Out Of Control escrita por Priih _ ncesa


Capítulo 5
Verde


Notas iniciais do capítulo

Yo! O capítulo está um pouco atrasado mas está aqui! Espero que gostem dele. Bem... Eu tenho duas notícias, uma super baaad e uma boa. Vou dar a notícia ruim primeiro. Então, sem enrolações, venho aqui dizer que vou passar os próximos 15 dias em hiatus, a única fanfic que eu pretendo atualizar nesse período é 'Maneiras de', as outras vão ficar paradas. Eu realmente não queria chegar a esse ponto, mas eu já reprovei uma matéria na faculdade e não quero reprovar outra, e eu tenho andado tão estressada com tantas coisas para fazer, que isso me causou um bloqueio. Atrasei Ever and Forever, Akatsuki Contrata, Outside (que nem consegui terminar o capítulo e postar), Watashi no Uta o Kiite (o meu mais grave problema de bloqueio D:) e provavelmente atrasaria muitas outras. Eu não gosto de os fazer esperar, mas também não consigo escrever nessas condições, por isso, essa próxima semana será dedicada aos estudos. Perdão pessoal, mas espero que entendam! Dependendo de como eu fique, talvez eu traga um capítulo ou outro, mas não prometo nada, ok?
Enjoy~



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Capítulo IV

Verde

-

Eu me sinto tão sortudo quando eu olho,

Naqueles olhos verdes.

É o sol que os fazem tão verdes,

Os mais bonitos olhos que eu já vi.

Green Eyes, Hüsker Dü. 

E o dia seguinte chegou.

Jun muito mal conseguiu dormir.

Saber que havia alguém que havia prestado atenção nas suas palavras e que essas palavras o haviam salvado, havia mexido com ela.

Não existe um ditado que diz que quando se salva a vida de alguém, essa vida passa a lhe pertencer?

Jun balançou a cabeça. Isso não tinha nada a ver com ela.

Ela estava feliz que Kakashi havia sido tocado pelas suas palavras, apenas isso.

Mordeu a ponta da caneta, contrariada.

Não era apenas isso.

Desde o primeiro dia em que ela fora naquele grupo de ajuda, ela havia reparado em Kakashi. Havia reparado nos olhos mortos de Kakashi.

Várias vezes ela havia procurado pelos olhos dele. E foram raras as vezes que encontrara.

E agora...

Agora os olhos dele não estavam mais mortos. E ela havia causado isso. Havia sido ela a devolver a vontade de viver a ele. Havia sido ela quem fizera retornar o brilho dos olhos de Kakashi. E isso era algo que ela não podia ignorar.

Suspirou e atraiu a atenção de Karin para si.

- O que foi? – Ela perguntou mudamente, para não chamar a atenção do professor de matemática.

- Nada... – Jun respondeu de volta e voltou a morder a caneta. Ela tinha que tomar uma decisão. O problema era que raios de decisão ela ia tomar.

***

Jun não prestou a mínima atenção nas suas aulas subsequentes. Tudo o que ela conseguia pensar era na resposta que ela daria a Kakashi. Se é que ela ia conseguir, realmente, dar uma resposta a ele.

A jovem saiu pelos portões da escola e logo percebeu Kakashi sentando do outro lado da rua.

- Você realmente vai...? – Karin a segurou pelo braço.

- Aa. – Concordou. – Eu vou falar com ele.

- Ok... – A ruiva suspirou. – Faça como você quiser, mas depois, quando aparecer morta, não diga que eu não lhe avisei! – E irritada lhe deu as costas, seguindo para um grupo de meninas.

- Aparecer morta... – Jun murmurou. – Essa é a última coisa com que eu me preocupo! – E murmurando isso, ela atravessou a rua.

- Ah... – Kakashi murmurou, quando a viu chegar. – Eu comprei alguns donuts... Garotas costumam gostar de coisas doces, mas eu não sei se você gosta, por que garotas também costumam se preocupar com o peso e...

- Eu gosto. – Jun disse segurando o riso. Kakashi estava tão, ou até mesmo mais, nervoso do que ela. – Eu realmente gosto, principalmente daquele que tem cobertura de chocolate.

E Jun se sentou, pegando o donut citado.

- Ufa... – Respirou aliviado. – Eu fiquei sem saber o que fazer, então...

- Tudo bem. – Jun ainda segurava o riso. Não queria deixar Kakashi desconcertado. – E você, não vai comer?

- Eu? – Kakashi apontou para o próprio peito. – Eu não gosto de doces.

