Somebody that I Used To Know . escrita por Brigit Rausing


Capítulo 11
Wish you Were Here


Notas iniciais do capítulo

oooi, eu tinha prometido a mim mesma que iria postar só em 2012 mas eu tinha um capítulo pronto aqui... não resistir. *-*
P.S-> eu coloquei hyperlink's como algum de vocês pediram tá?
Espero que gostem, adoro vocês e reviews por favor. E agora, definitivamente eu apenas vou postar depois de 2012. Um beeijo :*



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Das janelas pude ver o céu ainda escuro, as estrelas haviam sumido e a escuridão predominava. As luzes já estavam apagadas no avião e a recomendação da aeromoça foi que tentássemos dormir um pouco que chegaríamos ao aeroporto daqui a 10 horas, já que não iríamos fazer escala então Pus a venda nos olhos, liguei meu mp3 e me dei o luxo de dormir num momento desses. Acordei com a aeromoça me chamando que daqui a 1 hora iríamos aterrissar no aeroporto. Fui ao banheiro com a minha mala de mão, peguei uma escova e escovei meus dentes e meu cabelo que estava uma juba leonina, mas fazer o que? Acho que não trouxe prendedor. Me olhei no espelho, e vi o reflexo da menina que costumava ser alegre todo dia, extrovertida e amada, mas uma parte dela está a faltar como diz na música que ela escolhei para ser o tema do romance com o seu namorado: “Eu te tenho por debaixo da minha pele. Eu te tenho no meu coração, tão fundo na minha alma que você é uma parte de mim.” Chorei, confesso. Mas não porque eu quis, mas eu estava com a emoção a flor da pele. É como se tudo que me prendesse a terra fosse desfeito, uma fina corda com milhares de fios de cobre por dentro passando eletricidade para mim e que por mais que eu tentasse romper a corda ela vinha com mais força e o choque é maior. Ele era tudo e mais um pouco, com ele me sentia completa, inteira e todo o nosso amor sólido virou líquido e escorreu pelas nossas mãos. Limpei o rosto, minha deusa interior está largada com roupas folgadas numa esquina qualquer com uma garrafa de bebida e com a maquiagem borrada, é triste eu sei, mas não á nada que eu possa fazer para impedir. Enxuguei as lágrimas, passei leave-in no cabelo fiz uma trança lateral, botei um gloss rosado e me sentei na poltrona. Fique me perguntando onde Kath estaria. Ataquei os cintos, hora de iniciar uma nova vida.

Vi a placa com o meu nome, um homem alto, de cabelos ruivos passados para trás com gel formando um pequeno topete, de terno e gravata estava a minha espera, deve ser Xavier, o noivo da minha irmã. Quando eu cheguei ele estendeu os seus braços me abraçou apertado. Nossa, agora que eu percebi o quanto ele é forte, mas antes eu só o via por foto mesmo. Mas ele é bonito do mesmo modo.

Xavier: Olá Sophie! Oh my God, quanto que você cresceu!

Sophie: ah... (respondi sem jeito tentando ajeitar o meu vestido) oi Xavier, que bom que te encontrei aqui. Onde está Megan?

Xavier: no escritório mas ela disse que ia chegar cedo em casa pra ter ver. Nossa! Você está tão bonita!

Sophie: como se você já tivesse me visto antes.

Xavier: vi fotos suas de quando você era criança.

Sophie: ah...  aquelas fotos. (tinham que mostrar fotos de quando eu era Feiurinha?)

Xavier: olhe esses olhos... esse cabelo negro... sua pele... vai perder o bronzeado aqui garota.

Sophie: espero que não.

Xavier: bem, sua irmã vai ficar boquiaberta quando te ver. Vamos pegar suas malas.

Fomos pegar as minhas várias malas e ouvir Xavier resmungando para mim alguma coisa sobre aprender a doar roupas. Saindo, entramos no carro, um lindo Hyundai Sonata prata, espaçoso e que tem acomodação para as minhas malas hihi.

Sophie: nossa, eu quero um desses.

Xavier: estude.

Sophie: é isso que eu vim fazer aqui.

Xavier: daqui a 2 anos veremos.

Sophie: me diz uma coisa, vocês sabem de Kath?

