Serei Mais Feliz Do Que Imagino escrita por BiCamps


Capítulo 2
6 months ago




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-Bom dia mãe.

-Boa tarde, neh filha. E ai como foi a festa ontem?

-Ótima. -Meus olhos brilhavam mais que diamantes.

-Sei, foi só por causa da festa que você está assim? -Ela já estava desconfiada, precisava contar, eu conto tudo para minha mãe, tudo, tudo mesmo.

-Não exatamente, são dois fatores.

-Ok, ok, não vou tentar adivinhar, um provavelmente sei, mas o outro não, qual é?

-Vou começar pelo segundo, mas não menos importante, sobre Caroline. O Diogo pediu ela em namoro na frente de todos. E o primeiro é.. -Eu sabia que ela sabia, mas ela estava esperando eu falar. -O Clark me pediu em namoro também um pouco antes do Diogo pedir a Caroline.

-Que bom filha. -Ela foi até mim e me deu um forte abraço, eu não sabia naquele momento que seria uns dos últimos que ela me daria. -Chama ele para um almoço, mas só depois que eu voltar de viagem. -Minha mãe viajava muito por causa da sua loja de roupas, sapatos, etc, fazia muito sucesso, e como nós morávamos numa pequena cidade, acontecia isso, dela viajar uma vez por mês para alguma cidade, para ver desfiles, etc. -Você sabe o que eu sempre digo, cidade pequena, vida pequena.

-Ok. -Estava tão feliz. -Para onde você vai desta vez?

-Eu vou para PARIS.

-Ahh que lindoo, trás lembrancinha?

-Claro, o que quer desta vez?

-Humm, quero duas na verdade, um poster da Torre Eiffel e aquele óculos que eu gostei, sabe? -Meu quarto era cheio dessas coisas, posters, que eu trocava de uma em uma semana, canecas, blusas, chaveiros, todos de vários lugares, New York, Rio de Janeiro..

-Certo, um poster e o óculos, aliás, aquele óculos vai ficar show em você.

-Haham, sei, nem vem não, você não vai pegar "emprestado" não, hahaha. Mentira uma ou duas vezes, em você também vai ficar lindo. -Minha mãe era magra, com altura de mais ou menos 1,68, cabelos escuros e lisos, e olhos que variavam do cinza quase transparente para um azul clarinho, eu era assim também, tirando o cabelo que puxei para meu pai, loiros quase brancos e ondulados.

-Filha vou pedir para você dar mais uma revisada nos papéis da loja do mês passado, parece que deu um erro e não gravou, pode ser?

-Pode sim, essa semana eu faço isso. -Eu que cuidava das papeladas da loja daqui de Jucton, tem várias outras lojas espalhadas, em vários locais, lógico que remuneradamente, minha mãe dizia que eu iria ter que cuidar da loja se ela morresse, eu sempre disse que sim, dos papéis iria fazer como sempre, mas essa parte de moda, não sou muito ligada não, não gosto de seguir algo que não seja eu mesma.

*** Mais tarde naquele mesmo dia ***

-Boa viagem, e toma cuidado senhora Curlb.

-Pode deixar que tomo, cuida do seu pai ai para mim. Até semana que vem.

-Até mãe.

Minha semana se passou até rápido demais, de manhã eu ia para a escola, de tarde mexia com os papéis da loja, e de noite eu saia com o meu mais novo namorado Clark, eu o tinha conhecido a dois meses na festa de 18 anos de Caroline, desde então agente ficava se encontrando...

-Alô! Filha, eu estou no aeroporto, já já chego, haa, os óculos são bafônicos.

-Tá bom mãe, estou esperando, beijos. -Do aeroporto até aqui era no máximo 15 minutos, Jucton não tinha trânsito, então quando já tinha se passado meia-hora eu comecei a ficar aflita, liguei para ela, não atendeu, liguei para loja, nada, e fui ligando, nada, última salvação, meu pai, mesmo ele ainda casado com minha mãe e tudo, eu e ele nunca tivemos uma relação muito boa, era só um oi e tchau, tudo bem? e só, e ele era delegado, então quase não tinha tempo para nós.

-Pai! Deve ter acontecido alguma coisa, mamãe não chegou até agora, já faz mais de meia-hora. -Eu estava preocupada demais.

-Filha calma, ela deve ter parado em algum lugar.

-Não, não parou, eu liguei para todos os lugares. -E quando eu disse todos, eu falei TODOS mesmo. Alguém o chamou do outro lado da linha, estava com uma voz meio tristonha, não consegui ouvir.

-Filha daqui cinco minutos eu estou ai, me espera....

*****************************************

-Você demorou dez minutos. -Eu estava brava e preocupada, ele estava com uma cara de sério, mas no fundo dos olhos dava para ver tristeza e que ele havia chorado.

-Sente-se, por favor. -Me sentei, estava também apreensiva, e quando fico assim faço tudo que me mandam, e também se não me sentasse ele não falaria.

-Fala pai.

-Foi um acidente, a caminho daqui, o táxi derrapou no gelo e bateu em uma árvore, o impacto foi grande, e mais do lado do passageiro, sua mãe estava na frente, e não deu para salvá-la.

Minha cabeça rodava, eu não acredito, minha mãe que estava tão feliz e agora ela estava morta, não pode ser, e eu nem disse um "eu te amo", nem pedi para ficar, por quê?!

Corri para meu quarto e fiquei cerca de um dia lá, sem comer nada, só chorando...


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