A Escolha escrita por Karina Corrêa


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

oiii gente bonita, bom primeiramente quero pedir desculpas por demorar a postar e segundo quero pedir muito obrigada a quem recomendou e quem comentou, mtoooo obrigada, boa leitura....bjbj



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Chegamos a casa e fomos as três tomar banho, demorei mais no banho, pois minha cabeça devia ter uns dois quilos de areia. Sai do banheiro enrolada na toalha e com uma na minha cabeça, quando dei de cara com Rodolfo sentado na poltrona do lado da janela, olhei pra ele com a testa enrugada e ele olhou meu corpo inteiro, e eu fiquei vermelha com certeza.- O que você ta fazendo aqui?- eu perguntei e por um momento eu queria que o ladrão viesse aqui bater nele por ele ta me olhando assim, mas porque pensei isso?- Juca disse que você tinha se afogado hoje na praia do centro e eu vim ver como você está. - ele disse se levantando e vindo até a mim, eu sorri e queria matar Juca.-Eu estou bem obrigada. - eu disse e fui ao armário pegar uma roupa e peguei um macacão de pano rosa bebe, fui ao banheiro e troquei.Rodolfo ainda estava sentado no sofá quando sai, olhei pra ele e sentei na beira da cama perto do sofá.- Estou bem de verdade não precisa ficar aqui. - eu falei e levantei, ele segurou meu braço e puxou com força para perto dele, tentei empurra-lo, mas ele era mais forte que eu, ele me segurou pela cintura com força que chegava a doer. - Está me machucando, me solta, ou eu grito.- eu falei ameaçando-o.- Ei, calma, só pensei que você queria o mesmo que eu.- ele disse me soltando, sai correndo de perto dele e fui para o outro canto do quarto.- Pensou errado.De noite minhas malas já haviam sido arrumadas e eu já tinha visto minha roupa para ir amanha, as meninas não iriam me levar pôs tinham ido pra uma festa hoje a noite e só chegariam no dia seguinte, me despedi antes delas saírem e fui deitar, deitei e pensei sobre como o dia hoje foi doido, a guerra de sorvete na praça eu ter entrado naquele mar bravo e o pior me afogar, cresci em saquarema com ondas piores e nunca houve nada parecido com isso e o mais maluco de tudo foi o ladrão me salvar, realmente acho que em uma coisa ele ta certo ou o destino ou alguém ta botando ele bem perto de mim, e não gosto disso, porque não gosto do arrepio que sinto quando ele está próximo, arrepia ate o cabelinho de trás da minha orelha, não sei se isso é positivo ou negativo, mas acho que ta mais pra negativo, acho que ele não é muito confiável, ele tem esse certo ar de perigo, uma coisa perigosa pra mim, porque sempre fico atraída pelo perigo, mesmo sabendo que posso sofrer e me machuca, sempre vou atrás das coisas perigosas, mas um menino é diferente pular de um band jumping ou pular de asa-delta sem instrutor,  é diferente de eu querer ser perita criminal e mexer com morto, na verdade acho que um menino é bem mais perigoso do que tudo. Na verdade mesmo, eu to com medo porque nunca fiquei assim, isso não pode ser paixão muito menos amor, eu nunca senti nada disso por nenhum menino, mas via em novelas, filmes e livros, e não eram assim, não rápido desse jeito. Eu queria um Patch pra mim, perigoso, mas que cuide de mim, me bota, mas também me tira das maiores enroscadas, eu sentia que esse ladrão faria isso tudo por mim, e ai tava meu Patch, meu anjo, não sei por que, mas acho que nós iremos nos encontrar muito mais, porque ele? E porque agora? Porque as borboletas e os arrepios estão tão rápidos? As perguntas vinham mais e mais na minha cabeça, uma levava a outra ate que cansei delas e dormi.
