Procura Obsessiva escrita por July Carter


Capítulo 5
Capítulo quatro.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo e mil desculpas pela demora... Tomara que ainda tenha alguma pessoa acompanhando.



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" Querido diário, hoje o dia não foi tão ruim. Passei o dia com a vovó Swan e nunca me senti tão feliz. Eu sinto que estou indo pelo caminho certo. Lembra-se do rapaz que eu disse? O encontrei novamente, mas ao que tudo indica ele não é tão novo. O nome dele é Edward e há dezenove anos ele teve uma filha, desde então não conseguiu desligar-se dela. Pelo que entendi ela foi raptada. Ele sofreu tanto quanto eu, mas a questão não é essa, eu me senti tão bem ao lado dele. Tão segura. Tão feliz. Enfim, espero que a gente vire, pelo menos, amigos."

Bella sorriu, voltou a guardar o diário em sua bolsa e deitou-se na cama ao lado da irmã. Amanhã seria um novo dia. Amanhã seria segunda e ela não podia deixar de admitir que estava ansiosa para encarar aquele par de olhos verdes novamente.

Naquela noite Isabella conseguiu ter um sono tranquilo novamente.

Era uma manhã de sábado e o sol estava forte do lado de fora da casa, aquele era um momento raro em Forks e geralmente quando isso acontecia todas as pessoas saíam de casa para tomar banho de sol, mas com uma jovem morena era diferente, ela estava com um de seus braços ao redor de uma pequena menina, sua aparência era serena e tranquila, muito ao contrário do transtorno que se encontrava em sua casa. Isabella estava em um sono quase que profundo e sua irmã também.

Infelizmente não demorou muito para que o barulho da casa parasse. Passos foram ouvidos nos corredores que levavam a escada e risos poderiam ser ouvidos no andar debaixo da casa. Uma mão bateu forte contra a porta e esse barulho fez com que Isabella acordasse atordoada.

– Abra a porta, minha querida. – Era a voz de Charlie e mais uma vez ele estava embriagado.

Isabella se encolheu na cama, fechou os olhos e permaneceu em silêncio, porém aquilo não surtiu efeito algum no homem que a aguardava no lado de fora do quarto.

– Já lhe disse para abrir a porta, Isabella. – Ele gritou e bateu na porta com mais violência.

A garota olhou para sua irmã que continuava dormindo tranquila, alheia ao que se passava naquele momento ali. Ela puxou delicadamente o lençol que estava por cima delas e enrolou ao redor de seu corpo. Ela andou rapidamente em direção à porta e a abriu.

Charlie estava sem camisa e com uma garrafa de cerveja em suas mãos. O cheiro de álcool invadiu seu nariz e ela reprimiu a náusea que tomou conta dela naquele momento. Ela olhou para o chão e encarou seus pés.

– Sabia que iria me obedecer. – Charlie sorriu e tocou nos cabelos da garota. – Você é minha filhinha, sempre me obedece. – Ele riu e a puxou pelo braço. – Tenho uns amigos que querem vê-la. Eu disse que era uma filha perfeita. – Deu um meio sorriso. – Em todos os sentidos. – Ele a empurrou em direção à escada e ficou atrás dela. Seu olhar percorreu todo o corpo dela.

Isabella olhou para sua frente e encarou todos os homens que estavam naquela sala. Um tremor percorreu seu corpo.

Os homens a encaravam com cobiça, eles riam enquanto bebiam. A mão de seu pai foi de encontro ao seu corpo, ele a empurro em direção aos homens que a agarraram, as mãos deles percorriam por todo seu corpo, ela sentiu lágrimas escorrendo por seus olhos. Queria chorar, mas a única coisa que conseguia fazer era se encolher e permanecer calada, sua voz estava perdida.

[...]

Passava das dez da manhã e Edward estava aproveitando o dia de sol caminhando pelas ruas da cidade. Ele nunca havia percebido em como a cidade era tão calma, com o barulho da chuva ela sempre parecia agitada, a cidade era tão diferente da que morara, antes era raro as ruas ficarem vazias, elas eram sempre abarrotadas de carros.

