Sacrifício escrita por tsubasataty


Capítulo 4
3.




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Segunda-feira, 6:55 da manhã.

Diante de mim, reinava o glorioso Colégio Tsav.



Eu brilhava através do uniforme masculino que elitizava meu corpo. A cigana havia pensado mesmo em tudo, pensei comigo mesmo, a maior das surpresas do fim de semana sendo encontrar nos cadernos do garoto o nome da tão preciosa escola.

Segundo ano Beta. Aguarde por mim.


Eu sorria enquanto caminhava pelos corredores, eu sentia os olhares curiosos seguindo meus passos firmes.

–Cris! - uma das garotas disse de repente, agarrando meu braço solitário. Notei o volumoso cabelo dela, os olhos brilhantes que refletiam meu rosto. Cris... então era assim que me chamavam ali. Não pude deixar de sorrir ainda mais, notando a pequena ironia em tudo aquilo.

–Olá - falei, abrindo o melhor de meus sorrisos. Eu vi a garota piscar, vi seu rosto corar e sua pele se arrepiar. Por um instante, juro que me senti um Deus - Como você está?

A garota, que de algum jeito eu precisava descobrir seu nome, se aproximou ainda mais de mim. Notei que ela apertara os seios contra meu braço nú de propósito e cedo demais, nesse único gesto, ela perdera meu respeito.

–Preciso ir - brusco, com uma força que eu ainda não percebera ter, me soltei dela. Acelerei o passo, não olhando nenhuma vez para trás. Não era a garota alguma que eu entregaria todo o meu amor ali.

Olhando atentamente o nome de todas as infinitas salas, só parei quando encontrei o Segundo Beta. Preciso dizer que meu coração saía, quase literalmente, para fora do peito quando meus pés adentraram àquele lugar?!

Meus olhos, tão ansiosos quanto os de uma criança, varreram toda a sala.

E foi então que o vi, sentado em sua carteira num canto da sala, os olhos presos em algo do outro lado da janela. Prendi a respiração, mais um passo me guiando àquele sonho (aquele encontro) que se realizava.

O único que usava roupas formais no colégio, o único que falava - só por diversão - como um aristocrata... O baixinho de olhos verdes que eu tanto amava, finalmente eu o encontrei.

Será que ele iria me reconhecer?

–Gabriel? - me aproximei dele, chamando por seu nome. Notei o garoto piscar, seus olhos em um tom mais verde que os meus me encararam, curiosos. Engoli em seco, querendo como nunca aquele garoto diante de mim. Eu precisava dizer a ele quem eu era.



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