Amour Sucré escrita por Kamiille


Capítulo 8
Capítulo 8 - Vovó Fátima


Notas iniciais do capítulo

Velhinha esquisita.



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Acabará de passar 1 mês diante dos meus olhos. Ele havia sido perfeito! Não havia outra palavra para descrevê-lo a não ser a perfeição.

Cast e eu não nos desgrudávamos! Tirando a parte de dormir, fazíamos tudo juntos. Ele passava em casa todo o dia para andarmos até Sweet Amoris. Depois da escola nós passávamos a tarde enfiados um na casa do outro ou passeando com a turma, pessoas que eu estava cada dia mais próxima.

Titia saia de casa antes mesmo de eu acordar e só voltava de noite. Aparentava estar feliz e satisfeita, (muito mais que o normal) teria que me lembrar de pergunta-la se havia encontrado alguém de especial depois de todo esse tempo após o falecimento do meu tio. Se eu havia conseguido, titia devia estar de caso com a cidade inteira.

Nós não matávamos mais tanta aula como antigamente. Nathaniel (aquele loiro engomado) havia a "missão" de não deixar mais a nossa turma matar aula, segundo ele foram ordens da diretora por causa da reclamação de alguns professores que perceberam nossa falta excessiva. Eu não acreditava na história dele, com certeza ele estaria se auto promovendo de algum jeito fazendo a gente assistir as aulas. Eu não me importava muito com ele, o loiro pagava todos os seus pecado e os do mundo inteiro com a irmã que tinha.

Hoje era sexta-feira, Castiel e eu convencemos a turma a ir conosco visitar a vovó Fátima, aquela velhinha que Cast havia me prometido levar para conhecer. Só Rosa e Leigh não iriam, era o aniversario de namoro deles.

Depois de uma inútil aula de matemática saímos da escola em direção a casa de "vovó Fátima" como todos a chamavam.

Em qualquer lugar que você estava podendo ser o mais chato de todos! A turma vai fazer você rir! Não tinha algo tão divertido como estar com eles. Então eu andava na rua gargalhando igual uma desnaturada.

Depois de andar por uns 10 minutos chegamos a uma pequena casa cor-de-rosa queimado. Essa era a casa de "Vovó" Fátima.

Lysandre bateu na porta, a casa não havia uma campainha.

"Toc"

"Toc"

Depois de alguns segundo a porta abriu:

–Ah! Visitas! Lindos jovens para me fazerem companhia nessa tarde fazia! -Dizia uma velhinha baixinha e sorridente, aparentava ter uns 80 anos ou mais, seu cabelo grisalho era preso em um rabo de cavalo baixo, ela tinha olhos pretos, totalmente escuros e bondosos.

–Vovó Fátima! Viemos incomodar a senhora como sempre! -Íris disse. A velhinha deu uma longa risada.

–Vamos garotos o que estão esperando? Entrem! -A idosa disse dando espaço para entrarmos. -Quer dizer que vieram em três casais hoje? -Ela sorriu parecendo achar graça.

Se Rosalya estivesse ali com certeza alfinetaria eu e Cast. "Praticamente isso Vó! Aqueles dois ali -ela apontaria para mim e para Cast- Apesar de não se largarem, trocarem alianças, se darem super bem... Nunca se beijaram de verdade! Eles são namorados! Só que sem a parte do beijo!" Eu imaginei Rosa dizendo. Como ela não estava lá, Alexy se encarregou de nos mandar a indireta "Se beijem logo".

Eu não sabia qual sentimento eu havia por Cast. Eu estava descobrindo o que era ter amigos depois de muito tempo... Talvez agora não fosse a hora certa para adicionar amor... Ou talvez fosse... Não sabia mais de nada. Eu simplesmente fechava os olhos e deixava tudo acontecer....

–Então vovó, eles seriam namorados se tivessem se beijado alguma fez né? -Ele apontou para mim e Cast. -Mas ainda, AINDA -ele deu ênfase na palavra- não aconteceu.

Então aquela velhinha olhou para Cast e para mim, pela primeira vez desde que entramos na sua casa.

–Oh, Castiel! Quem é a nova amiga? -Ela disse com ar de simpática.

–Essa é a Zoey vó. Lembra que eu te falava dela? -Cast respondeu. -Quando você foi embora e eu ficava muito mal vinha aqui conversar com vovó. -Castiel me explicou corando um pouco.

Aquela "vó" olhou pra mim e quase desmaiou. Se não fosse por Lysandre tê-la segurado no ar ela cairia no chão.

Lys pegou-lhe delicadamente com a ajuda de Cast e Armin. A colocaram sobre uma cadeira que havia por ali enquanto Violette e Íris pegavam um copo d'água para a velhinha. Eu fiquei imóvel, ela me encarava durante todo o acontecimento. Depois de beber o copo d'água com açúcar e se acalmar disse:

–V-você é filha de Laura e Tadeu Redbird não é?

–S-sou. Era. -Eu disse. Como aquela mulher sabia o nome de meus pais? Castiel disse que ela era a primeira moradora da cidade... Talvez ela houvesse os conhecido.

–Você os conheceu? -Perguntei intrigada.

–Onde eles estão agora? -Ela me perguntou em fez de responder minha pergunta.

–Os pais de Z. morreram vó. -Cast respondeu por mim. -Faz 10 anos.

A mulher começou a chorar por algum motivo que eu não compreendia. Nem eu, nem qualquer um que estava ali.

