Doce Implicância escrita por RossLin


Capítulo 7
Soco no espelho.


Notas iniciais do capítulo

Oiiiie, gente tá ai mais um pouquinho. Por favor, deixa comentários, e criticas são muito boas também. rs' Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/276677/chapter/7

(...)

Estava em minha cama, morta, por não ter dormido a noite toda. Minha cabeça doía, e eu estava até meio enjoada. Tinha acabado de sair do banho e estava bem relaxada para dormir. Mas não consegui. Em minha cabeça só conseguia pensa nele, em parar de brigar em como foi bom sorrir com ele, ouvir seu sorriso, ver seu sorriso, foi estranho e ao mesmo tempo bom. Eu sabia dentro de mim que tinha que odiá-lo, mas sentia também que não poderia sentir isso por ele.

“SE TOCA BELLA, ELE TE JOGOU TINTA VERDE NO COLEGIAL. ELE HUMILHOU VOCÊ. PRECISA SER FORTE COMO SEMPRE FOI ELE SÓ É MAIS UM IDIOTA”.

“APESAR DE ELE SER TUDO ISSO, ARROGANTE, IDIOTA, E TER ME HUMILHADO, ELE É LINDO QUANDO FALA DA PROFISSÃO E QUANDO DIZ O QUANTO GOSTA DE CUIDAR DAS PESSOAS”.

“ACORDA PANACA, EDWARD INIMIGO E PONTO”!

Adormeci.

Já ia dar meio dia quando acordei, Levantei, escovei os dentes e desci. Charlie não estava em casa e eu tive que arrumar a cozinha que não era arrumada a mais de um século. Juro que se Charlie estivesse ali, iria levar um tiro meu, por ter deixado a cozinha chegar aquele ponto. Não sei como não deu bicho no montueiro de pratos. Não demorou em que eu terminasse. Sentei-me na pequena mesinha na cozinha e fiquei lendo os jornais velhos ali. Bateram na porta e eu fui atender.

- Alice? – Ela entrou meio quieta demais para o meu gosto, se sentou no sofá e olhou para mim com cara de tristonha.

- Ele não me olhou! Eu fui no consultório do pai dele, sem motivo, eu tenho meus dentes perfeitos. Olhei para ele e ele nem me notou. Eu sou feia Bella? Sou? – Chorou escondendo o rosto.

- Alice, que idiotice, ele é só mais um menino. Você é linda demais amiga. Para! – Sentei ao seu lado, e passei meus braços em volta de seus ombros.

- Não amiga, ele não é só um menino que eu estou afim. Ele é diferente, eu penso nele antes de dormir, acordo e já quero ir à cidade para vê-lo, eu até mesmo escrevo o nome dele no meu caderno de tarefas. Eu não sei o que à comigo. Não sei o porquê de ser ele, mas eu quero estar com ele. Deus eu pareço uma idiota. – Chorou e se deitou no meu colo.

- Eu não sei dizer o que isso é, mas o pouco que li nos livros, diria que é amor. – Alice parou de chorar e se sentou me encarando.

- Amor? Eu nem o conheço, eu nunca falei com ele. Não sei se é um marginal, ou um psicopata, nem sei se ele se chama Jasper mesmo. – Olhava para o nada sem ter o que dizer.

- Já sei! – Ela me olhou espantada. – A gente vai na cidade e você vai descobrir se ele é um psicopata maluco.

- Está louca? – Soltou um gritinho fino.

- Louca? Por quê? Porque eu tenho a solução e você com esse seu medinho de enfrentar as coisas não tem coragem para ir conversar com ele? – Me olhou pensativa.

- Você acha mesmo que ele vai conversar comigo? – Sorri e me levantei.

- Vou trocar de roupa. Você veio com meu carro não é? – Perguntei.

- Não. Vim com o da minha mãe. – Fez um careta sem graça já sabendo a minha reação.

- Você quer morrer agora ou depois? Como pode deixar meu carro perto do maníaco do seu irmão? Ele com certeza deve estar com raiva e vai querer furar meus pneus de novo, só por que a natureza trabalhou bem e furou os seus. – Disse pondo as mãos na cintura.

