“Marika não Alice uma menina que tem medos, como qualquer pessoa, não a culpo por ser assim, mas também não posso culpar ninguém no mundo mais pelos erros pequenos.”

Ao pular da janela do segundo andar da casa de Marika que se localizava em cima da joalheria, Black cai rolando no terraço do vizinho, se levantando e procurando de baixo da chuva, Black permanecia parado olhando para todos os lados até que escuta barulho de um objeto voando em sua direção, ele apenas retira seu, sobretudo para diminuir a velocidade do objeto que vinha em sua direção, ao defender e retirar o objeto, Black repara que era nada mais nada menos que a foto de Marika quando criança. Ao ver a foto Black se levanta e corre atravessando o terraço pulando caindo em outro terraço, fazendo sem parar até conseguir chegar à igreja da vila, e vê Marika parada no sino da igreja apenas olhando para Black.

Ao reparar que a chuva não parava Black pula do terraço que estava, até a parede da igreja, que conseguia escalar, Marika não aguentava ver Black subindo as paredes que começa a jogar o que parecia estrelas ninjas, mas como seu desespero era tão grande não conseguia acertar nada.

–Por que você não desiste!? –o desespero era tão grande que se podia ouvir na voz de Marika. Sem nenhuma resposta, e por muita perda de sangue, Marika cai de joelhos não aguentando mais ficar em pé.

–Você esta acabado. –falava Black que consegui escalar o topo da igreja, apenas passando a mão em seu cabelo o jogando para trás.

–Hehe, acho que nada pode ser feito como imaginamos.

–Tudo é possível.

–Como é possível, mas basta querer.

–Hum.

–Eu lhe contei a minha história? Acho que não. –de tanta dor Marika não conseguia nem olhar mais para o rosto de Black, apenas ficava de cabeça baixa.

–Não.

–Tudo começou quando eu tinha apenas cinco anos, meus pais biológicos me trocaram, para conseguir acabar com as dividas, feito isso eu fui criada como um pedaço de lixo até descobrir que tinha esse poder, feito isso começaram a me tratar um pouco melhor, mais mesmo assim não parecia ser diferente. Me levavam sempre para os lugares que deviam dinheiro, e sempre eu tinha que matar todos, foi daí que eu comecei a adorar a matar pessoas, por causa dos gritos. Mas como eu estava amando o que fazia, não podia controlar mais. Um dia eu cheguei a matar um dos lideres do grupo que eu estava apenas para ouvir o seu grito, mas não foi nada esperto de minha parte, me espancavam loucamente, até um certo casal aparecer e oferecer uma quantia por minha guarda. Eu pensava que estaria salva, mais era apenas a minha imaginação, ao passar dos tempos fui ficando mais velha já estava com doze anos, que começou novamente o espancamento por não conseguir ser o que eles queriam, tinha vez que me trancavam no porão para eu pensar no que eu tinha feito. Até chegar esse dia que estamos hoje, eu matando eles e não poder ouvir os seus gritos, já que tudo deveria ser um crime perfeito, tudo planejado, ir a pensão da vila e chorar no colo de Rok Prusstelli, mas do nada você apareceu e acabou com todo o meu plano.

–Hum. –o rosto de Black não demonstrava emoção ao ouvir toda essa história.

–Agora eu só penso em acabar com tudo isso de uma vez. –Marika com suas ultimas forças se levanta, a chuva que não parava fazia com que as a visão do topo da igreja fosse impossível de se ver.

–Você deveria saber quando desistir.

–Nunca! –gritava Marika começando a tentar socar Black com seu braço esquerdo, ao desviar do soco, Marika tenta dar um chute direto na barriga de seu inimigo, mas suas forças eram tão limitadas que o chute fosse tão franco a ponto de conseguir defender com apenas um dedo.

–Você deveria desistir antes que algo ruim acontece Alice.

–Cale a boca! –gritava Marika ao tentar se manter em pé na beirada do terraço -Eu apenas estou começando!

–Hum.

–Black Moon você é um belo adversário e um formidável homem, gostaria de ter te conhecido antes de entrar na loucura. –falava Marika com o corpo bambo que não conseguia se manter em pé –Quem sabe na outra vida a gente se encontra? –Marika cai do topo da igreja como se fosse de papel a falta de sangue, fez com que Marika consegui-se a ponto de conseguir falar mais.

