Procura Obsessiva escrita por July Carter


Capítulo 3
Capítulo dois.




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Querido diário, infelizmente, tenho que dizer que estava errada.

O dia de hoje foi tão ruim quantos todos os outros dias, garotas mimadas e meninos idiotas que só se aproximam de mim por achar que sou como todas as outras. Fico feliz por ter Jacob ao meu lado, ele parece querer me proteger contra tudo e todos, me sinto bem com isso.
Não consigo compreender o motivo, mas não consigo parar de ter esperanças de que esse ano será melhor que os outros. Sim, esse ano será.

Ela se levantou da cama fechando seu diário e checando mais uma vez se sua porta estava fechada, deitou em sua cama e encarou o teto. Mais um dia havia acabado e ela estava feliz por ter sobrevivido a ele.

- Deixe-me adivinhar... Você não tem previsão para voltar para casa, de novo. – A voz de Alex parecia distante, ela não tentava transparecer emoções, mas inconscientemente conseguia transmitir raiva e o rancor que sentia. Edward se odiava por fazer isso com a sua mulher, contudo sabia que não conseguiria estar ao lado dela ou de sua filha mais nova sem pensar no bebê que um dia esteve em seus braços.

- Alex, eu acabei de chegar aqui. – Ele tentou se justificar enquanto encarava os papéis em sua mesa sem conseguir desviar os olhos. Sentia medo de desviar os olhos de algo que não fosse de sua filha mais velha e acabar cedendo para sua mulher tudo o que ela quisesse. – Sinto que estou perto de encontrá-la.

- Ah, claro. – Alex revirou os olhos e balançou a cabeça. – Você me disse a mesma coisa quando estava do outro lado do mundo Edward. – ela respirou fundo. – Você não pode simplesmente correr pelo resto da vida atrás de uma pessoa que nem sabe se está viva. Eu preciso de você, Tanya também precisa. Ok, você não pode esquecer uma de suas filhas, mas Tanya deveria significar algo para você. Ponha algo em sua cabeça, ela está aqui, Isabella não.

- Eu lhe disse que podia vir comigo. – sussurrou tentando tirar todo o peso de suas costas. – Você e Tanya poderiam estar comigo nesse momento.

- Não posso deixar minha vida para trás para embarcar em sua loucura Edward. – Alex ficou calada por alguns segundos pensando em algo para dizer. Apesar de tudo, sentia falta do marido ao seu lado. – Eu e Tanya podemos ficar ai durante um mês, somente um mês, agora você tem que me prometer que depois disso, se você não conseguir nada, voltará para casa conosco. – Sabia que estava sendo egoísta, mas nesse momento ela precisava ser.

- Um mês é muito pouco... – Edward tentou se justificar.

- É pegar ou largar.

Edward olhou para o teto, respirou fundo.

- Dois meses. – sussurrou. –Me dê dois meses.

- Tudo bem. Dois meses. Mas se você não voltar conosco, nunca mais verá Tanya.

- Você não pode fazer isso Alex.

- Você já não a vê Edward... Você por acaso sabe qual foi a primeira palavra de sua filha? Claro que não, estava atrás de Isabella. Edward, Tanya acha que você não se importa com ela, vive me perguntando isso.

- Mas eu a amo. – Claro que ele a amava, ela era sua filha. – Droga, eu penso nela em todos os malditos segundos que estou longe. Acha que não sinto falta dela? Acha mesmo?

- Não sei mais o que achar ou o que pensar amor... – Alex olhou para trás e balançou a cabeça. – Edward, preciso ir, Tanya chegou. – E então, ela desligou o telefone.

- Tudo bem. – ele falou, mas Alex já havia desligado.

Ela estava no meio da cozinha, sua filha tinha acabado de chegar e ao seu lado estava Riley, um rapaz de dezessete anos que há pouco tempo pediu a “mão” de sua filha em namoro. Mesmo receosa, Alex deixou que os dois namorassem, sempre achou que seria melhor que eles fizessem algo oficial do que as escondidas. A mulher sorriu amorosamente para os dois e colocou o telefone novamente no gancho.

- Era papai? – Tanya tentou parecer indiferente ao fazer a pergunta, mas aquilo era algo quase que impossível. A menina sentiu os dedos do rapaz se firmarem em sua mão, de algum modo ele tentava passar-lhe força.

- Era. – Tentou sorrir para filha. – Disse que estava com saudades de você.

Tanya encarou a mãe por alguns segundos, sorriu de forma irônica, era assim que sempre reagia ao saber algo do pai.

- Está? – ela riu nervosamente. – Mas é claro que está. – Ela quis se afundar nos braços de Riley, mas ele parecia também estar desconfortável com aquela situação.

- Riley... Poderia me deixar a sós com minha filha? – Alex não tentou ser ignorante nem demonstrar que estava dispensando o garoto momentaneamente, contudo sabia que não poderia informar a filha da sua decisão na frente do rapaz. Tanya bateria o pé, faria um verdadeiro drama para não ter que mudar de cidade, seu namorado ali presente naquele momento não ajudaria.

 - Tudo bem senhora Denali. – ele sorriu e depositou um beijo na testa de Tanya. – À noite venho pegá-la para irmos à casa dos meus pais. – ele se virou para Alex. – Se a senhora não se importar...

- Não, por mim está tudo bem. – Alex sentou-se na cadeira. – Diga-lhes que mandei lembranças.

- Tudo bem. Eu direi.

Riley se virou e logo pode ser ouvido o barulho da porta da frente da casa sendo fechada.

- O que foi isso?  - Tanya logo se pronunciou.

Alex respirou fundo, se aproximou de uma cadeira e se sentou.

- Seu pai ligou.

- E?

- E ele disse que está perto de encontrar Isabella.

- Não sei por que isso deveria me interessar. – falou com sinceridade. Sempre teve inveja dessa irmã desconhecida porque ela que tinha toda atenção e quem sabe amor do pai.

- Ele nos chamou para ficar com ele Tanya.

- Pela primeira vez na vida ele nos quer por perto. – A garota sussurrou pensativa. – Eu vou.

[...]

“Querido diário,

faz uma semana que minhas aulas começaram e mesmo assim minha vida continua da mesma forma... Acordar cedo, dormir trancada, estudar e vigiar minha irmã.

Não consigo imaginar uma vida diferente, mas da mesma forma não consigo pensar em desistir.
Conheci um garoto, na verdade, um homem. Sei que não devo ter esperanças, mas mesmo assim sei que vou melhorar, a minha vida vai mudar. Sinto isso.”

Isabella fechou seu diário e o guardou no mesmo local de sempre, calçou suas botas e pôs  em seus pés. Ela se levantou de novo, respirou fundo e colocou seu casaco. Bella correu para fora de casa e antes disso deixou um bilhete para Charlie. “Fui buscar Rebecka na casa da vovó Swan. Não volto hoje.” Ele iria se irritar com aquilo.

A chuva do lado de fora da casa caía forte, ela puxou o capuz do casaco para cobrir sua cabeça e protegê-la da chuva.

Seus braços formavam um circulo ao redor de seu próprio corpo. Ela começou a andar rápido, Bella respirou  fundo. Um carro parou ao seu lado e o vidro abaixou aos poucos.

- Ei... Quer uma carona? – Era ele. O rapaz da escola.

- Ér... Se não for incomodar. – sorriu de lado. 


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