- Calma. Vai lá, sobe troca de roupa e desce a gente vai passar lá em casa. – Sorriu e me empurrou para a escada.

(...)

Chegamos à casa dela e fomos direto para o segundo andar. Vi que meu carro não estava lá fora como antes e me assustei. Alice estava nervosa e só pensava em se arrumar.

- ALICE! Relaxa, chega de maquiagem, ele deve ver você como é. – Ela olhou sorridente.

- Mas é assim que eu sou Bella, maquiagem só tiro para dormir. – Continuou a se maquiar.

Descemos e notei a casa vazia. Segui Alice, até a garagem e para o meu desespero o meu ZEUS não estava lá. Só estava o volvo do panaca.

- CADÊ O MEU CARRO?- Perguntei olhando furiosa para ela.

- Eu realmente não sei, estava aqui antes de sair. Eu juro. – Correu para fora e parou na varanda.

- Eu vou matar aquele seboso se ele quebrar o meu carro. – Andei até a Mercedes deixando minha amiga para trás.

- Já pensou se ele levou o seu carro para um racha? – Olhei para ela com o olhar mais mortal que já fiz na vida. “Se ele der um arranhão no meu carro, é guerra nuclear na certa”!

- Entra logo nesse carro. – Ela correu e entrou no carona.

Fomos até á cidade, por um milagre aquela semana não tinha chovido nenhum dia, e aquele dia mesmo frio estava com o céu limpo. Paramos a uns cinquenta metros do consultório dentário HALE. Ela estava suando frio e eu ria sem parar. Por sorte ou uma coisa do destino Jasper saiu, e parou em uma barraquinha de cachorro quente.

- Bem agora a gente sabe alguma coisa. Ele gosta de cachorro quente. – Sorri e olhei para o lado vendo ela paralisada.

- A gente pode só espionar. Não É? – Abri a porta do carro e dei a volta para abrir a dela.

- Sai agora mesmo dona Alice. – A puxei e senti-a tremer. – Relaxa, eu falo primeiro e depois você puxa assunto. Ai eu vou embora você conversa com ele e descobre se ele é o tal assassino.

- Se ele for, quando descobrir eu já vou estar morta. – Travou no meio da rua. – Bella, vamos para casa, foi uma má ideia.

- Eu não vim aqui atoa, e você não gastou um quilo de maquiagem por nada, VAI! – Dei um empurrão e ela começou a andar, fui andando ao seu lado toda confiante, quando o tal rapaz nos olhos, seus olhos nem me notaram, foram direto para Alice, que sorriu. “Bom sinal”

- Olá. – Apertei a mão dele e ele sorriu ainda olhando para Alice, que olhava para os lados procurando o nada. – Você é Jasper Hale?

- Sim sou eu. Prazer. – Agora estendia a mão para Alice, que ficou sem reação olhando para a mão do rapaz. Dei um tapa forte nas suas costas e sorri para disfarçar. Ela logo se tocou e apertou a mão de Jasper, que sorria sem parar.

- Tinha uma coisinha nas suas costas Lice. Enfim, eu sou Isabella Swan e essa é a minha amiga Alice Cullen. – Ainda sorrindo ele apenas balançou a cabeça. - Bem vindo a Forks, a cidade não é super movimentada, mas é ótima, eu garanto. – Olhei para Alice com esperança de que ela falasse alguma coisa. Mas nada ela falou.

- Eu gosto daqui é bem sossegado. – Sorri de volta já gostando do rapaz.

- É... Você era de onde, desculpe a curiosidade? – Ele sorriu e se encostou em uma pilastra.

- Era da Philadelphia. – Alice sorriu sem motivo e ele a olhou sorrindo também. Me senti meio vela na hora.

- Que legal, e você tem passagem pela policia algo assim? – Os dois me encararam assustados, Alice fez uma careta e revirou os olhos. – Não né? Estou brincando.

