Procura Obsessiva escrita por July Carter


Capítulo 4
Capítulo três.


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pela demora para postar. Culpem a falta de inspiração que não sai de mim. kkkkkk
Espero que gostem do capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/275963/chapter/4

Isabella estava sentada em um carro confortável com o aquecedor ligado, encarava as próprias mãos e seus lábios estavam franzidos. No momento em que seu professor apareceu e lhe ofereceu carona ela não pensou duas vezes antes de aceitar, mas agora que estava ali sentada naquele carro e com aquele homem ao seu lado sua ação não parecia fazer sentido.

O clima no automóvel estava tenso. Edward mantinha o olhar na estrada, contudo, às vezes, ele desviava seu olhar para Isabella. Todas as vezes que seus olhares se cruzavam um par de coração acelerava. Era uma situação estranha, nenhum dos dois conseguiam entender.

– O que te faz sair de casa em um tempo como esse? - A voz dele era calma, de certa forma acolhedora.

– Minha irmã. - A voz dela não passou de um sussurro abafado. - Tenho que buscá-la na casa da minha avó. - Ela forçou seu olhar a enxergar além dos vidros do carro. - Na próxima rua a direita. - Ela deu um meio sorriso. - O que lhe fez se mudar para esse fim de mundo? - Bella não quis parecer indiscreta, após aquela pergunta ela mordeu a própria língua. Ela sentiu o gosto de sangue.

– Se eu falasse que era destino, você acreditaria? - Edward a encarou e ergueu uma das duas sobrancelhas, voltou sua atenção para a rua e fez o que Isabella indicou.

– Há muito tempo deixei de acreditar em destino.

Aquela resposta o surpreendeu, ele não esperava ela.

– Verdade? Bom, tive muitas oportunidades para deixar de acreditar em destino, mas resolvi esquecê-las. Acho que não devemos deixar de ter esperança de que algo bom irá acontecer em nossa vida.

– Não deixei de acreditar que algo bom acontecerá para mim. - Ela falou rápido demais. - Pelo contrário, todos os dias quando acordo penso que ele não será tão ruim quanto o anterior. Penso nisso desde o dia que minha mãe se foi...

– E isso tem funcionado? - Perguntou com curiosidade.

– Até o momento não. - Isabella riu. - Mas tenho a leve impressão de que esse ano será melhor que os outros.

– Eu também espero isso. - Edward sussurrou. - Espero de verdade.

A garota inclinou a cabeça e encarou o professor. Por um momento os olhos dele pareceram tão tristes quanto os dela. Ele parecia sozinho.

– Você veio sozinho? - Mais uma vez ela soltou aquela pergunta sem pensar e mais uma vez ela mordeu a própria língua como forma de punição.

– Sim... - Ele pareceu pensar por alguns segundos. - Vim em uma busca solitária, mas minha família chega amanhã.

Então ele não era sozinho. Aquilo fez com que o coração de Isabella se apertasse. Ela não podia se sentir assim, mal o conhecia.

– Uma busca solitária?

Edward não sabia explicar, porém naquele momento ele sentiu a necessidade de contar tudo para aquela menina, falar sobre sua vida e sua trajetória até aquele momento. Lembrou-se do dia que a viu pela primeira vez e como desejou que sua filha fossse igual a ela.

– Aos dezenove anos tive uma filha com uma mulher que eu amava. - Ele respirou fundo e encarou o caminho que vinha a sua frente. - Minha mulher morreu no parto e minha meninha foi sumiu da maternidade. Desde então eu a procuro.

– Eu... Sinto muito. - Isabella não sabia o que dizer, não entendia nada daquilo, mas sabia ou pelo menos imaginava como era a sensação de se ver longe de um filho. - O que faz você pensar que ela esteja aqui?

– Anos de procura e esperança. - Edward deu um meio sorriso. - Quando se procura alguém por tanto tempo você aprende a pressentir algumas coisas e a esperaça é o que me mantém nessa busca. É doloroso, sabia? Me casei novamente, tenho uma filha linda, mas mesmo assim sinto que falta um pedaço de mim.

– Acho que sei como se sente. - Realmente, Bella sabia como ele se sentia, pelo menos a parte de faltar um pedaço de si. - Nunca pensou em desistir?

– Se fosse seu filho, você desistiria?

Ela sabia qual era a resposta. É claro que não, ela não desistiria.

