Somebody that I Used To Know . escrita por Brigit Rausing


Capítulo 37
Highway to Hell.


Notas iniciais do capítulo

Meus amadinhos, espero que gostem. Eu estava revisando ele a um tempo e não aguentava mais ver esse capítulo na tela do computador. Enjoy :)



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P.OV Jon.

Eu estava no escritório pedindo demissão ao meu chefe, até então meu celular tocar. Peço licença e atendo.

Anna: oi amor! – ela diz numa alegria.

Jon: ANNA?! – o que ela ainda quer comigo? – o que você quer?

Anna: só pra te avisar que eu estou com sua namorada aqui comigo. – baixa o tom de voz, dando uma de ofendida.

Jon: Sophie? O que você... Onde você está Anna? – digo nervosamente.

Anna: indo pegar a arma. – meu coração perde uma batida.

Jon: olha, nos podemos conversar e...- ela desliga.

Saio as carreiras do escritório, meu chefe ainda tenta falar comigo, mas eu sai numa pressa tão grande que eu acho que ele desistiu. Pego o elevador e ligo pra Sophie.

Sophie: oi amor. – ela diz.

Jon: onde você está?

Sophie: eu estou indo pra casa...? Tá tudo bem?

Jon: fique onde você está e não saia com o seu carro. – Ela tem que me escutar ao menos essa vez, pelo amor de Deus. Não pode sair na rua enquanto Anna me liga dizendo que pretende matá-la, tenho que proteger ela se não... Eu não sei o que aconteceria, a demência iria me consumir de uma vez só.

Sophie: hã? Eu já estou indo pra casa querido. – Não. Teimosa como sempre.

Jon: apenas não... – a ligação cai.

Entro em pânico.

Corro o mais rápido que posso e pego o meu carro.

E se acontecer alguma coisa com ela?

Eu nunca vou me perdoar.

Afasto esse pensamento da minha cabeça e dirijo mais rápido. Ela deve ter ido pra casa, só pode ser.

Salvar Sophie. Salvar Sophie.

Tento ligar novamente pra ela mas apenas dá ocupado.

Sinto-me em pânico, desesperado, de mãos atadas.

Correndo contra o tempo.

É tão ruim quando se tem pensamentos ruins na cabeça. Forço-me a pensar que vai ficar tudo bem.

Chegando em casa, não a encontro. Subo pelas escadas chamando por ela, procurando ela, gritando feito um louco pelo seu nome e não a encontro.

Maldita seja Anna. Juro pela minha alma que se alguma coisa acontecer com Sophie eu faço questão de eu mesmo matar essa desgraçada.

Com raiva, quebro os vasos de flores que ela comprou dias antes pra enfeitar a minha casa.

Nossa casa.

Saio em disparada com o carro pra a avenida perto de casa, na esperança de achá-la. Até que meu celular toca novamente.

Jon: alô?

...: aqui é da emergência 299. O senhor conhece Sophie Stelee? – eu gelo.

Jon: sim, sim! Onde ela está? – digo em desespero puro, freando bruscamente o carro devido a surpresa.

...: o senhor poderia se encaminhar a NY- 457? Fica perto da NY – 456.

Jon: o que houve, porra? – eu grito sem perceber.

...: apenas se dirija pra cá.

Desligo o telefone de imediato e vou em direção a NY – 457.

Minha mente se esvazia e não consigo pensar em mais nada. Apenas dirigir e chegar lá o mais rápido possível.

Mas eu juro que não queria chegar lá. Não queria ver o que eu vi.

Ela está deitada no chão. Em cima de uma maca, com o pescoço imobilizado e suja. Há fogo em seu carro. Tem pessoas está ao seu redor, mas não da população local e sim do corpo de bombeiros tentando reanimar o seu coração com desfibrilador, seu corpo convulsionando a cada choque.

Um sentimento que queima, arde e fere se apodera de mim, me deixando sufocado.

Os cacos de vidro quebrados pelo chão, juntamente com o meu coração, meu deixa desnorteado. Apenas coloco as duas mãos na cabeça, me ajoelho junto de seu corpo e me ponho a chorar. Sem ser dramático demais, não tem como ser dramático, estou apenas pensando que é um sonho e que quando eu fechar os olhos e abrir, vou estar ao lado dela numa manhã acordando de um sonho ruim.

