Somebody that I Used To Know . escrita por Brigit Rausing


Capítulo 13
Freedom


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, mais um capítulo pra vocês.



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Chamou várias vezes e quando eu já estava desistindo, eu escuto sua voz.

Jon: alô?

Deuses, de quase uma semana é a primeira vez que ouço sua forte e inebriante voz. De repente a curiosidade me aguça e desejo saber como ele está, se sentiu a minha falta. Será que ele encontrou alguém? Esse pensamento é doloroso demais, então o afasto da minha mente. Na minha cabeça, eu visualizo minha última imagem dele, sua expressão de angustia me deixa nervosa e lembro-me do seu pedido, ele não queria que eu fosse embora.

Jon: alô?

Sophie: o-oi Jon. Sou eu. – fiz uma pequena pausa e o silêncio prevaleceu na linha – Sophie. 

Jon: Sophie? – ele sussurrou, notei o tom de surpresa na sua voz.

Sophie: oi, como você está? – lutei para as palavras saírem da minha boca.

Jon: uau Sophie, eu... eu não esperava pela sua ligação. Eu ia te ligar mas só dava fora de área e...

Sophie: não, tá tudo bem. Diga-me como você está. – como sempre, preocupada.

Jon: se eu lhe dissesse que estou bem, estaria mentindo. Eu sinto sua falta.

Engula o choro. Disse meu subconsciente.

Sophie: como andam as coisas?

Jon: normais.

Sophie: você tem estudado?

Jon: eu estou morando sozinho em um apartamento em Mullingar devido a faculdade. Talvez ano que vem eu já deva estar trabalhando na imprensa.

Sophie: fico feliz por você.

Jon: e você? Tem gostado de Ohio?

Sophie: ah... é legal e bonita. Eu estou morando numa casa sozinha, eu e Kath somos vizinhas.

Jon: eu soube.

A linha fez silencio por um tempo, até que uma voz desconhecida vez de onde Jon está.

...: Jon? Jon, querido porque você me deixou aqui?

Sophie: você esta com alguém ai?

Jon: não é só uma amiga que veio fazer um trabalho da faculdade e...

...: espero que seu amiguinho ai em baixo esteja pronto, eu sempre quero mais. Vem cá tigrão.

O ser que estava falando imitou um rosnado.

Sophie: que está ai?!

Jon: é uma amiga, eu já disse... 

Sophie: amiga que fica a sós no mesmo apartamento que você?

Jon: olha, eu tenho que te contar uma coisa. 

Quando ele ia continuar, a mulher/menina/prostituta que estava com ele, provavelmente tomou o celular de suas mãos e ficou na linha.

...: Oi, Sophie não é? Pois bem, você acabou de interromper uma noite de sexo selvagem entre eu e o meu tigrão, então, por favor, deixe ele voltar.

Ouvi um pequeno xingamento da parte de Jon e algo do tipo “vá, eu vou ensaiar, agora volte.”

Jon: Sophie, eu posso explicar.

Sophie: explicar? Eu vou embora a menos de uma semana e você já coloca outra na sua cama? Qual o seu problema? Argh, e eu aqui pensando que você sentia a minha falta, um belo foda-se pra você seu idiota. Foda-se! Foda-se! – gritei.

Eu não pude evitar o choro desta vez. Comecei a soluçar, não consegui mas falar. 

Jon: desculpe, eu estou muito deprimido e preciso de alguém que...

Sophie: que possa abri as pernas pra você de primeira e que você possa fudê-la de primeiro instante, é isso?

Jon: o que você está falando? Eu posso explicar!

Sophie: engula suas explicações porque agora definitivamente, acabou.

Jon: não, por favor, não faz isso, eu vou explicar...

Não deixei que ele terminasse a frase. Desliguei o celular. Como...? Tudo o que eu mais temia está acontecendo. Eu fui trocada por outra mulher, que pode dar mais prazer a ele do que eu, que o satisfaz melhor que eu... Meu ursinho... não. O buraco no meu peito se aprofundou mais, como o abismo do inferno em chamas. Comecei a desmoronar em lágrimas, abaixei minha cabeça na mesa de mármore da cozinha e me pus a soluçar. Chorei todas as dores daquele momento: a de ser trocada, a de falhar como objeto de prazer, a de ser uma inocente inútil, a de ser fútil pra ele, a de o meu amor não me amar mais, a dor da perda. Mas talvez eu não o perdi, porque não se pode perder o que nunca se teve.

