Dinamite escrita por Charlie


Capítulo 3
Aquele mesmo perfume


Notas iniciais do capítulo

Oooi! Gente, que lindo, são 12 reviews! Cara, que coisa bonita... Isso me lembra Malditos Marotos, que foi a minha neném e era perfeitamente perfeita. Nossa, que redundância.
Ok, eu gostei até desse capítulo, sabia? É, gostei mesmo.
Se vocês quiserem uma música pra acompanhar (não fiz isso no último cap, ok), peguem aqui pela playlist do meu tumblr [http://hide-intheshadows.tumblr.com/]. Como tá no aleatório, pode deixar tocar a que for. A maioria das que eu mais gosto está depois da 55, 60. Então, se quiserem... Tem Avril, Foster The People, One Direction, Ed Sheeran, Florence... Enfim. Tem até covers da Little Mix.
Então, parou o merchan da minha playlist.
AH! ESQUECI DE FALAR NO ÚLTIMO CAP! Obrigada Naty Riddle e Sabrina Valentine por favoritarem... Love you forever, girls! ♥
Boa leitura!
x :)



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POV Sirius

Acorda... Prongs, acorda...

–Tô indo, mãe...

–Prongs, seu viadinho, acorda. Não dá pra gritar, tá tarde.

–Isso, Lilly, isso... – cansei e dei um murro no braço dele – Ai, Lilly, quer dizer, Pad. Que droga! Que foi? São – ele olhou no relógio e virou pra mim com ódio – três da manhã!

–Cala a boca, Prongs. Ouve!

–Fala, desocupado...

–Eu tava fora, né? Com a Charlie...

–Vocês estão juntos faz tempo, por Merlin... – eu o olhei feio e ele fez uma cara “Tudo bem, pode falar”.

–Enfim, eu tava fora e depois que a gente saiu da sala eu fui dar uma rodada pelo castelo e sabe quem eu vi? Malfoy.

–Lucius?

–Eu ia te acordar no meio da noite por causa de um moleque? Não! Roxanne Malfoy, a priminha entojada saindo de uma sala com um corvinal do sétimo e com a roupa amarrotada – levantei as sobrancelhas e abri meu melhor sorriso malicioso, mas a expressão dele continuou a mesma.

–Desde quando você se importa com a Malfoy, seu cachorro pervertido filha duma mãe?

Revirei os olhos e tentei digerir as palavras dele. Eu realmente não me importava com ela. Era, talvez, raiva por ela não ser exatamente a “princesinha” que eu pensei e eu nunca ter ficado com ela. Ou talvez, e mais provavelmente, fosse simplesmente a vantagem... De se chantagear alguém com uma máscara enorme.

–Ouve meu plano.


POV Roxanne

Acordei no outro dia com Cissa falando.

–Acorda, Roxie. Agora, de preferência. Credo, menina, teu sono agitado está pior que o normal... Olha como você está suada!

–Pois é... Isso porque estou tomando meus remédios – me levantei. Era fácil enganar Narcisa. Era a única coisa que eu escondia dela, porque ela prezava demais o fato de se “preservar” e os velhos costumes. Mas eu tenho a mente aberta. Os remédios, na verdade, era a minha receita para não acabar engravidando numa dessas... Ainda tenho que manter a compostura, né? Tenho um nome a zelar.

Tomei um banho quente, peguei minha camisa, minha saia e meu cardigã. Tudo passado, perfeito. Saí do banheiro e Narcisa já estava pronta e com a bolsa atravessada no corpo.

–Cissa, que horas são?

–Ah, ainda tem tempo até as aulas! Você tem cerca de meia hora, Roxie. Mas eu vou, han, resolver alguns assuntos. Nos vemos no salão, tudo bem? Beijos, então.

E ela saiu. Resolver alguns assuntos? Algo me diz que a Cissa esconde segredos de mim também. Voltei a me arrumar, então. Coloquei meus sapatos, arrumei o cabelo, peguei a bolsa e meu livro de poções em cima da escrivaninha, porque hoje tenho teste com aqueles grifinórios... Por que a maioria deles são bonitos? E jogam quadribol tão bem? Fui assistir aos testes desse ano e, por Merlin, um é melhor que o outro! E eles têm a maldita mania de descer das vassouras tirando os protetores e a camisa e, bom, ninguém é de ferro.

Mas grifinórios são muito perigosos.


Saí da sala comunal, passei pelo corredor de ontem, e andei mais um pouco. Nossa sala é bem afastada e difícil de achar, por isso demora até chegar ao Salão Principal.