- Eu sou dentista como meu pai, mas estou dando um tempo. Eu... Eu vi você na cidade outro dia, quis falar, mas não consegui. – Abaixou a cabeça envergonhado. Dirigia-se a Alice.

- Eu vim aqui no consultório hoje mesmo e você nem me olhou. – Fez o beicinho natural.

- Eu fiquei meio apreensivo, pelo que soube você e sua família são pessoas de alto nível. Achei que seria inconveniente puxar assunto. – Alice sorriu atônica. Eu realmente estava sobrando.

- Pesquisou sobre mim? – Ele corou na mesma hora.

- Bem, eu... Eu queria saber seu nome desde que te vi na cidade, eu queria mesmo pedir desculpas pelo esbarrão que dei em você. – “Ai que lindo”. Pensei.

- Eu esperei você falar comigo a manhã inteira. – Pronto! Alice estava liberta do medo. MISSÃO COMPRIDA.

- Eu desconfiava. Meu pai disse que seus dentes eram perfeitos. – Os dois gargalharam.

- Bem. – Os dois me olharam. – Já que o Jasper não é um criminoso da justiça e vocês estão conversando abertamente, eu vou indo. Te busco mais tarde, vou buscar meu carro na sua casa.

- Tudo bem, eu ligo. – Me despedi e andei até o carro.

POV. EDWARD.

Tinha acabado de deixar o Maverick preto na garagem, depois de passar a manhã toda o observando resolvi dar uma volta. Tinha o cheiro de xampu de morango no carro inteiro. Andar naquele carro que parecia tanto com ela, me fez ver com outros olhos. Por fora, o carro era carrancudo, bruto, e até meio deselegante. Mas por dentro era, macio, bonito, cheiroso, e até mesmo frágil. O carro perfeito para Bella. Entrei no meu quarto e espiei o pequeno bosque da vidraça que dava para os fundos da casa. Ver o verde e a luz do sol que batia nas folhas me fez sentir-se feliz. Era estranho sol em Forks. Desde que ela voltou não tinha chovido nem uma vez. Olhei para o chaveiro em minhas mãos com um trevo e uma pequena guitarra de ferro. Até as chaves do carro tinha aquele cheiro.  Ouvi um barulho lá em baixo e presumi que alguém havia chegado. Ouvi os passos subindo pela escada. Não eram passos doces e suaves como o de Alice ou passos firmes como o de meu pai, ou até passou elegantes como o de Rosalie e Esme. Era uma passo meio descompassado, sem muita coordenação. A porta se abrir bruscamente, batendo na parede fazendo os vidros tremerem.

- Onde você foi com o meu carro? – Fiquei parado vendo ela com as mãos na cintura batendo o pé no chão sem parar.

- Eu só dei uma volta, só para testar os pneus. – Falei tranquilo e me virei, para olhar novamente o bosque.

- Você o que? Sabotou o meu carro? Ah, é claro. – Falou nervosa.

- Claro que não esquisita, eu não fiz nada com o seu carro. Ele esta como estava já falei. – Semicerrou os olhos.

- Você botou uma bomba nele? – Sorri sem humor. “Que idiota”!

- Bella, eu não vou ficar gastando o meu tempo respondendo pergunta idiota. Eu já falei. Não sabotei o seu carro. – estendeu a mão direita em minha direção e fez cara de mal.

- Me dá a minha chave agora. – “Que garota mal educada”.

- Pede com educação. – Apertei as chaves em minhas mãos.

- Me. Dá. AGORA! – gritou.

- NÃO. – Veio em minha direção com toda a fúria. Levantei a chave o máximo que pude. – Olha a Bellinha, não cresceu nada, nada.

- ME DÁ ESSA CHAVE SEU IDIOTA! – Quando viu que não iria conseguir, olhou para os lados e avistou meu celular em cima da escrivaninha do lado da estante de livros. Para o meu desespero. – Ah é?! – disse sorridente já com meu celular em suas mãos.

- Isabella, me devolve meu celular agora. É serio não estou brincando. – Ela sorriu e foi em direção a vidraça que da para o bosque e a abriu. – Bella, não faz isso.