Xavier: kath? Deixe-me ver... AH! Sim, os pais dela compraram um apartamento pra ela no centro da cidade.

Sophie: eu vou ficar morando com vocês?

Ele me ignorou, e entrou no carro. Seguimos por uma rodovia deserta, já que em Ohio ainda era noite. Vi as luzes formarem um borrão laranja e nisso peguei no sono. Acordei e o carro já estava parado, porém uma venda fechava meus olhos.  Que diabos está acontecendo? Pus as mãos para trás da minha cabeça na tentativa de achar a abertura, quando sinto as mãos de Xavier nas minhas.

Xavier: agora não. Temos uma surpresa.

Sophie: surpresa? Que tipo de surpresa? Eu aqui morrendo de sono e vocês veem com surpresa?

Xavier: tem como ter calma? Vem.

Ele pegou na minha mão e foi me guiando.

Xavier: Carlos por favor leve o carro para o estacionamento.

Não houve resposta. Subi alguns degraus, até que escuto as portas abrirem e o ar fresco de um ar condicionado bem fraquinho me preencheu.

Sophie: nossa, vocês vendaram meus olhos para poder conhecer o apartamento de vocês.

Xavier: tenha calma.

Senti algo se fechando atrás de mim e caminhamos para um lugar com cheiro de plantas, ar fresco e sem nenhum barulho.

Sophie: cadê as minhas malas?

Xavier: o porteiro vem trazer, não se preocupe. Agora, mais alguns passos...

Ele tirou a minha venda e a claridade por um instante me cegou. Mas eu estava numa sala cujo estava minha irmã e Kath e quando eu entrei um estouro de confetes desentupiu meus ouvidos.

Megan;Kath: SURPRESAAA !!!

Elas estavam alegríssimas e vieram logo me abraçando e me enchendo de beijos. Onde eu estava? Quando eu olhei meio atordoada devido aos gritos que eu recebi e aos abraços que quase me asfixiaram percebi que minha irmã estava ruiva, e então me lembrei que ela tinha pintado os cabelos para combinar com o seu noivo porque segundo ela, só assim ficariam o "casal perfeito".

Sophie: Oh minha irmã, à quanto tempo!

Megan: Olhe você querida! Tão bela!

Sophie: Cadê as minhas coisas?

...: Estão aqui.

Xavier: ah Sophie! Este é Carlos, filho de Zezé.

Sophie: Oh meu Deus! Prazer Carlos!

Eu me virei e abrir um imenso sorriso. Apertamos as mãos.

Carlos: é um prazer finalmente conhece-la.

Ele é moreno alto, bem vestido e com um sorriso de cegar os olhos. Tem cabelos negros, e sua pele da cor de chocolate é brilhosa a ponto de pensar que passaram cera no corpo dele, é muito parecido com a minha empregada do tipo a cor dos olhos, da pele, do cabelo, mas tem traços mais marcantes no rosto que o tornam inesquecível. (PedroSoltz = Carlos)

Sophie: sua mãe fala muito de você.

Carlos: é eu já a visitei algumas vezes. (sorriso)

Sophie: e eu nunca o vi por lá...?

Carlos: você era criança.

Sophie: só por perguntar... quantos anos você tem mesmo?

Carlos: eu? Tenho 21.

Sophie: ah... certo.

Tinha que ser tão lindo? Mas tão velho? E tinha que me ver daquele estado quando eu era criança? Virei-me para a minha irmã.

Sophie: e então...? O que fazemos aqui?

Megan: esse é o nosso presente pra você.

Sophie: cadê?

Megan: isso.

Sophie: eu não estou vendo.

Megan: a casa minha flor, é sua.

NOOOOOOOSSA! Uma casa de presente? Que espécie rara de irmã é essa que eu tenho? Uma casa! C-A-S-A . Não consigo acreditar. Com que dinheiro? E Toda decorada por sinal, deve ter custado uma fortuna.

Sophie: eu não posso aceitar... (as palavras me faltam devido a surpresa)

Megan: mas é sua. Bem, tecnicamente é minha, mas eu estou lhe dando pra poder morar.

Xavier: achou que iriamos deixar que você atrapalhasse nossa lua de mel adiantada?

Rimos.

Sophie: nossa, eu não estou acreditando. Papai sabe disso?

