As Cobras Não São Más escrita por JessyFerr


Capítulo 77
Capítulo 77 Um Possível Recomeço


Notas iniciais do capítulo

Amores desculpa a demora, tive alguns probleminhas. Não fiquem bravos comigo. Espero que gostem do capítulo.
Bjos♥



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Não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros.

Confúcio

– Capítulo Setenta e Sete –

Um Possível Recomeço

A garota de cabelos ruivos e longos e olhos muito azuis, se penteava em frente ao espelho. Ela se olhava de uma forma como se quisesse decorar os seus traços, suas imperfeições, seu sorriso. Ela ficara tanto tempo desacordada ou “louca”, que praticamente se esquecera de como era se ver em frente a um espelho.

– Fico feliz por te ver assim. – disse o Dr. Cooper encostado no batente da porta.

Rose se virou pra ele e sorriu.

– Obri...gada. – ela disse com dificuldade e ele fechou a porta.

– Como está se sentindo? – ele perguntou amavelmente.

– Como se ti...vesse morri...do e ressusci...tado – ela disse se sentando na beirada da cama.

– Bom. Você praticamente nasceu de novo. – disse o Dr. Cooper se sentando ao lado dela.

– Obri...gada por... me ajudar.

– Sinceramente eu estou satisfeito por ter ajudado. – disse ele segurando uma de suas mãos – Estou feliz por... finalmente poder conversar com você e... ver o seu sorriso.

Rose deu um sorriso tímido e corara na mesma hora abaixando a cabeça. O doutor colocara um dedo em seu queixo e levantou o seu rosto.

– Eu quero participar de tudo que queira fazer daqui pra frente – ele disse encarando seus olhos – Quero ver suas reações diante das pessoas, comidas diferentes, alergias...

– Não exa...gere doutor – Rose disse e ele sorriu.

– O que pretende fazer quando sair daqui? – o Dr. Cooper perguntou.

Rose se levantou e mais uma vez se olhou no espelho, em seguida ela foi até uma mesinha e pegou o ovo dourado que Melanie levara a ela e passou seu dedo de leve pela superfície lisa. Ela se virou para o medibruxo e disse:

– Quero ver... minha... pri...ma.

***

– Mel, posso entrar? – Andrew perguntou, parado a porta do quarto de Melanie.

– Pode sim. – ela respondeu. Melanie estava sentada em sua escrivaninha, ela queria deixar tudo preparado para apresentar a ideia da escola de música no Ministério.

– Hmm. – ele disse se sentando em sua cama – Quando você vai contrar para o vovô?

– Precisa ser logo. – disse Melanie se virando para Andrew – Não sei como ele vai reagir.

– Você já pensou na possibilidade de assumir as duas coisas? – ele perguntou.

– De forma alguma. – disse Melanie como se aquilo fosse uma loucura – Eu quero me dedicar completamente a escola e... eu sei que você sempre quis a cadeira de conselheiro.

Andrew corou a abaixou a cabeça.

– Mas ela sempre foi para primogênitos. – disse Andrew dando de ombros.

– Bom, então nós vamos mudar isso. – disse Melanie sorrindo – Papai também revolucionou na época se casando com a mamãe, indo contra o que o nosso avô prezava, e hoje eles se dão super bem.

– Ele é imprevisível. – disse Andrew suspirando.

Melanie observou seu irmão com carinho. Como eles conseguiram ficar todo esse tempo se atacando?

– Quer saber? – disse Melanie se levantando e caminhado em direção a porta – Vou falar com ele agora.

– Sério?

– Uma ora eu terei de enfrenta-lo – disse Melanie dando de ombros – Você o viu por ai?

– No jardim. – Andrew respondeu ansioso.

Melanie sem dizer mais nada, saiu do quarto e desceu as escadas da mansão. Logo que saiu pôde ver Lúcio sentando em um banco no jardim, Melanie se aproximou dele e se sentou ao seu lado. Eles ficaram em silêncio durante um tempo, antes de Lúcio quebrar o silêncio.

– Antes de você nascer eu passava muito tempo aqui. – ele disse olhando para um ponto no nada. – É calmo e silencioso.

– É bom pra pensar. – disse Melanie.

– É. – ele disse calmamente – Mas, depois você nasceu e... esse lugar já não me fazia falta.

Melanie sorriu.