- Se não me devolver a minha chave eu juro que vou jogar seu blackberry novinho, lá no bosque. – Cantarolou já com o celular do lado de fora em suas mãos.

- Isabella Marie Swan SAFADA! Não faça isso. – Abri a vidraça do meu lado e fiz o mesmo pendurando suas chaves para o lado de fora. – Se jogar meu celular eu jogo sua chave.

- Só meu sem graça, Edward Anthony Masen Cullen, que se eu jogar seu celular ele vai virar caquinhos e mais caquinhos. Já a minha chave, eu vou poder ir lá buscar. – Fiquei pensativo e estava mesmo com raiva. Fiquei segundos parado de frente para ela a encarando.

- Então devemos entrar em um acordo. Eu te dou a chave, se me der meu celular primeiro. – Sabia que se desse a chave em suas mãos ela jogaria meu celular sem nenhuma dó.

- HAHA! Para você jogar minha chave lá em baixo? – Sorriu sem humor.

- Ué não foi você que disse que poderia ir lá pega-la. – Olhei para o céu e vi que já estava escurecendo. – Então Bellinha, vai buscar! – Joguei a chave da vidraça.

- NÃAAAOOOOOOOOOOOOOOO! – Gritou em desespero. – Seu BABACA! COMO VOU BUSCAR?

- Ai é com você! – Vi ela semicerrar os olhos de raiva novamente, e olhar para a mão em que o celular estava.

- Perdeu Playboy! – Jogou com toda a fúria o BlackBerry para os fundos escuros da casa.

- Sua filha da mãe! – Fui em sua direção e ela também veio com toda a fúria.

- Filho da mãe é você, vai agora buscar minha chave! – Me empurrou.

- Sai de perto de mim sua louca! – Me afastei.

- Eu estou me segurando já faz muito tempo. Agora eu vou é te arrebentar a CARA! – Fiquei realmente assustado.

A louca começou a me bater dando-me socos leves. Me deu na hora um ataque de riso que não tinha controle. Ela estava mesmo enfurecida e simplesmente hilária com aquela cara vermelha. Continuei rindo, indo em direção ao espelho para poder me proteger.

- Você vai morrer seu babaca. – Parou ofegante em minha frente. Estava escorado na cômoda com espelho.

- Calma cachorra raivosa. Não vacinou esse ano? – Ficou vermelha novamente, e eu gargalhei.

- AAAAAAAARGHHHH! – Com toda a força daqueles braços magrelos, ela fechou os punhos e quando se posicionou desviei minha cabeça para o lado, ela iria acertar bem em meu rosto.

Foi quase que em um piscar de olhos. O vidro do espelho atrás de mim se despedaçou quando a mão dela o encontrou. Foi tanta a força que não ficou nem um pedaço na cômoda. Tudo havia virado pedacinhos, demorei em notar que ela estava encolhida, quando me aproximei, vi que sua mão sangrava muito e que havia um vidro ainda nela. Fiquei desesperado, ela parecia aérea, meio tonta. Peguei sua mão e vi que o vidro tinha feito um machucado fundo e que sangrava sem parar.

- DEUS! Bella. Me perdoe. – Ela não respondeu. A empurrei até o corredor. Ela parou no meio dele, olhando para o chão. – Bella? Pelo amor de Deus! BELLA?

- Não... E-Eu... Não... Não gosto de... S-Sangue. – Gaguejou e vi que suas pernas não iriam aguentar. A peguei no colo, com o coração acelerado sem conseguir pensar.

A pus sentada na maca, no pequeno consultório que Carlisle tinha instalado em nossa casa. Ela ainda estava tonta. Meu coração estava apertado, eu havia feito aquilo. Era o culpado.

- Bella me perdoa! Não tive a intenção. Eu juro. – Ela me olhou.

POV. BELLA.

Via tudo um pouco embaçado, minha mão doía muito e eu não queria olhar. Odiava sangue, não suportava. Ele estava atônico, e se movia de lá para cá. Percebia seu desespero, e ouvia seus constantes pedidos de perdão.