Chegar a casa foi bom, abracei minha avó bem apertada, pois estava morrendo de saudades, mas estava sentindo falta das minhas primas, mesmo que quase não tenhamos passado tempo juntas e grudadas, já to sentindo falta, tomei um banho, botei um top preto e um short de algodão azul marinho, prendi meu cabelo em um rabo-de-cavalo e decidir ir correr, peguei os fones de ouvido e fui. A orla estava bem movimentada hoje, e tinha bastante gatos, meu celular descarregou e eu comecei a apenas andar correr sem ninguém e sem musica é chato, eu tinha ligado pra Luna e vê se ela queria vim correr, mas ela é quase sedentária, só sai de casa pra shopping, festas e escola, fora isso ela ficava presa em casa, ela não suporta sol, por ser muito branca, queima fácil e fica parecendo um camarão, ela vim a praia é quase um milagre.- Me passa seu celular. - Ah meu Deus, ser assaltada aqui bem na orla? E de novo, olhei pra ele sem medo, pois o ultimo ladrão foi uma coisa que me assustava, mas não de medo de ele me fazer algo e sim de medo de eu fazer algo a mim mesma, olhei pro garoto a minha frente e ele não tinha nenhuma pinta de ladrão, mas me olhava serio, dei pra ele o celular descarregado, e ele apertou o único botão que tinha no meio da parte de baixo do celular.- Está desligado. - ele falou surpreso.- Quer o que? Que eu vá em casa pegar o carregador pra você?- eu perguntei histérica, ele sorriu e falou:- Bom se você não tiver uma caneta ai, acho que vou te obrigar a ir à sua casa sim, preciso do seu numero, isso é quase um amor a primeira vista, me explica como pode ser tão linda?- ele falou sendo um fofo e lindo, o sorriso dele é quente e aconchegante, eu sorri e soltei o ar.- Tava prendendo a respiração porque sou muito gato?- ele perguntou brincando e com um canto da boca elevada.- Não, tava prendendo o ar porque pensei que você fosse me assaltar. - eu falei e ri alto.- Me desculpa é que eu leio muito livro e no livro de agora, a ultima parte que eu li foi de um assalto e eu acabo viajando, confundindo o livro com a vida real.- eu ri novamente e ele deu gargalhadas.- Tenho cara mesmo de quem vai roubar seu celular?- ele falou sorrindo- Não, não tem.- Mas... Que livro é esse? Fala-me o nome posso comprar pra ler, adoro ler.- Você não tem cara de quem gosta de ler.- eu falei sorrindo, ele me olhou e jogou as mãos pro alto.- Tudo bem, eu não gosto só falei pra vê se tinha alguma chance de um dia quem sabe eu ir à sua casa pra a gente ler esse livro e ver um filme depois.- Sem chances, se quiser ler o livro é ótimo, mas na minha casa nem pensar.- Tem namorado?- ele perguntou, pela primeira vez sem o sorriso nos lábios.- Não.- eu disse rápido e sorrindo e ele abriu o sorriso novamente.- É só que minha vó não deixaria isso.- eu disse e me senti uma tola, criança infantil.- Você deve pensar que sou uma criança agora.- eu disse e botei os cotovelos no joelho e botei minha cabeça sobre as mãos.- Ei, logico que não, isso é lindo, que tal um cinema então?- ele falou sorrindo e acariciando minha cabeça. - Ela deixaria? Posso ir lá me apresentar a ela. - ele disse super fofo, eu levantei a cabeça e sorri para ele.- Como você ta solteiro? Você existe mesmo? To sonhando, me belisca, por favor. - eu disse e ele deu um beliscão no meu braço. - Ai!- falei sorrindo, ele riu e beijou onde ele tinha beliscado.- Você que pediu pelo beliscão. - ele disse sorrindo. - E sei lá porque to solteiro não tinha achado nenhuma morena gata, correndo de top no calçadão. - ele disse olhando nos meus olhos eu sorri e levantei.Cheguei a casa e fui tomar um banho eu sairia pro cinema hoje com o Tedie, mas antes de pensar em uma roupa ou qualquer coisa peguei meu Iphone e liguei pra Luna, deu dois toques e ela atendeu.- Ei, preciso da sua ajuda, tava correndo hoje e um gato me chamou pra sair, preciso saber com que roupa ir. - ela com certeza saberia, ela era boa nessas coisas de roupa, e ela sonhava em ser uma grande estilista.- Ah mentira, nome, idade, fisionomia, tudo isso antes de uma roupa, se eu não concordo com pelo menos dois das três coisas eu não ajudo. - ela disse e eu poderia jurar que ela estava sorrindo.