Somebody that I Used To Know . escrita por Brigit Rausing


Capítulo 36
Die Young.


Notas iniciais do capítulo

Hello! Sentiu minha falta? EU SEI QUE SIM!!!! Se não, eu te amo do mesmo jeito tá?



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Acordo com a luminosidade do Sol atravessando a janela e batendo levemente no meu rosto. Passo a mão pelo lado de Jon na cama e não o sinto lá. Espreguiço-me devagar, levanto-me e quando meus pés tocam o chão sinto as minhas pantufas sob meus dedos.

Jon cancelou nossa hospedagem no hotel e durante 1 mês e meio eu tenho dividido a sua casa com ele. É pessoa, o tempo passa rápido.

Desço as escadas com os olhos semicerrados. Meu cabelo pesado começa a atrapalhar então resolvo fazer um coque com um nó.

Vou até a cozinha e o vejo preparando o café. O abraço por trás.

Sophie: bom dia flor do dia. – beijo suas costas.

Jon: olá querida. – se vira e me dá um beijo na testa. – vai passar agora na Anelim?

Sophie: eu não sei... com esse clima de inverno eu preferia ficar na cama. – dou um sorriso.

Jon: ah é bonitinha? Fazendo o que na cama e com quem? – abraça a minha cintura e me dá um beijo na bochecha.

Sophie: dormir ué? Mas né lasca.

Jon : hm... quer que eu te leve ?

Sophie: não precisa, eu vou com meu carro. Eu sei dirigir sabe? – mordo o seu peito.

Jon: desculpe-me. – dá uma de ofendido.

Sophie: eu vou tomar café e subir pra me arrumar. Vai sair hoje?

Jon: vou dar um pulo no jornal pra resolver o lance do meu emprego.

Meu amado conseguiu um emprego pra fazer uma coluna sobre crônicas da cidade em Ohio e se tudo der certo nos vamos embarcar depois de amanhã. Uhu Nova Iguaçu!

Sophie: quer carona?

Jon: não precisa, eu vou com meu carro. – dá uma da gay.

Sophie: idiota. – dou um selinho nele.

Jon: seu idiota. – me enche de beijos.

Ele prepara o meu café enquanto eu fico cantando umas músicas da Rihanna.

Sophie: eu acho que eu vou abandonar minha carreira de advogada pra ser cantora.

Jon: eu não quero casar com uma mendiga não tá? Porque se você for viver de cantar, vai morrer de fome. – ri.

Sophie: Vou rir porque depois dessa até o palhaço vai rir por pena. –dou uma gargalhada forçada.

Como alguns pães, pedaço de bolo que tinha na geladeira, algumas frutas e suco. Parece que faz mil anos que eu não como.

Jon: que fome hein? – diz enquanto toma seu café matinal.

Sophie: eu estou muito magra não acha? Tenho que engordar um pouco mais. – falo enquanto como um pão rapidamente logo em seguida de um gole de suco.

Jon: entendo. – toma um gole do seu café. – eu estou com medo do meu novo emprego.

Sophie: porquê? – levanto meu olhar pra ele.

Jon: e se não der certo? – abaixa a cabeça num tom desanimado.

Sophie: vai dar, eu tenho certeza disso.

Jon: eu nunca trabalhei escrevendo crônicas antes. Eu deveria procurar outro.

Sophie: você chega lá, trabalha alguns meses de experiência e se você gostar você fica. Se não, procura outro emprego por outro jornal de lá. Não precisa ter medo. – o encorajo.

Jon: vamos ver. – volta a tomar seu café.

Comemos e subimos juntos para tomar banho.

Espuma, água e brincadeiras ecoam do banheiro para o resto da casa, abraçados um ao outro, lavando o corpo um do outro, amando um ao outro de manhã cedo... Não tem sensação mais prazerosa do que isso. Não só pela sensação de começar um dia com sexo mas sim, pela presença acolhedora e protetora que ele tem sobre mim.

Não tem aqueles dias que, você não sabe como, acorda de bem com a vida, com energia, disposta a fazer coisas boas e a encarar a vida de modo positivo? Quando se sente tão forte que acha que nada pode piorar o seu humor e que nada pode te destruir? Eu me sinto assim.