Kath: Sophie!? Sophie o que houve? – ela levantou o meu rosto e em seguida eu a abracei – Sophie... o que aconteceu?

Mas eu não consegui falar, apenas chorava. Precisava expulsar toda a minha angústia.

Kath: calma, toma um copo d’água e depois você me conta.

Ela se levantou, pegou um copo e me deu água gelada. Sentando-se junto a mim, ela alisou os meus cabelos na esperança de me reconfortar. Peguei o copo e bebi ligeiro, quase me engasguei, mas me deu forças pra contar o que está acontecendo.

Sophie: eu liguei pra ele. – falei em meio aos soluços – e ele estava com outra na cama.

Kath: você viu?

Sophie: não, mas ela tomou o celular da mão dele disse que eu estava atrapalhando uma noite de sexo selvagem entre eles dois. Agora me pergunta o que eu fiz de errado... – A voz me falhou,  eu voltei a abraça-la e chorar.

Kath: calma... calma... vai ficar tudo bem. Vamos nos arrumar, quem sabe você conhece alguém?

Sophie: eu nunca mais vou amar de novo, nunca.

Kath: Sophie... vamos lá você consegue superar tudo isso.

Sophie: não eu não vou.

Kath: vamos subir, quem sabe o destino reserva alguém de especial?

Decidi subir com Kath, só pra não decepcioná-la com o seu primeiro encontro em grupo com Carlos, sabia que ela iria se aborrecer. Trocamos de roupa e nos maquiamos, pra falara verdade, por mim eu não iria. Estava com o drama de nunca mais amar alguém, talvez parar de comer e morrer, só assim eu iria melhorar não é? Não, nem que eu fizesse parte do elenco de The Voice eu iria melhorar. Penteamos o cabelo, optei por deixar ele solto pra a juba respirar um pouco mais, ultimamente eu tenho feito muitas tranças. Descemos e cutuquei meu celular até achar o número de Iv.

Iv: senhora.

Sophie: pode vir nos buscar.

Desliguei o telefone, poucas palavras saiam da minha boca naquele momento. Fechei a porta e para a minha surpresa Iv estava esperando-nos em frente à casa. Ele abriu a porta do carro para nós e se dirigiu ao banco do motorista.

Iv: aonde vamos, senhora?

Sophie: ao Pub Center, por favor.

Ele deu partida no carro e rapidamente já estávamos saindo do condomínio.

Kath: eu sinto muito por tudo que está acontecendo.

Sophie: tá...tudo bem. Eu vou ter que me acostumar.

Kath: ele não te merecia flor.

Sophie: sabe o que mais me irrita? O fato de ele parecer tão apaixonado por mim e me trair.

Kath: talvez ele não fosse tão apaixonado.

Sophie: mas... parecia tão real.

Kath: ás vezes os nossos olhos e ouvidos nos enganam querida.

Sophie: espero que esta noite eu encontre alguma distração.

Kath: espero que sim.

Sophie: hey, talvez você e Carlos possam se acertar.

Kath: ele é muito velho, não vai se interessar. Talvez a recepcionista...

Sophie: ah, qual é Kath. Olhe o seu corpo, tudo bem que no colegial você não era essa coisas toda, mas antes da viajem você deu uma repaginada no visual e está comestível.

Kath: comestível?

Rimos e mudamos de assunto. L.ogo chegamos no Pub e liguei pra Carlos. 

Carlos: oi Sophie! Estamos na mesa 12, daqui estamos vendo você!

Sophie: mas eu não estou... – o avistei sentado numa mesa de madeira alta, típica de bar com os banquinhos também de madeira e altos. – ah, te vi.

Chegamos junto deles e Carlos pediu mais dois bancos.