- Me perdoa, por favor. – Ele estava com varias coisas na mão. Não entendia muito esse negócio de medicina, mas sabia que era para o meu corte.

- Não... Você não teve culpa. – Falei com a voz parecendo mais um sussurro.

- Tive sim, eu que te deixei nervosa. – Sua cabeça estava baixa. Olhava para minha mão.

- Não teve não. – Me olhou surpreso. Nos encaramos e depois ele desviou o olhar.

- Preciso puxar o vidro. Vai doer um pouco. – Disse nervoso.

- Não me diga. – Ironizei tentando distrair-me.

- Pronta? – Me olhou novamente.

- Nunca estou pronta para essas coisas. – Sorriu. Puxou o vidro devagar. – aaaaahhhm. – Fechei os olhos e gemi sentindo o dor na mão.

- Pronto! Desculpe-me. – Ainda estava de olhos fechados. – O corte foi profundo, precisa de sutura.

- NÃO! – Abri os olhos e o vi me olhando. – Só o Carlisle pode fazer isso. Eu não vou aguentar, vou desmaiar.

- Calma, Bella. – Disse com a voz suave. – Já fiz muito isso. Confia em mim.

- Por favor quando eu disser que é para parar, pare. – Ele assentiu com a cabeça.

- Vamos conversar. Eu preciso mesmo me desculpar por isso. Não deveria ter feito aquilo, foi infantil. – Ele estava mesmo se sentindo culpado. Tinha que aproveitar.

- Se for para se desculpar por isso, se desculpe por tudo. – Ouvi seu sorriso. Estava de olhos fechados.

- Você sabe que só tive culpa por isso. – “OQUE”?

- Só por isso? Você desde o inicio tem culpa. Você é o culpado por todas as brigas. – Agora falava serio. E ouvi sua respiração pesar.

- Não consigo te entender. Foi você que me empurrou na poça de lama. – Ainda estava ocupado, e sua voz era tranquila.

- Eu tinha minhas razões. E você sabe muito bem quais eram. – Sua respiração ficou mais pesada. E eu estava começando a ficar mais irritada.

- Sei sim. Porque eu tinha o meu grupo popular e você andava com os nerds. – “AAH IDIOTA”. O tom de sua voz havia mudado, o que me deixou ainda mais irritada.

- Você é um arrogante mesmo. Você e os seus amiguinhos puseram tinta verde em um dispositivo dentro do meu armário, e acham que não fizeram nada? Me humilharam na frente da escola toda. Você tem ideia de como eu fiquei durante um mês? – Não estava acreditando. Ele era mesmo um arrogante.

- O que? – Se alterou. – Eu não fiz aquilo, e nunca faria aqui com ninguém. Foi a Allison e o Eric. Pensei que já soubesse.

- Eu tenho certeza que foi você, era você o mandante da escola toda. – Ele sorriu.

- Bella, eu não mandava nem em mim mesmo, eu só me adaptei aquilo. Fui um idiota naquela época e admito, mas jogar tinta em você, eu juro que não fiz. – Falou sincero, e senti um ódio imenso de mim mesma por ter sido uma idiota durante muito tempo, queria mesmo ver a Allison e dar bem no meio da cara dela.

- Me sinto uma idiota. – Ele sorriu.

- Eu também. Brigamos esse tempo todo atoa? – Ainda estava de olhos fechados. Pensativa, lembrando-se de todas as vezes que o perturbei, ou sabotei algo que era seu.

 - Acho que não foi tão ruim. – Sorrimos juntos. – Falta muito?

- Já acabei há muito tempo. – Abri os olhos e o vi olhar-me sorrindo. – Foram só três pontos. E agora, como a gente fica? Continuamos a brigar para passar o tempo?

Sorrimos juntos. Fiquei pensando em como seria a minha vida sem aquelas brigas. Sem aquela doce implicância.

- Acho que uma briga por semana esta de bom tamanho. – Ele gargalhou e se aproximou.

