Somebody that I Used To Know . escrita por Brigit Rausing


Capítulo 21
Rebirth


Notas iniciais do capítulo

Hello! Espero que gostem do capítulo... :) Um beijo, girls. And have fun!



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Fiquei no hotel enquanto ele ia comprar algumas coisas pra ele no shopping da cidade. Fumei um pouco, desci pra beber no bar e quando voltei olhei o relógio. Sete da noite. Coloco uma roupa em cima da cama enquanto a água do chuveiro esquenta. Separo meu pijama e uma roupa pra desce e ir jantar, não vou esperar por Jon. No banho, molho meu cabelo já que não aguento mais o calor com um shampoo de amoras que o hotel nos disponibiliza. Esfrego-me com um sabonete líquido também de amora e espero a água descer mais um pouco sobre minha cabeça. Saindo do banho enrolada na toalha, pego meu celular e conecto com um auto falante natural que tem no quarto, fico ouvindo música e dançando um pouco. Só pra descontrair, não tem ninguém mesmo. Coloquei a lingerie e o som da música de Beyoncé me envolveu tanto que começo a dançar sensualmente pra mim mesma no espelho. Eu sou muito linda, não acham? Coloco as mãos em cima da cabeça e começo a rebolar meus quadris. Talvez eu fosse contratada a ser uma gogó-girl. Ou não.

Coloco a calça jeans e fico só de sutiã procurando um pente pra pentear meu cabelo. Achei um no guarda roupa e comecei a penteá-los. Passei um pouco de leave-in pra facilitar o processo, peguei meu fone de ouvido, conecto ao celular e começou a tocar C’Mon da Kesha. Vou até a sala pegar a carteira de cigarros embalada ao som da música, cantando e de vista baixa.

Jon: acabou seu show de dança? – paro e levanto a vista. Ele está sentado no sofá olhando impacientemente pra mim.

Sophie: hã... que show? – do que diabos ele tá falando?

Jon: você. Dançando de calcinha e sutiã no quarto.

Sophie: VOCÊ ESTAVA ME OLHANDO? – como esse filho da puta me viu dançando? Eu estava alone no quarto, não tinha ninguém, no one, nobody.

Jon: eu cheguei a um tempo e vi você dançando. Já pensou em fazer uma turnê mundial?

Sophie: seu safado! – peguei uma das almofadas e joguei na cara dele. Então noto que estou apenas de calça jeans justa e sutiã.

Jon: hey! Hey! Não fique brava. – falou tirando a almofada do rosto. – você fica bem assim. – olhou-me dos pés a cabeça.

Sophie: me poupe. – virou-me com raiva pra voltar ao quarto e vestir a minha blusa. Ele veio atrás de mim.

Jon: não precisa ficar zangada. – disse num tom calmo. Quando me viro, ele está com a mão encostada no portal da porta.

Simplesmente ignoro e jogo a escova de cabelo em sua direção. Não vou falar com ele esses dias. Ao menos podia ter me avisado? Que estava me olhando dançar sensualmente pra mim mesma? Ele devia estar se aproveitando. Arrgh, eu acho que o odeio neste exato momento.

Saio do quarto silenciosamente e as pressas com o meu celular na mão. Pego minha carteira de cigarros, meu chinelo e desço pra jantar.

Comi sopa de ervilhas e de sobremesa um cupcake. Não vi Jon por lá.

Subi de volta pra o quarto e o vejo sentado no sofá assistindo televisão. Olho pra ele e rapidamente viro o rosto, ando em direção ao quarto e pego meu pijama que está em cima da cama do mesmo modo quando eu sai. Me tranco no banheiro e troco de roupa lá mesmo. Aproveito e escovo os dentes, lavo o rosto e tiro todo o uso de maquiagem de hoje. Pego meu celular e ligo pra Megan mas ela não atende. Mando uma mensagem pra ela e Kath dizendo que está tudo bem.

Olho para o quarto e Jon não está. Deito-me na cama e apago a luz do abajour. Fico ouvindo música um pouco e minutos depois escuto a televisão desligar e Jon entra no quarto.

Jon: onde eu vou dormir? – disse numa voz rouca. Provavelmente deve está pra lá de baguidá de sono.

Sophie: na cama é que não vai. – viro-me, ficando de costas pra ele.

Jon: tá bom. – suspirou. – eu vou ver se alguém tem algum colchão pra eu dormir no chão. Talvez as baratas gostem da minha presença, e os ratos também.

Fecho os olhos. Ele não vai me fazer sentir pena.

Não vai. Não vai.

Abro os olhos e não o vejo no quarto. Meus deuses. Será que ele foi mesmo pegar o colchão? E se aqui tiver realmente ratos? E baratas? Se ele dormir no chão pode pegar uma doença e até morrer! Não, eu não vou arcar com essa culpa.

Me levanto correndo da cama e vou até a sala. Ele não está lá. Saio de pijama em meio ao corredor e vou até a recepção do andar e pergunto se viram um rapaz saindo do meu quarto e as recepcionistas disseram que não sabiam.

