Second Chance escrita por Lady Salvatore


Capítulo 48
Capítulo 48 - O Baile De Gala Bate À Porta


Notas iniciais do capítulo

Hey galerinha, como estão?

Como o site estava em manutenção, não deu pra postar esse capítulo antes, sorry! Espero que gostem... :)



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Alguns dias já haviam se passado desde a confusão envolvendo Finn, Sam e o retorno de Esther. E enquanto na mansão dos Mikaelson, os Originais se ocupavam com a organização da festa - com a matriarca observando cada um deles bem de perto para que tudo saísse como ela planejava -, na mansão dos Salvatore, a paciência e a determinação eram virtudes mais bem vistas.

Stefan, Caroline e Sophie estavam empenhados em ajudar Sam a controlar sua sede por sangue, e em certos momentos, a empreitada parecia até bem simples. O garoto havia entendido tudo que havia sido explicado sobre sua nova condição, sobre seus poderes e também sobre suas fraquezas. Mas para alguém acostumado a ir e vir na hora em que bem entendia, ficar trancafiado dentro de casa enquanto o Sol brilhava majestoso lá fora não era algo muito confortável, por assim se dizer.

O primeiro dia, a segunda-feira, se passara sem maiores problemas, afinal, o rapaz ainda estava se acostumando à sua nova condição, e a curiosidade e o temor tinham pesos iguais em sua consciência. Mas na quarta pela manhã, Sam já se encontrava inquieto e irritadiço, e nada do que a amiga de infância dissesse parecia acalmá-lo - sem mencionar que o sangue fresco correndo em suas veias era uma tentação e tanto! Naquela mesma noite o garoto encontrou uma maneira de escapulir da vigilância de Stefan, o que o obrigou a persegui-lo e trazê-lo de volta pra casa antes que atacasse algum inocente ou fosse notado e empalado por algum cidadão com algum conhecimento sobre os vampiros.

Apenas depois desse pequeno ato de rebeldia - e com a promessa de que tentariam fazer para ele um anel para que pudesse sair à luz do dia – foi que o garoto finalmente sossegou um pouco. Além disso, a aproximação da festa na mansão dos Originais – dos quais Sam queria manter uma distância razoavelmente segura – o deixou visivelmente mais animado.

Outra que aguardava ansiosamente pela festa era Katherine. A morena havia chegado à Mystic Falls havia dois dias, mas ainda não estava satisfeita com as míseras informações que havia colhido. Saber apenas que as bruxas Bennett haviam libertado a mãe de Klaus, e que a mesma era uma bruxa milenar e muito poderosa não era o bastante. Katherine não seria Katherine se não se aproximasse e tentasse descobrir as reais intenções de Esther, para assim se colocar um passo à frente da outra. E a festa seria a oportunidade perfeita para isso, afinal, aparecer de penetra não seria nem um pouco difícil, ainda mais quando haveria outra garota com o mesmo rostinho desfilando por lá.

Já Elena, a garota em questão, estava meio receosa quanto ao evento. Além de Alfredo dizer que fazia questão de acompanhá-la ao baile, havia em seu convite uma pequena nota particular vinda de Esther, dizendo que elas precisariam conversar a sós, e para a garota, isso não parecia muito convidativo. Infelizmente, não havia como recusar, então só lhe restava aceitar o fato.

*********

Na manhã de sábado, Elena acabara de abrir os olhos, ainda em seu quarto, quando a voz de Alfredo a surpreendeu, muito mais próxima do que ela gostaria.

– Olá bonitinha – diz ele, com um sorriso. – Preparada para o baile? – questiona, sentando ao lado dela na cama.

– Tanto quanto poderia estar. Aliás, por que está tão animadinho? Você nem ao menos tem um convite!

– Se o que ouvi na cidade for verdade, as famílias fundadoras estão na lista de convidados principais. E até onde me lembro, sou um Salvatore, o que me garante um convite, mesmo que esteja apenas subentendido.

– Que seja por sua conta e risco – diz ela, escondendo-se sob os cobertores.

