Sorriso Gótico escrita por Rakeel


Capítulo 4
“Persuadido” a festejar




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Me preparava para mais um pesaroso dia no colégio quando minha mão bateu na porta do meu quarto entrando logo em seguida, não sei por que ela batia na porta se entrava antes que eu pudesse dizer ou fazer qualquer coisa.

___Pither apressasse para se arrumar que eu te dou uma carona para o colégio. Disse e ficou parada olhando para mim.

___A senhora quer mais alguma coisa? Perguntei com um sorriso visivelmente falso no rosto. Ela continuou me olhando por mais alguns segundos antes de dar um suspiro

___Você é um rapaz tão bonito... Começou e só pelo fato dela estar elogiando minha aparência já sabia que essa conversa não ia acabar bem e estava certo pois ela continuou___... fica tão bem no seu uniforme, você não acha que si cortasse esse cabelo ou tirasse o pircing ficaria ainda melhor? Me aproximei para poder olhar bem para seu rosto lhe lancei um olhar terno e pude ver a esperança crescer em seus olhos antes que eu respondesse.

___Não, não acho. Disse depois passei por ela saindo do quarto.

Desci as escadas e fui para cozinha, onde Julia estava sentada a mesa, com seus pés calçados de tênis cor de rosa balançando longe do chão.

___Bom dia. Disse com um sorrisinho antes de pegar seu copo de leite.

___Bom dia. Respondi me sentando também, e nesse momento minha mãe entrou na cozinha não disse nada, mas me lançou um olhar feio tive vontade de rir, mas me contive.

Depois do café fomos para o carro nos dirigindo ao colégio, ao chegarmos desci dando um leve aceno em despedida antes de entrar mais uma vez na câmara dos horrores, quando entrei na sala minha “maravilhosa” companheira de classe Patrícia já estava sentada na carteira ao lado da minha acenando e sorrindo quando me viu.

___Oi Pither chegou cedo guardei seu lugar. Disse

___Bom infelizmente os lugares são marcados por isso tenho certeza que ninguém ia se sentar aqui, mas obrigada por guarda-lo vai que alguém tentasse roubar. Disse denotando a idiotice dela enquanto me sentava jogando minha mochila no chão ao meu lado.

___De nada. Respondeu sorridente, eu respirei fundo e apenas ignorei oque ela havia dito, e por sorte o professor entrou antes que ela começasse novamente a falar.

O professor Jorge de matemática passava na lousa uma equação enorme copiando a de um livro, enquanto se ouviam alguns murmúrios e conversas pela sala, sentia um tédio imenso com a lentidão com que ele escrevia, então peguei um livro em minha bolça e comecei a ler, em poucos estantes já estava entretido com a leitura quando alguém chamando meu nome me desconcentrou.

___ Pither não é melhor você prestar atenção. Disse uma voz estridente ao meu lado, desviei os olhos do livro e olhei para criatura denominada como Patrícia que estava sentada ao meu lado.

____Acredite acho que você precisa mais do que eu. Respondi voltando à leitura.

____Mas esse professor parece ser chato. A sala ficou quieta no exato momento em que ela dizia essa frase, o que fez que sua voz ecoasse em uníssono de modo que todos ouviram oque dissera inclusive o professor que se virou para olha-la.

___Pele que vejo você já sabe toda a matéria por isso pode perder tempo falando besteira durante minha aula... Disse nervoso, tirei o livro da frente do meu rosto e após um bocejo olhei para o professor e para Patrícia que Parecia petrificada ao meu lado, o professor continuou acho que num tom mais irritado___...e como parece saber tanto acho que não vai se importar em responder essa equação para gente. Disse apontando para lousa para que ela fosse até lá resolver, ainda sentado corri meus olhos pela equação.

____Eu não posso responder. Disse Patrícia envergonhada e pude ver um sorriso maldoso se formar no rosto do professor.

___Você está certa, não da para responder essa equação, pois esta faltando o numero dois depois do colchete no segundo termo sem ele a equação não fecha. Disse antes que Patrícia acabasse de se levantar, o professor sem jeito esticou os olhos até o livro e constatou que estava certo, é realmente ridículo professores ensinarem uma coisa que nem mesmo sabem tendo que usar um livro com todas as respostas .

___Parabéns aos dois por conseguirem ver, a pegadinha que eu coloquei de proposito para ver se todos estavam prestando atenção. Disse disfarçando, antes de se virar e continuar a matéria.