–Esse é o fim? Esperava mais dele. –pensava Marika –Acho que eu irei ver todos a quem matei no inferno que é o meu lugar. Adeus Black Moon meu primeiro alvo a sobreviver. Eu gostaria de poder aproveitar a tua compania por mais tempo, mas parece que será impossível.

Os dias foram passando, com o tempo Marika começou abrir seus olhos ao ver que estava deitada numa cama da clinica da vila toda enfaixada, seus únicos pensamentos eram de como tinha sobrevivido ao cair da igreja.

–Mas como eu estou viva? –falava Marika com a pouca força que tinha ainda.

–Você da um pequeno trabalho Alice, só de pensar que quando você estava caindo eu pulei junto para te salvar. Você não deve se lembrar de nada já que estava praticamente inconsciente. –falava a pessoa que estava atrás dela olhando para a janela.

–Black Moon? É você? –falava Marika tentando olhar ao seu redor.

–Sim sou eu. –falava Black enquanto caminhava para Marika consegui-se ver claramente seu salvador.

–Por que me salvou?

–Sinto que você ainda deveria ver muita coisa ainda. Fique deitada e descanse, eu conseguir criar uma desculpa para todos o moradores da vila sobre o caso e porque você esta toda machucada.

–Ao retirar as armas do meu corpo, se eu parar para descansar as feridas se curam. Mas os tiros da sua arma não eram para cur...

–Eu tenho uma pomada que retira qualquer machucado. –falava Black cortando a fala de Marika.

–E por que ainda esta aqui?

–Só queria ver você acordar e explicar o que aconteceu estarei de partida amanhã já que consegui acordar.

–Okay.

No dia seguinte Black estava parado com sua sacola em mãos e com seu, sobretudo, esperando o seu trem chegar para ir cumprir com o seu destino. Estavam Maria e Sabrine chorando com a partida de seu novo amigo, e Rok tentando controlar suas filhas.

–Bem chegou a hora de me despedir de vocês. –falava Black com um sorriso no canto de sua boca.

–Foi pouco tempo, mas foi divertido Sr. Moon espero que possa nos visitar novamente. –falava Rok com um sorriso em seus rosto.

–Quem sabe um dia?

–Black!Eu e a Sabrine fizemos isso para você. –falava Maria segurando o sobretudo de Black com um pedaço de papel em uma de suas mãos.

–E o que seria isso? –perguntava Black se abaixando.

–Um desenhos da gente brincando. –respondia Sabrine com um sorriso em seus rosto, Maria quase chorando da o desenho para seu amigos ao ver o desenho, Black repara que tem uma pessoa a mais.

–E quem é essa pessoa aqui? –apontava Black, ao sentir que alguém deitava em suas costas e apontando para o desenho.

–Essa seria eu certo meninas? –falava a pessoa misteriosa.

–Sim! –respondia Maria pulando de alegria.

–Você não deveria esta de cama Marika? –perguntava Rok preocupado.

–Fui liberada eu não poderia perder a chance de fugir por amor! –falava Marika Toda sorridente.

–Você vai fugir com o Black Marika? –perguntava Sabrine com um brilho em seus olhos.

–Sim!

–Se for verdade melhor a gente se apressar Marika. –comentava Black se levantando com a Marika em suas costas –Obrigado por tudo, e adeus.

Black e Marika caminhavam para o trem que tinha acabado de chegar à estação, sentando no vagão Black começa a encarar Marika que estava sentada ao leu lado abraçando o seu braço.

–Você tem certeza disso? Marika?

–Pode me chamar de Alice, acho que é mais fácil viver com esse nome agora.

–Entendo mais será que poderia pelo menos se sentar no outro banco eu gosto de espaço às vezes.

–Não senhor, vamos ficar coladinhos já que você foi o primeiro que eu escolhi.

–Primeiro?

–Sim meu primeiro amor verdadeiro. –falava Marika beijando a bochecha de Black com um sorriso como de uma criança feliz.

“E foi assim que toda a minha vida com uma nova amiga começou, o que será que vai acontecer de agora em diante? São perguntas que fazem parar para pensar às vezes.”