Doce Implicância escrita por RossLin


Capítulo 8
Vai um vinhosinho ai?


Notas iniciais do capítulo

Olá povin, chegou mas. Boa leitura!!!!



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(...)

- Alice? – Falei meio ofegante. – Eu já estou na cidade, estou chegando já.

- Bella? Você esta ofegante? Estava correndo? – Falou com a voz meio risonha.

- Ofegante? Eu? – Sorri falso. – Estou chegando.

Andei com o carro até chegar na frente do consultório dentário. Alice estava sentada em um banquinho, com Jasper sorrindo. Quando me viu saindo do carro, saltitou até chegar a mim.

- O que ouve com a sua mão? – Estava com Jasper ao seu lado.

- Acidente doméstico. Vamos? – Olhou assustada para Jasper.

- Ahhm. Jazz eu vou indo, venho sempre que puder. – Beijou seu rosto e notei que Jasper corou. Dei um pequeno sorriso.

- Tudo bem. Quero mesmo te ver. Mais vezes. – Sorriram e olharam para mim.

- É esta na hora de ir. Vamos Lice. Até mais Jasper. – Sorri para ele e puxei Alice que veio assustada.

Entramos no carro e quando ia ligar o carro para parti Alice segurou a chave a pegando de minha mãos.

- Me dá a chave. – Estendi a mão.

- Não. – Tenho certeza que fiquei vermelha.

- Estou vendo que vou ter que suturar a outra mão. – Alice arregalou os olhos para mim.

- Suturou a mão? – Respirei fundo.

- Foi... Um acidente, já falei. – Cruzou os braços escondendo a chave.

- Fala tudo agora. Aonde foi? – O olhar confuso, era até comico.

- A lugar nenhum. Eu fui... Para casa. – Menti.

- Não foi buscar seu carro? – Fiquei em silêncio. - Bella, o que ouve? Me conta de uma vez, você assassinou meu irmão? – Sorri.

- Antes fosse. Ok. Eu vou contar, mas não grita nem nada do tipo. – Assentiu com a cabeça. – Vou resumir. Eu fui a sua casa, para buscar meu carro. Seu irmão tinha dado umas voltas com ele o que me deixou extremamente irritada. Eu subi para pedir as chaves e ele não quis me devolver. Admito que fui um pouco mal educada, mas você conhece ele. Sempre querendo me irritar. Ai ele jogou minhas chaves pela janela, lá no bosque. – Arregalou os olhos. – Ai eu jogou o BlackBerry dele também. – Suas mãos foram para a boca, com espanto. – Ele gritou comigo e eu não admiti, gritei com ele e parti para a agressão. Bati nele e quando ia dar um soco bem no meio da cara dele ele desviou e eu dei um soco no espelho, o que causou isso. – Levantei a mão enfaixada. – Eu fiquei tonta por causa do sangue, ele desesperado se sentindo um monstro me pedindo desculpas o tempo todo. Fez uma sutura...

- Você deixou ele suturar sua mão? Só meu pai faz isso. – Interrompeu-me.

- É. Não sei o que ele tem nas mãos, mas eu juro que eu não senti nada Alice. Ele tocou na minha mão com tanta delicadeza que eu nem senti. Foi incrível. – Ela me olhava espantada.

- E o que mais aconteceu? – Perguntou.

- É... M-Mais nada. – Sorriu falso.

-Até parece que eu não te conheço. FALA! – Me empurrou.

- Eu... Ele... – Seus olhos arregalaram e a sua boca abriu. – Eu e ele nos beijamos.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHH. – Tapei o ouvido com a mão boa. – Eu sabia, eu sabia que ia dar algo assim. HAHA!

- Dá pá parar! – Falei seria.

- E como foi? – Olhei para ela fazendo careta. – Que foi? Eu só quero saber.

- Ai Alice! Foi... Sabe eu não beijo a muito tempo. Pode ser que eu tenha gostado um pouco. – Alice prendia o riso. – TÁ OK. Foi incrível, eu nunca senti aquilo antes e nem imaginava sentir.

