Beautiful Soul escrita por Maitê Guimarães


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Olá! Como estão?!
Desculpem pela demora pra postar, inspiração foi embora mas já voltou.. Vou explicar algumas coisas nas notas finais, espero que curtam. Estava com saudade de postar aqui... Enfim, boa leitura. ^-^



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Dias depois.Depois da aula Ju resolveu ir até a casa de Gil, os dois ficaram conversando sobre assuntos divertidos e Ju até ajudou o garoto a escolher alguns desenhos para grafitar no Misturama, Nando havia visto os grafites e tinha adorado, em troca, ele daria aulas de guitarra ao garoto que tinha se interessado pelo assunto.

— Olha, esse aqui do pássaro tá tão fofo! - Juliana elogiou, com cara de boba olhando pro desenho, ela ficou encantada pelo mesmo.

— Eu curti mais o outro, aquele. - Ele apontou para um desenho onde tinha uma menina de costas, olhando o mar.

— Uhm, é bonito... Você fez pra ela, né?

— Quem? - Gil se fez de desentendido.

— Lia... - Ela murmurou, ele preferiu não responder. O som do telefone de Ju tocou e ela foi até o outro lado do quarto do menino para atender,já que era Fred, Ju tinha passado o telefone para o garoto que estava super afim dela,ele esbarrou nela na saída do colégio e os dois acabaram se conhecendo melhor, Gil era o único que não gostava dessa aproximação. O grafiteiro observava Juliana ficar sorrindo feito boba com o que a pessoa do outro lado falava e ficava curioso até que Ju desligou o telefone, finalmente.

— Seja quem for, te deixou feliz, hein? - Ele riu, meio sem graça.

— Era o Fred!! - Falou animada, Gil num ato involuntário pegou os desenhos que antes estavam em cima da cama e colocou-os na mesa do computador, Ju ficou desconfiada com tal atitude.- O que foi?

— Nada! Não vai ir encontrar com ele?!

— Nossa, Gil.. Isso tudo é ciúmes? - Sorriu a garota, convencida.

— Haha, que engraçado! Não sou de sentir ciúmes... - Mentiu, sorrindo.

— Sei..

— Ah, quer saber? Tô com ciúmes sim, desde que você encontrou esse cara você só pensa nele, tô feliz por você mas... poxa! - Desabafou, para a surpresa de Ju. A garota sorriu com a atitude e suspirou.

— Que fofo!

— Não é fofo, é ciúmes. - Ele revirou os olhos, Ju se aproximou dele, e agora os dois estavam muito perto, perigosamente perto. Ju ergueu o rosto e quando Gil acreditou que fosse acontecer alguma coisa além de amizade, ela apenas beijou a bochecha dele, que ficou indignado mas preferiu não comentar nada sobre.

Raquel estava em casa, falando ao telefone com um médico que estava na África, os dois conversavam a alguns minutos.

— Dr. Moisés, entenda, eu realmente não posso abandonar minha família novamente. - Explicou Raquel, meio triste por negar o pedido de uma pessoa que ela tanto respeitava e admirava.

— Dra. Raquel, a senhorita é umas médicas mais competentes que temos pra confiar, a crise aqui está se agravando. Sua família entenderá, peço mais uma vez que me ligue depois de pensar melhor, por favor. - Ele disse, e desligou depois de ouvir um pedido de ajuda dos enfermeiros. Raquel suspirou pesadamente e ficou pensando um pouco, mas logo o silêncio foi quebrado pelo barulho da porta sendo aberta, assim que ela olhou era Paulina com Tatá e Lia, elas tinham ido "passear".

— Ahn, filhas, eu preciso conversar com vocês. - Raquel aproveitou, Paulina a fuzilou com o olhar - ela sabia que aquela cara que Raquel estava não era nada boa-, e se retirou para seu quarto, trancando a porta.

— Ué, fala Raquel. - Lia disse, se jogando no sofá. Raquel puxou toda coragem que existia dentro de si para começar a falar. Tatá ficou meio confusa e sentou ao lado da irmã, observando a mãe.

— Bom... Quando eu voltei pra cá tive a intenção de reunir a família, consertar meus erros. - Começou a falar, Lia conseguia prever o que vinha por aí,- Na verdade eu já estava procurando hospitais para começar a trabalhar sem precisar passar anos fora... Mas, infelizmente, um médico da ONG onde eu trabalhava me ligou, faz alguns dias, mas eu disse que não, por vocês. Hoje ele retornou a ligar e me disse que é preciso que eu volte a África, mas é por poucos dias, eu prometo.

— Você está dizendo que vai embora? - Tatá perguntou, quase chorando. Raquel abaixou a cabeça, simplesmente sem conseguir responder. Lia bufou e levantou.

— Eu sabia! - Esbravejou a roqueira, Tatá começou a chorar.

— Lia! Você não vai conseguir entender. - Argumentou a mãe da menina.

— É claro que não, você volta e vai embora e vai ser sempre assim, sempre.

