My Weary Life. escrita por Ryouji Shaoran


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Bom, aqui estou eu de novo. E a Moukiki não faz nada ¬¬ Estou quase tirando ela da história.
Em fim, aí está, não vou enrolar vocês.



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Pov Kazuko:

Eu ainda observava o cardápio, na maior monotonia, procurando a coisa mais barata que havia ali, notando que eu tinha entrado justo em um dos restaurantes mais elegantes da cidade e tudo ali era caro. Além disso, eu peguei uma mesa por sorte, porque havia uma fila lá na porta agora e todas as outras estavam cheias, por isso, eu não podia simplesmente sair sem comer nem um pãozinho.

O problema é que até o pão ali era caro. Era um pão italiano, que eu nem consegui ler o nome, e estava mais caro do que um prato com carne e arroz.

Eu bati o cardápio na mesa algumas vezes, fazendo uma careta. Eu estava sem opção, teria que gastar toda a minha mesada ali. Bom, pelo ao menos eu comeria algo melhor do que o arroz com ovo que eu como todo dia.

_ Com licença. - uma voz me chamou e eu quase não ouvi de tão concentrado em meus xingamentos mentais que eu estava.

_ Ah, sim? - soltei, olhando para a pessoa ao meu lado.

Havia um homem de branco parado do lado da minha mesa, trazendo um pedaço de pizza. Ele sorriu para mim e eu quase pulei na cadeira quando vi o seu rosto. 

Estava na minha frente o filho do chefe de cozinha do restaurante. E ele era mais bonito do que eu pensara. Ah, e o meu jeito feminino está aflorando. É isso que dá ter pais como os meus.

Bom, voltando, o garoto, que era uns três anos mais velho que eu, tinha cabelos lisos negros e sedosos, curtos com uma franja nos seus olhos que eram da cor do cabelo. Ele tinha uma pele que parecia ser  feita de porcelana fina e se prostava elegante como um gato na minha frente.

Eu fiquei encarando ele, que parecia sem graça, enterrado nos meus pensamentos. O que será que alguém como ele queria comigo? E por que eu?

_ Bem... - murmurou ele, tossindo, fazendo com que eu prestasse atenção e parasse de viajar. - Eu posso me sentar com você? As outras mesas estão ocupadas e eu não me sinto muito á vontade com homens...

Ah, sim. Eu era uma garota agora. Eu sorri e assenti, vendo ele se sentar, pondo um prato com a pizza na minha frente. Eu encarei o prato, confuso.

_ Bom... E... O que você... - comecei e ele me interrompeu:

_ Ah, é que eu gosto de homens e não me sinto muito á vontade com mulheres de classe alta. Por isso vim até você, que é uma colegial normal e não é um garoto. Além disso, eu gostei do seu jeito quando eu te olhei e resolvi vir conversar com você. É raro eu gostar do jeito de uma garota. - disse ele, sorrindo, sem graça.

_ Ah, entendi. - murmurei, ainda mais sem graça do que ele. É, éramos dois tímidos. - Bom, pode comer a sua pizza tranquilo, não vou te assediar. - falei, rindo.

Ele riu também, empurrando mais a pizza para mim.

_ Eu comi um pedaço dela, afinal fui eu quem fiz com uma receita diferente, mas eu achei muito boa. O meu pai disse que está faltando um monte de coisas para ficar perfeita e todos na cozinha que experimentaram disse que está faltando. Então, eu gostaria da opinião de alguém diferente. Por favor, experimente. É de graça e eu pago o que você quiser depois, afinal, são os homens que pagam e não as garotas. - ele falou tanto e ainda por cima pos um chapéu de cozinheiro, eu até comecei a rir. 

_ Tudo bem, eu vou experimentar, mas eu não sei se eu sou o tipo de pessoa que está procurando. Eu sou pobre, entrei aqui por um acaso e achei a mesa vaga por outro acaso. Não posso te recompensar nem nada do tipo... - eu comecei, constrangido, mas fui interrompido:

_ Qual é o problema de ser pobre? Não há nada de errado com isso! A minha mãe morava em um apartamento de dois quartos, de aluguel, antes do meu pai começar a trabalhar aqui. Não tem nada a ver, fique tranquilo. É bom que você come alguma coisa e os garçons param de te olhar com cara feia. - disse ele, rindo. - Ah, meu nome é Yasunari. Prazer.