- Ai que lindo, eu beijo aqui e você beija lá. A gente é tão amiga que até beija na mesma hora. – Olhei para ela sorrindo.

- Beijou ele? – Ela sorriu.

- Até parece que eu iria perder a oportunidade. – Gargalhou e entregou a chave em minhas mãos. – Vamos? Vai me contar tudo nos mínimos detalhes.

- Vamos. Eu não vou contar nada. – Sorri já sabendo que ira ser torturada se não contasse quantos segundos ou minutos o beijo durou.

- Só mas uma coisa. O que pretende fazer no sábado? – perguntou.

- Nada, porque? – Liguei o carro meio distraída.

- Bella. Sabado, não sabe mesmo que dia é sábado? – Alice estava espantada.

- E por que eu iria me preocupar em saber. Estou de férias, não quero saber de datas. – Sorri partindo.

POV.EDWARD.

Olhar os cacos no chão me fazia lembrar de tudo, em seus mínimos detalhes. Me joguei na cama olhando para o teto branco. Sorrindo como um bobo. Ainda sentia o gosto dela na boca, a sensação de encostar meus lábios nos dela não queria sair. Foi o melhor beijo que dei em toda a minha vida. Sentir os calafrios, a vontade louca de me aprofundar naquilo foram a melhor sensação que já tive. Dentro de mim sentia que todas as discussões, brigas e xingamentos tinham um por que, era para aquilo acontecer. O beijo não durou muito, mas foi o suficiente para fazer eu notar a joia que ela era, e o quanto eu a queria. Não me importava com mais nada. Não ligava para o meu celular distruído, as vezes que ela fez eu querer mata-la, não me importava mais. Ela tinha que ser minha. Eu tinha que terminar o que comecei. Beijar aquela boca novamente. Precisava sentir seu cheiro, precisava. Levantei atônico, para buscar as vassouras. Tinha que tirar aquilo de lá. Desci as escadas e fui até o armário que ficavam na cozinha. Ouvi a porta se abri e larguei tudo para trás, corri para a sala, torcendo para ser ela.

- Alice? – Ela me olhou estranho, sorrindo.

- Oi para você também. – Largou a bolsa no sofá e passou por mim para ir até a cozinha, a segui.

- Você foi na cidade? – cocei a cabeça, sentando na bancada.

- Fui sim. A Bells foi me buscar. – Me olhou novamente. Conhecia aquele sorriso malicioso. Ignorei.

- E ela não voltou com você? – Sentou em minha frente.

- Não. Eu a deixei em casa. – sorri.

- O que foi Alice? – Ela sorriu baixinho.

- Me diz você. – Revirei os olhos.

- O que ela te contou? – Soltou uma gargalhada.

- Eu falei que isso era amor reprimido. – Sorri. – Como foi beijar a Bella SAPATA?

- Foi muito diferente do que poderia ter imaginado. – Sorri.

- Ela não gostou. – “HAM”? – Bem, ela me mandou dizer isso. Mas para mim ela disse: Foi incrível, eu nunca senti essa sensação antes. Se contar para ela eu te estripo.

- Serio? – Sorri de orelha a orelha. – Então diz para ela que eu também não gostei.

- Eu não, diz você. – Sorri mexendo nos pequenos cabelos.

- Se eu ver ela de novo, vou querer beija-la novamente. – A explosão de gargalhadas foi desesperadora.

- Ai... Ai. É muito amor. Eu conheço a Bella, ela vai fugir de você o quanto puder. Vai te provocar, falar que não quer nada. – “Eu sou teimoso”.

- Eu sei. – Levantei.

- Acredita que ela nem sabe que o aniversário dela é nesse sábado? – Fez uma careta.

– Bem a cara dela.  Eu vou tomar um banho. A, faz um favor? Limpa meu quarto para mim?

- HAHAHAHAHA! Olha para minha cara de faxineira. Gostou? – Fez um careta.

- Sua amiga que fez aquela bagunça é a sua obrigação limpar. – Fechou o punho e eu tratei de me retirar.

POV.BELLA.

- Bella o que é isso na sua mão? – Charlie estava cheiroso?

