Somebody that I Used To Know . escrita por Brigit Rausing


Capítulo 22
On the Floor.


Notas iniciais do capítulo

Hello pretties :) Como foi a volta às aulas? "Highway to Hell"
Postarei ainda essa semana ;)



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O toque de sua boca suave e leve se conecta com a minha, nossos corpos se encaixando perfeitamente. Eu preciso de mais, de mais Jon pra a minha vida saber o que é felicidade novamente. Prendeu-me, seus braços fortes se envolvem em minha cintura e sua mão vagarosamente passeia pelas minhas costas. Retribui seu beijo com a mesma intensidade, puxa-me mais pra perto e ficamos quadris a quadris, pernas entrelaçadas em pernas, respiração em sintonia perfeita. Me pressionou contra a porta do guarda-roupa até que eu não consegui mais me mexer, eu devo estar exatamente onde ele quer que eu esteja. Tudo sem interromper o toque de seus lábios nos meus. Então começa a realmente me beijar, delicado e depois longo e intensamente fazendo barulhinhos sutis. Desceu pelo meu queixo e pelo meu pescoço, fazendo-me pender a cabeça para trás. Jon entrelaça meus cabelos em suas mãos, sugando meu lábio inferior pedindo passagem com a sua língua de veludo. Abri a boca, agoniada para deixa-lo entrar mais sem medo de demonstrar o quanto que eu o quero.

Naquele momento, eu podia ter morrido por Jon.

Demorou um pouco até ele se afastar e me olhar, seus olhos varrendo cada detalhe do meu rosto. Sua boca ainda vermelha. Sorri e o beijei vagarosamente na boca, deixando meus lábios pressionados nos seus tentando sentir melhor o gosto.

Jon: Por Cristo Sophie. –me abraçou – eu senti tanta falta disso.

E ficamos ali, abraçados por segundos, minutos, talvez horas. Nunca vou esquecer deste momento.

Jon: volta. Volta pra mim. Olha – ele foi até o bolso de sua calça que está em cima de uma cadeira. – eu trouxe isso na esperança que você voltasse pra mim.

Ele me entregou uma caixinha vermelha. Quando abri vi o anel que ele me deu semanas antes deu embarcar pra Ohio. Lembro como se fosse hoje do dia em que ele me deu, prometendo-me que esse anel seria para todo o sempre o símbolo do nosso a mor, respeito e fidelidade um ao outro.  Lágrimas caíram do meu rosto. Eu... Eu... não consigo evitar que a emoção aflore.

Sophie: não... eu não posso aceitar. Jon, estamos totalmente diferentes, somos diferentes. Não quero me magoar novamente. – olhei para os meus pés.

Jon: por isso que temos que ficar juntos. Somos totalmente diferentes e quando nos juntamos formamos um só. A outra metade da laranja. – ele pegou minha mão e se ajoelhou. – Eu prometo de amar incondicionalmente, ser fiel na doença e na saúde, ficar no seu lado nos bons e maus momentos e estima-los enquanto vivermos. Meu amor vai ser pra sempre enquanto durar. Eu te amo.

Ele pegou a caixa da minha mão e retirou o anel, pondo no meu dedo em seguida.

Jon: agora você é minha. Pra toda a eternidade. Por hoje e pra sempre.

Se levantou. Olhamo-nos, não falei nada. Sabe quando você está tão emocionada que nem consegue falar, apenas chorar? Quando a felicidade está em todo o seu ser e você está irradiando luz? Eu me sinto assim. Enfio o meu rosto no seu peito e desabo a chorar. Ele apenas afaga o meu cabelo e quando finalmente consigo falar alguma coisa, digo baixinho “Eu te amo”.

Sophie: cadê o seu anel? – ele mostrou um cordão que está a usar com um anel pendurado.

Jon: vai tomar banho e vamos descer pra ir tomar café.

Sophie: tá. – eu o beijei novamente, não consigo desgrudar mais dele.

Peguei minha toalha, minha roupa e fui ao banheiro. Tomei banho cantando, lavando cada parte do meu corpo e imaginando o quanto eu sou uma mulher feliz neste exato momento. Me enxuguei, troquei de roupa e saio do banheiro. Coloco a toalha nas costas da cadeira e calço uma sandália baixa. Guardo os óculos de sol na bolsa. Prendo meu cabelo num rabo de cavalo e vou a sala. Vejo Jon assistindo televisão.

Sophie: o banheiro está livre. Eu vou descer e te espero lá embaixo.

Jon: tá... eu chego lá em um instante. – passou por mim e me deu um beijo.

Peguei minha bolsa em cima de uma mesinha e fui até o refeitório. Me servi de pães, queijo, um pedaço de bolo de trigo, achocolatado e umas torradas. Sentei numa das mesas e começo a comer. Minutos depois Jon chega, se serve e senta ao meu lado.

Jon: sua irmã ligou.

Sophie: e...?

Jon: seu carro chega hoje a tarde, a balsa veio adiantada. E os talvez gravem a entrevista com você hoje. – deu um gole no suco.

Sophie: hm. E quando iremos falar com o juiz?

Jon: talvez eu ligue hoje pra a assistente dele.

Tomamos café e em seguida fomo ao Central Park novamente. Passeamos a barco, comemos pipoca, algodão doce e sentamos debaixo de uma árvore pra namorar um pouco.