Daqui a dois dias eu e Jon vamos pra Ohio começar uma nova vida, juntos dessa vez. E eu mal acredito que finalmente eu vou viver em plena felicidade todo dia.

                                                                    **************

Saindo do escritório da Anelim, vou direto ao estacionamento da empresa.

Jon me liga.

Sophie: oi amor. – digo.

Jon: onde você está? – sua voz é agonizante.

Sophie: eu estou indo pra casa...? – pergunto meio desconfiada. – tá tudo bem?

Jon: fique onde você está e não saia com o seu carro. – diz num tom duro e autoritário.

Sophie: hã? Eu já estou indo pra casa querido. – estranho.

Jon: apenas não... – a ligação cai.

Bem, o que é que tem demais em sair daqui da Anelim sem sua companhia? Nada. Então? Pra que essa agonia toda?

Entro no carro e o ligo.

No tráfego, ligo o som e está tocando The Creep do The Lonley Island. Começo a cantar baixinho pra descontrair um pouco.

Olho pelo retrovisor e vejo um carro alto preto logo atrás do meu. Estranho, o trânsito está praticamente vazio devido á neve predominante no asfalto.

Mas tudo está sobre controle.

Chego na NY – 345 que fica a praticamente 10 quarteirões da casa de Jon e o carro preto ainda está na minha cola. Tento olhar minimalistamente pra o vidro da frente do carro atrás de mim e uma surpresa que me de deixa gelada dos pés a cabeça. Minha respiração acelera, os meus nervos começam a trabalhar freneticamente, meu coração bombeia mais sangue e meu subconsciente apenas pensa: “ Salve-se.”

Eu reconheceria aquele cabelo em qualquer lugar. Aquele sorriso solitário onde quer que eu estivesse.

Anna está no volante.

Acelero um pouco mais, entro numa rua desconhecida e logo saio numa avenida deserta.

Olho a quilometragem e estou a noventa por hora, mas ela ainda segue atrás de mim. Meu celular toca.

...: gostando da surpresa? – é ela.

Sophie: o que você quer? – minha voz é baixa e trêmula. Estou nervosa, porra.

Ela desliga e eu começo a pedir socorro mentalmente. Pensar que deveria ter ficado no estacionamento, ter ouvido Jon quando tentou me avisar. Agora cá estou eu sendo perseguida por uma maníaca que sabe os deuses o que quer fazer comigo.

Pego o meu celular e disco o número da polícia.

...: Central de atendimento policial aqui quem fala é Geovanna em que posso ajudar? – ela fala tudo de uma vez só, sem pausa.

Sophie: eu estou sendo perseguida por uma mulher e eu estou com medo do que ela possa fazer. – falo numa voz chorona, minha respiração até parece que vai se esvair de todo o meu corpo.

...: onde você está? – pergunta.

Sophie: numa avenida perto da NY – 456. Me ajude. – olho para o retrovisor. Nenhum sinal dela.

...: O.K. Mantenha a calma e vá para o posto policial mais próximo da região.

Vejo que estou chegando perto de um cruzamento. Olho pra o retrovisor e felizmente não vejo ninguém.

Até que escuto um barulho extremamente ensurdecedor, de um carro cantando os pneus. Olho em milésimos de segundos para o lado do som e vejo o carro de Anna vindo a toda velocidade em direção do meu.

E então fico no fim do túnel, a escuridão me consumindo. Todo o inferno se quebra ao meu redor.

O som de carros, freios, gritos, tudo de cabeça pra baixo, sirenes, correria...

Sou apenas eu indo encontrar a paz, talvez num outro mundo.


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Notas finais do capítulo

Desculpe-me qualquer erro T.T
Espero ter reviews ;) A gente se vê.
P.S: como eu disse um dia desses, eu tinha até esse capítulo armazenado aqui no netbook. Então eu ainda vou começar a escrever o outro e isso pode demorar alguns dias. Rezem pra que eu tenha algum surto de inspiração e que a criatividade role solta na minha linda cabecinha ;) Eu te amo.