- Acidente, eu cortei em um vidro. Pai está usando sua camiseta nova? – Fiquei surpresa.

- Sim, teremos visita. – Fez cara de sartisfeito.

- Visita? – fiquei confusa, ele estava cheiroso daquele jeito para quem?

- Sue Clearwater. – Sorriu.

- A tia do Jake? – Perguntei.

- Na verdade ela era esposa do falecido tio de Jake por parte de mãe. Sarah lembra? – Assenti.

- Esta saindo com ela pai? – Ele sorriu e pigarreou.

- Pare de pensar besteira garota. Vai se arrumar. Vai jantar conosco. – Me empurrou para escada.

Subi, e me joguei na cama sem nenhuma vontade de participar daquele jantar. Não que não queria ficar perto deles. Só queria ficar isolada, e pensar em como vou me livrar daquele beijo. Eu sabia que era impossível, mas tinha que fugir ao máximo do Edward. Lembrei de cada toque, cada calafrio, mordi freneticamente meu lábio inferior e comecei a rir como uma louca. Foi incrível. Muito booooooom!

“Eu sou realmente louca”. Pensei já indo para o banheiro.

Tomei um banho e coloquei um vestido soltinho vermelho, com uma faixa preta na cintura.  Soltei os cabelos e desci com o tênis de sempre nos pés, meu allstar preto. Descendo as escadas dei de cara com meu pai meio tenso olhando para a porta, na entrada da sala.

- Calma velhote. Ela não vai te dar um bolo. – Sorri indo para a cozinha, sentindo um cheiro maravilhoso. – Quem fez o jantar?

- O restaurante? – Gargalhei.

- Não tem vergonha mesmo. – Olhei para sala e tinha uma mesa enorme. – Que legal essa é importante.

- Não é nada pirralha. – Sorri e olhou para a porta.

Ficou ali parado e podia ver o quando estava tenso. Sentei no sofá e esperei olhando como meu pai estava nervoso. Ele estava mesmo assim por causa da Sue. Gostei de saber que meu pai estava se interessando por mulheres de novo. O trabalho dele tinha virado a esposa perfeita depois da separação. Alguém bateu na porta. Charlie ficou parado, sem se mexer só mexendo as mãos.

- Pai! Vai logo atender. – Ele me olhou suplicante, quando sussurrei. – Fracóte!

Abri a porta e lá estavam, Sue e um menino que não conhecia, parecia ter uns quinze anos.

- Olá. – Disse sorrindo. – Pode entrar.

- Olá, Charlie está? – Entrou sem graça, junto com o menino.

- Pai... – Olhei para ele que saiu da sala, totalmente envergonhado. O sorriso que veio depois me tranquilizou.

- Oi Sue. Tudo bem? E você rapaz como vai? – O menino sorriu simpático.

- Vamos pode ficar a vontade. – Me dirigi para a cozinha.

No balcão da pia, estavam sacolas de um restaurante de La Push. Era um prato esquisito mas tinha um cheiro muito bom. Os pratos já estavam na mesa, só faltava a comida. Procurei nos armários, um tabuleiro para por a mistura de macarrão com molho branco, e muitos outros ingredientes. Pus no prato e fui para sala. Quando cheguei lá estavam rindo, e conversando abertamente.

- Está pronto. – Pus o prato em cima da mesa e me sentei ao lado do menino sorridente.

- Que cheiro bom. Não me contou que sua filha cozinhava Charlie. – Olhei para Charlie que sorriu.

- É eu não contei muitas coisas. Isabella é engenheira. – Ela sorriu olhando para mim.

- O Jacob me contou. – Sorriu.

- O que estão esperando? Sirvam-se. – Todos pegaram prato.

 A comida já estava em seus pratos, e todos já estavam saboreando o prato delicioso. “nunca faria uma comida assim”. Pensei. Meu pai conversava com Sue a todo instante.

- Essa comida esta boa mesmo, parece até a comida do La Push’s lá da reserva. – Falou o menino sorrindo.

