“Tem horas que eu desejo matar Alice por cada erro estúpido que ela faz.”

Depois de passar varias horas no trem, Alice desce do vagão em uma parada para poder ir comprar alguns doces, mas quando percebe que o trem estava se mexendo, ela sai correndo atrás dele gritando para esperar, ao reparar isso, Black pega a mala de Alice e a sua e pula a janela do trem, ao pousar no chão Black se levanta com um olhar furioso para Alice. Fazendo com que ela fica-se com um pequeno remorso. Que logo passou.

Ao andar pela cidade Black e Alice não paravam em lugar nenhum até conseguir chegar a uma floresta que a cada passo o silêncio aumentava onde que o único barulho que si ouvia era os paços dados. O coração de Alice batia cada vez mais forte ao ver que estava começando a escurecer ela na mesma hora abraça o braço de Black tremendo de medo.

-Black eu to com muito medo dessa floresta! –gritava Alice que não parava de tremer fazendo com que Black não conseguisse mais andar.

-Então iremos acampar aqui hoje.

-Nesse escuro? Você ta doido!? –gritava Alice desesperada.

-Então continuamos a andar até sair dessa floresta.

-Mas eu estou cansada! –argumentava Alice pulando nas costas de Black.

-Não é você que esta cansada? E fica pulando igual uma doida. Fique aqui e prepare uma fogueira.

-E o que você vai fazer?

-Procurar comida.

Black deixou suas coisas com Alice e começou a caminhar para o meio da floresta ao ver que estava longe de Alice, ele coloca o capuz de seu sobretudo e começa a andar mais de vagar, até que chega-se em uma parte da floresta que estava completamente iluminada pela luz do luar.  Ao parar para olhar para a lua Black simplesmente ficou imóvel.

No meio da escuridão Alice estava simplesmente pegando alguns galhos que tinha perto de onde estava conseguindo fazer uma fogueira. Ao recolher todos para conseguir fazer uma fogueira, Alice se deita no chão e começa a encarar as estrelas que se podia ver. Ao ficar encarando elas. Os pensamentos de Alice estavam voando. E a lembrança que teve com Black no vagão veio em sua cabeça.

-Alice eu quero te pedir uma coisa. –falava Black que observava a paisagem.

-O que foi Blackzinho?

-Não mate ninguém desnecessariamente.

-Como assim?

-Bem eu tenho uma missão de matar apenas pessoas específicas, mas o resto para mim não ira fazer a menor diferença.

-Agora que eu fiquei em dúvida Black, quem é você na verdade?

-Como assim? –perguntava Black que parou de olhar a paisagem e começado a encarar Alice.

-Bem... eu te contei tudo sobre a minha vida, mas você não falou nada da sua.

-Hum.

-Quem é você na verdade?

-Acho que eu deveria te contar. Eu vim de um lugar chamado Vila da Lua Cheia.

-A vila que foi massacrada em uma só noite.

-Você a conhece então. Eu devo ser o último sobrevivente, nunca achei outra pessoa de lá, meus pais meus amigos, todos que eu amava e conhecia foram mortos, e eu era jovem e inocente, nunca entendi o porque de tudo aquilo. Só sei que quem mandou exterminar a minha vila foi à família Trancy. Eu sai da vila e fui encontrado por uma pequena família onde eu fui criado, e me casei.

-Pera você é casado Black Moon? –perguntava Alice com um tom de raiva e inveja na voz.

-Era, ela teve uma doença fatal no dia que nos casamos ela morreu depois de um ano, onde que eu tive que tomar a corarem de pegar minhas coisas e simplesmente sair novamente para o meu destino de dor e solidão.

-Hum.

-Mas nesse tempo que eu estive lá eu aprendi muitas coisas, como caçar. Mas nunca foi o meu plano te arrastar para a minha vida ou o meu destino, você é livre para poder sair quando quiser. –falava Black com um olhar triste em seu rosto, onde não gostaria de ficar se lembrando do passado. Ao ver isso Alice simplesmente pulou para a poltrona onde Black se encontrava abraçou seu braço e olhou em seus olhos e falou com uma voz mais doce que consegui fazer.

-Nunca irei te deixar não ligo para o seu passado e sim para o seu presente onde eu gostaria de ficar nele.

-Obrigado Alice. –Alice ficou ali sentada e abraçada no braço de Black até cair no sono. Alice começou a esticar o braço olhando para as estrelas com um pensamente único.

-Black Moon eu irei ajudar a realizar o seu sonho.

Um barulho veio do meio da escuridão e foi diretamente para as costas de Black, apontando uma faca em suas costas.

-Passe tudo que tiver contingo. –falava o ladrão.

-Hum, acho que a única coisa que poderia estragar a visão dessa lua é um ladrão qualquer. –respondia Black num tom frio.

-Cale a boca! Você não tem direito de falar nada eu quero que se vire devagar para poder passar tudo que tem de valor. –ao acabar de falar Black se virou puxando sua arma e apontando para o rosto do ladrão que estava com uma bandana vermelha cobrindo sua boca.

-Me diga quais são as suas verdadeiras intenções ou eu simplesmente irei atirar em sua cabeça. –o ladrão não estava conseguindo ter mais nenhuma reação com a arma apontada diretamente em sua cabeça. Sem mais o que fazer ele simplesmente deixa cair sua faca e levanta as mãos para o alto.

-Não me mate. –sua voz estava tremula.

-Você estava me seguindo desde quando eu sai da estação, eu percebi o disfarce não ajudou muito. Já que estava carregando uma menina nas costas. Quem é você? A mãe dela? Responda! –a mulher retirou a bandana que cobria seu rosto, e olhou para Black e deu um leve sorriso de ironia.

-Acho que a minha irmã terá que fazer uma refém com aquela menina.

-Hum. –Black simplesmente retirou o seu capuz e começou a olhar para a mulher que estava com um sorriso irônico no rosto.

-Não vai falar nada?

-Acho que você deve ter ouvido falar do nome Alice do Sangue Negro certo?

-Alice? –o sorriso que tinha no rosto da mulher sumiu rapidamente e começou a ficar pálido.

-Então conhece. Melhor dizer o que esta acontecendo para acabarmos logo com isso.

“Uma aventura nova é igual mais encrenca e dor de cabeça. Mas até que me ajudou muito, para o futuro, mas as vezes eu penso o que teria acontecido se eu não tivesse aceitado aquela aventura.”