Megan: ele e mamãe deram a metade e eu a outra metade.

Sophie: e o condomínio? Deve ser muito caro, eu não tenho condições de pagar... eu nem trabalho ainda.

Megan: que é isso! Pagamos com cinco anos de condomínio adiantado.

Isso é demais pra mim, eu nem mereço. Em pensar que a horas atrás eu estava prestes a abrir mão disso tudo, de todas as coisas maravilhosas que esse nova vida está a me oferecer. Mas apesar de tudo isso, eu vou estar só. Lembrei-me do balão que está na minha mala de mão, de Jon e o nó na minha garganta voltou. Eu o deixei, essa foi a minha escolha e agora eu não sei se ele irá me perdoar por tudo isso. Engoli o choro, não posso estragar o momento de todos agora.

Sophie: Kath! Você veio!

Kath: claro que eu vim, somos vizinhas, moro na casa ao lado. Meus pais também me deram uma casa no mesmo condomínio.

Sophie: jura? Que ótimo!

Abraçamo-nos.

Kath: espero que esteja tudo bem. (sussurrou ela no meu ouvido)

Sophie: tem que estar. Conversamos mais tarde.

Megan: hm... segredinho entre amigas não é?

Sophie: ela vai ser a minha única companhia aqui.

Megan: puxa, obrigada. Me dê as chaves de volta.

Sophie: as chaves ainda não estão comigo.

Ela olhou para Xavier.

Xavier: sabe como é... precaução. Vê se ela se joga da janela? Eu tenho que pensar em todas as probabilidades.

Carlos: ai ficamos com a casa para nós fazermos nosso ninho, não é amor?

Eles se abraçaram e Xavier botou a perna em cima de Carlos pra a minha surpresa, ambos pareciam tão sérios.

Megan: vocês ai, parem que esses ataques gays.

Carlos: invejosa (ele deu língua).

A cena gay me fez pensar em Drag Joanette, será que tudo que eu ver agora vou lembrar-me de Jon? Ele deve, tem que ser uma página passada na minha vida, eu estou aqui não estou? Renunciei o meu amor não foi? Agora tenho que parar com esses surtos melodramáticos de saudade, ele vai seguir a vida dele e eu a minha, tenho que tornar as coisas mais fáceis e lucrativas para mim e para ele, por mais que isso possa fazer sangrar ainda mais a minha ferida que está em aberto.

Megan: então? Gostou?

Sophie: tá brincando? Eu amei isso aqui.

Megan: ótimos, meu dinheiro não foi á toa.

Sophie: onde você arranja tanto dinheiro?

Megan: com a Anelim.

Sophie: com a oque?

Megan: Anelim é o escritório de advocacia que eu abri aqui em Ohio com os 40 melhores advogados do estado. Eu tenho várias filiais mas eu trabalho na matriz. 

Xavier: e o bobão aqui na filial de Nova York junto com meu amor.

Carlos: para, já tô ficando sem graça, não quero ser a outra.

Xavier: você nunca vai ser meu chocolate, você já é.

Rimos, como eles conseguem ser assim? Pelo visto as coisas até agora estão indo bem.

Megan: vamos conhecer a casa?

Sophie: agora? Eu estou morrendo de sono.

Megan: então quer que eu deixe você descansar agora?

Sophie: eu não queria dormir sozinha...

Kath: eu também não, é tudo muito grande, leva tempo até nos adaptarmos.

Sophie: poderíamos dormir na sua casa, Megan?

Megan: deixe-me ver... o que acha Xavier?

Xavier: por mim tudo bem, desde que não atrapalhe nossa lua de mel adiantada.

Megan: então está certo. Só por hoje. Quando as meninas começam na faculdade?

Kath: temos a entrevista amanhã.

Megan: bem, amanhã Xavier vai pra o escritório de Nova York. Levamos vocês duas na faculdade, e na volta eu levo vocês pra dar um passeio pela cidade. O que acham.

Kath: por mim está tudo bem.

Sophie: então resolvido.

Carlos: vamos?

Kath onde você mora Carlos?

Carlos: num conjunto residencial aqui perto.

Kath: mas você não tem que ir todo dia para Nova York?

Carlos: eu e mozão fazemos rodízio, uma semana ele vai, outra eu vou.