Carlos: oi meninas – trocamos beijinhos na bochechas e percebi que ao beijar Kath, ele pôs a mão abaixo da sua cintura. – esse é Sean, o meu amigo que eu falei a vocês.

Sophie: oh, oi Sean – beijei-o delicadamente na bochecha e quando o olhei de volta vi os seus olhos brilharem.

Sean: prazer em te conhecer.

Kath estava sussurrando alguma coisa no ouvido de Carlos que ainda tinha a sua mão abaixo de sua cintura.

Os banquinhos chegaram e então sentamos. Pedimos 4 garrafas de cerveja sem copo, direto na garrafa.

Sean: e então, não está me reconhecendo? – ele abriu um sorriso.

Sophie: porque eu te reconheceria? – sorri de volta, em duvida.

Sean: uma dica, tem haver com Madonna.

Eu ri, Madonna? Sério? Ele era um dos backing vocal gays dela nos ano 80?

Sophie: backing volcal?

Sean: vídeo clip.

Sophie: ator?

Sean: polêmico.

Sophie: ator do clipe Like a virgn?

Sean: O’pry.

Sophie: Sean O’pry? O modelo?

Sean: bingo!

Sophie: legal.

Sean: não vai dizer: “oh my goodness! Eu estou tão animada de estar falando com você!”

Sophie: eu deveria falar? – as cervejas chegaram e eu dei uma golada – Oh my godness! Eu estou tão animada de estar aqui!

Sean: eu também! – rimos pela sua falsa imitação. 

Eu o conheço das revistas: Forbes, Vogue, Ellen... tantas outras, e em uma delas ele foi eleito um dos homens mais bem pagos do mundo da moda. Sean O’pry , um modelo americano nascida na Georgia, descoberto por publicar suas fotos do MySpace e tem um metro e oitenta e cinco centímetros, li isso numa revista. Seis anos mais velho que eu e tem incríveis olhos , um incrível cabelo, incrível sorriso e incríveis lábios rosados. Ao vê-lo ali, todo descontraído, sorridente e aparentemente feliz, minha deusa interior subiu numa mesa de sinuca fantasiada de mulher gato e estava ronronado pra ele ao som do estralo de seu chicote de couro.

Sophie: então... o que faz aqui?

Sean: trabalho, vim passar uma temporada de 7 meses em Ohio. E você?

Sophie: eu vim da Irlanda fazer faculdade e trabalhar com a minha irmã aqui.

Sean: Carlos me contou.

Sophie: hm, sério? Conte-me mais o que Carlos lhe contou. – atiçou minha curiosidade.

Sean: que você é alta, olhos azuis, pele bronzeada, corpo violão, morena, tem um sorriso de tirar o fôlego e que infelizmente tem um namorado em outro país.

Sophie: ex-namorado.

Sean: interessante. – ele abriu um sorriso, lentamente.

Sophie: e você?

Sean: bem eu sou modelo como você acabou de descobri, trabalhei durante vários anos para a Calvin Klein e estou no mercado desde os dezessete anos.

Sophie: interessante. – falei imitando o seu sorriso anterior e tomando outro gole de cerveja.

Sean: então... quantos anos você tem?

Sophie: 16, mas eu faço 17daqui há alguns dias.

Carlos: ei pombos, eu vou dançar com Kath, daqui a pouco voltamos. – Kath estava radiante com o fato de Carlos está realmente interessado nela.

Sophie: parece que estamos a sós. – eu pisco rapidamente, minhas pálpebras estando harmoniosamente no ritmo da minha pulsação cardíaca. Estou nervosa.

Sean: Conte-me mais sobre você. – ele colocou a cerveja em cima da mesa e encontrou os meus olhos atordoados em seguida em um olhar... fixo.

Sophie: não existe muita coisa, a saber. – ruborizei inexplicavelmente.

Sean: o que vai fazer quando acabar a faculdade? – ele perguntou, sua boca entreaberta e seus olhos fixos em mim. Me peguei observando o design da sua boca, tão bem desenhada. Quando encontro o seu olhar, ruborizo ainda mais.