- Obrigado. – Sorri sem graça, e lacei um olhar para Charlie. Que imediatamente prendeu o riso. – E você rapazinho, qual seu nome? – Ele ficou meio sem graça.

- Sou Seth. Melhor amigo de Jake. Ele não vive sem mim. – Imaginei Jacob andando com o pirralho.

- Jake é seu amigo é? – Ele balançou a cabeça cheio de comida na boca. – E o que ele falou de mim?

- Não posso falar essas coisas na frente da mãe e do Charlie. – Arregalei os olhos e vi com o canto do olho que Charlie fez a mesma coisa.

- Seth! Pare de falar besteiras. – A mãe o repreendeu. O moleque sorriu.

- Desculpe. Estou apenas brincado. – Falou dando outra garfada.

Continuamos a conversar, eu entrei mais no assunto e Seth me conquistou de imediato. Me lembrava muito de Jacob quando tinha sua idade. Era um garoto muito simpático. A mãe também não ficava para trás, fazia meu pai rir, e isso me deixou feliz. Depois do Jantar Sue me ajudou a levar os pratos para cozinha, corri na frente para esconder as sacolas do restaurante. Por sorte fui rápida o bastante para estoca-las nos armários. Voltamos para sala e lá estava meu pai sorrindo como um bobo ao lado do garoto. Escorei na soleira vendo meu pai e aquela pequena família sorri sentados no sofá. Me senti deslocada, como se meu pai merecesse ter uma nova família, coisa que ele  precisava muito. Queria vê-lo feliz. Muito. Bateram na porta, fiquei segundos parada, antes de atender. Quando abri a porta, levei um susto.

- Mãe? – Renée sorria com os braços abertos.

- Filha. – Me abraçou forte.

- O que esta fazendo aqui? – Me afastou e puxou a mala rosa enorme para dentro, em seguida fechou a porta.

- Claro filha, eu estou ótima e você? – ironizou.

- Desculpe. Tudo bem mãe? – Ela sorriu e assentiu com a cabeça.

- Como você pode sair da faculdade e nem ao menos me ligar dizendo: Oi mãe, eu estou viva. – Sorri.

- Eu iria ligar. – Seus olhos percorreram todo o meu corpo e sua boca abriu instantaneamente.

- MEU DEUS. Bella, o que fez com seu cabelo? E você fez a sobrancelha? – Qual é o problema com a minha sobrancelha? – Que roupas bonitas.

- Eu mudei um pouquinho. – Sorriu maliciosa.

- Garotos? – “DROGA”!

- Não! – Ela abriu um sorriso maior.

- Dá licença eu vou falar com seu pai. – Andou até chegar a entrada da sala e me deixou para trás. – Charlie.

- Renée? – Meu pai se levantou.

- É eu estou bem. – Sorriu. – Olá. Eu sou Renée. – Apertou a mão de Sue e em seguida a de Seth.

- Olá. – Sue sorriu.

- O que está fazendo aqui? – Perguntou Charlie ainda confuso.

- Vim ver minha filha, não posso? – Colocou as mãos na cintura.

- Claro que pode. Mas nem avisou. – Fiz uma careta. Dizendo para ele nem discutir.

- Eu não preciso avisar para vim ver minha filha. – Estava seria.

- Para vir na minha casa precisa sim. E a filha também é minha. – Ele também estava serio.

- Lembre-se bigodudo que essa casa também já foi minha um dia. – Fez uma careta.

- Já foi não é mais. – Charlie estava de braços cruzados.

- Olha só seu... – Me intrometi. Sue estava corada e Seth também.

- É... Quem quer beber um bom vinho. – Entrei na frente da minha mãe.