- Acho que é o suficiente. – Sorrimos. Ele se aproximou mais, e olhou para mim.

Estava olhando para minha mão enfaixada, que não doía tanto. Senti Edward se aproximar de mim ainda me olhando. Meu coração acelerou inesperadamente. De uma hora para outra, Edward já estava entre minhas pernas, e ainda me olhava bem nos olhos. Seu olhar era mais intenso do que qualquer um que havia visto. Minha respiração tinha mudado, estava pesada sem ritmo, e a dele estava do mesmo jeito. Conforme se colava em mim sentia seu corpo quente, tão quente que parecia me queimar. Olhei seus olhos extremamente azuis e notei nele o que nunca havia notado. Que homem lindo. Na verdade quase perfeito. O nervosismo fez meu corpo tremer. Então senti a ponta de seus dedos encostar em meu queixo. Seus dedos estavam meio gelados, e o toque me arrepiou, estava respirando pela boca de tão pesado que estava respirar. Aproximou os centímetros que faltavam entre meu rosto e o seu e tocou seus lábios em minha bochecha me fazendo delirar. Fechei meus olhos no mesmo instante. Era quente, macio. Seu cheiro era maravilho, diferente, roçou seus lábios em meu rosto até chegar em minha boca. Nele depositou pequenos selinhos.

“Deus eu não sei Beijar”! Pensei em desespero.

O desespero passou quando o beijo se aprofundou agora não pensava mais em nada. Era suave e cada vez mais provocante. Sua mão deslizou para minha nuca e se entrelaçou em meus cabelos seus dedos, o que fez eu me arrepiar dos pés a cabeça. Com minha mão boa toquei seu rosto e deslizei também minhas mãos até seus cabelos na parte da nuca. Eram realmente macios, como imaginei. Ele puxou meu corpo para o seu e nossos peitos se colaram deixando a coisa ainda mais quente. O beijo agora era feroz. Uma de suas mãos apertava com força minha cintura e a outra minha nuca. Desci da maca, e ele ainda estava me beijando, me deixando embriagada com aquela boca. Parecia que a boca dele se encaixava perfeitamente na minha. Senti uma necessidade incontrolável de eternizar aquele momento. Na verdade não sabia mais para onde meus pensamentos estavam indo. A medida que a coisa ia aumentando, a minha vontade de estar ali aumentava do mesmo jeito.

“O que estou fazendo”? Pensei. O empurrei suavemente fazendo nossas bocas se separarem. Estávamos ofegantes, nervosos.

- Isso... Não deveria ter acontecido. – Falei arfante. O que mais poderia dizer?

- E porque não? – Franziu o cenho, confuso.

- A gente... Não pode fazer isso Edward. – Ele se afastou mas um pouco e me encarou.

- Bella, somos adultos. Porque não podemos fazer o que nos dá vontade? – “Ele quis mesmo me beijar”?

- Porque... Não! – Sai da sala sem dar nenhuma explicação logica, sem pensar direito desci as escadas.

Entrei no Mercedes sem conseguir raciocinar. “EU O BEIJEI MESMO? DEUS! QUE BEIJO FOI AQUELE? O QUE VAI SER DAQUI PARA FRENTE, COMO VAI SER? O QUE VOU FAZER?” Meu desespero era de deixar-me de cabelo em pé. Minha mão doía, conforme virava o volante e minha cabeça mais ainda.

“Tenho que buscar a Alice”! Fui em direção a cidade.

Meus pensamentos estavam meio perdidos, só conseguia pensar naquele momento, queria voltar, queria que não fosse o Edward mas que fosse ele ao mesmo tempo. "Depois de tanto tempo sem beijar, deve ser uma reação normal." Eu poderia beijar outra pessoa e esquecer daquilo, tirar ele da cabeça. Afinal, tinha sido só um beijo. O BEIJO na verdade. O celular tocou na bolsa e eu tive que parar em um sinal já na cidade, para poder pega-lo com a mão boa. "Alice" estava escrito na tela. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Gente Reviews, vai ....... *______*. Continuem lendo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Doce Implicância" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.