Somebody that I Used To Know . escrita por Brigit Rausing


Capítulo 32
Not Fair.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoa linda of my heart. Mais um capítulo oo



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Trocamos de roupa e caminhamos de mãos dadas até o estacionamento. Pegando o seu carro – não sei pra quê eu trouxe o meu – seguimos no tráfego intenso de Nova York e paramos em frente a uma joalheria.

Jon: eu comprei um presente pra você. – abre a porta do carro pra mim.

Entrando na loja, vazia, uma das atendentes vem no recepcionar.

...: Bom dia, Senhor Campbell.

Jon: bom dia Greta, apenas vim buscar o que encomendei.

Ela concorda com a cabeça se dirige aos fundos da loja. Sentamos em um sofá de dois lugares confortavelmente fofo.

Sophie: o que você comprou pra mim? – pergunto, nervosa.

Jon: você vai ver. Só me deixe... – ele pega a minha mão e tira o anel que ele me deu. Será que eu VOU CASAR? Não... eu só tenho dezoito anos cacete! Bem, eu vou fazer dezenove daqui a alguns dias mas... enfim. A Greta, nome legal. Greta. Oi Greta! Tudo bom Greta? Oh Greta, você tem uma cara de caça rato tão linda! Menos. Ela vem com uma caixa azul marinho e dá a Jon. Ele sorri, pega a minha mão e vamos saímos da loja.

Sophie: não vai me dá a caixa?

Jon: não agora. O que acha de jantarmos mais tarde? – abre a porta pra mim.

Sophie: por mim, tudo bem. – entro e logo em seguida ele está do meu lado girando a chave na ignição.

Jon: eu quero te levar a um lugar.

Sophie: que lugar? – quanto mistério. Detesto isso.

Ele permanece em silêncio e liga o rádio. Escutamos um pouco de música, ele conversa comigo entusiasmadamente sobre a crise econômica da Europa e cerca de meia hora depois, paramos em frente a uma pequena casa numa pequena villa.

Jon: eu moro aqui. – Ah.

Sophie: sério?

Jon: sério. Ganhei do meu pai.

Sophie: é bonita.

Jon: quer entrar?

Sophie: por favor.

Entramos. Vejo uma sala ampla, muito bem organizada e incrivelmente limpa e clara. Fico observando cada detalhe, imaginando Jon acordando aqui sozinho, vivendo aqui como um cidadão americano qualquer.

Jon: gostou? – ele fecha a porta.

Sophie: gostei. É adorável. – passo a mão pelas costas do sofá – Você que decorou?

Jon: minha mãe, na verdade.

Sophie: Oh, então ela mora aqui por perto?

Jon: não... ela veio pra cá pra me ensinar em como morar sozinho.

Sophie: hm...preciso conhecer minha sogra.

Jon: e eu preciso rever a minha. – ele sorri. – quer beber algo?

Sophie: água com gás, por favor.

Ele se adentra na casa e vou logo atrás, lentamente pra dar tempo de observar tudo.

Sophie: cozinha bacana. – sento-me num banquinho.

Jon: você acha?

Sophie: acho. – ele me entrega a garrafa d’água. Dou um gole, a água sai queimando na minha garganta me lembrando o efeito da vodca, por isso que eu gosto de água gaseificada. – eu acho que eu poderia morar aqui.

Ele arregala os olhos.

Jon: como? – inspira e libera o ar lentamente, tentando processar.

Sophie: eu estou brincando. – fecho meu sorriso. Qual o problema de eu vir morar com ele durante minha temporada na cidade?

Jon: é que eu não estou acostumado a morar com alguém. – dá de ombros.

Sophie: vai chegar um tempo que apenas o namoro não vai bastar. – olho o rótulo da garrafa.

Jon: eu sei... – sussurra.

Ficamos em silêncio.

Sophie: e então? Não vai me mostrar o resto da casa?

Jon: ah sim, por favor madame. – ele faz um gesto floreado.

Sophie: obrigada, humilde escravo. – empino meu nariz.

Ele me mostra que no andar de baixo tem um banheiro, a cozinha, a sala e um quarto de hóspedes. Lá em cima tem uma sala de filmes, outro quarto e finalmente, o seu quarto.

