Irritantemente Adorável escrita por Mrs House


Capítulo 5
Capítulo 5




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“Icterícia, o fígado está falhando.” House entrou na sala de diagnósticos onde Foreman lia o jornal e Chase fazia palavras cruzadas. Ele jogou os novos testes juntamente com o histórico médico de Cameron em cima na mesa.

 “AST e ALT aumentadas e bilirrubina explodindo.” Chase disse ao abrir a pasta. “Isso só podem ser os pulmões do bebê.”

 “Mas não poderemos olhá-los até que se desenvolvam, demorará semanas.” Foreman olhou assustado para House. “E ela não tem esse tempo.”

 “Vamos ter que fazer o parto.” Ele disse simplesmente.

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 “Allison?” House entrou sozinho na sala, seria melhor que os outros não ouvissem a conversa que estava por vir. “A bexiga não era o único problema, sinto muito, mas não podemos deixar isso dentro de você.”

 “Mas com 21 semanas, ela não...” Ela olhou no fundo dos olhos azuis que a encaravam, onde antes encontrava conforto agora só havia a dureza de uma rocha. “Gregory, ela não sobreviveria. Eu posso esperar.. Duas semanas, eu posso esperar, continuar lutando.”

 “Você não sobreviveria nem dois dias, Allison. Já está em diálise para os rins, ainda não inventaram uma para o fígado.” Ele disse tentando manter a calma.

 “Não deixarei você matar meu bebê, nosso bebê, Greg.” Ela colocou a mão protetoramente em cima da barriga.

“Isso a está matando!” Ele gritou, o medo tomando conta de seu lado racional.

 “Ela, House, ela!” Ela gritou de volta, lágrimas escorrendo por seu rosto enquanto se sentou na cama com dificuldade. “Faz você se sentir melhor fingindo que ela não é um ser humano? Sua filha?!”

 “Não é um bebê! É a porra de um tumor!” Foi como se ele tivesse injetado puro gelo em suas veias, o sonho acabara, todas as mudanças regrediram e aqui estava o babaca de seu antigo chefe.

 “Saia daqui, House.” Ela se recostou na cama.

 “Eu entendo morrer por uma causa, se sacrificar por sua filha, mas nenhuma das duas vai sobreviver, Allison, esse não é o caso.” Ele abaixou a voz, tentando manter o direito de ficar no quarto. “Allison, sinto muito! Não há nada que eu possa fazer.” Ele segurou suas mãos nas dele. “Vou marcar uma dilatação e curetagem.” Ela puxou a mãos com força.

 “Eu não irei consentir.”

 “Você vai morrer.”

 “Então você tem dois dias para impedir que isso aconteça.”

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Brenda, uma enfermeira residentes, tomava café quando ouviu um grito de pânico vindo de um dos quartos. O quarto de Allison Cameron.

 “Contrações!” Allison arfou quando seu quarto foi invadido pela novata. “Estou entrando em trabalho de parto!”

 “O que eu faço?” Perguntou estática, ela nunca passara por essa situação antes e a equipe do Dr. House ainda não respondera ao bipe.

 “Uma dose de sulfato de terbutalina.” Cameron apontou para uma das gavetas.

 Brenda pegou a seringa, sem saber ao certo o que fazer. “Não deveríamos esperar os médicos?”

 “Eu sou médica.” Foi a única resposta que obteve antes da seringa ser arrancada de sua mão, Allison injetou nela mesma.

 “O que -?” Foreman começou, mas o discurso morreu em sua garganta ao entrar correndo na sala e ver uma enfermeira pálida de medo e uma seringa enfiada no braço de Cameron.  “Allison, o que aconteceu?”

 “Eu entrei em trabalho de parto.” Ela disse simplesmente, cansada. “Mas a dose de sulfato de terbutalina que tomei deve ser o suficiente para controlar a situação por enquanto.”

 “Não percebe?” Nenhum dos três percebera que House havia entrado atrás de Foreman. “Seu corpo está tentando fazer o que você se recusa, o feto precisa sair.”

 “Não.” Ela disse teimosamente.

 “Allison -” Ele começou.

 “Não, Gregory, eu me recuso a matar esse bebê.”

 “O que você quer que eu faça então?” Ele gritou. “Entupi-la de corticoides?! Já está comando a dosa máxima, qualquer coisa além disso irá fazer com que os seus pulmões parem!”

 “Isso!” Ela gritou. “É uma ótima ideia, por que não pensamos nisso antes?”

 “Você está louca?! Existe um motivo para não darmos as pessoas altas doses de corticoides!”

 “Sim, mas se você me colocar em um respirador não vai importar e os pulmões do bebê poderão se desenvolver.”

 “Allison..”

 “Se você não fizer do jeito que estou falando pedirei sua retirada do caso e encontrarei um médico com colhões de verdade para fazê-lo.” Seu tom era final, ele não tinha escolha.


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