Beautiful Soul escrita por Maitê Guimarães


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Oi amoressssssssss, tudo bem? Como estão com o novo horário, acostumadas ou irritadas? eu confesso que estou irritada, uma hora a menos pra dormir cara.. rs
Desculpem a demora.. (?)
Boa leitura♥



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Lia ainda permanecia perplexa no corredor, pensou várias vezes em inventar uma desculpa boba e pedir pra ir embora, só pra não enfrentar o problema... Digamos que o problema no caso era sua melhor amiga. A menina notou Dinho se aproximando e puxou-o pelo braço bruscamente, nada discreta pra perto dos banheiros.

— O que você quer? - Ele perguntou confuso e ao mesmo tempo deixando a mostra uma expressão um tanto feliz por a atitude da garota.

— A Ju, ela tá bolada comigo.. - Lia disse.

—Lia, até quando você vai fazer isso? - Ele perguntou sério, nesse momento Ju apareceu espiando os dois de dentro do banheiro onde ela tinha voltado, a garota não atrapalhou a conversa e resolveu escutar.

— Hãnm, isso o que? - Ela pareceu confusa, e ele suspirou pesadamente tentando livrar sua respiração daquela sensação pesada. 

— Meter a Ju no meio... A gente ficou duas vezes, foi intenso, não tem como negar. - Assim que ouviu as palavras Juliana não pode deixar as lágrimas escaparem ela saiu correndo do banheiro esbarrando direto em Lia, no qual ela lançou um olhar reprovador e correu para o pátio. Lia tentou ir atrás mas foi segurada pelo braço por Dinho.

— Tá vendo o que você fez? - Ela perguntou soltando o braço sem dificuldade, ele tentou argumentar mas ela foi mais rápida e saiu correndo atrás de Ju. Assim que achou a garota chorando num banco do pátio Lia sentiu o coração doer, uma dor que era inconfundível, era a dor da... perda? Talvez ela tivesse perdido sua melhor amiga, e a culpa era dela, não? Tudo que a garota conseguia pensar era em quão burra foi por ter mentido para Ju, ela não merecia isso.

— Ju... - Ela mal pode completar as palavras e a voz chorosa de Ju a interrompeu, ela parecia muito magoada e tinha seus motivos óbvios.

— Quer dizer que você e o Dinho... Ficaram? - Juliana não encarou Lia, pelo contrário, desviou o olhar para um local qualquer e deixou os pensamentos perdidos.

— Foi totalmente sem importância.. e sem querer. 

— Ele disse que foi intenso, que foi bom! Lia você era minha amiga! - Assim que Lia ouviu as palavras lhe acertaram como um punhal. Como assim "Era"? Ju acabara de afirmar que não era mais amiga de Lia? A roqueira fechou os olhos com força e suspirou se segurando para não responder nada errado, ela apenas assentiu inconformada deixando Ju mais confusa ainda, e saiu correndo em direção à sala de aula. Lia pegou os cadernos e avisou Mathias que não estava se sentindo bem, como ela foi pra enfermaria minutos antes o diretor acreditou, mas para a má sorte da menina quando ela estava saindo do corredor alguém a puxou pelo braço, ela não pode reagir. Dinho trancou a porta do banheiro masculino deixando Lia sem saídas, ela queria chorar, socá-lo, gritar, afinal, era culpa dele.. Mas ela apenas lançou-lhe um olhar confuso e ao mesmo tempo amedrontado.

— Você não vai escapar agora. - Ele disse sério, prensando ela contra a parede mas mesmo assim mantendo uma distância exata de seu corpo. Era impressionante como a aura deles brilhava quando estavam juntos, eles eram como quebras-cabeças complicados, que ninguém acredita que possam ser montados mas que no final formam o desenho mais lindo já visto.

— Me erra garoto! - Ela retrucou, mas ele ignorou o 'xingamento' partindo para o assunto principal.

— Esquece a Ju por um minuto, esquece todo mundo.. Esquece qualquer pessoa ou coisa que impeça você e eu.. E me responde.. O que você sente, Lia? - Ele indagou. O coração dela acelerou e as pernas ficaram bambas mas ela era ótima em esconder sentimentos.

