Irritantemente Adorável escrita por Mrs House


Capítulo 3
Capítulo 3




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“Cortes coronais parecem normais.” Chase anunciou.

“Os cortes sagitais também.” Foreman acrescentou. Era uma situação nova para ambos, cuidar de alguém da própria equipe, os sentimentos de amizade podendo atrapalhar o diagnóstico.

“Bem ali.” Chase indicou. “Corte Transaxial, válvula mitral calcificada.”

“Dificilmente, não é grande o suficiente para causar um coágulo.”

“Obviamente é, porque causou.” Foreman rebateu. “House estava certo.”


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“Uma válvula no seu coração está comprimida e causou o coágulo que levou ao seu derrame.

A circulação reduzida causou seus problemas renais.”

“Obrigada, Chase.” Cameron sorriu levemente para o colega, House não a deixava participar

do diagnóstico, porém os colegas a mantinham informada de todas as teorias.

“Vamos monitorar o bebê separadamente.” Cuddy sorriu quando entrou na sala. “Prometo mantê-la segura.”

“Onde está House? Pensei que ele faria isso.”

“Como seu namorado e pai da criança você deve entender por que não pude permitir, mas não se preocupe, vocês duas estarão seguras comigo.” Ela apertou sua mão enquanto Cameron olhava para a sala de observação, lá estava House, parecendo preocupado e homicida. Essa foi a última coisa que viu antes de escorregar em uma inconsciência tranquila.

Eles estavam juntos na sala da ginecologista, os batimentos rápidos do bebê ecoando pelo lugar.

“Parabéns, é uma menina.” Cameron olhou para cima a tempo de ver um sorriso se espalhar pelo rosto de House e, de repente, todas as suas inseguranças desapareceram, como se nunca tivessem existido em primeiro lugar. Eles teriam um bebê, juntos.

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“A boa notícia é que o coração de Alli foi concertado, a má é que esse não era o problema.” Foreman disse ao encontrar Chase e House no escritório. “Seus rins continuam falhando.”

“Se a válvula mitral tivesse sido corretamente consertada, os rins deveriam estar melhorando. O que nos leva à conclusão que vocês erraram o procedimento.”

“Ou você errou no diagnóstico.” Chase disse. “A compressão da válvula era tão insignificante que provavelmente nunca teria sido um problema.”

“Ela precisa de diálise e nos precisamos de uma nova teoria.” Foreman acrescentou.

“Existem apenas algumas possibilidades. Ela está grávida, poderia ser pré-eclâmpsia, nós já eliminamos isso antes, mas...” Chase tentou.

“Verifiquem se há presença de proteína na urina e baixa contagem de plaquetas. O que mais?”

“Hipoperfusão, o feto é basicamente um parasita roubando nutrientes, minerais, sangue...”

“Coloquem-na na telemetria.”

“Ou a gravidez é irrelevante.” Foreman continuou. “Pode ser infecção, sepsia, HUS, TTP...”

“Um embolismo de colesterol é bem possível também.” Chase acrescentou. “Pequenas partículas de colesterol desceram e obstruíram os menores vasos dos rins.”

“Façam um Papanicolau e um ultrassom dos vasos.”

“É isso, deve ser uma dessas doenças.” Chase ingenuamente disse, despertando a raiva do chefe.

“Sabe o que seria melhor?” Ele gritou. “Se nós pudéssemos reduzir esse número para um! O que não será possível se vocês ficarem parados aqui!”

House se jogou em sua cadeira apertando a ponte do nariz. Se alguém algum dia perguntasse ele provavelmente negaria, mas, nesse exato momento, Gregory House estava com medo.


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“Ela está zero por cinco.” Chase disse ao analisar a amostra de sangue e ouviu-se um suspiro coletivo na sala.

“Ou o diagnóstico está errado ou ela está fingindo.”

“Falência renal tem que ser causado por uma das opções que já descartamos. O corpo só tem algumas maneiras de ferrar os rins, os resultados devem estar errados!”

“Nós mesmo fizemos os testes, Chase, ninguém mais teve acesso.”

“Isso não é exatamente verdade.” Eles quase puderam ver uma lâmpada se acendendo em cima da cabeça de House. Ele saiu rapidamente da sala de testes e foi em direção ao quarto de Cameron.

“Greg.” Seu rosto se iluminou ao vê-lo entrando. “O que houve?” Ela perguntou quando ele não devolveu o sorriso.

“Nós já descartamos todas as possibilidades.” Ele se sentou ao seu lado na cama.

“Não se preocupe tanto, tenho completa confiança na sua capacidade de diagnósticos.” Ela tentou amenizar o clima, ignorando o aperto em seu coração que lhe dizia que isso não era tudo.

“Allison, seu corpo está funcionando perfeitamente.” Ele esperou pacientemente enquanto ela digeria a informação.

“Não, Greg, por favor, me diga que eu entendi errado.”

“Sinto muito.” Ele suspirou. “Há algo errado com o feto.” Suas palavras a machucaram mais do que qualquer exame que seus colegas fizeram, porque se House estava chamando o bebê de feto, significa de ele estava emocionalmente se distanciando da filha.



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Notas finais do capítulo

Gente, desculpem pelo tamanho do capítulo, mas é que vou ter que sair agorinha pra levar minha madrasta (Também conhecida por "Cora") pra rodoviária. Acho que vocês já perceberam que as partes que envolvem diagnósticos eu estou me baseando no episódio, né?