- Não?

- Não.

- Que estranho! – Dessa vez ela deixou o riso sair. – Nunca havia conhecido uma pessoa que não gosta de doces! Nem de chocolate você gosta?

- Só do amargo. – Kakashi deu de ombros. – Nunca gostei de doces. Eles me dão enjoo.

- Hum... – Jun disse, quando ficou sem assunto. – Eu acho que...

- Você quer alguma coisa para beber? – Kakashi se pôs de pé. Agora que Jun ia dar a sua resposta, ele ficou assustado. Não queria escutá-la dizer que ele nunca mais poderia a ver. Queria pelo menos procastinar isso por mais um pouco. – Chocolate quente?

- Ah... – Jun percebeu o que Kakashi queria fazer. – Não, eu prefiro chá.

- Chá? – Kakashi enrugou a testa, se esquecendo momentaneamente do motivo que o havia levado a oferer a bebida. – Você gosta de chá? Mas garotas geralmente gostam de...

- Mas eu não sou qualquer garota! – Jun respondeu com uma risada. – Eu gosto de chá. E gosto de rock e detesto rosa!

- Ok então... – Um sorriso de lado surgiu nos lábios de Kakashi. – Vou buscar o seu chá, senhorita eu-não-sou-como-todas-as-garotas.

E com isso ele se foi.

Jun ficou sozinha, e ao ficar sozinha, deixou que seus pensamentos rolassem.

Ela havia pensado durante toda noite, durante toda a manhã e durante toda a tarde daquele dia e as suas ideias ainda eram nebulosas. Talvez, o melhor para eles dois fosse que ela dissesse para ele nunca mais vir lhe ver. Mas ela não sabia se era isso que ela queria.

Pegou mais um donut e se pôs a devorá-lo. Pensava melhor quando comia. Pelo menos ela podia pensar e comer ao mesmo tempo.

O açúcar do donut a ajudou, pois quando Kakashi voltou, ela já havia tomado a sua decição. Ela daria um fim naquilo, mesmo que não quissesse.

- Arigatou... – Jun murmurou quando Kakashi depositou o copo a sua frente.

- Por que você não gosta de rosa? – Kakashi perguntou de repente, surpreendendo a menina.

- Por que eu não gosto...? – Jun repetiu, pensando. – Não sei. – Deu de ombros. – Não gosto dessas coisas muito femininas... Eu gosto de vestidos, sim! – Se corrigiu rapidamente. Não queria que ele pensasse que ela era algum tipo de maria-joão. – Só não gosto de muitos laços e babados e... Coisas rosas. Se for para dizer uma cor feminina que eu gosto, seria tons pasteis. Eles são menos prejudiciais aos olhos, do que esses tons de rosa berrante.

- Entendo. – Kakashi sorriu. Jun era um pouco diferente do que ele pensava. Mas ele a preferia assim, do jeito que ela era. – Você também não gosta dessas músicas romanticas? Já que você não gosta de rosa, então...

- Ah, isso depende muito! Como você sabe, eu toco piano, então eu amo música clássica. – Kakashi assentiu. – Mas eu também amo rock e para te falar a verdade... Muitas vezes eu não presto atenção na letra da música. – Riu-se. – Normalmente eu apenas presto atenção no instrumental dela. Então não sei lhe dizer se eu gosto ou não de música romantica.

- Isso é estranho. – Kakashi disse sériamente, arrancando risos de Jun.

- Eu sei! Mas eu não posso fazer nada. Esse é o jeito que eu sou.

- E você não precisa mudar. Você está ótima do jeito que está. – Disse e a viu corar um pouco.

- Uh, ah... Obrigada... Eu acho... – Murmurou envergonhada. – Mas... – Ela queria mudar o rumo da conversa. – Do que você gosta?

- Do que eu gosto? Essa é uma pergunta muito abrangente... – Deu de ombros. – Relacionado ao quê?

- Uh... Cor! Que cor você gosta?

- Verde. – Disse sem exitar.

- Verde? – Jun piscou os olhos pela resposta imediata de Kakashi. – Eu também gosto de verde! Qual tom de verde? Porque há muitos e...

- O dos seus olhos. – A resposta foi imediata novamente. Kakashi não estava pensando muito quando havia respondido aquela pergunta, e agora se amaldiçoava por ver Jun ficar tensa. – Eu não quis dizer...

- Ah, não... – Mas ela não sabia o que falar. Kakashi havia sido tão rápido e incisivo com a respota que ela ficara sem reação.

