More Than This. escrita por Vanessa


Capítulo 4
Capítulo 4 - Good news.




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Dylan chamou pelo pai, assim que o viu. Carl, que estava sentado à conversa, no sofá, achou aquilo estranho, e depressa se virou para trás, deparando-se com o seu filho. 


- Dylan?! Que estás a fazer aqui? 

- Eu.... - Dylan mordeu o lábio, porque não sabia o que inventar. 

- Viste a morada que deixei colada na tua secretária?

- Vi o quê? 

- A morada... Deixei-te a morada do sítio para onde vinha, porque o meu telemóvel caiu dentro de água, e como podes calcular, está todo estragado.
 - Ahhhhh. - Dylan fingiu que já sabia qual era o papelinho que o pai lhe tinha deixado na secretária. - Foi isso, foi isso. 

- Mas precisas de alguma coisa?

- Não. - Dylan rapidamente mudou de assunto, para não ser apanhado naquela mentira. - Claro que preciso, se não precisasse não estava aqui, não achas pai?
 - Então, o que foi?

- Perdi as chaves de casa. Acho que foi quando estava a ir para a praia. Devem ter caído do bolso das calças. Agora quero ir para casa, e não tenho como entrar.

- Foi só isso?

- SÓ ISSO?! Deves estar a brincar comigo! 

- Como já tens companhia, podes esperar até que eu acabe de falar com o Gerard? Depois vamos para casa, está bem?

- Está bem, sem problema. 


Caroline, que sentiu que o gelo estava a derreter demasiado depressa na sua mão, puxou Dylan até às escadas. Subiram-nas, e entraram no quarto dela. Dylan deixou que ela entrasse primeiro, e depois foi ele que fechou a porta. 


- Espera, deixa-me ver se eu entendi tudo direitinho. - Caroline foi coxeando até à sua secretária, e sentou-se na cadeira. Dylan sentou-se na cama. - O teu pai é patrão do meu? 

- Sim, pelos vistos é...

- Então e tu vieste até aqui porque perdeste as chaves de casa? 

- Não, essa parte fui eu que inventei. - Ele sorriu. - Moro aqui perto, e vim cá hoje por acaso porque me ia encontrar com um amigo meu que mora aqui perto também. Os meus pais estão numa de deixar bilhetinhos com as moradas dos sítios onde vão, não vá acontecerem coisas como aquela que eu inventei ainda agora lá em baixo. O problema é que eu não quero saber do que eles me dizem. 

- E porque é que não lhe disseste a verdade?

- Han?

- Porque é que não lhe disseste que ias a casa de um amigo teu, Dylan?
 - Ele chateava-se se soubesse que esse meu amigo por acaso era o Fred. 

- Porquê?

- Andou aí uma altura em que ele estava com problemas na droga. É claro que assim que o meu pai soube que eu era amigo dele, me proibiu de me dar com ele. 

- Tu também andas metido na droga?! 

- Não, nada disso. Estou a tentar ajudá-lo. Sim, já experimentei, se é isso que queres saber. Mas não tenho intenções de vir a fumar, tipo ficar dependente. 

- Ah, está bem. 

A partir da última frase, um silêncio constrangedor instalou-se naquele quarto. Caroline estava a olhar fixamente para a janela, quando Dylan lhe disse: 

- Então e o gelo? Não pões?

- Ahhh, sim. - Caroline levantou-se da secretária, e foi-se sentar junto de Dylan. Esticou a perna e pôs o gelo em cima da perna. - Então, que tens feito no Verão?

- Nada de jeito, para ser sincero. Ando de um lado para o outro no carro, vou fazer surf de vez em quando. Às vezes vou sair com uns amigos, outras vezes ando simplesmente por aí. 

- Estás na mesma situação que eu. - Caroline pensou melhor no que tinha dito. - Não, afinal não estás.

- Então?

- Não vou a casa dos meus amigos, porque ninguém cá está!

- Oh, pois. Isso é complicado.

O silêncio voltou a instalar-se entre eles, e Dylan olhava para cada canto do quarto, à procura de um tema de conversa.

- Sabes uma coisa? - Dylan olhou-a nos olhos. - Tens uns olhos bonitos. 

Caroline deu uma gargalhada, mas depois corou e baixou a cabeça. Quando levantou a cabeça novamente, olhou para Dylan, que estava completamente irresistível.
 - Estás com azar, Dylan.
 - Então?

- Eu tenho namorado. - Dylan baixou a cabeça e corou. 