Sophie: quem é mozão?

Xavier: meus familiares me chamam assim.

Megan: chega de conversa, vamos embora.

Quando Xavier abriu a porta, eu vi que realmente estava num paraíso: a casa onde eu futuramente vou morar, fica num condomínio de casas do mesmo estilo que a minha, com a rua calçada de ladrilhos e árvores por todos os lugares com pequenos bancos e praças para se acomodar. Ao longe vi que se podia desfrutar de um campo de golfe e uma quadra de futebol. Todas as casas são grandes e com carrões na garagem, estou num verdadeiro privilégio. As árvores me lembraram da minha pacata cidade, mas rapidamente afastei esse pensamento. Entramos todos no carro, menos Carlos que disse que dali mesmo iria para a sua casa para descansar um pouco da viagem que faria amanhã. Chegando numa avenida movimentadíssima, com carros passando por todos os lado, pessoas na calçada repleta por lojas, telões com propagandas de lojas, marcas coloridos e com luz demais e barulho, muito diferente de onde eu vim, me assustou. Arregalei os olhos tentando absorver o nível extremo de informação visual que está a sobrecarregar o meu cérebro.

Sophie: nossa, é tudo tão...

Megan: bonito?

Sophie: diferente.

Megan: vamos, amanhã conheceremos melhor a cidade.

Kath mal falava, apenas hipnotizada pelas luzes vindas por todas as partes. Foi preciso Xavier dar um estalo de dedos para que ele pudesse voltar a realidade. Prosseguimos por uma estrada asfaltada que subia em voltas, com árvores frondosas a cercando e paramos em frente a um portão enorme de metal com uma guarida. Segundos depois o portão abriu e deduzir estar na elite de Ohio: carrões, pessoas bem vestidas e de óculos escuros, madames passeando com seus poodles gigantes com pelos cortados apenas na barrigas e pernas e comércio básico como padarias, perfumaria e outras lojas de roupa, então finalmente notei que estávamos num condomínio fechado. Prosseguimos agora por uma pequena estrada de pedras cinza, passando por toda aquela gente de nariz em pé que falavam ao telefone apressadas e brincavam com seus cachorros com coleiras brilhosas. Paramos novamente em frente a um edifício alto que Xavier o descreveu como "humilde residência". A estrada de pedras tinha se acabado e quando olhei melhor vi que se tinha uma fileira na horizontal apenas com edifícios daquele tipo e em frente a eles um piso feito de mármore dourado e todos tinham uma pequena fonte com alguns arbusto o enfeitando. Descemos do carro e rapidamente um homem de meia idade, de uniforme azul escuro com tarjas douradas veio pegar a chave do carro com minha irmã. Caminhamos pelo belo piso de mármore e entramos numa porta avermelhada meio cor de vinho com fendas de vidro na vertical. Ao entrar, o interior do edifício era simples, porém moderno: apenas um balcão de mármore aparentemente pintada de prata que se estendia por alguns metros, atrás dele, atendentes belíssimas que sempre disponibilizam de um belo sorriso convidativo, ao lado via-se um lustre amarelo brilhante, um sofá branco e uma estante que cobria toda a parede com revistas, livros, etc. Mas o que mais me chamou atenção foi à porta de vidro que daria para o bar do edifício, uma porta transparente com alguns adesivos que formavam desenhos abstratos coloridos.

Megan: boa noite.

As moças apenas assentiram com a cabeça sorrindo forçadamente e pudemos ir ao elevador. Apertou o botão que indicava o vigésimo segundo andar e com um leve impulso fomos direcionados para cima.

Xavier: ansiosas para amanhã?

Kath: muito.

Sophie: nem tanto.

Xavier: animação! Quem sabe você não vem trabalhar conosco?

Megan: mas só depois de 2 meses na faculdade. Não aceitamos novatos inexperientes.

Kath: pra quem trabalha com os 40 melhores advogados do estado, está sendo muito bondosa conosco.

Megan: vocês tem competência, disso eu sei.

Nisso, ouvimos um ruído de um sino fino e soubemos que estávamos no andar desejado. Quando as portas se abriram, vi um espaço amplo com apenas 2 portas altas: uma branca e a outra marrom madeira. A da minha irmã era a branca e tinha um tapete de felpudo escrito: “Be Happy”.

