More Than This. escrita por Vanessa


Capítulo 2
Capítulo 2 - Someone.




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A escola tinha acabado à cerca de duas semanas. Caroline continuava enfiada em casa, sem ter qualquer outra forma para se entreter sem ser a ver televisão. Estava farta de estar enfiada no quarto, e por isso, foi até à cozinha para falar com o pai. Gerard, (o pai dela) estava encostado ao fogão a fazer o almoço (que por sinal, ia ser a comida preferida de Caroline), e como ouviu passos, virou-se para trás para ver quem era. 


- Não aguento mais isto, pai! - O pai dela continuou o que estava a fazer, não dando importância ao que ela estava a dizer. - Vais ignorar-me mais uma vez?! 


Gerard voltou-se para Carol e disse-lhe: 


- Caroline, já falámos disto várias vezes. 

- Tens noção de que estou a apanhar a maior seca de sempre?! E enquanto isso, está toda a gente a divertir-se com a família! Quem me dera ter ido com o Michael. 

- Lá por ele ser teu namorado, isso não quer dizer que tenhas de ir com ele para todo o lado. Vocês não são siameses, pois não? - Gerard largou a colher de pau em cima da bancada, e aproximou-se de Caroline. - Estou a fazer os possíveis para conseguir acabar o trabalho aqui em Londres. Espera só mais um tempo, por favor. Até acabar o trabalho que tenho para fazer, já sabes que não vamos a lado nenhum. 


Quando o pai disse estas palavras, Carol foi para o quarto. Pegou no telemóvel e marcou o número de Michael. 


- Estou? - Michael atendeu-lhe o telefone, mal o telefone tinha tocado.

- Olá Michael, tudo bem?

- Sim, claro que sim amor. E por aí Caroline?

- Por aqui nem por isso. Está uma autêntica seca! Preciso tanto de ti agora.

- Eu também queria muito estar contigo agora. Preciso de te abraçar, e nem imaginas o quanto. 

- Não tenho nada para fazer, Michael. Quero tanto ir à praia, nem imaginas... 

- E porque é que não vais?

- Não tenho ninguém para ir comigo, esqueceste-te? 

- Isso é um bocadinho aborrecido. 

- E como está a ser por aí? - Carol mudou de assunto rapidamente, para não ficar ainda mais triste.

- Está a ser engraçado. Andámos a pescar, imagina!

- Perco sempre esses momentos... - Disse Caroline, aborrecida. 

- Quem me dera que os teus pais te tivessem deixado vir comigo, Carol. 

- Eu sei... Mas eu entendo, no fundo. 

- Claro, é compreensível. Imagina que eles tinham deixado. Ia ser muito bom, mas ias passar mais de um mês sem os veres, e isso ia ser mau para eles, que iam sentir a tua falta. E tu a deles, claro. 

- Oh, pois. - Nesse momento, a campainha tocou, e o pai de Caroline chamou-a para ir abrir a porta, porque como estava ocupado, não podia ir ele. - Michael, tenho de ir... O meu pai está a chamar-me. 

- Está bem amor. Se um dia me ligares e não estiver disponível, não fiques preocupada. Não devo ter rede.

- Está bem. Vá, diverte-te, beijinhos, amo-te!

- Também te amo. 


Caroline desligou a chamada, mandou o telemóvel para cima da cama e foi até à porta rapidamente. Quando a abriu, deparou-se com um homem com ar de importante, e rico. Devia estar na casa dos 40 anos. Tinha vestido um fato preto e uma gravata azul escura. Reconheceu-o logo, assim que olhou nos seus olhos profundos e azuis. Era o patrão do pai, conhecia-o desde pequena. O senhor sorriu e disse: 


- Olá Caroline, o teu pai está?

- Sim, está. Entre Sr. Morrison. - O senhor foi entrando, e Gerard deixou o que estava a fazer e foi ter com eles. 

- Olá Carl, como estás?

- Está tudo bem, obrigado. E contigo, Gerard? 

- Também está tudo sobre rodas. O almoço está quase pronto. Dá-me um minuto.

 O Sr. Morrison foi para a sala de estar, e como Caroline achou aquilo tudo muito estranho, seguiu o pai até à cozinha. 


- Pai, o teu patrão vem cá almoçar?

- Sim, vem. 

- E porquê?

- Bem, tinha umas coisas para resolver com ele, e por isso convidei-o para almoçar connosco.

- Está bem. Queres que ponha a mesa? 

- Sim, fazes isso, por favor?

- Claro que sim. 

- Obrigado.


Caroline agarrou nos pratos e começou a pôr a mesa para ajudar o pai. Depois de almoço, e para deixar que o pai e o seu patrão resolvessem as coisas mais calmamente, Caroline decidiu ir dar uma volta pela cidade, e como tal, foi ao quarto buscar a sua mala, arrumou lá tudo o que precisava, e saiu porta fora. Quando fechou o portão, deu uns cinco passos em frente, e foi até à beira do passeio, para atravessar a estrada. Quando meteu o pé na estrada, ouviu o barulho de um carro. Não ligou (pensou que o carro ia virar para outra rua, ou ia parar em frente de outra casa qualquer), e continuou a atravessá-la. Quando estava sensívelmente a meio da estrada, percebeu que o som se tornava cada vez mais alto, o que significava que o carro estava cada vez mais perto. Olhou na direcção de onde vinha o som, e viu que o carro vinha na sua direcção. Quando deu por si, estava deitada no meio da estrada. Abriu os olhos ligeiramente, e viu uma cabeça debruçada sobre si. 


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