Fecho e abro os olhos. Eu acordo ao seu lado, mas não numa manhã. E sim, num ambiente de catástrofe interior.

...: por favor, se afaste. – um homem me levanta enquanto outro dá outro choque nela.

Meu Deus me ajude, tudo está girando devagar.

O mesmo homem que me levanta se vira contra mim e me oferece um banquinho pra me sentar, junto do carro da ambulância.

...: o senhor está bem?

Jon: a minha mulher está morta. – digo olhando no fundo de seus olhos.

...: calma. Apenas respire, ela vai ficar bem. – ele coloca a mão em meu ombro.

Jon: como me acharam ? – respiro fundo.

...: vasculhamos a bolsa dela, achamos seu celular e ligamos pra alguns números de sua agenda telefônica.

Jon: então mais gente sabe disso ?

...: não, só conseguimos ligar pra números nacionais, que no caso apenas tinha o seu. – ele faz uma pausa. - o que o senhor é dela?

Jon: noivo. – Sim, iríamos ficar noivos. Lembra do anel que eu comprei? Semana que vem, quando estivéssemos estabilizados em Ohio eu a iria pedir em casamento. O que eu não sei se vai ser mais possível. como a acharam?

...: Ela tinha ligado pra a polícia minutos antes pedindo pra se dirigissem a esse local porque ela achava que estava sendo perseguida e estava com muito medo. Quando chegaram aqui... Ligaram pra nós. – ele para e me olha com piedade – o senhor gostaria de ir conosco na ambulância até o hospital ?

Jon: claro. – minha voz falha. Ponho as mãos entre meus cabelos e logo depois no meu rosto. Apoio meus cotovelos na minha perna e a tristeza toma conta de mim.

O que eu vou fazer agora? O que vai ser da minha vida sem ela? Sem seu corpo junto ao meu todos os dias, sem sua risada, suas piadas sem graça, seu cheiro.

Começo a pensar que o medo da sua morte se torna pequeno diante ao meu desejo de morrer neste momento.

Estaciono o meu carro na calçada e subo na ambulância juntamente com os paramédicos e enfermeiros que a entubam.

No hospital, a encaminham diretamente pra sala de cirurgia mas não me informam de nada, apenas dizem que farão o máximo possível e que é melhor eu ficar esperando no corredor.

Ligo pra Megan e ela pegará o próximo vôô. Pra Kath que está a caminho com Carlos.

E cá estou eu sozinho, sentando num banco corrido que tem no corredor, com a cabeça encostada na parede, esperando notícias que podem ser não tão boas.

Um médico sai da dupla porta da sala cirúrgica – que fica no fim do corredor – e vem em minha direção. Rapidamente me levanto.

...: Senhor Cambell. – ele aperta minha mão.

Jon: e então doutor? Como ela está? – minha voz trêmula transpira medo. Espero pelo pior. Mas mantenho as esperanças e minha fé até o fim.

...: ela foi submetida a duas operações. Ela foi entubada e graças a isso ela não teve lesões pulmonares ou qualquer tipo de lesão respiratória e cerebral.

Jon: e...? – fico impaciente, como é que ela está cacete? Eu apenas quero saber isso.

...: o processo cirúrgico deve acabar dentro de 1 hora mas depois disso, não temos acomodações adequadas para ela aqui no hospital então sugiro a sua transferência pra algum hospital mais equipado.

Jon: ela está bem? – disparo.

...: vai ficar, estamos fazendo o possível pra que isso aconteça. Mas tem um detalhe.

Merda.

Jon: o que? – entro em ataque cardíaco.

...: lembra que eu lhe disse que ela sofreu duas operações? – ele diz calmo.

Jon: sim, sim. – olho ancioso.

...: a primeira foi uma operação em seu abdômen e a outra para... – ele para e me observa.

Jon: para ? – ele tem que ficar de enrolada logo agora.

...: a outra foi pra uma retirada fetal.

Jon: como assim ? –  isso não deve ser bom.

...: ela perdeu o bêbê.


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Notas finais do capítulo

Me desculpe qualquer erro, qualquer dúvida me pergunte via review e blá. Amo você leitor e...




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