–Alice? E Alice? -Ela perguntou ainda chorando. Ela conhecia minha tia também? Que droga estava acontecendo?! Me lembrei que dá ultima vez que fiz essa pergunta a resposta não tinha sido das melhores.

–Minha tia Alice foi quem me acolheu depois da morte de mamãe e papai. Com ela que eu moro desde os 6 anos. Viemos para cá não faz nem 2 meses... Já era de titia aquela casa que estamos morando agora, quando meus pais ainda eram vivos nos morávamos na conhecida atualmente com casa velha, pelo o que eu acho que a senhora sabe, Cast era meu vizinho da direita e titia a vizinha da esquerda... Depois nos mudamos para o Canadá e agora voltamos para Amour Sucré depois de 13 anos fora. -Eu disse praticamente resumindo minha história de vida.

Aquela mulher ouviu tudo atentamente e no final perguntou:

–Quantos anos tem querida?

–Eu tenho 16 mas meu aniversario de 17 anos é semana que vem, dia 28/09.

Dentro da cabeça daquela idosa parecia passar milhões de coisas. O que estava acontecendo afinal?!

–Vovó? O que esta acontecendo? A senhora está bem? O que foi aquele quase desmaio? A senhora está chorando! -Violette disse por todos nós. Ela não falava muito, mas quando falava dizia tudo que todos estavam pensando em dizer.

A mulher por um momento olhou para todos nós e percebeu que estava nos assustando e nos deixando confusos (a mim principalmente).

–Queridos vou pedir para vocês irem embora, a vovó vai descansar um pouco. -Ela disse.

–Vovó nós não podemos deixar a senhora sozinha! Estamos preocupados! -Alexy disse.

–Vamos fazer assim: Liguem pro médico e peçam uma visita, desse modo vocês ficam mais relaxados. -Todos concordaram. Na minha opinião aquela mulher não precisava de um médico e sim de um psicólogo ou psiquiatra...

Lys ligou pro médico que chegou em menos de 15 minutos. Depois de examinar a idosa, disse:

–A pressão de Vovó Fátima subiu muito depressa, vocês fizeram algo para deixa-la nervosa? -O médico disse desconfiando de nós.

–Eles não fizeram nada. Não é justo culpa-los! Foi só um mal estar de repente. Já passou. Tudo que eu quero é descansar um pouco e dar uma pequena palavrinha com a e menina Zoey. -A mulher disse deitada em sua cama. O médico assentiu e deu espaço para eu me aproximar daquela estranha idosa que sabia demais da minha vida.

Eu não queria falar com ela! Ele não respondeu nenhuma de minhas perguntas! Só me fez perguntas pessoais e demostrou que sabia mais do que deveria. Eu iria dar uma desculpa...

–Eu te acompanho. -Cast disse sorrindo e pegando minha mão para entrarmos naquele quarto.

Entramos enfim (contra a minha vontade). Estávamos eu, Cast e aquela estranha de idade no seu quarto fechado.

–Menina, como seus pais morreram? -Aquela mulher só sabia fazer questionário?!

–Dona Fátima, por que a senhora só me faz perguntas e não me responde nenhuma? Eu gostaria de saber como você conheceu meu pais, como...

Ela me interrompeu:

–Primeiro, me chame de vó. Segundo, eu preciso de mais respostas que você, acredite! Terceiro, como eles morreram?

Ah! Que raiva daquela mulher!

–Ele morreram em um incêndio não foi Z.? -Cast disse. Eu só assenti.

–Quantos anos você tinha quando isso aconteceu?

–Seis anos. -Eu disse de má vontade.

Ela parecia estar pensando demais. Era como se estivesse tentando resolver um problema de lógica... O que tinha na cabeça daquela mulher?

"Toc"

"Toc"

–A vovó precisa descansar. -O doutor disse abrindo a porta. Nós não tínhamos conversado nem 5 minutos, eu agradeceria esse doutor depois. Eu não queria saciar a curiosidade daquela velhinha. Ela não saciará a minha.

Enquanto saímos do quarto a "vovó" Fátima disse algo como. "Nós ainda teremos muitos encontros Zoey Redbird..." Eu não mereço!

Eu e Castiel voltamos pra casa sozinhos, a nossa rua era a única da turma que ficava do lado sul da cidade.

–Então você ia lá conversar com a velhinha quando sentia minha falta? -Perguntei pra ele.

Ele sorriu.

–É, quando eu tinha 4 anos e minha melhor amiga me abandonou, eu era consolado por uma velhinha solitária.

Eu o empurrei com ombro para o meio da rua, ele retribuiu o empurrão. Ficamos empurrando um ao outro igual 2 crianças até chegar na rua de casa.

–Amanhã que horas vai ser a festa mesmo? -Castiel perguntou.

–Hã? Que festa?

–A festa da Rosa e do Leigh... Lembra-se disso? -Ele disse rindo do meu esquecimento.

–Nossa! Eu tinha esquecido totalmente. Rosa iria me matar se estivesse aqui. -Ele concordou.

Era a festa que Rosa e Leigh estavam organizando pelo aniversario de namoro. Ela havia convidado a escola inteira! Até mesmo os professores!

–Pelo o que eu lembro vai começar as 21:00.

–Então eu passo para te pegar as 20:30. -Ele piscou.

Mostrei a língua para ele.

A festa prometia ser inesquecível!









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Notas finais do capítulo

Capitulo 8 - A festa.
Aguarde...