– Anime-se, Elena! – diz ele, puxando os cobertores da garota. – Talvez seja a nossa chance de descobrir o ponto fraco dos irmãos Mikaelson, não é? Te vejo mais tarde – continua, beijando-a rapidamente em seguida. – Esteja esplendorosa, bonitinha. – e dizendo isso, desapareceu.

************

Na mansão dos Salvatore também já havia movimentação. Sophie já estava de pé há quase uma hora, ansiosa demais para se manter na cama. Estava tentando se manter ocupada na sala de estar, respondendo alguns e-mails, quando sentiu o sofá afundar ao seu lado.

– Pessoas normais costumam dormir até mais tarde aos sábados, sabe? Ao menos nos dias mais atuais – diz Stefan, passando o braço sobre os ombros da garota.

– Estou cheia de coisas pra fazer, não podia me dar ao luxo de sair da cama só ao meio dia – ela responde, sem encará-lo.

– Vou fingir que acredito nisso, ok? Posso ver o brilho de excitação em seus olhos, Soph.

– Como se você estivesse numa situação melhor - a garota retruca, enfim olhando para o primo. – Você também está acordado, não está? Esse será seu primeiro encontro oficial com a Rebekah? – ela questiona aos risos, vendo o rapaz enrubescer levemente.

– Você não presta, sua pestinha! – ele replica, empurrando-a para longe de si. – Venha, vou fazer algo pro café da manhã – completa, erguendo-se do sofá e dirigindo-se para a cozinha.

Sophie já estava a meio caminho da cozinha quando uma batida à porta a fez voltar. Após gritar um “só um minuto”, ela correu até a entrada, abrindo a porta no instante seguinte.

– Rebekah! – diz ela, com um largo sorriso, puxando a Original para dentro. – Estávamos mesmo falando de você, sabia?

– Que tenham falado bem, ao menos – a vampira responde, sorrindo também. Ainda era difícil para ela acreditar que, depois de tantos séculos, alguém pudesse recebê-la daquela maneira tão acolhedora e sincera.

– Estávamos comentando sobre seus belos olhos azuis – Sophie sussurra, como se confidenciasse algo. – E então, quer falar com meu primo?

– Na verdade, vim lhes trazer o convite para o baile em nossa casa. Sei que todos já estão sabendo sobre isso, mas desse jeito as coisas ficam mais oficiais, por assim dizer.

Sophie estendeu a mão e pegou o envelope bonito que Rebekah tinha em suas mãos. Ao abri-lo, deparou-se com o convite escrito em letras sofisticadas:

“Por favor, junte-se à família Mikaelson, esta noite às sete horas, para danças, cocktails e celebração.”

– De quem foi essa ideia, afinal? – a garota questiona, encarando a outra.

– De Esther – a vampira responde simplesmente.

– E acha isso... normal? Sua mãe, uma bruxa milenar e poderosa, fazendo uma festa para o povo dessa cidadezinha?

– Passei tempo demais questionando as decisões de minha mãe Soph, sem nem mesmo chegar perto de entendê-la. Não perco mais tempo tentando entender suas motivações.

– E agir dessa maneira não é arriscado?

– Provavelmente. Mas meus irmãos e eu somos seres imortais, e nem mesmo a magia de minha mãe pode ir contra isso – diz Rebekah, solene. – Mas preciso ir agora, ainda preciso de um vestido – continua, voltando-se na direção da porta. – O que você acha de verde?

– Acho que ficaria melhor com um vestido rosa – Sophie responde, analisando a vampira. – Deixaria você parecendo uma princesa de contos de fadas.

– Rosa? Interessante... Bem, nos vemos mais tarde Soph. Até mais.

A garota ficou à porta, observando enquanto a vampira se distanciava da casa em seu conversível vermelho. No segundo seguinte, sentiu a presença de Stefan ao seu lado, e não pode deixar de abraçá-lo.

– Você conseguiu conter suas piadinhas sobre “primeiros encontros”, que avanço! – ele provoca, levando um tapinha por isso. – Hey, estou apenas constatando o óbvio!

– Palhaço – ela resmunga, desvencilhando-se dos braços dele e enfim seguindo para a cozinha.