Ai meus deuses, onde será ele se meteu?

Volto para o quarto chamo por ele.

Sophie: Jon? Jon, onde você está ? – liguei a luz. - Jon?

Vou até o quarto e o vejo, simplesmente deitado na MINHA cama, de pijamas do ursinho pooh, todo enrolado no MEU lençol, com o MEU travesseiro.

Jon: vem pra cá. –deu batidinha na cama, sorrindo.

Sophie: vá para o chão. AGORA! – gritei. Subi na cama e tomei seus travesseiros batendo nele com os mesmos, puxei seu lençol e comecei a empurrá-lo pra o chão com as mãos. - qual é... eu quero dormir sozinha... por favor.... não quero dormir com você....

Jon: deixa eu dormir aqui! Qual o problema? – sorriu.

Sophie: você é o problema. –bocejei, o sono já está me vencendo.

Jon: então, eu durmo de um lado e você dorme do outro.

Sophie: não... eu... - minhas pálpebras não me respondem mais.

Jon: vai Soph... – disse com uma voz melosa.

Sophie: só desta vez. E porque eu estou com muito sono! – peguei meu travesseiro e o lençol. – E não puxa a porra do lençol. Que os mosquitos carreguem você.

Jon: aqui não tem mosquitos.

Sophie: que seja. – peguei o travesseiro e o coloquei em baixo da cabeça e me cobri com o lençol. Segundo depois cai no sono.

Abro as pálpebras lentamente, meus olhos ainda estão sensíveis com o tom os raios de sol que invadem o quarto. Olho por cima e vejo que meus braços estão em cima de algo. Resolvo abrir mais os olhos e a primeira coisa que sinto é os braços de Jon ao meu redor. Que droga, dormimos de conchinha. Viro-me, tentando me aproximar mais, não é todo dia que se tem uma oportunidade dos céus de ficar tão perto assim da pessoa que se ama. Viro e ficamos colados, frente a frente. Acaricio seus cabelos, meus dedos descendo fazem o contorno do seu rosto perfeito cheio de covinhas quando sorri. Ele suspira, se está acordado não que abrir os olhos. Olho mais uma vez com cautela, pesquisando algum sinal de ele estar acordado, mas ele participou de um grupo de teatro não é mesmo? Aproximo-me mais e planto um beijo suave em seu ombro sentindo o seu cheiro matinal embriagante. Subo meus beijos pela sua clavícula até chegar à base de seu pescoço. Eu senti tanta falta disso.

Sinto que ele vai acordar e me levanto vagarosamente. Vou até a sala e pego minha carteira de cigarros na bolsa. Fumo um cigarro apreciando a vida corriqueira de Nova York. Acabando, vou até o quarto pegar uma roupa para em seguida ir tomar banho e vejo Jon sentando na cama passando as mãos pelo cabelo, com o ar de preguiça.

Sophie: bom dia.

Jon: bom dia. Ainda está com raiva de mim?

Sophie: estou. – abro a porta do guarda-roupa.

Jon: de uma escala de um a dez?

Sophie: noventa. – respondo num tom frio.

Ele toca meu ombro fazendo com que eu me vire para olha-lo.

Jon: onde você quer ir hoje?

Sophie: eu não sei.

Jon: quer jantar fora? Ir a uma peça de teatro? Voltar ao Central?

Sophie: eu te digo mais tarde. Eu vou tomar banho e vou descer pra ir tomar café. – viro-me novamente pra fechar a porta do guarda-roupa.

Jon: Ei. Não fique brava, eu não olhei por muito tempo. – ele colocou suas mãos na porta do guarda-roupa, me mantendo presa pelas laterais de seus braços.

Sophie: brava? Se eu estou brava? Imagina.

Jon: olha, eu sei que eu tenho estado muito bipolar as vezes, mas é porque eu simplesmente não sei como reagir diante de você. – ele foi se aproximando do meu rosto, sinto sua respiração se misturando com a minha.

Sophie: eu gostaria de ir tomar banho.

Jon: eu juro que vou tentar não estragar as coisas. – foi se aproximando cada vez mais, nossos narizes estão a um toque.

Sophie: mas você sempre o faz. Eu não quero brigar com você. – dou um impulso pra sair do encurralamento de seus braços, sem sucesso.

Jon: Eu quero brigar com você. Pra escolher o nome dos nossos filhos. Não importa o que eu diga, o que eu faça, o que eu veja... eu ainda te amo.

Eu hesito. Olho em seus olhos e percebo que não está brincando. Paro por um tempo, fitando o seu rosto que agora está suave, com um olhar de desesperado pela minha resposta. Não posso bancar a durona agora. Simplesmente deixo meus sentimento falar por mim.

Sophie: Oh Jon. Eu te amo tanto... – só deu tempo de dizer essa frase.

Nos beijamos.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Adoro vocês meninas... e meninos ;) Aguardem o próximo e muito obrigada por tudo *_*