— Não existe você e eu.

 — Só não existe porque você não quer e você sabe disso. - Ele afirmou certissímo de suas palavras, o coração dela queria saltar pra fora e o cérebro lutava forte contra os músculos para não agarrá-lo ali mesmo, queria tê-lo, mas tinha algo dentro dela que fazia-a acreditar que aquilo era perda de tempo, talvez o medo de ser machucada.

— Dinho, por favor... - Lia praticamente implorou, ele entendeu e cedeu. Por mais complicado que fosse Dinho não tinha intenções maldosas de magoar alguém, nem Ju e nem Lia. Ele só estava confuso, assim como as duas. Ele assentiu e molhou os lábios antes de murmurar um "tudo bem" triste e cabisbaixo, Lia não estava brava, furiosa.. Ela estava calma e com uma expressão meio "tanto faz". A garota apenas olhou mais uma vez para ele antes de sair quase correndo do banheiro para que ninguém a visse deixando pra trás um menino que estava com uma vontade imensa de segurá-la e apenas dizer o quanto ele... amava-a? Lia foi entre lágrimas silenciosas até sua casa, quando chegou na mesma não encontrou ninguém. Mas de repente ela ouviu algumas risadas e resolveu ir até a cozinha viu Tatá e Paulina se divertindo enquanto cozinhavam alguma coisa, ela limpou rapidamente as lágrimas mas sua avó viu que ela não estava muito bem, automaticamente Paulina suspirou e correu para perto da neta.

— O que aconteceu? - Ela perguntou com voz preocupada, Lia estranhou. "Tô tão mal assim?" Pensou ela mentalmente.

— Nada, porque? - Disfarçou, lançando o olhar para a janela.

— Tá em casa cedo, uma aparência cansada, triste e os olhos inchados apontando que alguma senhorita andou chorando.

— Qual é, Vó! - Lia riu, e deu as costas. Tatá arqueeou a sobrancelha e Paulina apertou os lábios, Lia realmente não estava bem. Enquanto isso no Quadrante os alunos já estavam de volta na aula, Mathias já havia ido avisar que o prazo do tal grafiteiro já havia passado, mas nada do cara se entregar. Ju e Dinho nem se olhavam e ele queria criar coragem pra ir falar com a menina, mas era quase impossível. O fim das aulas passou rápido e todos já estavam saindo da escola. Dinho gritou para Ju.

— O que você quer? - Ela disse ríspida, extremamente chateada.

— Acho que tenho que te pedir desculpas.. Hum.. - Ele mal sabia o que dizer, era praticamente um milagre as palavras terem saido.

— Desculpas, Dinho? Qual é o seu problema?! Você me trai com minha melhor amiga e a única coisa que me diz é "desculpa"?! - Juliana lançou furiosa.

— Você também errou comig....

— Eu errei contigo sim, mas em momento algum eu te trai, pelo contrário, eu sempre fui fiel e te amei! Você não presta mesmo, espero que seja feliz com a traíra da Lia. - Ju disse e saiu batendo pé, Dinho revirou os olhos concluíndo que tinha errado mas que Ju era uma mimada que só pensava em si mesma, ele cogitou a ideia de pedir pra ela não ficar de mal com Lia mas preferiu ir direto para casa.

(...)

Lia estava tocando guitarra no quarto distraída quando Tatá berrou ela se assustou.

— Tá maluca? - A garota perguntou para a irmã que deu ombros e chamou alguém à entrar no quarto, Dinho.

— Podem conversar, eu to saindo.. - Tatá disse, sapeca e saiu logo fechando a porta. Lia fuzilou Dinho com o olhar como se perguntando mentalmente o que ele fazia ali, o garoto mal ligou.

— O que você quer de novo?

— Conversar, e hoje você não tem escapatória. - Ele respondeu, ela suspirou assentindo e mandou ele se sentar na cama de Tatá.

— Você sempre fala isso, hein? 

— E você sempre acaba fugindo.. - Ele sorriu.

— Perdi minha melhor amiga. - Lia desabafou, Dinho estranhou. Ele estava se sentindo um pouco culpado, mas isso não vinha ao caso.