Sophie: eu pretendo ser uma das advogadas do escritório da minha irmã.

Sean: e isso é tudo?

Sophie: talvez... viajar.

Sean: pra onde?

Sophie: talvez, pras ilhas Galápagos... Cancun... um país tropical.

Sean: boa escolha. – Ele me olha rigidamente e músculos ligados ao meu ventre se ativam.

Eu fujo de seus olhos e vejo pessoas dançando, ao longe Kath colada ao corpo de Carlos, ambos dançando sensualmente e lentamente. Até um cego veria que eles dois... hã... estão na fase inicial de procriar. Faço uma careta com o meu pensamento meio distorcido.

Sean: algum problema? – ele balança a cabeça para o lado tentando achar me olhar direito.

Sophie: não, não. Eu só...

Sean: vamos dançar. – disse se levantando e estendendo a mão pra mim.

Sophie: eu não sei dançar.

Sean: eu não fiz uma pergunta. Vamos.

Tomo minha respiração drasticamente, confusa e atordoada pelo comportamento tão sedutor deste novo homem que surgem a minha frente. Sinto-me atraída fisicamente. Mas por que? Pela sua beleza? Sucesso? Fama? Não sei explicar, naquele momento as lembranças escaparam da minha cabeça e tudo que eu quero fazer é aceitar o seu convite. Segurei a sua mão que levemente aperta a minha, deixei a minha cerveja quase vazia na mesa e fomos para a pista de dança. No momento, toca uma melódica música que fazem todos os casais estarem dançando lentamente e em círculos. Sean pega as minhas mãos e tenta colocar em seu pescoço, mas meus um metro e setenta não permitem.

Sean: suba em meus pés. – ele falou olhando novamente fixo pra mim, vi o rastro de um leve sorriso em seus lábios.

Sophie: vai sujar os seus sapatos.

Sean: podemos lavá-los depois. – fiquei rosada com o plural da frase. Assim fiz, subi em seus pés e instantaneamente estávamos dançando. Nossos rosto a um palmo, seu hálito e seus olhos em mim e nossos narizes a um toque.

Qual é Sophie? Conhece o cara a menos de 1 hora e já vai de bobinha cair na teia de aranha dele? Hã? Hã?

Vadia, vadia, vadia, mil vezes vadia. Subconsciente dos infernos.

Mas quem sabe ele possa me oferecer algo? Até mesmo quem sabe ele possa me fazer esquecer o que está grudado feito chiclete no meu cérebro? Talvez ele possa me fazer feliz, “tentar fazer uma vida fictícia na base de uma felicidade artificial”. Pus minha cabeça em seu ombro e senti seu cheiro delicioso invadir as minhas narinas.

Sean: você cheira bem. – ladrão de frases.

Sophie: você também. – sussurrei, já que minha boca estava quase colada com o seu ouvido.

Sean: tem cabelos muito cheirosos também. – me aproximei mais, coloquei minha mão direita no pé da sua orelha e minha outra mão em seu ombro, cheirei seu cabelo. Tem cheiro de coisa nova.

Sophie: tem cabelos cheirosos... – falei, mas ao ouvir a minha voz parecia que eu estava repetindo sua frase anterior e refletindo sobre isso. Senti seu nariz descendo na base do meu pescoço e voltando para a minha nuca trilhando um “caminho”. Graças aos deuses, coloquei meu melhor perfume. Me arrepiei com o contato inesperado, meus nervos estão trabalhando a todo vapor. Fechei os olhos para apreciar a sensação tão deliciosa de ter seu rosto em contato com a minha pele, me fazendo arrepiar.

Sean: frio?

Sophie: não, é que ninguém nunca me tocou assim.

Sean: nem seu namorado?

Sophie: ex-namorado – respondi irritada pela memória daquele pegador de prostitutas – não, nem ele me tocou assim.

Ele, que está com as mãos em meu quadril, agora acariciou levemente todo o contorno da minha cintura, fazendo-me ficar rígida.

