Our Forbidden Love escrita por Mah


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo :(
Tenho tantas coisas para falar e agradecer que tenho medo de esquecer algo, mas só vão ler no cap que vem
enfim, espero que curtam ♥
amo vocês!
bjs :*



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- Ed, meu Deus, olha isso, eu tenho, no total, vinte e duas chamadas perdidas. O que será que houve? - Ela andava de um lado para o outro. Tinham ido à cidade vizinha comprar flores para enterrar o gatinho do ruivo que havia morrido no dia anterior. Foi só chegar a uma área com sinal que ligou seu celular.

- Vai ver estavam com saudades, não se preocupe.

- Não me preocupar? Eu conheço meus gays, algo grave aconteceu.

- Então retorne. - Ele falou como se fosse óbvio, enquanto escolhia. - Uma rosa rosa ou uma rosa branca?

- Branca. - Disse enquanto discava o número de seu melhor amigo. - Caixa postal. - Resmungou e tentou Nick. Luke. Zack. Stanley. Todos davam a mesma coisa. Estava para entrar em desespero quando Harry atendeu. - MENINO, O QUE ACONTECEU? NINGUÉM ESTÁ COM O TELEFONE LIGADO! - Praticamente gritou no meio da floricultura, recebendo alguns olhares curiosos dos compradores.

- Hayley. - Ele murmurou, como se estivesse aliviado por falar com ela. - Precisamos conversar seriamente. Mas tem que me prometer não surtar ou desligar na minha cara. Muito menos me interromper, porque parece que é algo que as pessoas amam fazer.

- Está me deixando com medo. - Mordeu seu lábio nervosamente. - Ok, prometo. Conte-me tudo!

--

- Acorde, palhaço. - Stanley falou cutucando o mais velho.

- Quanto amor. - Queixou-se, irônico, enquanto se espreguiçava na cadeira.

- Vamos logo, todos estão lá fora já. - E logo estavam no aeroporto, procurando Luísa.

Quando se deram por conta uma garota loira estava correndo em suas direções.

Zack abraçou-a e girou-a no ar, como aquele típico casal de filmes românticos água com açúcar.

- Awn, faz isso comigo? - Nick pediu ao Luke, fazendo-os rir.

- Saudade de vocês. - Ela disse e abraçou um por um, então voltou para o lado do namorado, entrelaçando seus dedos nos dele. - Minha avó quer conhecê-los. - Sorriu. - Vamos? - Eles assentiram, andando até o estacionamento.

- Iremos passear hoje? - Perguntou, olhando-a.

- São cinco horas de diferença. Aqui já é de madrugada. - Falou rindo. 

- E sua avó está acordada? Meu Deus, que vergonha, estamos atrapalhando-a. - Luke murmurou.

- Que nada, fiquem tranquilos, ela é bem animada para sua idade. - Sorriu. Levou-os até um carro que estava estacionado. Ela se sentou na frente e os cinco meninos atrás. Nick no colo de Luke e Leonard no de Stanley.

- Olá, meninos. Sou Lucy, mas podem me chamar de vó. - Disse simpática.

- Prazer em conhecê-la. - Zack falou envergonhado. - Sou eu o namorado da Luísa. Esse é Nick, Luke e aqueles são Leonard e Stanley. - Apontou para cada garoto, que cumprimentou-a.

- Como foi o voo? - Perguntou, já dirigindo.

- Bom, dormimos ele inteiro. - Stan falou rindo.

- E qual é o casal fora o de minha linda neta?

- Nós dois. - Nick levantou a mão, por mais que ela não estivesse olhando.

- Ora, que amores. São assumidos?

- Para nossos amigos, sim. E nossas mães também sabem.

- Ah. - Murmurou, como se tivesse entendido algo a mais do que lhe fora dito. Esse 'algo' seria que seus pais tinham problema com gays, ou, mais especificamente, filhos gays.

Logo chegaram em um bairro lindo e bem cuidado.

- Aqui nós moramos. - Saíram do carro

- Apenas vocês duas? - Zack perguntou surpreso, olhando o tamanho e a beleza da casa.

- Só nós. Digamos que meu marido, avô dela, era um arquiteto muito dedicado e bom no que fazia. - Sorriu. - Pelo menos há espaço para todos.

- Entrem, entrem. - Luísa disse, abrindo a porta. - Vou mostrar o quarto de vocês. Tem problema se vocês, Nick e Luke, dividirem o mesmo? 

- Não, não. - Falaram juntos.