Seth levantou a mão e eu ri. Fiz todos se sentarem e fiquei muito nervosa por causa do pequeno Show. Iria bar uma bronca na mamãe. O pai ia se dar bem com a Sue, e ela apareceu. Servi a todos e mamãe subiu para guardar a mala. Enchi uma taça de vinho e fui para a varanda sentar no banquinho antes da pequena escada. Olhando para o céu nublado senti a mesma sensação de mais cedo. A de quando estava com Edward. Como aquilo foi esquisito. E Bom. A brisa veio ao meu encontro e fez eu me arrepiar, me levantei para entrar e pegar um casaco. Quando ia abrindo a porta, ouvi o barulho de um carro parando e olhei para trás. Minha vontade foi de ficar invisível quando aquele homem saiu já olhando para mim. O desespero bateu e eu quis entrar, mas não conseguia. Me virei totalmente e esperei ele se aproximar. Edward estava com um blaizer aberto e uma camisa branca aparecendo. Calça jeans, e um tênis branco perfeito. Seus cabelos meio bagunçados e aquele sorriso torto que me fez corar. Como estava lindo, era quase sobrenatural a sua beleza. Lindo.

- Oi. – Fiquei em silêncio por uns instantes.

- Oi. – Ele subiu as escadas devagar.

- Alice dizia que você nunca foi boa para beber. – Sorriu apontando para a taça.

- Alice não sabe o que diz. – Se aproximou mais um pouco.

- Bella vim conversar com você sobre o que houve hoje. – Abaixou a cabeça.

- O que houve hoje? – Ele me encarou sorrindo.

- Sabe muito bem. – Minha respiração já tinha perdido o ritmo.

- Ah! O beijo? Não foi nada não se preocupe, não vai acontecer de novo. – Ficou serio. Tentava ser o mais natural possível.

- Bella, deixa disso. Você sabe que gostou e eu também. – Meu coração acelerou e uma alegria subiu queimando minha garganta.

- E-Eu gostei do que? – Fingi indiferença.

- É serio que vai fazer esse joguinho? – Se aproximou mais.

- Joguinho? – Pus a mão machucada na cintura.

- É, eu sei que você quer. – Sorri falso.

- A tá! Eu não quero nada com você. – Agora quem sorriu foi ele.

- Não foi o que pareceu hoje mais cedo. – Bufei.

- Você acha que todo mundo tem a mesma opinião, que são todas loucas por você né? Quer saber? Eu não sou. – Estávamos sérios nos encarando. 

- Saiba que eu também vim aqui só por que a Alice insistiu. E eu achei que seria legal me divertir com você. – Meus olhos queimaram e eu quis quebra-lo ao meio.

- Se divertir? – Se surpreendeu. – Então o beijo foi só um teste para ver como eu reagiria, para depois você se divertir?

- Espera! A palavra saiu errada, não quis dizer isso. – Se defendeu.

- A não? Então a sua intenção não foi se divertir e depois zoar da minha cara como sempre fez. – gritei sem folego.

- Já falei que nunca zoei de você sua louca. – Pensei o mais rápido que pude e estava com tanta raiva que o meu pensamento só encontrou um jeito para atingi-lo.

- É? Eu sou louca? Então toma a minha loucura! – Joguei o vinho todo em sua roupa o fazendo meio que correu para trás, e então ele caiu dos degraus batendo a cabeça. Eu cheguei a ouvir o barulho da sua cabeça se chocando no chão.

Ele fechou os olhos e fez uma expressão de dor. O que me deixou muito preocupada e me sentindo horrivelmente culpada.

- Aaaahmmmm. – Gemeu pondo as mãos na cabeça.

- Me desculpa, eu... – Se sentou. E me olhou furioso. – Não tinha a intenção de te machucar. – Tentei me aproximar.

- Sai de perto de mim sua retardada. – Abri a boca espantada.

- Eu me preocupo com você e é assim que você me trata? – Eu sabia que estava errada mas nunca iria admitir isso na frente dele.

- A culpa foi sua. Olha a minha roupa! – Olhou para blusa branca ainda sentado.

- Ainda está lindo. – Sussurrei para mim.

- O que? – Me encarou.

- Deveria... Deveria ter feito muito pior, seu babaca. E ai Eddiegayzinho se divertiu muito? – Gargalhei o vendo ficar vermelho.

- Vai ter troco Bella! Eu juro. E vai ser o pior possível. – Sorri debochada o vendo levantar.

- Eu vou ficar esperando. – Sorri falso.