Ele sorriu, abaixando de leve a cabeça. Eu abaixei a cabeça também, dizendo o meu nome e sorrindo. Eu estava até gostando de conversar com ele!

Eu peguei o  talher, olhando para ele, que me encarava, ansioso. Eu acho que praticamente devorei o pedaço. Estava muito bom! Era a melhor pizza que eu já tinha comido!

_ Huum, tem mais? Já que acharam ela ruim passa ela toda para mim. Que delícia! - eu falei, lambendo os lábios e comendo aquela parte crocante, a mais gostosa da pizza, com o maior gosto.

_ Aaah, como é bom ouvir que alguém gosta da comida que eu fiz! - exclamou ele, contente, chamando o garçom e ordenando que ele trouxesse a pizza toda.

E veio aquela metade de pizza, com aquele cheiro delicioso. Era uma pizza grande e eu acho que comi metade dela toda. Mas estava muito boa! E eu não tinha comido nada desde o café da manhã.

Nos três últimos pedaços eu já estava quase explodindo, por isso resolvi levar para os meus pais e meu irmão. Yasunari pediu para o garçom embalar tudo e trazer um refrigerante, pagando os seis reais. Sim, uma latinha de coca cola custava seis reais. Inacreditável.

_ Então, eu vou indo, ainda tenho que avisar para a minha mãe que estou voltando. Até depois. - falei, sorrindo e me levantando.

_ Ah, eu estou livre essa tarde. Não quer trocar umas idéias comigo? - perguntou ele, me observando.

_ Ah, se quiser eu posso te apresentar a minha família. Não é lá grande coisa, mas somos bastante unidos. Isso se o meu irmão não estiver lá... Não, melhor não. - eu dizia, já desistindo da idéia assim que pensei no meu irmão, ciumento como era, iria ficar perguntando se agora eu virei mulher de verdade e se eu queria colocar um silicone enorme porque eu sou a mulher que tem os menores peitos do mundo... Entre outras coisas, eu iria morrer de raiva... Ah, vocês entenderam.

_ Podemos ir até a minha casa. Não é longe, dá para ir á pé e tem várias coisas para a gente fazer lá. A casa é gigante, tem pisicina e até cachorro. Podemos ficar jogando jogos até a hora de você voltar para casa. Vai ser divertido. E além disso, não tem ninguém para atrapalhar. - sugeriu ele, rindo da minha cara de besta.

_ Mas você nem me conhece direito... - comecei, meio desconfiado.

_ Mas gostei de você. Além disso, eu tenho umas suspeitas, mas deixemos isso para outra hora. E você pode usar o biquini da minha mãe. Vai ser divertido, vamos, faz tempo que eu não brinco assim com alguém. - ele dizia, animado. Não parecia uma má pessoa.

Eu suspirei. Se ele fosse um falso que queria apenas se aproveitar de mim, iria ver só. Eu estou aprendendo defesa pessoal, ele vai levar uma surra.

Ele sorriu, encerrando no caixa do restaurante e entregando o chapéu, indo até a porta e me olhando. Eu passei sem graça pelas pessoas que me olhavam de cara feia por eu não ter comido quase nada que custasse dinheiro e fui atrás dele.

Ele começou a subir uma rua, comigo atrás, até parar em frente a uma mansão. Eu respirei fundo, ligando para a minha mãe e avisando que iria entrar um pouco na casa de um amigo meu. Ela ficou meio desconfiada, mas permitiu.

Assim que eu terminei de falar com a minha mãe, percebi que Yasunari me observava, esperando que eu resolvesse tudo. Então, ele abriu o portão sorrindo e eu fui atrás.


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Notas finais do capítulo

Aaah, já ia quase me esquecendo, vou agradecer á minha primeira (e até agora única) leitora, negative fuu, pelo seu review, que me fez continuar
É isso, quem quer outro capítulo manda review (sem review, sem capítulo)
R.S.