Xavier: bem vindos a nossa humilde residência.

Entramos na sala e logo em seguida o mesmo homem a quem Megan deu as chaves para guardar o carro veio com as nossas malas.

Megan: deixem-me mostrar o quarto de vocês.

Subimos as escadas e demos de cara com 4 portas, todas elas eram quartos.

Megan: bem, esse primeiro quarto é o meu, vocês tem os 3 últimos para escolher. Vou descer pra pegar as coisas de vocês.

Nisso ela desceu e iniciou-se a discursão com qual quarto iríamos ficar.

Kath: bem, como são quatro quartos, dois de um lado e dois do outro e o da sua irmã fica no primeiro da esquerda... eu vou ficar com o último da direita. Não quero escutar o bater da cama na lua de mel adiantada dos dois.

Rimos.

Sophie: então, eu fico com o primeiro da direita. Resolvido?

Kath: certo, vamos ver como é?

Sophie: no três. 

Kath: um...

Sophie: dois...

Kath: três!

Entrei no meu quarto  e o achei muito confortável, mesmo sendo um quarto de hóspedes tinha o seu charme, mas na verdade nem me importava, o quarto que eu mais quero estar é o meu e dormindo com Jon. Joguei minha mala de mão em cima da cama e me sentei, tirei meus sapatos e fui examinar o local. Observei as paredes com um papel de parede preto e branco, e uma ao fundo, o banheiro era meio estreito mas bastante aconchegante, e tinha facuzzi *-*

Megan: aqui estão as suas malas Sophie. O jantar vai ser servido daqui a pouco, tome banho e vá se trocar se quiser comer.

Sophie: eu não estou com muita fome.

Megan: mas vai comer.

Sophie: tá.

Ela colocou as minhas malas do lado da porta e a fechou. Peguei meu pijama e o levei comigo para o banheiro. Tomei banho, o vesti, fiz um coque alto no cabelo/juba e desci. Na sala de jantar já estavam todos e foi servido arroz, pernil, vinho, suco, uma carne não identificada mas muito saborosa e sorvete como sobremesa. Acabando, todos nos despedimos e minha irmã nos avisou que a entrevista começa ás 7 da manhã mas é para eu e Kath estarmos de pé ás 5:30. Subimos e todos foram para seus aposentos. Já no meu quarto, liguei a televisão e a programei para desligar em 2 horas; escovei os dentes e passei um creme que minha mãe tinha comprado pra mim que prevenia acne; deitei na cama e peguei meu celular: tinha duas mensagens de Dési.

*Boa Viagem, espero você em breve!*

*Já chegou em Ohio, ligue-me assim que chegar*

 Pra o meu azar meu celular não era de conta, eu não tinha crédito, eu não sabia o DDD de Ohio e já era tarde demais para perturbar a minha irmã. Decidi resolver isso amanhã e vasculhando meu celular novamente vi uma mensagem de voz de Jon.

“Espero que você esteja bem. Sinto sua falta mais do que você imagina e queria você dormindo comigo agora. Mesmo você estando ai em Ohio eu nunca, mas nunca que vou esquecer você, pena que não deu pra dizer isso no aeroporto. Só te peço que nunca me esqueça, mesmo tendo que prosseguir as nossas vidas separadamente. Mas eu sei que não vou conseguir, vou apenas tentar fazer uma vida fictícia na base de uma felicidade artificial, porque eu apenas vou ser feliz ao seu lado. Não esquece que eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo... “

E nisso sua voz foi sumindo até sua voz desaparecer. Oh, Jon. Como eu te amo, mas temos que fazer o que é melhor para nós dois e seguir em frente. A vida nos deus essas circunstancias e temos que aceitar o que ela nos reserva. Coloquei a sua mensagem para repetir inúmeras vezes e botei o celular embaixo do travesseiro. Enquanto o sono me embalava com a sua névoa esbranquiçada invadindo meu cérebro, as últimas palavras do meu amor refletiam na minha mente enquanto lágrimas rolavam pelo meu rosto: “ Vou apenas tentar fazer uma vida fictícia na base de uma felicidade artificial, porque eu apenas vou ser feliz ao seu lado...”. 


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Notas finais do capítulo

Reviews? :3