem alterar a voz

– E por que você mesma não entrega garota? Eu lá tenho cara de pombo correio?

– Por que estamos indo embora!

– Como é que é? – perguntou Leah tremendo – Você vai deixar a sua família pra morrer?!

Renesmee entristeceu seu rosto não só por encenação, mas era como realmente se sentia.

– Sinto muito, Leah! Mas estou com muito medo e não sou forte o suficiente para ficar!

Leah tremeu mais ainda

– Então é melhor ser forte ou eu mesma te mato! – rugiu logo depois se transformando em uma enorme loba

Renesmee arregalou os olhos surpresa, e tinha que admitir que com medo, ou Leah era uma ótima atriz ou Renesmee realmente seria morta!

Renesmee puxou Daniel acelerando o máximo que podia em direção ao aeroporto do outro lado da cidade, podiam sentir Leah a seu encalço, mas assim que a vegetação foi ficando para trás e a cidade surgia não ouviram mais nada, apenas continuaram correndo.

– Para onde estamos indo? – perguntou Daniel ainda atônito

– Para o Canadá!