**********

Longe dali, Caroline andava de um lado para outro em seu quarto, tentando falar com Sophie. Para a irritação da loira, a amiga não estava atendendo o celular, o que só podia significar que ela esquecera de recarregar a bateria do aparelho outra vez.

Ainda precisavam escolher os vestidos, e quanto mais demorassem a sair e resolver isso, menos tempo teriam para fazer o cabelo e a maquiagem. Isso deixava a filha da xerife Forbes extremamente ansiosa e levemente neurótica, e não havia nada que ela pudesse fazer para conter isso.

Ela já estava discando para o celular de Stefan quando ouviu o som da campainha ecoando pelo andar de baixo. Interrompeu a ligação rapidamente e correu até a porta, abrindo-a apenas para não encontrar ninguém ali.

– Olá? – ela ainda questiona, olhando para os lados.

Estava para entrar novamente quando se deparou com uma grande caixa no chão, envolta com um bonito laço lilás. Preso a ele havia um cartão, fato que deixou a vampira ainda mais curiosa sobre o conteúdo da caixa.

Apanhando o pacote, dirigiu-se de volta ao quarto e o colocou sobre a cama, abrindo primeiro o envelope. Dentre dele, havia o convite para a festa na mansão dos Mikaelson, mas isso ainda não explicava o significado daquele presente. Ao virar o pedaço de papel, procurando por uma explicação, deparou-se com uma caligrafia bonita em tinta dourada, que trazia as seguintes palavras:

“Soube por uma fonte segura que seu aniversário foi na última terça-feira. Por isso, tomei a liberdade de lhe mandar esse presente. Espero vê-la usando-o no baile desta noite. E se não for pedir demais, gostaria que guardasse uma dança para mim.

Klaus Mikaelson.”

Caroline não pode conter o sorriso que se seguiu àquelas palavras, e no instante seguinte já estava abrindo o laço bem feito e erguendo a tampa da caixa. Deparou-se com um lindo e delicado vestido azul, com o corpo trabalhado em pequenos brilhantes e a saia num tecido leve.

Se isso já não fosse suficientemente impressionante, havia ainda uma pequena caixa retangular junto ao vestido, e ao abri-la, a garota se deparou com uma pulseira cravejada de pequenos e perfeitos diamantes. Junto dela, mais um cartão escrito na caligrafia de Klaus:

“Essa pulseira pertenceu a uma princesa quase tão bela quanto você. Acho que ficará ainda mais linda em sua companhia. Feliz aniversário, Caroline.”

– Oh my God! – ela sussurra para si mesma, boquiaberta com a perfeição daquilo. – Oh. My. God!

*********

Algumas horas depois...

Na mansão Salvatore, Stefan serviu-se com uma dose de whisky e se colocou próximo da lareira, observando as últimas fagulhas que restavam nas cinzas. Damon acabara de sair rumo à casa de Bonnie, que seria sua acompanhante no baile, e Sam ainda estava no quarto, terminando de se vestir – ou arrumar o cabelo, Stefan não sabia ao certo.

Enquanto observava os desenhos que se formavam nas cinzas – coisas que só a visão apurada de um vampiro era capaz de captar – o rapaz pode ouvir uma movimentação no alto da escada, e ao se virar, deparou-se com uma visão que o deixou momentaneamente sem palavras.

Ali estava a prima, num vestido tomara-que-caia roxo, com detalhes em cristais pelo corpo e que se estendiam pela saia, que ainda contava com um voil preto para formar um contraste. Os cabelos claros estavam presos no que parecia uma mistura de “trança espinha de peixe” com “trança-tiara”, que a deixava parecendo uma das princesas da Disney.

– Sophie... – ele gaguejou por fim, passados um ou dois minutos.

– O que? Algo errado? – a garota questiona, encarando-o temerosa e sem ousar se mover.

– Errado? – e agora era Stefan que parecia confuso. – Não, claro que não, não há nada errado! – ele se apressa a responder, assim que a compreensão o atinge. – Você está... uau!

– Suponho que isso seja algum tipo de elogio, certo?

