Acordei no dia seguinte ainda amarrada, aquilo definitivamente não era apenas um pesadelo, minha comida estava intacta de frente a mim, deitei alcançar a comida, mas como o de esperado, foi em vão. Me chacoalhei tentando me livrar das cordas mas Luke estava certo parecia acido em contato com a minha pele, aproveitei para analisar, então, o espaço a sala estava escura apesar de ter alguns filetes de luz solar passando entre os vãos da janela, indicando que era dia. Era uma casa simples e ao que parece feita apenas em madeira, a decoração estava coberta com panos o que me fez pensar em uma casa abandonada, no teto havia um lustre empoeirado situado um pouco á frente da onde eu estava ouvi  passos vindo em direção ao cômodo e logo a porta se abria e Luke e Angie entraram.

 - Bom dia! – dizia Angie animada e sorrindo, eu não a retribui – Alguém acordou de mal humor – se virou para a mesa e percebeu meu prato intacto – mas também não comeu nada! Luke eu te falei que nem os cachorros comem sua comida! – disse rindo de forma escandalosa

- Há-há, muito engraçado Angie! Pelo menos não fico fazendo joguinhos duplos! – disse Luke com a voz bem alterada

- Joguinhos duplos? – perguntei confusa

- Luke eu vou... – ia ameaçando Angie

 - Vai o que? Me matar? Ou não consegue por que sou só mais uma parte do seu planinho ridículo? - Angie estava calada e eu bem confusa, ele falava como se não estivesse realmente querendo fazer aquilo, e lembrei do que ele me disse ontem  “Olha não sei o que ela pretende no fim, e sinceramente não quero te ferir nem nada” – Quer saber qual é o plano da sua amiguinha aqui? – ele não me deu tempo para responder- Ela vai combinar de encontrar sua mãe num lugar qualquer, sozinha e matá-la, depois vai fugir e contar para aquele bando de sangue-ruim italianos do seu caso com o Jacob, eles não vão aceitar isso já que um filho dos dois seria uma ameaça total e ai vão atrás de vocês e sua família irá lutar contra eles e matá-los para te proteger! – disse saindo porta a fora e a batendo com força

Angie me encarava sem expressão como se seu corpo estivesse lá, porém sua mente vagando longe, assim como a minha, era impossível de acreditar que Angie  estava armando tudo aquilo por conta própria, não se preocupando com nada que não fosse sua vingança, totalmente injusta contra nós, afinal minha mãe não pegou uma ficha de nomes e escolheu a Bree para lutar contra ela! Quer dizer por mais que esteja ligado a minha mão um fato como esse não é algo do qual escolhemos ou que podemos simplesmente evitar.

- Então é esse seu grande plano? Me usar de isca para matar minha mãe, depois usar os meus sentimentos, usar o único homem que eu amei de verdade como parte de seu plano e depois usar a todos que amam como peões no seu jogo de xadrez? – agora eu definitivamente queria ular no pescoço, ela não estava simplesmente querendo se vingar de mim ou de minha mãe, todo o plano dela levaria a todos sofrerem – Angie ele não pode estar falando sério! VOCÊ NÃO PODE ESTAR FAZENDO ISSO!

- E POR QUE NÃO? Renesmee você sempre foi amada, qualquer um que te conhecesse minimamente passava a te amar! – lágrimas caiam dos seus olhos – Eu nunca tive uma família Renesmee , eu tinha a ela, tinha a Bree, mas nunca mais eu vou ter uma família, porque ela está morta. MORTA! O Luke ele nem quer se aproximar de mim, ele me odeia, mas antes não era assim!

- Angie eu sei o quanto você queria tê-los assim como eu queria minha família de volta, queria uma vida feliz novamente pessoas que me amassem de verdade e que eu retribuísse!

- Então o amor do Daniel e o meu não eram suficientes?

- Angie claro que eram, mas eu precisava deles também! Precisava dos meus pais, tios, avós, de amigos e de um amor!

- Amor! – disse com um riso de deboche em meio as suas lágrimas – Sabe Renesmee você costumava ser mais conservadora, mas foi só um lobo bonito aparecer que você começou a namorar praticamente em duas semanas! Dizendo sentir um amor fora do comum! E é mesmo porque não é seu! – a olhei com os olhos marejado e mostrando minha confusão, como o amor não era meu? – Nunca se perguntou por que estava tão apaixonada por ele em tão pouco tempo? Como se já o conhecesse há uma vida? Pois eu lhe respondo! Porque esse amor que você sente é só mais uma lembrança da sua mãe! Porque ela o amava, e não digo nada se ainda não ama!

- ISSO NÃO É VERDADE! – gritei sentindo as lagrimas caírem do meu rosto sem nenhum controle

- E sabe por que ele está com você? – pergunto me ignorando por completo – Porque você é a substituta da sua mãe! Porque você é o passe de livre circulação na sua casa para ver ela não você! – aquelas palavras me machucaram de verdade mesmo sabendo que ela estava tentando me colocar contra eles, ainda havia uma parte daquilo qe talvez fazia sentido - Mas sabe que por mim eu nem ligo pelo menos assim você vai sentir por si própria como é amar águem e não ser retribuída, porque foi assim por todos esses anos, Daniel sempre te amou, mesmo você sempre dizendo que não o amava ele continuava te amando e nunca, mas nunca me olhava com outros olhos, nunca me deu a chance de mostrar o quanto o amava! Espero que tenha bons últimos dias de vida, porque agora eu sinceramente quero te matar!

- E assim você acha que ele vai te querer? Me matando? Parabéns seu plano é realmente merecedor de um Nobel: Plano medíocre do ano! – disse sarcasticamente tentando parecer que não estava abalada pelo que ouvira, tentando – Se você me matar o Daniel nunca vai te perdoar, sem contar que estará assinando sua própria sentença de morte! Eles te matariam!        

- Eu não me importo mesmo que eu morra alguém vai contar para os Voltures!

- Então você não está nem aí para sua vida? Só quer que sua vingança dê certo! Mas não vai porque mesmo que me mate eles vão matar a você e a qualquer um que esteja envolvido.        

Angie me olhou com um rosto completamente perturbado e depois deu um sorriso maquiavélico.

- Sua visita acabou de chegar! Nos vemos mais tarde, afinal tenho que dizer que não sei onde você está para sua família que anda muito preocupada! – disse rindo e quando fui abrir a boca para dizer algo alguém que eu nunca pensaria entrou por aquela porta.

- Como vai norinha? – disse Susane Fells

O que a mãe do Mike estava fazendo lá?