–Bom dia, Roxanne – ouvi uma voz rouca e dissimulada atrás de mim. Era de homem. Mas eu não falo com nenhum garoto, fora os sonserinos e os com que eu fico, que possa me chamar de Roxanne. Os garotos que eu fico sabem que não podem falar comigo na frente dos outros, e os sonserinos costumam ser frios. E essa voz... Era diferente. Era como se cada palavra me pedisse pra explodir, como se cada palavra tivesse malícia.

Eu me virei e não pude deixar de franzir a testa e de ficar confusa. Era o Black. O Sirius Black, sozinho e sem marotos, falando comigo num corredor agora vazio. Olhei para os lados e percebi que não havia ninguém mais, tinham ido tomar café. O sol entrava pelas janelas, o deixava ainda mais bonito. Aqueles cabelos pretos, na altura do queixo; aquele sorriso meio torto, totalmente malicioso; aqueles olhos ora azuis ora cinzas... Ele era pra enlouquecer qualquer garota.

–Black?

–Pleasure, Malfoy. Não sei se você se lembra, mas meu nome é Sirius Black, um grifinório lindo e gostoso, na casa de quem você e seus adoráveis pais passarão a festa sagrada conhecida por Natal – ele foi falando e se aproximando mais e mais. E meus olhos foram se arregalando mais e mais. E eu não fiz nada, eu fiquei sem reação. Ali, ouvindo aquela voz e sentindo aquele perfume. Acho que eu parecia hipnotizada – Aliás, não se esqueça de que falta muito pouco para esse dia tão esperado chegar e... – ele chegou muito perto, estava quase me beijando - ... eu te espero.

Então, ele me deu um beijo no rosto e saiu, daquele jeito estranho e largado dele. Virou, no meio do corredor, piscou pra mim e continuou andando.

E eu, idiota, não consegui respondê-lo. Não consegui xingá-lo. Não consegui nem deixar meu nariz no alto. Fiquei lá, feito uma idiota, parada e perdida naqueles olhos azuis, que mudavam no reflexo do sol, naquele cabelo balançando com o vento, que também fazia o perfume dele caminhar diretamente pro meu nariz. E eu fiquei ali, como se ele tivesse me feito beber uma taça de Amortentia como se fosse uma taça de vinho tinto. Eu fiquei ali, boba e indefesa contra o ser da maldade que é o Black. Por que raios ele tinha que ser um Black?



(...)


–Roxie? Você ficou calada desde o café. O que aconteceu? – Emma me perguntou.

Era nossa colega de quarto, Emma Vanity, com quem eu me dava muito bem, embora fosse diferente demais da Narcisa.

Emma jogava como artilheira no time da casa, quase sempre andava com os garotos e era muito transparente com o fato de ser quem realmente é. Tinha os cabelos castanhos, ondulados e até a metade das costas. Os olhos eram verdes e era bem bonita, na verdade. Já tinha saído com James Potter, há uns dois anos. Era extremamente simpática, menos com as garotas e garotos de famílias como a minha, pessoas como Narcisa, Lucius e os irmãos Carrow. Mas uma vez ela me disse que, comigo, simpatizava. Eu parecia “não gostar do meu jeito de se comportar”. Então, acabamos por virar amigas. Mas eu nunca contei a ela. E andávamos juntas pouco, porque ela sempre estava com o time, ou com os garotos, fazendo alguma coisa.

–Em, é você – sorri e olhei para os lados pra ver se ninguém me olhava feio – Eu só estava, sabe, pensando.

Estávamos no pátio e eu não conseguia evitar olhar para o Black, que estava com o braço em volta da cintura da Charlotte, a lufana que estava saindo com ele faz umas semanas. Ela era bem parecida com a Emma, no jeito. E elas até se falavam, se davam bem e eram bem amigas.

–Roxie, você não consegue esconder que está olhando pra Lotte. Ou pro Black? – ela arregalou os olhos – Está olhando pro Black??

–Eu? Não, eu não, eu... Emma, por favor, né?

–Roxanne, é o seguinte: eu cansei das suas mentiras. Eu sei que você esconde alguma coisa. Conta pra mim. Eu sou a única pessoa que não vai te julgar. Pensa nisso.

Ela levantou e saiu andando, me deixando a dúvida. Sim, eu sabia que ela não ia me julgar. Mas não, eu não podia contar... Eu não... Eu não tenho mais certeza de nada!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu, particularmente, amo escrever POVs do Sirius. E amo escrever Sirius/James. Esperem mais do James, só digo isso!
Boa semana pra vocêês!
x :)



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