O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são.

Friedrich Nietzsche

– Capítulo Cinquenta e Três –

Ajudinha de Draco Malfoy

As provas se aproximavam e os alunos passavam cada vez mais tempo na biblioteca. Melanie parecia que teria um enfarto a qualquer momento, Josh como sempre permanecia calmo em relação às provas e Blake nem se preocupava muito com as provas finais, ele estava se dedicando mais à prova da escola de música.

- Melanie se você não se acalmar, não vai conseguir fazer a prova. – dizia Josh enquanto estudavam na biblioteca.

- Acho que esse ano eu vou repetir. – disse Melanie bagunçando os próprios cabelos – E, além disso, não dá pra estudar com essas garotas atrás de você. – disse Melanie com desdém olhando para algumas garotas que observavam Josh por de trás das estantes e dando risadinhas irritantes.

- Me desculpe por isso. – disse ele respirando fundo – Quer ir a outro lugar?

- Não. – disse Melanie mais amena – Você não tem culpa, acho que estou estressada.

- Isso é estresse ou ciúmes? – Josh perguntou com um sorrisinho de canto e Melanie lhe lançou um olhar mortal– Não está mais aqui quem falou. – disse ele jogando as mãos para o alto em sinal de rendição.

- Por falar em ciúmes. – disse Melanie suspirando – Sarah não para de olhar pra cá.

- Eu percebi e me sinto mal com isso. – disse Josh fazendo algumas anotações em um pergaminho. – Ela devia sair com outras pessoas, sabe, agora que eu descobri ser um Black, talvez a nossa convivência aumente e não ficaria um clima legal entre a gente.

- Espera um minuto. – disse Melanie com um grande sorriso – Você quer dizer que vai assumir o seu sobrenome?

- Eu te prometi que pensaria no assunto. – disse Josh – Eu ainda estou pensando... mas, talvez seja o correto.

- Ah priminho! – disse Melanie se encurvando sobre a mesa para dar um beijo na testa de Josh que estava a sua frente – Você não vai se arrepender.

- Ok Mel. – disse Josh fazendo uma careta – Mas evita o “priminho”. Tudo bem?

- Me desculpe. – pediu ela fazendo bico.

- Quem pode resistir a essa carinha de anjo? – disse Josh suspirando – Vamos voltar a estudar antes que eu faça uma loucura.

Melanie ia dizer alguma coisa, mas, preferiu ficar quieta e voltar aos estudos, talvez ela nunca se acostumasse com ideia de que seu melhor amigo a amasse.

- Ok. – disse Lana atrás das estantes espionando Sarah – Ela está sozinha. Sarah não é muito boa em Herbologia, então se aproxime, ofereça ajuda e salve o mundo.

- Mas ela está babando no Hammes. – disse Matthew mal humorado.

- Não importa. – disse Lana girando os olhos – Você vai chegar lá e mostrar pra ela o quanto é lindo e inteligente.

- Sério que você me acha lindo? – perguntou Matthew pomposo.

- Faz logo o que estou dizendo. – disse Lana tentando se impedir a todo custo de bater em Matthew.

- Ok. E o que você vai fazer enquanto isso? – ele perguntou cruzando os braços.

- Vou falar com o Allan que está sentado bem ali... – Lana apontou para um lugar ao fundo que agora parecia estar vazio – Cadê ele?

- O idiota, ta indo falar com a Sarah. – disse Matthew irritado – O que ele quer afinal?!

- Provavelmente irritá-la, mas que droga! – disse Lana bufando de raiva.

- Bom... você quer sair pra beber... de novo? – disse Matthew fazendo cara de cachorrinho pidão – Porque aqui a gente não vão conseguir mais nada.

- Vamos – disse Lana respirando fundo.

Antes de saírem da biblioteca, Lana e Matthew lançaram a Allan um olhar assassino que este nem ao menos percebeu.

- Você não vai conseguir estudar se continuar babando pelo Hammes. – disse Allan no ouvido de Sarah enquanto esta se engasgava com o ar.

- O que você faz aqui? – Sarah perguntou irritada depois que se recompôs.

- O mesmo que todos. – disse Allan como se fosse obvio – Estudando.

- Nunca vi você ler um livro. – disse Sarah girando os olhos.

- Então você repara em mim? – perguntou Allan sarcástico.

- Claro. – disse Sarah irônica – Quem não repara no bobo da escola?