- O nome dele é Tedie, ele tem vinte anos, é loiro com os olhos preto e o cabelo é indecifrável, não da pra explica é meio liso meio cacheado todo bagunçado não tem forma, mas ele é gato.- Hum, to me interessando, alto, forte, baixo, magrelo?- ela perguntou ficando bem interessada, eu ri.- Ele deve ser uns três centímetros mais alto que eu, ou seja, ele é mais alto que eu, mas não é um jogador de basquete, e ele é fortinho, parece que entrou na academia a uns três meses não sei.- Ta certo, concordei com tudo, só não muito com a idade quatro anos mais velho que você, sua vó vai deixar você sair com ele?- Já deixou, ela disse com tanto que não passe de beijos, não tem problema. - nós rimos no telefone. - Me fala uma roupa são seis horas e marquei de encontra ele as oito em frente ao shopping.- Bota aquele seu short jeans claro, aquela blusa branca que é em V, de algodão, jaqueta jeans, e a sua bota ate o tornozelo marrom, e voialá, ta uma deusa, cabelos soltos, sombra marrom, delineador e bastante rímel, e pronta pra arrasar o coração do gato.Desliguei o telefone e percebi que tínhamos ficado vinte minutos no celular, apenas essa conversinha e se foi vinte minutos, corri pro closet e procurei pelas peças que ela havia me dito no telefone, botei-as em cima da cama e fui pro banheiro, na casa das minhas primas eu senti falta do meu closet só pra mim, que fora construído exatamente pra mim, minha vó mandou derrubar as paredes que separava meu quarto de outro e no outro quarto que era pequeno ela transformou em um closet e dentro do closet tinha meu banheiro, era um sonho pra qualquer menina, e mesmo que eu não gostasse muito de frescura, eu amava meu closet-banheiro.Encontrei Tedie em frente ao shopping, às 20h15min, cheguei quinze minutos atrasadas, mas se eu chegasse pontualmente que seria estranho, ele já havia comprado os ingressos para o filme que iriamos ver, era um filme de comedia brasileiro, que as criticas estão dizendo ser bem boa.Quando cheguei a casa, liguei logo pra Luna, pra contar a ela todos os detalhes possíveis. De como o filme é engraçado, de como o Tedie beija bem e de como foi bom ficar com ele, mas eu precisava contar outra coisa, uma coisa que me perturba e eu não entendo porque, fiquei pensando depois que beijei Tedie, porque veio logo os olhos do ladrão na minha cabeça? Só de pensar nisso, vinha uma dor inacreditável, que raiva que eu tenho desse ladrãozinho e porque fico pensando sempre nele, eu estava lá com o Tedie, lindo, fofo e não é ladrão na minha frente e eu estava pensando nele, acho que tenho problemas.Quando acordei, lembrei que já era domingo e que amanha eu teria prova de matemática. Prendi o cabelo em um rabo-de-cavalo porque ele estava me assustando, desci as escadas sorrindo e cantarolando, não sei por que estou feliz, minha vó já estava na mesa comendo, e o Senhor Carmo estava sentado junto com ela, desde que meu avô morreu esse senhor fica na aba da minha avó, mas ela nunca teve nada com ele, nem acho que vá ter, ela ainda era apaixonada pelo meu avô, Senhor Carmo era um dos diretores da fabrica.- Bom dia vó, benção. - eu disse dando um beijo na testa dela. - Bom dia Senhor Carmo. - eu disse e lhe dei um sorriso, os dois me deram bom dia juntos, e riram disso, sentei e tomei apenas um suco de laranja comi um pedaço do bolo de leite, que por sinal estava um sonho, Estela nossa domestica é um amor, e sabe fazer de tudo, cozinha, lava, passa limpa e ta com a gente desde que sou um bebê, ela era minha baba também, quando mamãe e papai precisavam sair.Bom achei melhor parar de pensar no meu pai e comer, estava bem hoje e acordei feliz, acordei pronta pra estudar pra matemática, amanha tem prova e eu ainda nem abri o caderno e o livro.


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Notas finais do capítulo

ta ai mais um capitulo, vou tentar não demorar mais, bjj e quero mais comentarios e recomendações, ah e obrigada a Amanda Espinelo que favoritou a historia....