- Estão com fome? - Todos negaram, até mesmo o loiro, que estava cansado demais para comer. Aquele voo havia detonado suas costas e tudo que precisava agora era uma boa noite de sono. - Então tá, subam comigo. - E eles foram atrás, depois de dar boa noite a Lucy. - Aqui é o do casalzinho fofo. - Apontou. - Tem um banheiro lá dentro. - O meu, que dividirei com Zack é ali. E temos separados para vocês dois.

- Não podemos dormir juntos? - Leonard pediu, encarando o chão, sem graça. - Eu não queria ficar sozinho...

- Claro que sim. Então fiquem nesse. - Apontou novamente e eles assentiram. - Bom, vamos descansar e amanhã de manhã decidimos o que fazer. Podem dormir até quando quiserem. - Sorriu. - Fiquem com os anjinhos. - Murmurou, bocejando e cada um foi para o seu quarto.

Nick e Luke deixaram as malas no chão e pularam na cama, prontos para dormir.

- Tomara que o Leo fique bem. - O loiro murmurou, virado para seu namorado.

- Tudo dará certo. - Deu um selinho no menino e fechou os olhos, esperando seu sono o consumir.

- Fiquei surpreso com o que disse agorinha. - Stanley disse, enquanto tirava os sapatos.

- Estarei te atrapalhando se ficarmos no mesmo quarto? - Boo perguntou, enquanto escovava seus dentes.

- Claro que não, será até melhor. - Sorriu. - Pode não parecer agora, mas essas férias serão ótimas.

- Eu espero. - Murmurou, saindo do banheiro e se aconchegando na cama.

Stan tirou sua camiseta e deitou-se ao seu lado. No momento eles estavam cansados demais para colocar um pijama ou algo do tipo. Ficou fazendo cafuné no cabelo de Leonard até dormirem.

--

- Fique tranquilo, vamos pegar seu homem, Harry. - Hayley falou, apertando sua mão com carinho, enquanto entregava as passagens para o funcionário.

--

- O que querem fazer? - Luísa perguntou.

- Deixe Leo escolher. - Liam disse.

- Kart. - Murmurou. - Preciso "correr" o máximo que consigo.

- Então vamos lá. - Sorriu e começou a dirigir. Ali ela já tinha licença para dirigir, diferente dos meninos.

- Sabe andar de kart? Não é perigoso pra você? - Zack perguntou e ela o olhou perplexa.

- Não sou uma menininha fraca. - Riu. - Aposta quanto que eu te venço?

- Não quero fazê-la perder. - Zombou.

- Vish, mexeu com o orgulho de uma mulher. - Nick disse rindo.

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Já de capacete e dentro do carro, Leonard olhou os outros e sorriu de canto. Dado o sinal, pisou com tudo no acelerador e deixou que o 'instinto' controlasse-o. Realmente estava se divertindo. O vento batia em seu rosto, fazendo com que seus cabelos voassem para todos os lados e uma sensação de adrenalina o dominasse.

Conseguiu passar a todos, mas, depois de cinco míseras voltas, terminou.

- Eu venci. - Luísa disse pulando, enquanto o moreno olhava-a de boca aberta.

Stan havia pego o papel onde dizia a lista de colocações que eles sempre entregavam ao fim.

1º Leonard W.  2º Stanley L.  3º Luísa G. 4º Luke J.  5º Zack J.  Nick J.

- Fiquei em último. - O loiro fez bico. - Mas me desconcentrei por culpa do ajudante.

- Oi? - Luke murmurou enciumado.

- Ele, com aqueles olhos azuis, foi me explicar qual era o acelerador e qual era o freio e não consegui prestar atenção.

- Ah, é assim mesmo? Vai me trocar por aquele gordo?

- Claro que não. Te amo. Mas ele não é gordo. - Disse rindo e depois beijou o namorado, vendo sua cara irritada.

- Que amores. - Luísa murmurou fofamente.

- A gente é mais. - Zack disse.

- Não, os mais "awns"  são Leonard e H... - Nick  ia falando, mas logo se deu conta. - Stanley, claro. - Acrescentou rapidamente.

--

- Já fomos no kart, passeamos, compramos em quinze mil lojas... E agora?

- Booom, eu estou com fome. - O loiro murmurou.

- De novo? - Stan reclamou.

- Claro, faz uma hora que comi.

- Ok, já passa das sete da noite, que tal ficarmos na piscina e depois a gente janta fora. - Sugeriu e eles assentiram.