- Engraçadinha.

- Não era pra ser engraçado, era para ser franco. – disse Sarah organizando seus livros em uma pilha – Com licença, tenho mais o que fazer.

- Espera um minuto. – disse Allan segurando um dos braços de Sarah que quase a fez derrubar os livros – Matt me explicou o que aconteceu no final de semana e... eu não queria agir daquela forma com você, e... se a sua amiga ainda quiser sair comigo...

- É tão difícil assim para um sonserino pedir desculpas? – ela perguntou indignada – Poupe sua saliva. E se quiser sair com a Lana, fale com ela você mesmo.

Ao dizer isso ela saiu decidida da biblioteca, sem imaginar que deixou um Allan satisfeito pra trás.

***

- Sabe da última? – Andrew perguntou a uma Rose apressada que andava pelo corredor, Andrew praticamente corria para falar com ela.

- Se você que é o fofoqueiro de plantão ainda não me contou, eu ainda não sei. – disse Rose ácida.

- Cuidado com as palavras. – disse Andrew sério. – Mas se não te interessa...

- Dá pra contar logo? – perguntou Rose parando abruptamente fazendo com que Andrew quase fosse de encontro a ela.

- Minha tia, mais conhecida como sua querida mãe, saiu com o Profº Zabine. – disse Andrew.

- Agora me conta algo que eu não saiba.

- O que você não sabe é que não aconteceu nada entre os dois. – disse Andrew vitorioso – Parece que o cara está caído pela Profª Gardot e que a tia Hermione ainda ama o tio Rony.

- Como você sabe tudo isso? – Rose perguntou chocada. – Pelo que eu saiba o restaurante que eles foram é fechado.

- Eu tenho meus contatos? – disse Andrew girando os olhos – Você acha mesmo que um Malfoy não tem gente trabalhando pra ele?

- Garoto de que máfia você faz parte? – perguntou Rose indignada.

- Da pior. – respondeu Andrew – E falando em máfia. Quero que saiba que nós estamos muito encrencados.

- Por quê?

- Papai sabe que tivemos algo a ver com o sumisso das cartas do meu recente primo. – disse Andrew despreocupado – Eu ouvi a Melanie contando pra ele quando ele a colocou na parede. Você devia pensar em algo pra se livrar da culpa.

- E você não está preocupado em ser castigado? – Rose perguntou irritada.

- Na verdade não. – respondeu Andrew dando de ombros – Eu simplesmente vou fazer a minha carinha de inocente de sempre e dizer que fui coagindo pela minha prima má, Rose Weasley.

Rose começou a gargalhar e Andrew a olhou desconfiado.

- O que foi? – ele perguntou.

- Andrew eu conheço o suficiente sobre você para que seja deserdado. – disse Rose num tom de voz doce – Não pense que vai se sair bem nessa sozinho, porque se isso acontecer vou relatar coisas aos seus pais que até Voldemort ficaria de cabelo em pé.

- Eles não vão acreditar.

- Mas vão acreditar no Veritasserum. – disse Rose com um sorrisinho – Com ele eu não tenho por que mentir. E se você ainda tem esperança que o tio Draco entregue a cadeira de conselheiro a você e não a Melanie é melhor pensar em algo para livrar nós dois.

Andrew bufou irritado e Rose sorriu satisfeita.

- Tem mais uma coisa que precisa saber. – disse Andrew aborrecido. – Melanie disse que ela mesma queria cuidar de você, e eu soube que ela te desafiou no clube de duelos então... talvez ela acabe com você lá... na frente de todos.

Andrew sorriu sarcástico, deu meia volta e foi embora.

- Não antes que eu mesma acabe com a festinha dela. – disse Rose para ela mesma.

***

Blásio estava tranquilo na sala dos professores. Sentia falta de alguma coisa na escola e não demorou a perceber que era de Liesel. Ela não estava em lugar nenhum. Fechou os olhos por alguns segundos, e teve uma clara  visão de quando a chamou para sair no quarto ano de Hogwarts. Derrubou Draco no chão, correu até ela, disfarçou e sorriu convencido.

- Olá! – ele disse parando a sua frente – Sou Blásio Zabine.

- Liesel Gardot. – ela respondeu sorrindo sem graça.

E depois de anos, não contava em encontrá-la nos bares do subúrbio de Paris.

- Blásio Zabine? O que faz nesse bar furreca?