— Ela vai te perdoar. Mas agora eu quero que você venha comigo. - O garoto levantou e estendeu a mão, ela olhou desconfiada.

— Onde? - Perguntou.

— Em um lugar, ué! - Dinho riu, Lia cedeu e resolveu ir. Os dois já estavam indo pro elevador quando deram de cara com Ju lá dentro, Lia ficou sem reação.

— Ah, o mais novo casal, que lindos! - Ela ironizou, tentando não mostrar a tristeza que sentia.

— Juliana... - Lia adverteu, Ju revirou os olhos e saiu do elevador nas pressas quase batendo em Dinho que optou pelo silêncio.Depois de caminharem conversando e se provocando Lia e Dinho chegaram na praia, Lia estranhou o local escolhido mas ficou em silêncio ao notar que praticamente ninguém habitava a praia, como era de tardezinha o sol já estava se pondo.

— Que lindo! - Lia exclamou deslonjeada, Dinho sorriu ao ver que ela estava mais animada.

— Você se amarra nessas coisas né? - Dinho perguntou para a menina que ainda olhava para o céu.

— O quê? - Ela olhou pra ele, curiosa.

— Natureza, aventura... 

— É, eu convivo com isso desde pequena, sei lá.. - Ela afirmou, ainda parecia meio triste mas estava com uma aparência melhor. Dinho sentou na areia e Lia fez o mesmo alguns segundos depois.

—Sabe Lia, eu sei que errei com a Ju... Mas ela não devia te condenar tanto, eu vou falar com ela.. A culpa disso é minha, eu não quero ver vocês duas de mal. - Dinho disse,Lia sentiu uma dor no peito ao ouvir ele falar de Ju e apenas assentiu. O silêncio dominou durante uns minutos e nenhum dos dois tinha coragem de quebrá-lo, apenas o som das ondas e os pássaros cantando invadia o ouvido dos dois.

Lia arriscou quebrar o silêncio.

— Afinal,porque me trouxe aqui? - Lia indagou tirando Dinho de seus devaneios.

— Sei lá, você precisava se animar um pouco! - Ele sorriu e ela retribuiu sincera.

— Sabia que eu fui parar na delegâcia com a Fatinha por causa sua? - Lia contou rindo da situação, no dia que aconteceu era extremamente tenso mas agora parecia divertido, afinal, ela nem sabia como tinha conseguido suportar Fatinha.

— Na verdade uma pessoa não pode beijar sozinha... - Cantarolou Dinho convencido,Lia pegou um pouco de areia e jogou nele que ficou chocado e se vingou, os dois levantaram e começaram a se jogar areia até que entraram no mar e percorreram um longo caminho da praia por dentro das águas correndo e se jogando água e areia. Dinho parou de correr e Lia também eles se olharam e antes de Lia poder pegar mais areia Dinho a segurou firme, e nas tentativas de se soltar ela acabou derrubando Dinho e caindo por cima dele.

— O destino gosta de fazer a gente cair. - Lia disse, rindo sem se mover de cima do garoto.

— Porque ele sabe que eu sempre vou estar aqui pra te levantar. - Dinho sorriu, Lia sorriu também e sem ao menos perceber os dois já estavam novamente se beijando, mas agora era um beijo sincero e apaixonado, sem pressa alguma. Eles não tinham planejado mas foi inevitável, parecia que eles tinham sido feitos um para o outro, e na verdade, tinham realmente sido feitos um para o outro.







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Notas finais do capítulo

Capítulo Lidinho fofo porque eu tô sensível hoje!
Eu leio SEMPRE os reviews de vocês. Saibam que mesmo que eu não responda sempre eu leio e fico muito feliz por mais que seja só um "ficou legal" assim que der respondo todos, okay? Gente, não encarem a Ju como vilã por mais que pareça, nem a Fatinha é "sem coração"! Ela só é mimadinha, mas eu prometo fazer ela se aproximar de um personagem e ficar menos mal carácter, ok? kkkk
Comentários me deixam feliz, como sabem! estou aberta à sugestões e críticas. ♥
Beijos e até a próxima.