- O bom de serem gays é que não preciso me preocupar de te tararem. - Riram com o comentário do moreno.

- Mas podemos te tarar. - Nick disse rindo e deu um tapa na bunda dele.

- Ei. - Luke falou enciumado.

- É, "ei". - Lu imitou e todos voltaram a rir.

Estavam em um clima tão divertido. Porque Leonard não conseguia aproveitar com eles?

- Cada um com seu casal. - Stanley disse.

- Falando em casais... - Luke falou sugestivamente. - Vocês combinam.

- É assim que ajuda Harold? - O loiro perguntou sarcasticamente.

- Mas olha o que ele fez. - Zack se meteu.

- Ok, traiu o Leo, mas mesm... - Foi interrompido.

- Meninos, acho que não devemos falar sobre isso, é indiscreto. - Luísa comentou e o mais velho olhou-a agradecido.

--

Faziam cinco dias que eles estavam lá. Depois de amanhã iriam embora pela manhã.

Leonard havia decidido que fingiria que estava bem, assim além de não estragar o humor de seus amigos, não os preocuparia. Porém, acabou realmente ficando feliz.

- Anh... Uma carta para você. - Lucy disse, entregando o envelope para o menino. De repente aquela torta de maçã não estava lhe fazendo bem, porque parecia estar rodando em seu estômago. Não tinha como negar. Ele pensou que era de Harold. Pensou, não, esperou, desejou, ansiou. Todo aquele "trabalho" de continuar animado tinha ido para o 'espaço'. As lembranças e a dor voltou, tudo ao mesmo tempo. Suas mãos tremiam e não tinha coragem nem mesmo de ler o remetente. - Está tudo bem?

- S-Sim, obrigado. - Murmurou e depois de receber um olhar desconfiado, ela deixou-o sozinho. Abriu vagarosamente e retirou um bilhetinho. "Times Square, 17:30, tenho surpresa para você". Apenas isso. E a letra era de Hayley. O que ela estava fazendo em NewYork? Olhou seu relógio de pulso. Faltavam dez minutos. Em um momento estava sentado na cama e em outro havia pulado no armário, procurando uma roupa boa para vestir. Assim que achou mandou uma mensagem para Luísa dizendo que ele já voltava. Seus amigos tinham saído para comprar coisas no mercado e tinham deixado claro que era para Leonard ficar em casa, esperando voltarem.

Pegou um táxi e do mesmo jeito estava atrasado. Nove minutos. Onde será que ela estava? Era tudo tão grande e movimentado que ele estava se sentindo tonto. Só de pensar que a ruiva podia estar perdida lhe dava um arrepio no corpo inteiro.

"Estou te vendo. Continue aí" recebeu uma mensagem de um número privado. Porque estava fazendo tanto drama assim?

As pessoas andavam e esbarravam em seus braços a cada segundo. Não conseguia mais aguentar ficar naquele local, mas não podia ir embora. Tudo o que mais queria é vê-la, abraçá-la e ficar ouvindo seus conselhos até melhorar.

Olhava ao redor, a procura de sua melhor amiga, mas nada e nada de encontrá-la. Quando, no meio de tanta gente, pode ver Nick, carregando um violão e tocando-o, sim, ali no meio de todos, como se fosse normal. Não demorou muito até abrirem espaço para ele, pensando que aconteceria um flash mob ou algo do gênero. Leonard iria se aproximar dele e perguntar o que estava acontecendo, mas, quando olhou novamente, Luke e Zack estava colocando amplificadores ao lado do loiro. Logo a ruiva apareceu, carregando microfones. Ok, agora ele estava confuso. E muito.

Seu coração começou a bater rapidamente. Aquilo era o pouco de esperança que estava aumentando a cada segundo, vendo-os arrumarem os aparelhos. Só podia ser para ele. Suas mãos tremiam e uma sensação estranha estava dominando-o. Era boa e ruim ao mesmo tempo. Parecia que iria vomitar algo, como se tivesse uma coisa se movendo dentro de sua barriga, igual a antes. Não conseguia parar de morder os lábios e olhar para o que estava acontecendo.

Menos de três minutos depois ele apareceu. Daquele jeito lindo de sempre. Mas trajava um terno, aliás, só a parte de cima, porque, por baixo, usava uma camiseta branca comum. Aqueles cabelos bagunçados como habitualmente. Aqueles olhos verdes cativantes. Aquela boca. Ah, Leonard definitivamente amava tudo nele.