Sean: eu gosto de seus contornos. – acariciou as minhas costas ao todo e depois colocou as suas mãos na base de trás da minha cintura, puxando-me mais pra perto. Estamos colados e sinto seu órgão rígido contra o meu quadril. Desço as minhas mãos de seu pescoço e aliso seus braços.

Sophie: você é forte. – abri um sorriso.

Sean: eu tento ser. – seu rosto estava concentrado, suas linhas retas e bem feitas, seus olhos cada vez indo mais profundo. 

A música acabou. Procurei rapidamente Kath e ela não estava ali.

Sean: procurando alguém?

Sophie: Kath, não estou a vendo.

Sean: ela... deve estar com Carlos. – seus braços ainda estavam em mim, e o calor começou a me prevalecer.

Sophie: pode me soltar agora. – ele sorriu.

Sean: desculpe.

Voltamos a nos sentar na mesa, mas nossas garrafas estavam vazias.

Sean: quer mais cerveja?

Eu olhei o relógio, 10 da noite. Não costumo dormir tarde e amanhã eu tenho faculdade ás sete da manhã.

Sophie: não, eu tenho que ir.

Sean: já? Espere um minuto, vamos beber mais outra rodada e aí você vai embora.

Sophie: desculpe, mas amanhã de cinco e meia da manhã eu tenho que estar acordada. Eu apenas tenho que achar Kath e chama-la pra ir comigo.

Sean: claro, eu vou pagar a conta e acompanho você.

Fiquei sentada no banquinho enquanto ele ia ao balcão. Ok, hora da realidade. MEUS DEUSES, ISSO SÓ PODE SER UMA BENÇÃO DE AFRODITE. Kath, eu vou te amar pra sempre por ter me obrigado a vir a essa espelunca, sua linda. Ele é a mais pura perfeição, a pessoa mais sensual que eu conheci em toda a minha vida: seus lábios tão bem desenhados, seu corpo, seus braços, seu cabelo, seu cheiro... de coisa nova. Olhei pra trás e o vi enfrentando a fila, o bar está lotado. Aproveitei sua distração e fui ao banheiro. Olhei-me no espelho, levantei as minhas calças, ajustei a minha blusa. Baguncei um pouco o cabelo e passei delineador, rímel (deixando meus cílios com a aparência de postiços) e um batom rosa chiclete. Comestível, pensei. Voltei e o vi olhando para os lados, me procurando. Me aproximei e acariciei suas costas.

Sophie: oi.

Sean: pensei que tinha saído a francesa. – ele sorriu.

Sophie: eu? Nunca.

Sean: vamos? Kath deve estar lá fora.

Sophie: vamos.

Sean: depois de você. – ele me acompanhou até a saída, e em meio a pista cheia de carros passando pra lá e pra cá, não vi Kath.

Sophie: onde ela está?

Sean: ligue pra ela.

Assim fiz. Após duas chamadas ela atendeu.

Kath: oi Sophie.

Sophie: onde você está?

Kath: estou na pista de dança com Carlos, o que você tá fazendo ai fora?

Sophie: eu vou embora. Quer carona?

Kath: eu queria... você pode esperar só mais um pouquinho?

Sophie: Carlos não  pode te levar?

Kath: eu realmente não queria ir pra casa com ele, não iria dar certo. Você sabe, meus hormônios e eu não quero transar com ele na primeira noite, vou ficar com fama de oferecida. Realmente não pode ficar?

Sophie: eu tenho que ira agora. Espere um pouco.

Botei a mão na saída de voz e me dirigi a Sean.

Sophie: Sean, você pode me levar em casa?

Sean: Eu vou buscar o carro.

Sophie: olha, eu vou ligar pra Iv e ele vem te buscar daqui a 1 hora,  eu vou embora com Sean. Por favor, se cuide.

Kath: ah sério? Puxa, muito obrigada Soph! Você é nota dez.

Sophie: certo, não se esqueça que amanhã temos faculdade.

Kath: ás onze eu chego em casa, mãe.

Sophie: tchau filha, beijo.

Desliguei o telefone e disquei o número de Iv.

Iv: senhora.

Sophie: por favor, chame-me pelo meu nome. Eu não irei para casa com você hoje, venha buscar Kath daqui a 1 hora.