Bella não falou nada, olhou para fora da janela e avistou a casa de sua avó.

– É aqui. - Ela mal terminou de falar e Edward já pisava no freio e parava em frente a casa.

Bella não se mexeu. Retirou o cinto numa lentidão exagerada, estava se sentindo bem ali.

– Me dei conta que não sei seu nome...

– Eu também não sei o seu. - Ela sorriu timidamente. - Me chamo Isabella. Isabella Swan.

O rosto de Edward perdeu a cor.

– Me chamo Edward... Edward Cullen.

A garota sorriu e naquele momento ele percebeu que aquele sorriso se parecia muito com o de Isabelle. Os olhos... Os olhos de Bella também eram parecidos com o de sua amada, a cor do cabelo só não o tom da pele. Bella era tão branca quanto Edward. Como ele não havia reparado a semelhança antes? Ele podia estar diante de sua filha.

– Então Edward, obrigada pela carona. - Ela abriu a porta e saiu do carro. - Nos vemos na escola, segunda. - Então ela correu para dentro da casa de sua avó e ali entrou.

Edward ficou parado por um tempo, não conseguia nem ao menos ligar o carro.

A garota morena abriu a porta da casa da avó e deu um largo sorriso ao sentir os braços de Rebecka ao redor de sua cintura.

– Hey... - Ela sorriu e se abaixou pegando-a no colo. - Como você está? - Perguntou enquanto caminhava em direção ao sofá.

– Você está molhada. - Rebecka riu e beijou a bochecha da irmã. - Estou ótima Bella. Vovó fez bolo de chocolate para nós duas.

– Fez é?

A avó de Bella era uma das melhores pessoas que conhecia, não parecia em nada com o filho, pelo contrário, era carinhosa e abominava as atitudes de Charlie.

A figura de uma senhora com cabelos brancos e lisos chamou atenção de Bella, era sentou sua irmã no sofá, se levantou e andou rapidamente em direção a avó abraçando-a calorosamente. Lágrimas quentes caíram por suas bochechas, sua avó afagou seus cabelos e deixou que ela a abraçasse pelo tempo que fosse necessário.

[...]


Tanya encarava o namorado, as lágrimas desciam livremente por seu rosto, seus braços estavam ao redor do corpo dele, seu rosto escondido na nuca do rapaz.

– Não quero deixá-lo. - Ela murmurava repetidas vezes. - Mas não posso deixar meu pai sozinho...

– Eu lhe entendo, juro que entendo. - Riley sussurrou. Estava igualmente triste, infelizmente não conseguia demonstrar da mesma forma que a namorada. - Só preciso acabar esse semestre e juro que vou atrás de você. Lembra? - Ele ergueu um pouco a camisa e mostrou o pulso para ela. - Para sempre.

– Sim, sim, para sempre. - Ela o beijou, mas o beijo foi interrompido por sua mãe.

– Tanya, temos que ir. - Alex tocou delicadamente no braço de sua filha e enquanto Tanya se despedia do namorado ela abraçou-a. - Vamos Tanya. - Ela sussurrou e ambas andaram em direção ao avião.

– Mamãe, eu juro que se papai não encontrar essa menina e quiser continuar procurando-a eu vou me recusar a vê-lo.

– Não se preocupe minha filha, se o seu pai fizer isso quem vai se recusar a vê-lo sou eu.


[...]

" Querido diário, hoje o dia não foi tão ruim. Passei o dia com a vovó Swan e nunca me senti tão feliz. Eu sinto que estou indo pelo caminho certo. Lembra-se do rapaz que eu disse? O encontrei novamente, mas ao que tudo indica ele não é tão novo. O nome dele é Edward e há dezenove anos ele teve uma filha, desde então não conseguiu desligar-se dela. Pelo que entendi ela foi raptada. Ele sofreu tanto quanto eu, mas a questão não é essa, eu me senti tão bem ao lado dele. Tão segura. Tão feliz. Enfim, espero que a gente vire, pelo menos, amigos."

Bella sorriu, voltou a guardar o diário em sua bolsa e deitou-se na cama ao lado da irmã. Amanhã seria um novo dia. Amanhã seria segunda e ela não podia deixar de admitir que estava ansiosa para encarar aquele par de olhos verdes novamente.

Naquela noite Isabella conseguiu ter um sono tranquilo novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!