Sophie: hm... – olho pra ele. – que quarto arrumado.

Jon: não tem muito que arrumar.

Sophie: ele é... diferente. O meu é cheio de coisas, ainda bem que eu tenho a empregada.

Jon: aqui sou eu e eu mesmo.

Sophie: doméstica.

Jon: empregada do lar é minha segunda profissão.

Sophie: sei... – dou alguns passos a frente e aliso o tecido do lençol que cobre a sua cama. Analiso a sua cômoda branca, especializo o seu banheiro. Tudo muito confortável e tão... opaco. Saindo, o encontro sentado na cama bebendo um pouco da minha água que eu deixei no balcão da cozinha.

Sophie: cansado? – pulo no seu colo.

Jon: um pouco. – agarro o seu pescoço e lhe dou um beijo breve. Olho de relance para o seu quarto e vejo uma foto minha e dele, no colégio.

Sophie: o que é isso? – me levanto de seu colo.

Jon: eu tinha guardado.

Pego o porta retrato e passo meus dedos sobre ele. Eu e Jon sentados embaixo da árvore, de frente um para o outro, sorrindo. O sinto me abraçando por trás, afastando meu cabelo para o lado e beijando a minha nuca.

Sophie: tempos que não voltam mais. Tanta coisa mudo Jon... eu sinto medo ás vezes.

Jon: eu também. De uma menina do interior e um playboy, agora somos uma estudante de advocacia prestes a se formar e um jornalista.

Sophie: promete que nunca vai me deixar?

Jon: nunca é uma palavra muito... definitiva.

Sophie: vai ser pra sempre enquanto durar?

Jon: sim. Para todo o sempre. – me vira, fazendo com que eu fiquei de frente para os seus braços.

Sophie: eu te amo. – entrelaço meus dedos em seu cabelo e o puxo pra mim. Suas mãos em minha cintura me puxando pra ele. Corpo a corpo. Desejo a desejo.

Jon: eu amo mais. – e sorri enquanto lentamente vai se aproximando da minha boca. Seu hálito no meu rosto rapidamente se direciona pra a minha língua.

Nos deitamos na cama pra então, nos perder no meio de tanto prazer amando um ao outro.

***

Deitados na cama cobertos pelo lençol e ouvindo uma sinfonia ao fundo, eu e Jon fazemos planos para um futuro, quem sabe, não muito distante. Almoçamos e noto que não tenho roupas pra vestir, já que eu odeio vestir roupas sujas, ele diz que vai voltar o hotel pra pegar algumas roupas minhas já que eu pretendo passar a noite aqui. Enquanto isso, visto apenas uma camisa longa sua. Apenas. Somente a camisa. – entenderam não é? – deixando tudo livre.

Prendo meu cabelo num coque alto, calço minhas sandálias e vou até a cozinha preparar algo pra comer. Acabo ficando com preguiça e como apenas uma barra de cereal e subo ao quarto de Jon pra pegar na minha bolsa o meu celular.

Pego o tablet e o blackberry. Checo alguns e-mails de Xavier e Carlos, outras chamadas de vídeos perdidas de Kath e recebo instantaneamente uma mensagem. Megan.

“ Querida! Parabéns, se saístes muito bem na entrevista e na coleta de material com o juiz. Graças a ti iremos resolver todos os nossos problemas, alavancar o nome da empresa e conseguir novos processos lucrativos e fique ciente que serás muito bem remunerada por toda essa gentileza que tens feito por todos da Anelim. Soube do “incidente” que houve na festa, mas não se preocupe com isso. Tudo está transcorrendo num fluxo perfeito e as coisas se resolverão em breve. Amanhã sua entrevista irá ao ar na televisão e então, neste mesmo dia seu voo está agendado para ás 20 horas no heliporto. Não esqueça dos seus compromissos com os estudos aqui na região, seu emprego e eu e Xavier estamos loucos de saudades. Espero vê-la em breve. Abraços.

Megan Stelee.”


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Notas finais do capítulo

Review? :3 500 reviews, HERE I GO ooo