___Obrigada. Cochichou Patrícia ao meu lado, mas ignorei e simplesmente voltei ao meu livro, não fiquem achando que sou algum defensor dos burros e oprimidos, só não gosto do habito que o professor Jorge tem de humilhar os alunos então e divertido inverter os papéis de vez em quando, também não sou nem um gênio da matemática, mas meu pai também e professor e tem um livro igualzinho ao que o professor usa já o li uma vez e tudo que leio gruda de primeira na minha memoria.

As aulas passaram lentas e maçantes, quando finalmente o sinal anunciou a saída, sai mais do que depressa, já do lado de fora pude ver o monte de carros luxuosos estacionados em frente aos portões, eu era um dos poucos se não o único que ia de ônibus para casa, caminhava pela calçada incomodado com o sol forte, quando ouvi uma voz atrás de mim gritando meu nome reconheci de imediato aquela voz de taquara rachada e continuei andando sem olhar para traz cheguei ao meu ponto e o ônibus passou quase que de imediato e depois de alguns minutos dentro dele já estava em casa. Assim que entrei minha mãe que estava na sala me viu e veio em minha direção

___Já chegou. Perguntou com um sorriso, senti uma vontade enorme de responder que não tinha chegado e oque ela via á sua frente era o meu eco de ontem mas me contive, nunca intendi porque as pessoas tem o abito de fazerem perguntas tão idiotas.

___Eu precisava falar com você sabe seu aniversario esta chegando precisamos organizar sua festa. Continuou vendo que permaneci calado apenas olhando para ela.

___A senhora sabe que não gosto de comemorar meu aniversario. Disse me jogando sobe uma poltrona pois sabia que esse assunto não ia acabar tão cedo.

___Mas eu achai que seria legal comemorar seus 17 anos, e também você poderia convidar alguns amigos. Disse se sentando no sofá e inclinando levemente o corpo sobre os joelhos.

____Então posso convidar quem quiser? Perguntei erguendo uma das sobrancelhas, afinal eu tinha amigos nem um que minha saudosa mãe considerasse adequado, mas os tinha.

____Eu quis dizer amigos do seu colégio, sabe colegas de classe. Respondeu já adivinhando quem eu pretendia convidar.

___Bem como eu já disse não quero uma festa então não espere nenhuma iniciativa da minha parte. Disse me levantando pronto para sair da sala

___Eu vou fazer uma festa e você vai convidar seu amigos do colégio. Disse se levantando e em tom de ordem.

___Ok, mas se a festa e para meus colegas de classe não se esqueça dos balões coloridos do palhaço e não podem faltar os pôneis, eles vão adorar. Disse com minha usual ironia enquanto subia as escadas a caminho do meu quarto.

Desde pequeno nunca gostei de festas de aniversario, todos te dando presentes e sendo legais com você por todo um dia, será que eles não se tocavam que um aniversario só significa que você esta á um ano mais próximo de morrer de velhice isso se outro coisa não te matar antes.

Fiquei o resto da tarde no meu quarto lendo quando de repente Julia entrou correndo pela porta se sentando ao meu lado na cama olhei para ela que permaneceu sentada e quieta mas pude ver em seu rosto um sorrisinho de quem estava para aprontar algo.

___Oque a senhorita quer aqui. Disse cutucando de leve o lado do seu corpo oque a fez rir alto e se encolher.

___Mamãe mandou eu vim fala com você e dize que quero que você faça festa de aniversario, ti convence, mas ela falo pa eu disfarça. Disse ainda sorridente.

___É, você com certeza disfarça muito bem... Comecei olhando para cara de sapeca de Julia, minha mãe tentar usar minha irmãzinha era golpe baixo ___...oque ela prometeu te dar se você viesse aqui me convencer? Perguntei

___Uma moeda de um real. Disse com os olhinhos arregalados como se essa fosse uma grande quantia.

____Pelo seu ótimo trabalho em me convencer aqui tem dois reais. Disse tirando uma nota do bolço, á qual ela agarrou com as duas mãos, acho que se sentindo rica.

____Agora vai lá em baixo falar para mãe que você me convenceu e não esquece de cobrar mais dela da próxima vez. Disse fazendo gesto para que Julia saísse

___Tá bom. Respondeu sorridente antes de descer da cama e sair correndo porta a fora

Se minha mãe queria me dar uma festa simplesmente ia fingir aceitar, para que ela parasse de me azucrinar com isso e no dia da festa era só eu desaparecer por algumas horas, e todos ficavam felizes, principalmente Julia com sua recém-adquirida “fortuna” de três reais.



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Notas finais do capítulo

Comentem isso me motivada ;D



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