Eu não consigo acreditar. Em menos de 2 dias que nos reencontramos reatamos o namoro e tudo está fluindo tão bem. Fluxo perfeito. Telefonei para a assistente do juiz enquanto estávamos voltando para o hotel e ela me disse que amanhã poderíamos passar na casa do juiz e podermos coletar a entrevista dele. Almoçamos e fomos pegar o meu carro no sistema de balsas e em seguida passamos no escritório do jornal pra saber quando e que horas irei gravar a entrevista. Vai ser amanhã cedo, de nove horas em ponto. Enquanto isso, eu e Jon fomos assistir um musical mega divertido na Broadway chamada Wicked. Muito boa. Jantamos em um restaurante ali perto e voltamos para o hotel.

Jon: cansada? – me pegou pela cintura e me deu um beijo.

Sophie: um pouco. Ainda tentando processar o que tá acontecendo. Isso é loucura.

Jon: “isso” eu chamo de amor. Eu não ia ficar muito tempo disfarçando que não estava nem aí mesmo. – levantei uma sobrancelha.

Sophie: certo, certo. Sem sermões amorosos.

Jon: eu te amo tanto. – beijou-me no canto da boca.

Sophie: eu sei. Eu também me amo. – sorri

Ficamos juntos ali por um tempo até que meu celular toca. Vejo o nome de quem me telefona e tem o nome de... Sean?

Jon: quem é?

Sophie: Sean... – falei me separando de seus braços e com certa surpresa no tom de voz.

Jon: o que ele quer? – disse impaciente e se alterando emocionalmente.

Sophie: eu não sei. – atendi. – alô?

Sean: Olá Sophie! Como você está?

Sophie: oi Sean. Eu estou bem.

Sean: eu soube que você está aqui em Nova York.

Sophie: ah é... eu vim a negócios.

Sean: nunca mais nos falamos.

Sophie: é... pois é né? Olha Sean, é muito bom falar com você novamente (mentira!) mas eu estou um pouco ocupada agora...

Sean: não! Eu liguei pra o escritório da sua irmã e ela me disse onde você está hospedada. E adivinha? Eu estou em frente a porta do seu quarto.

Sophie: você o que? – dei um piti. – como é história?

Sean: incrível, não? Eu vou tocar a campainha. -  a campainha toca, Jon me olha e dá um passo pra ir atender. Tapo com a mão o telefone pra Sean não escutar o que vou falar. – Não Jon!  é Sean. – sussurrei.

Jon: o que? – sussurrou de volta, aborrecido. – o que esse cara quer?

Sophie: e vou lá fora falar com ele. – sussurrei um pouco mais nervosa.

Jon: você não vai...- o interrompi.

Sophie: Eu estou indo abrir a porta Sean. Espera um minutinho ai fora. – disse a Sean.

Sean: não! Eu não me importo de entrar...

Sophie: NÃO! – gritei e logo percebi que tava dando muita pista. – quer dizer... eu vou aí fora porque o quarto tá cheio de coisas... só um segundinho. – desliguei o telefone. – Eu vou lá falar com ele e você fica ai. Certo?

Jon: não vejo cabimento. Eu vou. Por que não?

Sophie: cacete, fica aí. Ele quer falar comigo e não com você. Fica. Aí.

Eu ajeitei meu cabelo e abri a porta. O vejo falando com umadas recepcionistas que pisca os olhos várias vezes e provavelmente babando enquanto Sean se insinua pra ele. Mas quando me vê, abre os braços e grita meu nome.

Sean: Soph! – quanta intimidade. Me dá um abraço de urso, meio aproveitador.

Sophie: o-oi Sean. – como ele pode estar ainda mais bonito? Mas me deu um belo de um bolo depois que nós... enfim. – Como você está? – abaixei meu vestido.

Sean: eu vim te ver. Não tivemos tempo de conversar mais depois da nossas noite. Eu te procurei mas seu celular sempre dava fora de área. – isso porque eu te bloqueei depois, querido.

Sophie: ah, eu troquei... o chip.

Sean: e então? Como anda a vida?

Sophie: ela criou pernas?

Sean: hã? – levantou uma sobrancelha. Lerdo.

Sophie: eu estou bem. E você?

Sean: também. Eu senti sua falta – colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

Sophie: ah... – respondi sem graça e tirando sua mão de mim. – eu tenho estado ocupada.

Sean: poderíamos sair pra jantar. Eu queria conversar com você. – foi se aproximando.

Sophie: não... não. Outro dia. – dei um passo pra trás.

Sean: o que foi Soph? Tá com medo de mim? – deu um passo a frente e me agarrou. Entrei em pânico. Que diabos ele está fazendo? Me sinto vulnerável. Sinto vontade de gritar mas a voz não sai da minha garganta.

Sophie: me solta! – tentei, em vão, arranhar seus braços e me libertar. Mas ele deve andar pegando mais pesado na academia.

Sean: não lembra daquela noite? Hã? – ele parece um psicopata. Empurra minhas costas com a mão de modo que estou em total contato com o seu corpo nojento, asqueroso e graciosamente perfeito. Agarra a minha bochecha com uma das mãos e me olha graciosamente nos olhos.  – esses olhos tão azuizinhos...

E me beija. Forçadamente.

Fecho os olhos, mas mesmo assim me debato contra ele. Quando me sinto livre e abro os olhos, vejo Sean no chão sangrando. 


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Notas finais do capítulo

Cerca de trezentos reviews! Obrigada gente, por tudo. Eu sei que sou chata e doida AS VEZES, mas obrigada por lerem o que eu escrevo. Vocês são incríveis! :*