O homem estava distraído, mas sua distração se foi quando viu Isabella passar por sua frente. Seus olhos estavam vermelhos e seu rosto inchado, aquilo o preocupou. Ele se aproximou dela e se abaixou sentando-se ao seu lado na rua.

– Você está bem? – Ele sussurrou levantando a cabeça da menina.

Ela balançou a cabeça e ele suspirou.

– O que aconteceu? - Isabella permaneceu calada. – Não quer me contar? – Ela balançou a cabeça. – Sabe... Se você me contasse talvez eu pudesse te ajudar.

– Ninguém pode me ajudar, Edward.

– Você já contou o que aconteceu para alguém?

– Não...

– Então como pode ter certeza de que ninguém pode te ajudar? – Ele se levantou e deu a mão para que a garota a segurasse. Ela segurou e também se levantou. – Vamos Bella, me conte o que aconteceu.

Ela permaneceu por algum tempo calada, parecia tentar saber se era certo ou não contar o que aconteceu até que a imagem de sua irmã mais nova apareceu em sua mente. Ela não poderia deixar sua irmã passar por tudo aquilo que ela passava e caso não recebesse ajuda seria isso que iria acontecer.

– Tenho problemas com meus pais. – Sussurrou.

– Todos nós temos problemas com os pais uma vez na vida. – Ele sorriu tentando aliviar a tensão ali.

– Meu pai é um alcoólatra e agressivo. Isso não é apenas um problema, é uma tortura.

– Tudo bem... E o que o seu pai fez com você para ficar nesse estado? – Edward a olhou de cima abaixo e só então percebeu o quanto suas roupas estavam rasgadas.

– Não foi exatamente ele, foram seus amigos... – Ela balançou a cabeça.

O semblante descontraído sumiu do rosto de Edward.

– O que os amigos do seu pai fizeram?

– Edward... Eu prefiro não falar sobre isso. – Ela murmurou. – Pelo menos não agora. Preciso de sua ajuda. Eu tenho que tirar minha irmã daquela casa, mas não temos para onde ir e nem sei se conseguiria uma casa para alugar já que sou de menor. – Ela falava descontroladamente. – Eu sei que pareço uma maluca falando, você é meu professor e eu quase não te conheço, não deveria estar te pedindo ajuda, mas não sei o que fazer.

– Calma Bella. – Ele sussurrou. – Vamos até sua casa. Onde fica?

– Um pouco longe... – Admitiu.

– Tudo bem, vamos até a minha casa, você troca de roupa e vamos pegar sua irmã.

[...]

Isabella encarou à casa. Era maior do que qualquer coisa que já tenha visto. Automaticamente ela se sentiu desconfortável e se arrependeu de sua explosão momentânea, mas ela estava ferida, mais emocionalmente do que fisicamente. Sentia que precisava se sentir segura e mesmo não conhecendo muito seu professor sabia que podia se sentir assim ali.

– Eu tenho alguns casacos que comprei para minha filha. – Ele sussurrou admitindo envergonhado.

– A que você está procurando?

Ele assentiu.

Isabella deu um meio sorriso e pegou o casaco que ele estava segurando, ele cabia perfeitamente em seu corpo.

– Ele é lindo... - Ela sorriu envergonhada e passando os braços por dentro do casaco. – Aposto que a sua filha iria adorar.

– Eu espero que sim, mas já que se trocou, quer ir pegar sua irmã?

– Eu acho que vai ser difícil meu pai deixar eu sair de casa com ela e se ele perceber que peguei algumas roupas vai colocar a polícia atrás de nós, sem exagero algum.

– Seria muito bom que ele colocasse a polícia atrás de vocês. Agilizaria muito o processo da denúncia.

– Denúncia? – Isabella ergueu a sobrancelha.

– Sim, você realmente acha que vou deixá-las nas mãos de um pai irresponsável?

– Edward...

– Podemos ver se vocês podem morar com um tio, uma tia e quem sabe com sua avó? Pelo que você disse ela é uma pessoa muito boa.

– Acho que você tem razão, é uma boa ideia.

Edward segurou a mão de Bella e ambos saíram da casa. Isabella tinha certeza que sua vida, a partir daquele dia, iria mudar.


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Notas finais do capítulo

Pretendo postar o próximo capítulo semana que vem...



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