Entrei no refeitório e a garota de vozinha enjoada já começou a fazer piadinhas de novo! Respira, inspira controle sua raiva Anabella controle. Acalmei-me contando ate dez. Peguei minha comida e ignorei tudo e todos ,quando uma garota gótica levanta a mão me convidando a sentar com ela e seus amigos, deduzi que devia ser a tal de Veidia. E agora? Eu tenho que parecer normal! Eu não vou beijar ela mesmo, então acho que não tem problema.

Me sentei com ela e seus amigos.

- Ola – Eles disseram

- Oi –

- Pessoal essa é Anabella.Anabella essa é Cris – Aponta pra uma garota toda de preto com um pircing no nariz preto e cabelo preto – Esse é Rob - Aponta pra um garoto vestido de vampiro (pelo menos como os humanos acham que eles são) – Esse é o Felix – Aponta pra um garoto também vestido todo de preto e com um pircing na sobrancelha-

- Veidia..- Ela me cortou

- Vei – Fiz cara de quem não entendeu – Vei, me chame só de Vei –

- Ah ok Vei! É..Vocês são góticos? – Perguntei o mais gentil possível

- Por que?Algum problema sua..- Disse a tal da Cris, mais eu a cortei

- Não, eu não tenho preconceito nem um, nem nada contra, só curiosidade, nunca conheci ninguém gótico –

- Sim somos – Respondeu Vei.

Ótimo! Existe lugar melhor pra uma garota amiga de um amaldiçoado, conhecida entre vampiros e seres mágicos, com poderes especiais, sem raça definida,sugadora de almas, apaixonada por uma espada,do que um bando de góticos amante dos seres da noite? Droga! Por que o destino sempre arranja essas coisas pra mim! Suspiro

- Então Ana.Posso te chamar de Ana né? – Perguntou Vei. Assenti – Então, não que eu queira ser intrometida nem nada, mais porque você se veste assim, você é bem bonita – O que era verdade, puxei um pouco a beleza das fadas com um pouco do encanto que os vampiros tem pra chamar humanos, se eu me arrumasse só um pouquinho mais, os garotos iam cair aos meus pés, não que eu seja exibida nem nada, mais não seria culpa deles, e sim da magia.

- Por que não gosto de chamar atenção – Nada melhor que a pura verdade, ta mais ou menos pura verdade.

- Hum. Então bem vinda ao grupo – Ela me sorri e eu sorrio

- Você tem algum problema? – Perguntou Cris

- Eu? Por que você diz isso? –

- Você não olhou nos olhos de nenhum de nos, nem quando é pra responder a Vei –

- Não tenho nenhum problema –

- Então tais mentindo? –

- Não – Gritei, me levantei e fui correndo ate o banheiro (velocidade humana). Desta vez me irritei, não só com ela, mais a maior culpa foi da voz enjoada, estava tentando me segurar pra não estourar, pretendia desabafar com minha espada, mais não deu tempo. Entrei no banheiro e pensei em como desabafar minha raiva, então comecei a quebrar todas a pias com a maior facilidade, por sorte não havia ninguém, então ouvi passos e corri na minha velocidade vampirica, que me deixava invisível a olhos humanos, passei pelas garotas e entrei novamente no refeitório bem mais calma.

Sentei-me novamente na mesa de Vei e quando ela abriu a boca eu disse

- Sinto muito, serio! É que já tava com muito raiva daquela loira que ficou enchendo meu saco, não consegui controlar a raiva. Desculpa ai Cris –

Disse olhando em seus olhos, e vendo toda sua vida, e seus segredos, ela só virou gótica por que os pais vivem muito ocupados, então gótica, eles dão mais atenção mesmo que seja pra reclamar. 

- Tudo bem eu que sinto muito ter te irritado – Ela disse

- Ok – Então toca o sinal e eu vou ate a próxima aula.

O resto das aulas passou rápido, logo já estava no meu carro seguindo ate em casa.

Parei em frente a minha casa onde havia um carro estacionado, como não reconheci o carro, peguei a minha adaga, que sempre fica presa por um elástico no meu pulso (pro caso de emergências). E sai armada muito cuidadosa e atenta pra qualquer som, usei o olfato pra identificar o que era, descobrir que era humano, e sem nenhum índice de magia, então guardei o punhal, porque um humano sem magia não é perigo pra mim.

Usei minha habilidade com feitiços, murmurei algumas palavras e estava invisível, entrei em casa pela janela da sala, sem fazer barulho, e lá estavam dois homens vestidos de terno preto, pareciam federais então achei melhor falar com eles pra saber o que ouve.

Sai de casa, voltei a ficar visível peguei minha mochila e entrei na casa (pela porta da frente) assim que me virão se levantaram do sofá e vieram em minha direção.