– Depois que eu fui condenado. – ele continuou ainda olhando para o nada – Achei que eu teria uma vida solitária e sem graça, mas, Gina, mesmo eu a desprezando, ela fez com que os meus anos preso nessa mansão, se tornassem dias.

– Isso é ótimo vovô. – ela disse.

– E então você nasceu – ele disse com um sorriso pela lembrança – A bebê mais bonita que eu já vi na minha vida, e foi naquele momento que eu percebi que os meus anos correriam bem mais rápido...e passaram, em pouco tempo você foi para Hogwarts.

– Eu senti muito a sua falta aquele ano. – disse Melanie olhando para Lúcio e este retribuiu o olhar.

– Eu também. – ele disse retribuindo o olhar de Melanie – E naquele ano eu percebi mais uma coisa.

– O quê?

– Que você não seria a minha pequena para sempre. – ele respondeu – Que você cresceria, se tornaria independente e por fim, faria as suas próprias escolhas.

– E isso é ruim? – Melanie perguntou receosa.

– De forma alguma. – ele suspirou voltando a olhar para o nada – Um Malfoy será sempre um Malfoy, e um Malfoy sempre luta pelo que quer, independente do que os outros pensem ou independente das regras e tradições que fazem parte de uma família.

Melanie olhou para Lúcio com a boa entreaberta, e este por sua vez pegou na mão de Melanie e depositou um beijo nesta.

– Faça o que te faz feliz.

Essa foi à última coisa que Lúcio disse, e Melanie entendeu que da parte dela, nada precisava ser dito.

***

Melanie subia rapidamente as escadas para o seu quarto, na esperança de encontrar Andrew e dar-lhe a notícia de que a cadeira de conselheiro seria dele.

– Andy, adivinha! – Melanie disse entrando abruptamente no quarto, mas, seu sorriso se desfez quando viu quem estava lá. – Rose?

– Oi. – disse Rose com um sorriso tímido encarando a prima a sua frente.

– Oi. – Melanie disse confusa.

– Me descul...pe, por en...trar assim. – pediu Rose.

– Sem problema. – disse Melanie desconfiada – Mas o que faz aqui? Eu não sabia que já tinha saído.

Rose suspirou e abaixou a cabeça, depois voltou a olhar para Melanie.

– Eu ia rece...ber alta daqui a dois... dias – ela explicou – Mas preci...sava falar com... você. O Dr. Cooper me li...berou.

– Ok. – disse Melanie ainda desconfiada, elas nunca conseguiram ter uma conversa normal antes.

– Eu só queria te di...zer que... sinto muito – Rose disse o mais firme que conseguiu – Eu nun...ca tive intenção de... te machu...car dessa forma...

– Rose, esquece isso. – disse Melanie sincera – Eu já te perdoei.

– Eu sei. – disse Rose chateada – Eu ouvi ca...da palavra que você... disse quan...do me visitou. A ver...dade é que, eu sempre senti muita in...veja de você.

– Rose Weasley? A garota inteligente com inveja de mim? – disse Melanie chocada – Como isso é possível?

– Às vezes só a inte...ligencia não basta. – disse Rose deprimida – Independente do que acon...tecia você sempre se deu bem... nas coisas que que fazia, porque alguém sem...pre está pronto a te... ajudar. Você é emgra...çada, todos gostam de fi...car perto de você...

– Ok, Rose. Eu já entendi. – disse Melanie a cortando – Olha, nós podíamos ter sido amigas e foi preciso ter uma tragédia para termos uma conversa civilizada. – Melanie suspirou – Eu também nunca fui muito legal com você... Nós duas erramos, e eu não quero mais pensar nos meus erros, mas só nos meus acertos então... eu também te peço desculpas.

Rose deu a Melanie um sorriso mínimo e esta correspondeu. Antes de Melanie pensasse na possibilidade de talvez dar um abraço na prima, Rose se manifestou.

– Então eu acho que já vou. – Rose disse um pouco sem graça – Dr. Cooper está me espe...rando na sala.

– Ok. – disse Melanie observando Rose atravessar o quarto em direção à porta.

– Ah! – disse Rose se virando para Melanie – Soube que vai fazer uma es...cola de música.

– É, eu estou com alguns planos em mente. – disse Melanie pegando suas anotações e uma pena de cima da escrivaninha.

– Legal. – Rose disse abrindo a porta – Se precisar eu... sei tocar violino – Rose saiu.

Melanie sorriu e anotou no pergaminho. Rose Weasley, possível professora de violino?


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Notas finais do capítulo

O que acharam???