A semana passou bem rápido, meu irmão se formou na escola e passou na prova para o curso, ou seja, ele vai começar a trabalhar e vai ficar rico, RICO.

Isso é brincadeira... nem tanto porque o salário não é anda mal, mas ele está feliz e é o que importa.

A formatura estava linda, Estevan estava lindo. Acho que beleza está no sangue de nossa família. Modesta eu não?

Mas falando sério, meu irmão estava lindo de terno, acho que se não fossemos irmãos eu teria uma queda por ele. Mas ele é meu irmão, e deixo isso pras minhas amigas.

Bom eu também estava linda na formatura. Segundo meus pais... e o Chris.

To começando a achar que ele gosta de mim, toda vez que passava por mim sorria e dava um jeito de me abraçar. É nisso que dá ser linda e maravilhosa. Tá legal to me sentindo a última bolacha do pacote hoje hein. Tudo bem parei.

O Estevan passou o tempo todo tentando afastar o Chris e qualquer outro garoto que chegasse perto de mim. Qual é mano assim não dá né, mas enfim.

Como eu disse na segunda depois da formatura do meu irmão nós iríamos para o acampamento, e agora estamos dentro do carro, eu estou quase dormindo escorada na janela.

Mas eu acho que o Estevan ta me chamando.

-Amber, Amber. – Sim ele estava chamando.

-O que foi? – perguntei bocejando.

-Me alcança a garrafinha de água por favor? – ele pediu enquanto dirigia

-Achei que você diria assim: te acordei mana? E depois me pediria desculpas por ter me acordado. – eu disse irônica pegando a garrafinha

-Eu não perguntei se você estava dormindo porque eu sabia que estava. – ele disse

-Tá aqui. – eu entreguei a garrafa a ele.

-Obrigado.

-de nada. Mano para no posto? – pedi

-Pra quê?

-Pra eu retocar minha maquiagem. – eu disse afinando a voz e sorrindo falso – Preciso fazer xixi.

-Ah, por um momento pensei que você estivesse se tornando menina. – ele disse e eu dei um tapa no seu braço ele riu

-Como se eu não fosse. – eu disse olhando pra frente – É sério preciso ir no banheiro mano.

-tudo bem, assim que eu achar um posto eu paro. – ele disse e u agradeci.

Uns 5 minutos depois ele parou.

-Vou comprar algumas coisas pra gente comer no resto da viagem. – ele disse antes de descer, eu concordei e desci do carro.

Fui no banheiro e fiz o que tinha que fazer, arrumei meu cabelo que estava um caos total em um rabo de cavalo um pouco solto e saí do banheiro indo em direção à loja de conveniências.

Entrei e logo vi Estevan pegando uns salgadinhos e me aproximei.

-Quero trakinas. – eu disse ao seu lado.

-Dorytos também?

-Sim. – eu respondi pegando as trakinas.

Fomos até o caixa pagamos os dois pacotes de trakinas, 1 pacote de Ruffles e Dorytos, 2 latinhas de coca-cola e um pacote de tubbes. Ah sem esquecer a barra de sticadinho que pedi no caixa.

Voltamos para o carro e comemos um pouco das coisas que compramos e depois de eu pedir (lê-se implorei) para o Estevan ele me deixou dirigir o resto do caminho.

Eu havia esquecido, no sábado entregaram minha carta, ou seja, já posso dirigir, nem preciso dizer o quanto feliz eu estou né?

Faltava apenas uma hora para chegarmos ao acampamento e já havíamos comido metade das coisas que compramos, exceto os tubbes e o sticadinho que eu escondi dele na minha bolsa.

Logo avistamos a placa do acampamento e nós sorrimos ao vê-la. Era bom estar de volta, como em todos os anos, mas esse ano parece que será diferente, não sei explicar. Mas minha intuição está me dizendo que será um verão bom.

E dizem que intuição feminina não falha, então vamos ver o que esse verão me aguarda.

-TO VIVO! – meu irmão gritou ao descer do carro.

-Nossa, como você é engraçado Estevan. – eu disse irônica e ele riu.

Descemos do carro e tiramos nossas malas do porta malas, quando escutamos alguém nos chamar.

-Amber e Estevan Winstloe. – olhamos pra trás e vimos Jack (lê-se diretor, praticamente dono, do acampamento) – Que bom ver vocês.