- É só que... – Kakashi queria concertar o clima que ele havia estragado. – O verde dos seus olhos é realmente muito bonito. E é uma tonalidade rara também. Apenas 1% da população mundial o tem, então... – Ele queria dizer algo coerente, mas o seu cérebro não estava ajudando. – E os seus olhos sempre estão tão brilhantes e vivos... Acho que é por que verde é a cor da esperança. O verde dos seus olhos me lembra do que você disse naquele dia e... – Se calou antes que continuasse a falar besteira.

- E? – Jun o incentivou. Queria saber mais. – E o quê, Kakashi?

- E... – Suspirou. – Me fez ter o desejo de ter olhos tão vivos e brilhantes como os seus. Também quero ter essa ‘luz’ que você tem. – Se era para falar, iria falar de uma vez por todas. – Mas mesmo que eu consiga isso, os seus... Os seus olhos não tem comparação. Talvez por que eles lhe pertençam.

- Uh... – Jun ficou mais uma vez sem palavras. Parecia que Kakashi tinha esse efeito nela.

- Bem, eu dei essa volta toda apenas para dizer que minha cor preferida é verde. – Tentou fazer graça da situação. – Talvez eu devesse ter dito que gosto de vermelho.

- Vermelho? – Jun sorriu. – É uma das minhas cores preferidas.

- Sério? – Kakashi se surpreendeu com o chute certeiro.

- Aham... – O clima estranho se dissipou. – E música? Você gosta de que tipo de música? Você sabe tocar algum instrumento?

- Infelizmente não. E música clássica me dá sono, antes que você pergunte.

- Lhe dá sono?! - Jun perguntou indignada. – Como assim lhe dá sono?

- Me dando, talvez? – Ele soergueu uma das sobrancelhas, se divertindo com a indignação dela.

- Mas...! Como assim você pode sentir sono? Você deve ter escutado alguma canção de ninar. Só pode!

- Talvez... – Deu de ombros novamente. – Mas continua me dando sono.

- Ah! Mas eu não posso deixar isso passar e... – Ela percebeu o pequeno sorriso que Kakashi tentava esconder. – Isso é uma pegadinha, não é? – Perguntou, desconfiada.

- Sim! – Kakashi permitiu-se rir. – É mentira. – E riu mais ainda vendo a expressão indignada de Jun se transformar em uma de vergonha. – Eu não resisti. Sabia que você era uma pianista clássica e precisava implicar com isso!

- Estou percebendo... – Soltou num murmúrio. – E... – Começou, mas foi interrompida pelo celular que se pôs a tocar. – Só um segundo... – Jun pescou o celular e checou a mensagem que havia acabado de chegar. Muito mal leu a mensagem, se pôs de pé. – Eu preciso ir.

- Precisa? – Kakashi piscou os olhos. – Mas e...

- Me encontre aqui amanhã novamente! – Jun pediu. Ela realmente precisava ir. Havia se esquecido que tinha um compromisso com o irmão e já estava atrasada. – Amanhã eu lhe darei a resposta. Tudo bem?

- Tudo bem. – Kakashi concordou com um suspiro. Afinal, o único interessado ali era ele. Ele poderia muito bem dizer que pararia de vir, mas Kakashi não podia. Se Jun estava procrastinando, ele também o faria. – Nos vemos amanhã, Jun. – Disse o nome dela, pela primeira vez.

- Matta ashita.

E ela se foi.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Bem, depois daquela péssima notícia ali no começo, venho com uma boa notícia! Na verdade duas... Mas bem, vamos a primeira! A primeira boa notícia, é que essa fanfic, vai ter mais capítulos do que o esperado. Na verdade, foi tudo um pequeno erro de edição. Quando eu separei os capítulos da fanfic, eu pus dois capítulos IV, então, o que era para serem cinco capítulos, serão sete! Deveriam ser seis, não é? Mas eu tenho problemas com números pares, então escreverei um capítulo à mais rs. Gostaram? Pois bem, vamos a segunda boa notícia! Como vocês sabem, eu quero criar o Hinday Club, e pretendo fazer isso assim que as minhas provas terminarem. Eu estou montando a árvore genealógica da Jun e do Senji, mas bem, nela estão os seus antepassados, mas e os seus parentes contemporâneos? Então eu tive uma ideia! Que tal esses parentes contemporâneos (todos sendo Hindays ou um ou outro sendo Uchiha) serem criados por VOCÊS, leitores? Enfim, vocês terão mais informações sobre isso assim que minhas provas acabarem! Hihihihi.
Ja nee~