More Than This. escrita por Vanessa


Capítulo 3
Capítulo 3 - Remember the old times.




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Quando abriu ainda mais os olhos, Caroline foi rastejando até ao passeio, e sentou-se. O rapaz olhou para ela, e teve logo a sensação de que a conhecia de algum lado e à imenso tempo. Mas pôs esse pensamento de lado, e levantou-se. 


- Quem és tu? - Caroline estava confusa. 

- Sou a pessoa te atropelou agora mesmo. Desculpa. Desculpa, a sério. Devia ter tido mais cuidado eu sei... Queres que te leve ao hospital? Estás bem? - Mordeu o lábio. 

- Não é preciso, não é preciso! Só tenho a cabeça a andar à roda. E dói-me a perna. - O rapaz olhou para a perna esquerda dela, e viu que ela tinha um corte enorme. Aproximou-se dela, rastejando de joelhos, e agarrou suavemente na sua perna. - O que é que tu pensas que estás a fazer?! - Carol deu uma chapada na mão dele. - Eu nem te conheço, larga-me!
 - Estou a ver esse corte. Está feio, já viste? - O rapaz justificou-se. 

- Claro que está feio! Esperas o quê? Fui atropelada! - Caroline tornou-se rabugenta. 

- Calma miúda! Era muito pior se viesse com mais velocidade. - Ele levantou-se do chão. - Tiveste sorte. 

- SORTE?! - Caroline pôs a mão esquerda no chão, e fez força no braço para se tentar levantar. - Só podes estar a gozar comigo!

- Queres ajuda? - O rapaz estendeu-lhe a mão. 

- Não quero ajuda de um rapaz como tu! Despistado! - Ele deu uma gargalhada, e ela olhou-o com um ar bastante sério. 

- Foi um acidente! Vamos começar tudo de novo como se nada disto tivesse acontecido, está bem? 

- Está bem, como queiras. - Caroline revirou os olhos. 

- Posso começar?

- Força nisso. 

- Olá. Chamo-me Dylan, e tu?

- Estás a brincar, não estás?
 - Diz-me só o teu nome, por favor.
 - Caroline. - Ela murmurou.
 - Então, queres ajuda, Caroline? - Dylan voltou a estender a sua mão.

Caroline bufou e estendeu a sua mão por cima da mão de Dylan. O rapaz puxou-a para cima, e pôs o braço de Caroline à volta do seu para que ela ficasse mais apoiada. Ela ficou um pouco envergonhada. Dylan levou Caroline até à porta de sua casa. Bateram à porta, e antes que alguém a abrisse, Caroline disse baixinho:

 - Tens noção que vai dar uma coisinha má ao meu pai quando souber o que aconteceu?

- Não digas o que aconteceu.

- É, e o que é que queres que eu diga oh espertalhão? 

- Que caíste e te magoaste. 

- Tu... Por acaso, já reparaste neste corte?! É enorme e horrível. O meu pai não vai acreditar. 

- Experimenta... Se não acreditar, logo se vê. - Bastou que Dylan dissesse estas palavras, para que o pai de Caroline abrisse a porta. 

- Quem é o teu amigo? - Gerard sorriu ligeiramente. - A cara é-me familiar, não sei porquê... - Sussurou. 

- Não é nada disso, pai! Caí e fiz um corte na perna, ele viu e veio ajudar-me! - Caroline mostrou o corte ao pai, para comprovar o que estava a dizer. 

- Oh amor, isso está enorme, e está muito feio! Onde é que tu caíste, para fazeres isso tudo?! - O pai dela estava aflito.

- Estava a subir aquelas escadinhas ali ao fim da rua, para ir até ao centro comercial, escorreguei e caí com a perna em cima de um vidro. 

- Vou-te buscar um saco de gelo, para pores aí. - Gerard foi até à cozinha, super preocupado.

- Ufff, nem acredito que me safei desta! Dá graças a Deus por o meu pai não ser médico. 

- Porquê?

- Olha, porque ia topar que isto é tudo mentira. 

- Oh, sim, ainda bem mesmo! - Dylan sorriu para Caroline.

 Nesse momento, o pai de Caroline voltou com o saco, deu-lho, e voltou para a sala de estar e sentou-se no sofá novamente, pondo-se à conversa. Dylan ouviu uma voz que lhe era bastante familiar. Olhou na direcção de onde vinha a voz, e viu que era o seu pai à conversa com o pai de Carol. Foi aí que Dylan juntou as peças e se lembrou de tudo: A razão pela qual tinha achado que a cara de Caroline lhe era familiar, era o facto de a ter visto na empresa do seu pai. O pai dele e o pai dela eram amigos à uns 30 e tal anos, mas como Caroline e a família estavam nos Estados Unidos, não tinha tido muitas oportunidades para passar muito mais tempo com ela. Como o pai de Caroline decidiu que o melhor era mesmo mudar-se com a filha para Londres, (principalmente depois do divórcio) o seu pai, Carl, decidiu oferecer-lhe emprego. Como já tinha sido à imenso tempo, (quando ambos tinham cerca de 11 anos) não se lembravam um do outro. Dylan sorriu discretamente ao lembrar-se da história toda, mas não disse uma única palavra.


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