- Sua galinha. – Deu as costas e eu gargalhei até ficar sem fôlego. “O mundo voltou a ter sentido”.

O vi entrar no volvo e sorri vitoriosa, ele foi embora cantando pneu, e eu fiquei ali o vendo parti. Gritando de felicidade por dentro. Lembrando-se dele dizer que tinha gostado do meu beijo.  “Ai que sensação ótima”! Ouvi a porta se abrir atrás de mim, e esperei. Senti alguém se aproximar, e quando olhei para o lado vi minha mãe sorrir.

- O que foi aquilo? – Fiquei nervosa na mesma hora.

- O que? – Ela me encarou.

- “O beijo? A Bella deixa disso. Você sabe que gostou e eu também”. – Fez uma voz masculina ridícula. E eu gargalhei ouvindo ela caçoar de mim.

- Que coisa feia, escutando a conversa alheia por detrás das portas. – Ela sorriu olhando para o nada.

- Estava mesmo com saudades da Esme. Vamos lá amanhã? – Olhou para mim com um sorriso malicioso.

- Porque não? – Gargalhamos juntas antes de entrar.

Depois de a minha mãe entrar e nem olhar para os lados, deixando Charlie muito envergonhado, despedi-me de Sue e seu filho e subi.

POV. EDWARD.

Eu estava muito irritado e com uma dor de cabeça de matar. Aquela safada tinha me feito cair. Odeio-a, é definitivo, isso me fez esquecer-se de tê-la beijado, e ter gostado muito. Eu tinha as melhores inteções. Planejava ter uma conversa adulta, mas ela tinha que ser daquele jeito. Ela iria me pagar, tinha que encontrar um jeito para fazer ela se arrepender de ter me jogado vinho. Deitei na cama com um comprimido em minhas mãos. Engoli de uma só vez. Eu nem tinha dito me divertir com aquela intenção. Eu ia achar muito bom passar meu tempo com ela, me divertindo com ela, passando o tempo me divertindo "junto" dela. Não me divertir à custa dela. Sentei e esperei o tempo passar, sem sono, só conseguia pensar nela e em mais nada. Não aguentava mas. Por que tomei a decisão de beija-la? Não entendia o porquê. Ela parecia tão minha na hora que só me imaginei a beijando. Eu tinha que fazer aquilo, eu precisava. Seu sorriso, seus olhos me chamavam. Sorri sem querer, com meus pensamentos. Bateram na porta.

- Novidade irmãozinho. – Alice, sorria. – Festa surpresa para Bella sábado. O que acha?

- Não quero saber de nada relacionado a essa peste. – Me deitei novamente.

- Ué, não era o senhor que estava todo sorridente por ter beijado ela? – Se sentou ao meu lado.

- Não quero mais falar sobre aquela galinha. Por favor, Alice, me deixa dormi. – Levantou em um pulo e se pôs em minha frente.

- Não me importa se você não esta bem com ela, ou se ela te rejeitou ou qualquer coisa. Você vai ajudar na festa querendo ou não e se me mandar sair do seu quarto assim de novo eu juro que vou dar um tapa bem no meio dessa cara branca. Vai encarar? – Olhei assustado para ela que estava meio vermelha.

- Ok. – Sorri. – Mas eu não vou falar com ela nunca mais. Ouviu?

- Tanto faz o que você fala. Eu sei bem o que vai vir depois, outro beijo. Eu tenho certeza. – Sorri falso.

- Não vai rolar mais nada. Até pensei na possibilidade, mas agora tenho certeza que não vai rolar mais nada. - Cruzei os braços.

- Sei. – Fez uma cara engraçada.

- É serio ela é muito infantil para mim. – Se direcionou para a porta.

- Estamos conversados né? Vai me ajudar e acabou. – Assenti e ela mandou um beijo antes de sair.

Joguei-me na cama novamente. Querendo esquecer-se de tudo fechei os olhos. O rosto dela era a única coisa que via. 

(...)


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero mesmo que sim! Deixe comentários, não esta dando pra responder mas assim que der eu respondo. Beijos gente e continue lendo hein!