— Mãe, não vai embora, por favor. - Tatá disse, abraçando Raquel. Lia começou a chorar, sem escandâlos, chorava baixinho. A roqueira apenas balançou a cabeça negativamente e saiu correndo. Ela foi até o hostel desabafar com Fatinha e quando chegou lá viu a loira com os turistas, Lia esperou um pouco e logo subiu até o quarto da amiga junto dela.

— Então, o que houve, Lia? - Fatinha perguntou, sentando na cama, Lia fez o mesmo.

— A Raquel vai ter que ir embora, vai se tornar um inferno, Fatinha.. De novo... - Disse, segurando as lágrimas.

— Nossa.. que barra... - Disse Fatinha comovida, de repente ela começou a sentir um mal-estar e uma tontura, Lia percebeu e ficou preocupada.

— Tá tudo bem? - Perguntou Lia, Fatinha estava com os olhos fechados pois a tontura tinha sido um pouco forte, mas antes dela poder terminar veio um enjôo, a loira correu pro banheiro, Lia foi atrás. Depois de passar uma água no rosto ela voltou ao quarto, Lia seguia cada passo seu pois ela parecia que ia desmaiar a qualquer minuto.

— Lia... Eu preciso te contar uma coisa. - Fatinha disse, Lia assentiu. - Lembra aquele dia que o Bruno dormiu aqui? Nós dois estávamos bêbados, a gente não usou proteção...

— N ã o a c r e d i t o. - Lia falou devagar, chocada. - Fatinha... não me diz...que...

— Eu acho que sim. - Disse, nervosa. - Vai na fármacia pra mim? Por favor, Lia!! Quebra essa, vai?

— Agora? - Ela perguntou, Fatinha assentiu, ela suspirou mas decidiu ajudar a amiga, a roqueira saiu do quarto e seguiu até a farmácia. Assim que chegou lá ela pegou o teste de grávidez e foi ao caixa pagar, a menina pegou dinheiro da bolsa - que ela não dispensava usar nunca-, e deu ao moço que atendia.

— É pra você? - Ele perguntou, curioso.

— Não.. - Respondeu Lia, quando ele ia colocar o produto numa sacola ela pegou e disse que não precisava, Lia saiu apressada mas quando chegou na porta da fármacia deu de cara com Orelha, Fera, Pilha e Dinho, passando por ali.

— Marrentinha? - Dinho perguntou, ela colocou as mãos pra trás escondendo o teste na mesma hora.

— Ahn... oi, Dinho... Aonde vocês vão? - Ela perguntou tentando esconder o nervosismo.

— A gente tava indo estudar na casa do Fera, pra prova da Isabela... Tentei te ligar mas deu caixa postal, tá tudo bem?

— Deve estar sem bateria, esqueci de carregar... E aham, tá tudo bem! - Lia disse, imediatamente.

— Ih, o que tava fazendo na fármacia? - Orelha perguntou, todos ficaram esperando a resposta.

— E desde quando te interessa? eu hein, garoto intrometido - Respondeu, visivelmente brava.

— O que tá escondendo aí, Lilita? - Fera perguntou, curioso. Dinho fez uma cara confusa e Lia queria enfiar a cabeça num buraco naquela hora, Fatinha observou da porta do hostel e viu que a amiga estava numa situação tensa, ela decidiu correr até lá antes de Lia falar o que não devia. Ela chegou e foi pro lado de Lia.

— Ow, comprou o remédio dos gringos?! - Perguntou Fatinha, Lia agradeceu mentalmente e ficou com uma aparência mais calma.

— Aham,aham..- Lia disse.

— Então bora lá porque eles estão apitando na minha cabeça por causa dessa gripe que pegaram, gringos, não conhecem o Rio... - Ela riu, Lia assentiu e se despediu do namorado e dos amigos, Dinho tinha ficado meio desconfiado.

— Engoliu mesmo essa história? Se fosse só remédio ela não estaria escondendo. - Orelha falou, Pilha e Fera não queriam causar intrigas mas tiveram que concordar, aquilo era verdade.

— É, não entendi muito bem.. - Dinho confessou, enquanto caminhava com os amigos para a casa do Fera. Lia e Fatinha já haviam chegado ao hostel e estavam no quarto.

— Como se faz isso, Lia? - Fatinha perguntou, nervosa.

— Sei lá, acho que diz como aí nas instruções. - Respondeu, um pouco nervosa também. Fatinha respirou fundo e entrou no banheiro para fazer o teste, depois de alguns minutos Lia bateu na porta. - Aí, dá pra falar logo? Daqui a pouco eu que vou ter um filho aqui.

— Espera, acho que já saiu o resultado. - Disse de um jeito que em outra situação poderia até ter sido engraçado, ela abriu a porta com o teste em mãos e olhou pra Lia com o medo estampado no olhar.

— Diz logo!! - Lia disse alto.

— Positivo.


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Notas finais do capítulo

BABY BRUTINHA VINDO POR AÍ! Era óbvio, né? Enfim, vai rolar umas confusões com Dinho e Lia agora por causa desse teste... Como vocês devem perceber o capítulo ficou pequeno porque eu realmente estou com sono, se não eu ia escrever mais, mas, eu vou postar mais seguido e parar de deixar a BS abandonada.
PS: Desconsiderem qualquer erro.
Espero que tenham curtido, beijos e até a próxima! >,