– Com toda certeza – diz o vampiro, com um sorriso. – Que Bekah e Care não me ouçam, mas... Soph, você está deslumbrante! – continua, fazendo a garota enrubescer. – Só me pergunto qual dos irmãos Mikaelson vai ficar mais bobo ao ver você – completa, aos risos.

– Stefan Salvatore, você é um completo idiota, sabia? – resmunga ela, cruzando os braços e fazendo um biquinho ao chegar ao pé da escada.

– Só pra constar, foi você quem começou com as piadinhas. Só estou dando o troco.

– Ok, acho que mereço isso, no fim das contas. Mas fique avisado de que minha vingança será maligna! – Sophie responde, com uma risada que deveria parecer com as das bruxas de desenhos animados.

******************

Damon acabara de estacionar em frente à casa de Bonnie quando a porta se abriu, revelando a garota já pronta para a festa. O vampiro parou a meio caminho da varanda, encarando-a como se nunca a tivesse visto na vida, tamanha sua surpresa.

A bruxinha vestia um vestido plissado branco com um cinto dourado preso à cintura, com decotes tanto na frente quanto nas costas. Os cabelos estavam modelados em cachos perfeitos e um sorriso tímido brincava em seu rosto. Parecia bobagem, mas para Damon, ela parecia um tanto etérea, quase surreal.

– Estou atrasado? – ele questiona, cobrindo o resto da distância até a casa.

– Ah... não, acho que não. Eu é que estou meio adiantada.

– Ao menos me poupa do chá de cadeira, certo? – diz o vampiro, tentando soar engraçado. – Bom, acho que já podemos ir, não é?

– Claro, podemos sim.

Ao chegarem ao carro, Damon abriu a porta para Bonnie para que ela entrasse, e antes de tornar a fechá-la, não conseguiu conter o que dançava em sua mente desde que colocara seus olhos nela:

– É difícil para mim admitir bruxinha, mas está realmente bonita essa noite.

***********

Rebekah estava na sacada de seu quarto, contemplando o jardim decorado com milhares de pequenas luzinhas, quando sentiu a aproximação de Elijah. Nem foi preciso voltar-se para se certificar de que era ele, pois havia algo no jeito dele andar que o diferenciava dos outros irmãos, tornando difícil confundi-los.

– Está tão quieta – diz ele, colocando-se ao lado da irmã. – Há algo errado?

– Não, ou ao menos, espero que não – responde ela, olhando-o por fim. – Estava refletindo sobre algo que Sophie me disse mais cedo; sobre estarmos nos arriscando ao confiar em nossa mãe.

– Confesso que também não deposito toda minha confiança em Esther, só podemos observá-la por hora e tentar prever o que ela fará.

– Então você não acredita que ela possa estar sendo verdadeira, que ela realmente queira que nossa família fique unida...

– Não Rebekah, as palavras dela não bastam para mim.

– Gostaria que fossem suficientes para mim, Elijah. Queria acreditar que seremos uma família de verdade – ela murmura, voltando a olhar o jardim.

– Aos poucos conseguiremos isso irmã, prometo – afirma ele, tocando no rosto dela para que voltasse a olhá-lo. – Agora... coloque um sorriso nesse rostinho lindo, Bekah. Alguém que pareça uma princesa não deveria estar tão triste – continua, fazendo a garota sorrir um pouco. – Aliás, está linda – comenta, fazendo-a dar uma voltinha.

– Tive uma pequena ajuda – diz ela, parando em frente ao espelho para ajeitar os últimos detalhes em seu vestido. A peça rosa, de um ombro só e com detalhes em cristais na cintura e no ombro, caia-lhe perfeitamente bem, dando a ela leveza e graciosidade. O cabelo, preso apenas em um lado e caindo em cachos completava o look. – Sua futura namorada tem bom gosto – brinca ela, aos risos.

– Venha irmã – responde Elijah, fingindo não ter ouvido a última frase -, os convidados estão chegando.


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Notas finais do capítulo

Coments?

Bem, já estou trabalhando no próximo capítulo, espero não demorar muito para postá-lo.

Até mais...

xoxo



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