Iv: sim, Sophie.

Sophie: obrigada e tenha uma boa noite. 

Desliguei novamente e esperei por Sean na porta de entrada. Olhei me na porta de vidro da entrada e eu realmente não estava nada mal. Baguncei um pouco mais o cabelo e escuto a buzina de uma Lamborghini preta com luzes azuladas. Fiquei boquiaberta, e pensei que não era o carro de Sean, até que os vidros se abriram e o vi.

Sean: entra, se não o trânsito de saída de carros vai congestionar.

Andei e puxei a porta pra abrir, mas ela emperrou. Cacete, isso é hora da porra do carro quebrar?

Sean: puxe pra cima.

Ahhh, eu já sabia. Puxei a porta pra cima e ela se abriu. Entrei no carro e a porta se fechou automaticamente.

Sophie: carro legal.

Sean: eu geralmente o uso pra impressionar as garotas.

Sophie: garotas, porque mulheres se impressionam pelo que você guarda na cabeça e no coração, não por carros.

Sean: e você é?

Sophie: o que você sugere?

Sean: pelo que eu estou vendo eu tenho muito trabalho pela frente se quiser te impressionar.

Sophie: não precisa.

Sean: vá por mim, precisa.

Ele ligou o som e começou a tocar Nicki Minaj.

Sophie: I feel free, I feel freedom...

Sean: gosta de Nicki?

Sophie: algumas músicas.

Sean: sobre o que você gosta?

Sophie: ah, eu gosto de viajar, ler, escrever, ouvi música...

Sean: e seus pais?

Sophie: o que é que tem eles?

Sean: conte-me sobre eles.

Sophie: vivem numa cidadezinha na Irlanda com uma fazenda. Eles sobrevivem da agricultura. – virei-me de lado para poder prestar mais atenção nele.

Sean: ataque o cinto.

Sophie: já está atacado. Fale-me sobre você Sean, não é justo você ser uma enciclopédia sobre mim. 

Sean: ah, não existe muita coisa a saber. – repetiu a minha frase.

Sophie: vai ficar no mistério?

Sean: qual é, eu sou um modelo.

Sophie: o mais bem pago do mundo.

Sean: ganhar cerca de 100 milhões ao ano não é grande coisa no mundo da moda.

Sophie: 100 milhões? Eu vou ganhar isso só com 50 anos trabalhando sem nenhum dia de folga. – ele riu e virou-se por um instante pra me olhar.

Sean: onde você mora?

Sophie: no condomínio South Paradise.

Sean: e depois eu é que não sou bem pago.

Sophie: minha família me deu uma casa lá.

Seguimos conversando e logo chegamos no condomínio. Ele já conheceu vários países e seguiu me falando o que viu e o que foi fazer em cada um deles. Parou o carro em frente a minha porta.

Sean: bom, encomenda entregue.

Sophie: obrigada, foi uma ótima noite.

Sean: sabe, eu estava pensando, talvez quisesse sair amanhã pra uma boate aqui perto. – sorriu.

Sophie: sério? – respondi, confesso que estou interessada.

Sean: te pego ás oito?

Sophie: sabe, eu não sei se vai dar tempo de eu chegar em casa e me trocar, quem sabe poderia me buscar no trabalho, eu largo ás sete.

Sean: ás sete eu passo lá então. Anelim não é?

Sophie: é.

Sean: dê-me seu celular para quando eu chegar lá eu te ligar.

Sophie: isso é um assalto? – levantei uma sobrancelha, humorada.

Sean: dê-me o número que encaminhas as chamadas ao seu celular.

Sophie: agora sim. – trocamos número de celular. – vejo você.

Peguei as chaves e sai do carro. Abrindo a porta, ele buzinou e acenei. Acendi as luzes e tranquei a porta, até que meu celular vibra. Um SMS. De Sean. 

*Amanhã promete.*


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Notas finais do capítulo

Hey, talvez eu acabe a Fanfic esse mês. Mas apenas se eu ultrapassar as minhas expectativas de reviews. Amo seus comentários. Beijos :*!!!