- Desculpa, mas a verdade é que és mesmo bonita. O teu namorado tem muita sorte mesmo. - Dylan sorriu de orelha a orelha. 

- Bem, fala-me mais sobre ti, Dylan! - Caroline estava a ficar com calores, só de ouvir Dylan elogiá-la daquela maneira. 

- Sobre mim? Tipo o quê?

- Sim, sobre ti. Do que gostas, por exemplo...
 - Bem, eu gosto de surf, gosto da noite, gosto de praia. E gosto de Florida, sou completamente apaixonado por Florida. Sou um rapaz mais ou menos rebelde, gosto mesmo muito de desobedecer. 


Caroline deu uma gargalhada. 


- Deve ser por causa da praia que és mais ou menos moreno. Não?

- Sim. - Dylan olhou para ela e sorriu-lhe. - Agora fala-me sobre ti. - Pediu-lhe. 

- Sobre mim... Gosto de praia também, gosto do Verão, e gosto sobretudo 

de ter os amigos bem perto de mim. Odeio estar sozinha. 

- Também sou assim. Gosto de andar sempre em grupo. No meu grupo, cada um faz mais asneiras que o outro. Como já disse, sou um bocado rebelde.

- Rebelde por acaso não sou muito. Gosto de sair e tal, mas não sou de fazer muitas asneiras.

- Alguma vez fumaste?

- Já experimentei, mas não fumo. E tu?

- Como tu, já experimentei, mas também não fumo. 


Nesse instante, o pai de Caroline entrou. Dylan e Caroline levantaram-se rapidamente da cama, para que o pai dela não pensasse outras coisas. 


- Carol, tenho uma novidade para vos dar. 

- Diz pai. Sou toda ouvidos. 

- Daqui a 2 dias vamos para Florida, para a casa de férias do Carl e da Gwen, os pais do Dylan. - Gerard deu-lhe a novidade e depois sorriu. 


Dylan arregalou os olhos. 


- Então mas vocês também vêm connosco? - Perguntou Dylan, que estava um pouco confuso.

- Sim, vamos! - Gerard respondeu com entusiasmo. - Férias, finalmente!

- Mas porque é que vamos com eles pai? Acho que vai ser um bocado estranho. - Perguntou Caroline. 

- Estranho porquê, Carol? - Perguntou-lhe o pai.

- Sei lá, férias com o patrão...

- Não vão ser férias com o patrão, vão ser férias com amigos. Conheço o pai do Dylan à mais de 30 anos. 

- Oh sim, mas não deixa de ser teu patrão. 

- Oh, não sejas assim, não querias férias? Não querias sair daqui? Então não te queixes.
 - Ok, está bem... - Caroline desviou o seu olhar para Dylan, que estava a sorrir ligeiramente. Gerard foi-se embora. Caroline continuava a olhar para Dylan, até que ele decidiu quebrar o silêncio. 

- Estou a ver que vou ter de te aturar durante estas férias.

- Ha Ha Ha! - Riu-se ironicamente. 

- Aposto que és mais difícil de aturar do que eu. 

- Cala-te oh, nem me conheces como deve de ser. 

- Olha, bastou o dia de hoje para saber que nunca vi nenhuma rapariga tão teimosa como tu!

Caroline olhou para ele com desprezo, e depois disse: 

- Agora a sério, tens mesmo uma casa em Florida?

- Tenho pois. 

- E vais lá todos os Verões?
 - Sim, vou. Tenho lá uns amigos, tenho a certeza de que vais gostar deles. - Dylan voltou a sentar-se na sua cama. 

- O que fazem durante o Verão todo? - Caroline sentou-se mais uma vez ao lado dele. 

- Saímos imensas vezes à noite, andamos de praia em praia para fazermos surf, vamos para a piscina, e de vez em quando damos uma volta pela cidade.

- Piscina? Vão à piscina? - Caroline sorriu com estranheza. 

- Sim, a minha casa tem piscina. 

- Que máximo! - Caroline sorriu. Passaram uns segundos, quando Carol, que estava a olhar para o chão, olhou para Dylan. - Ficámos sem assunto... Outra vez. 

Dylan deu uma gargalhada. 


- Pois foi. - Repentinamente, ouve-se uma voz a chamar por Dylan. Levantou-se da cama, puxou as calças que estavam descaídas, para cima. - É o meu pai, temos de ir andando. - Dylan curvou-se para se despedir de Caroline, que continuava sentada na cama devido às dores. Caroline esticou-se e deu um beijo na bochecha do Dylan, e de seguida, Dylan deu-lhe um beijo na testa e saiu.


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