-Eai Jack. –Estevan o abraçou enquanto eu fechava o porta malas.

-Mas quem é essa? – olhei pra trás a procura de alguém – Cadê a Amber? Onde você a deixou Estevan? – Sorri sem graça enquanto Jack me abraçava, retribui o abraço.

-Não exagera Jack, eu nem mudei tanto. – eu disse sorrindo

-Claro que não, continua linda como sempre. –ele disse sorrindo.

-BEEEEEEEEEEEER. – olhei pra trás e vi Lory correndo na nossa direção então eu também corri para encontrá-la.

-LOOOOOOOORY – gritei ao abraçá-la.

-Aí meu ouvido, quer me deixar surda? – ela disse rindo e eu também ri.

-Desculpa. Aí que saudade que eu estava de você criatura. – eu disse me separando do abraço.

-Também estava louca de saudade. – ela disse sorrindo

-Como foram as coisas esse ano? – perguntei e ela me contou tudo o que fez e até o que não fez nesse ano que passou e depois eu fiz o mesmo.

Conheço a Lory tem 10 anos, ou seja, desde quando comecei a ficar aqui durante as férias de verão. Ela é sobrinha do Jack e por isso sempre chega aqui antes de todos, inclusive antes de Cassie que é outra amiga nossa que fica aqui.

Fomos para nossa cabana e desfizemos as malas, logo Jack me chamou para conversarmos sobre minha missão, em sua sala.

Estevan estava junto com o pessoal da direção organizando alguns do próximos eventos e as atividades que termos ao longo do verão.

Cheguei na sala em que Jack me esperava e me sentei na poltrona de frente para ele.

-Bom Beer vou direto ao ponto: -ele disse e sorriu – Pedi para que você viesse aqui para te dar essa missão já que você vem aquitem bastante tempo e conhecesse as regras e tudo mais daqui do acampamento...

-Jack vá direto ao ponto, porque eu estou curiosa e nervosa com essa história. – eu disse e ele riu.

-Ok, fique calma. Bom, é que eu tenho um sobrinho, primo da Lory e, ele anda meio rebelde, fazendo coisas que não deve e tudo mais. Seus pais não sabem mais o que fazer, eu como sou uma boa pessoa, disse que era para mandá-lo para que eu darei um jeito nele.

-tudo bem, mas onde eu entro nessa história? – perguntei confusa.

-Você vai “tomar conta” dele, durante o verão. – ele disse e sorriu

-C-como assim? Quantos anos ele tem? 5, 6...

-16. –ele disse e eu arregalei os olhos.

-Calma aí. – eu disse e levantei da poltrona andando de um lado para o outro da sala. – Vocêque que eu tome conta de um garoto da minha idade?

-Isso mesmo, tenho certeza de que vocês vão se dar muito bem.- ele disse –Ah, ele chega na sexta-feira, quero que você vá buscá-lo no aeroporto.Seu nome é Cameron.

-Mas por que não pediu a Lory?

-porque ela é... digamos, muito infantil para isso. E ele precisa de alguém como você, sabe alguém que sabe aproveitar a vida e cada segundo nesse lugar, sem dinheiro, sem luxo. Tenho certeza de que você conseguirá. – Jack disse sorrindo – Você pode fazer isso?

-Acho que sim. – eu disse falhando um pouco.

-Que ótimo, muito obrigado Beer. – ele disse sorrindo, eu estava saindo da sala quando ele me chamou de volta. –Não esqueça que ele chega sexta no voo das 14 horas.

Concordei e saí de sua sala, voltei a minha cabana, tomei banho e conversei com Lory que me contou mais sobre seu primo.

Ela me disse que ele se juntou com um grupo de caras que não são nem de longe boas companhias, ele se tornou um vândalo, bebia nos bares, saia de casa escondido no meio da noite, brigava na rua e se drogou algumas vezes.

Fiquei chocada, como assim o Jack quer que eu tome conta de um garoto assim? Mas antes que eu saísse correndo e fosse falar com o Jack, Lory me disse que ele parou de andar com aqueles caras e também não bebe e nem se droga mais. Mas continua rebelde.

Bom, se o Jack confiou em mim para essa “missão”, eu não posso desaponta-lo, agora já é uma questão de orgulho.