Maio em geral, passou num instante, e começava agora o mês de Junho. Os grupos começavam agora a juntar-se para combinarem saídas à noite e idas à praia de Southend, uma praia tipicamente inglesa que se localiza a 60 km de Londres. Carol e Michael passavam os dias juntos: saídas à noite, idas à praia, idas ao cinema, jantares... Nas aulas, era altura de realizar as auto-avaliações. Como eram os últimos dias de aulas, toda a gente começava a planear as férias. Mas antes das férias, a maior parte esqueceu-se de que ainda havia a festa de início de Verão. Quando o dia dessa tal festa finalmente chegou, Michael foi a casa de Caroline buscá-la. Deixou o seu carro parado à porta. Caroline olhou pela janela do seu quarto, pegou no telemóvel, e enviou uma mensagem a Michael. ''És tu quem está aí embaixo?'' Michael respondeu em menos de um minuto ''Sim, sou eu. Mexe-te, ainda chegamos atrasados''. Caroline sorriu, e desceu até ao hall de entrada. Calçou os seus sapatos pretos, agarrou na sua mala e saiu de casa.  


- Tu tens 16 anos! Onde é que arranjaste este carro, Michael?! - Caroline foi olhando para o seu interior com mais atenção. 

- É do meu tio, amor. 

- Ele emprestou-to?!
 - Sim, emprestou. - Caroline sorriu. - Entra princesa.
 Caroline entrou no carro e fechou a porta. Michael olhou-a de alto a baixo, e reparou que ela trazia um vestido preto curtinho. 

- Já te disse que estás linda? - Michael piscou-lhe o olhou. 

- Só porque vou sair contigo amor. - Michael sorriu. - Sabes uma coisa? 


Eu até te dizia que estás giro, mas quer dizer... Tu estás sempre giro. - Michael puxou-a, e deu-lhe um beijo. Nesse momento, o telemóvel de Caroline, vibrou. Tinha recebido uma mensagem. 


- Michael, vamos embora, aposto que é a Ginny preocupada connosco. 


Michael carregou no acelerador, e foram-se embora.Em 10 minutos tinham chegado ao pavilhão de educação física do colégio (o local onde ia ser a festa). Michael saiu do carro, e abriu a porta a Caroline, para que ela saísse. Estava uma noite quente e a música estava a bombar. O ambiente que estava no pavilhão era digno de uma discoteca. Michael e Caroline entraram, e estava toda a gente a dançar entusiasmada e euforicamente. Depressa Ginny e Oliver chegaram ao encontro dos dois. Cumprimentaram-se, e Carol olhou para Ginny de alto a baixo, e fê-la dar uma voltinha. 


- Credo Caroline, para quê isto tudo? - Perguntou-lhe Ginny.
 - Ginny, tu estás tão linda! - Carol ficou pasmada com a forma como Ginny estava vestida.
 - Ela não está linda, Caroline. Ela é linda! Sempre! - Oliver puxou Ginny pela cintura e beijou-a. 


Michael foi buscar uma bebida, e depois foi-se sentar com Ginny, Carol, Oliver e mais um rapaz do colégio. 


- E o que vão fazer durante as férias? - Perguntou Ginny. 

- Eu vou para Veneza. - Disse Oliver.
 - Para Veneza, Oliver? - Ginny, não sabia de nada. - Porque é que ainda não me tinhas dito?

- Porque só soube à cerca de 2 horas amor.
 - E o que vais fazer para Veneza?

- Vou com os meus pais, ter com os meus avós e com os meus tios. Queremos estar tipo todos em família, estás a ver? 

- Sim sim, estou a ver. - Ginny ficou com uma expressão triste.

- Então e tu amor? O que vais fazer? - Perguntou Oliver.

- Eu vou para a Austrália. Os meus pais querem à muito tempo ir até lá. - Disse Ginny.
 - Estão a falar do quê mesmo? - Perguntou Michael um pouco confuso, visto que tinha estado aos beijos com Carol, e não estava a par da conversa. 

- Sobre o que vamos fazer nestas férias. - Respondeu William, o rapaz do colégio que estava sentado com eles.

- Ah, pois, ontem estive a falar com os meus pais e com os meus irmãos, e muito sinceramente, acho que vamos tipo para uma casa no meio do campo. Vamos dar numa de selvagens, se é que me entendem. 

- O quê?! Então isso quer dizer que não vais ficar por cá? - Perguntou Caroline. 

- Não. O meu pai tem um amigo, e esse amigo convidou-nos para irmos lá passar cerca de um mês com ele. É demasiado tempo.  

- Então, porque não vais só uma semana? - Caroline sorriu, com uma réstea de esperança. 

- Não me deixaste acabar Carol. Vamos para casa dele que é tipo no meio do campo, passar um mês inteiro! Vai ser brutal, uma vez que nunca fui a Seattle. 

- Tu acabaste de dizer que é muito tempo! - Caroline estava confusa. 

- Sim, e é. Mas não vou deixar os meus pais ''pendurados''. Eles pediram-me para ir, e eu vou. Seja o tempo que for. 

- Mas Seattle é do outro lado do Oceano! Nem acredito que vou cá ficar sozinha durante um mês inteiro! - Caroline deixou-se escorregar na cadeira, aborrecida. - Já não bastava a Ginny ir para fora, agora até tu vais. Porque é que não me disseste mais cedo?

- Só soube ontem à noite. - Michael baixou a cabeça. Depois, levantou-a repentinamente, como quando alguém tem uma ideia de repente. - Porque é que não vens comigo? 

- A minha mãe não me vai deixar.
 - Mas se tu vives com o teu pai, é ele que tem de dar autorização. - Disse Oliver.
 - Sim, mas ele também não me deve querer ver longe dele. Vai estar tão atarefado, que não vai querer com certeza chegar a casa, e passar os dias sozinho.
 - Havemos de arranjar uma solução para isto. Vamos dançar. 


Michael agarrou a mão de Carol, e puxou-a para o meio da multidão, que dançava agitada. Dançaram durante a noite inteira, esquecendo o problema que se tinha instalado sobre a relação deles: as férias de Verão. Já passavam das 4h da manhã quando Michael foi levar Carol a casa. Parou à porta de casa, e ficou a olhar para ela, quando ainda estavam dentro do carro. 


- Como é que vai ser, Caroline? Faltam poucos dias para as aulas acabarem, e depois já sabes o que vai acontecer...  

- Sinceramente não sei. Vou tentar convencer a minha mãe a ir contigo, mas aviso-te já de que vai ser muito difícil. 

É mesmo muito complicado convencê-la, mas vou tentar. - Caroline olhou nos olhos de Michael e deu-lhe um abraço. 

- Fico muito contente por saber que pelo menos vais tentar. - Michael sorriu e parou o abraço.

- Tenho que ir para dentro, está bem? - Caroline pegou na mala. 

- Já? Fica mais um bocadinho!

- Não posso! Já viste que horas são? - Esticou o seu braço para perto dele, para lhe mostrar as horas que tinha no relógio.

- E então? Ficamos a noite toda juntinhos! Não tem mal nenhum.
 - Não sejas parvinho, até ires para Seattle vamos ter muitas oportunidades para passar noites juntinhos.

- Daqui a uma semana devo ir embora, Caroline. - Caroline ficou boquiaberta. - Como vês, não temos muito mais tempo. 

- Não te preocupes com isso. Vamos arranjar uma maneira, como tu disseste na festa. Amo-te! - Deu-lhe um beijo e saiu do carro. 

- Também te amo. - Michael pôs o carro a funcionar, foi-se embora e Caroline entrou para dentro de casa.