Nick voltou a tocar seu violão, enquanto os meninos ficaram atrás dos microfones e Hayley tocava o teclado. Tudo aquilo era demais para o mais velho, que, no momento, precisava muito sentar-se, mas, ao mesmo tempo, sentia que se fosse se mover, iria cair no chão, pois suas pernas estavam mais do que bambas.

Harry estava com um microfone na mão, aproximando-se dele.

- Tenho uma música para cantar dedicada ao amor da minha vida, Leonard William. - Apontou. - Ele disse que só perdoaria uma traição se eu fizesse uma declaração em público. Então vamos lá. Cometi um erro enorme de ser levado pela raiva e o ciúme. Isso tirou uma das coisas mais importantes que eu tinha. Leo sempre foi tão gentil, simpático e amável que eu o invejava. Me irritava como conseguiu me conquistar tão facilmente. E passar um dia longe dele era como se fosse uma tortura. Não ver aquele sorriso que eu tanto amo ou seus olhos seduzentes de sempre era difícil. - Disse, encarando-o. - Bem, eu sou meio tímido, até porque estou no meio da Times Square e todos estão me olhando. Então cantarei uma música que ouvi e pensei no mesmo momento no meu Boo.-

Take my hand, I'll teach you to dance, I'll spin you around, won't let you fall down, would you let me lead, you can step on my feet. Give it a try, it'll be alright (Pegue a minha mão, eu vou te ensinar a dançar, eu vou te fazer girar, não vou deixar você cair, quer me deixar guiar? Você pode subir nos meus pés. Tente, vai ficar tudo bem). - E, enquanto dançava, estendeu a mão para o menor. De primeira, recusou, não por orgulho ou algo do tipo, e sim por vergonha. Ele realmente não sabia dançar. Não músicas lentas. Mas acabou aceitando, se aproximando mais e mais dele. Harry segurou sua cintura com uma mão e colocou-o literalmente em cima de seus pés. Isso estava matando Leonard de vergonha. Não tinha vergonha de ser visto assim com o cacheado, vergonha por não saber os passos. -  The room's hush, hush and now's our moment, take it in feel it all and hold it. Eyes on you, eyes on me, we're doing this right  (O ambiente está em silêncio e agora é o nosso momento, entre no clima, sinta e fique firme. Olhos em você, olhos em mim, estamos indo certo). - Desligou e largou o microfone no chão, porém continuou a cantar com sua melodiosa voz rouca e grossa. -Cause lovers dance when they're feeling in love. Spotlight shinning, it's all about us. It's oh, oh, oh, oh, all about uh, uh, uh, uh, us. And every heart in the room will melt, this is a feeling I've never felt but. It's oh, oh, all about us (Pois amantes dançam quando estão apaixonados. Holofote brilhando, somos só nós. E todo coração no lugar vai derreter. Essa é uma sensação que eu nunca tive, mas somos oh, oh, oh, oh, só nós). - Não conseguia tirar os olhos de Leo, que o encarava igualmente. Por sorte uma das mãos do mais novo estava em suas costas ou então ele iria desabar de tanto nervosismo. - Suddenly, I'm feeling brave, I don't know what's got into me, why I feel this way. Can we dance, real slow? Can I hold you. Can I hold you close? (De repente, eu me sinto corajoso, não sei o que deu em mim, por que me sinto assim. Podemos dançar devagar? Posso te segurar. Posso te segurar pertinho de mim?) - E, assim que voltou para o refrão, a música terminou rapidamente, deixando uma ótima sensação para trás. Muitas pessoas haviam parado para apreciar a declaração ou simplesmente a melodia. O fato é que quando acabou, os dois se olharam, sem ter certeza do que aconteceria naquele momento. Até que Harry o beijou. Ok, essa era uma boa ideia. Então Leonard não hesitou em retribuir.

Todos começaram a bater palmas enlouquecidamente, fazendo o mais velho retornar para o momento atual e corar até o último fio de cabelo. Pode ver alguns filmando. Aquilo estaria na internet em pouco tempo.

- Sei que tenho algumas coisas para lhe explicar e mil desculpas para pedir, mas, por favor, aceite meu pedido. - Harold perguntou, largando-o e dando um passo para trás.

- Que pedido, H... - Parou no meio da frase ao vê-lo se ajoelhar e tirar do bolso uma caixinha.

- Aceita namorar comigo?


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Notas finais do capítulo

gostaram? não? quero reviews!
bjs :*