- Eu te conheço?

Ela apenas mostrou o quanto ficou indignada e envergonhada e se direcionou para a direção contrária, quando ele se lembrou.

- Espera. Liesel Gardot?

- Sabia que não havia me esquecido.

- Os anos te deixaram convencida?

Blásio sorriu se lembrando de como a vida sempre juntou os dois. A porta da sala dos professores se abriu, ele se virou para ver quem era, mas era Hermione.

- Pensou que fosse Liesel? – Hermione perguntou com um sorrisinho.

- Na verdade, sim. – ele respondeu desanimado.

- Eu não a vi desde ontem. – disse Hermione colocando uns livros na estante.

- Nem eu. Deve ter saído, não sei...

Professora Silverstone, que folheava um livro, tranquilamente, próxima a eles, ergueu os olhos e os encarou.

- A Prof. Gardot foi visitar o pai neste final de semana. – disse a Profª Silverstone com o seu jeito sério de sempre – Ela deveria já ter voltado.

- Em Paris? – Blásio se assustou.

- Fique calmo, ela já deve estar voltando. – Hermione tentou confortar Blásio, passando a mão sobre seu ombro.

- Algum problema Profº Zabine? – perguntou a ruiva desconfiada.

- Não é que... O clube de duelos! – disse Blásio rapidamente – Temos que preparar o clube para segunda.

- E por falar no clube. – disse Hermione mais interessada – Acabei de falar com a Rose e ela comentou que todos estão tão nervosos com as provas finais, que só de pensar em participar do clube a essa altura, já a deixava preocupada com a falta de tempo para estudar.

- Mas isso não tem nada a ver...

- A Srta. Weasley está certíssima. – disse a Profª Silverstone – Ela sempre foi uma aluna aplicada e se ela está preocupada, imagino como os outros estão. Estou completamente de acordo que o clube seja adiado pelo restante do ano letivo.

- Os alunos se sentem mais aliviados do estresse quando estão no clube. – argumentou Blásio indignado e aborrecido ao mesmo tempo, pois, essa era a única atividade que ele e Liesel podiam ficar juntos.

- Alguns alunos precisam se preparar para os N.I.E.Ms no próximo ano, e a nota desse pode ajudá-los muito. – disse a Profª firmemente – O clube é uma ativdade extra e voltará no próximo ano com mais força já que é o último ano de alguns dos alunos.

Blásio não disse mais nada, apenas se limitou a balançar a cabeça negativamente, mas, não ia discutir com a vice-diretora.

- Vou comunicar ao Neville. – disse ela se levantando rapidamente e saindo da sala dos professores.

- Dei mancada de novo não é? – perguntou Hermione aborrecida.

- A culpa não foi sua, você foi manipulada. – disse Blásio girando os olhos e ao ver a cara de confusão de Hermione continou – Rose sabia que você faria alguma coisa para cancelar o clube se te contasse.

- Mas por que ela faria isso?

- Melanie a desafiou no clube de duelos. – disse Blásio calmamente.

- E o que isso tem de mais?

- Draco me contou uma coisa e... bom, você sabe que Rose e Melanie tem certo atrito, não sabe? – ele perguntou e Hermione respirou fundo antes de se sentar ao lado de Blásio e ouvir o seu relato.

***

Finalmente o final de semana mais esperado por Blake, havia chegado. Ele estava incrivelmente ansioso e empolgado com a prova que faria em algumas horas, Blake nunca havia estudado e se dedicado tanto a alguma coisa como a entrar nessa escola de música tão ambicionada.

- Grande dia não é? – disse Allan entrando no quarto que eles dividiam – Acho que estou mais nervoso que você. Mas vai dar tudo certo.

- Obrigado. – disse Blake pegando uma fina capa de cima da cama e em seguida uma garrafinha transparente com um líquido verde musgo dentro. – Bom você sabe o que fazer não é?

- Sei. – disse Allan olhando com nojo o conteúdo da garrafa – Quem fez a poção polissuco?

- Não se preocupe não teve dedo meu. – disse Blake sorrindo – Foi a Profª Gardot. O Profº Zabine me entregou ontem. Você só precisa andar por ai de vez em quando se passando por mim, ninguém vai desconfiar.

- Se eu tenho que me disfarçar bem de você tenho que ficar com a Mel. – disse Allan com um sorriso malicioso.

- Se ficar com ela eu arranco a sua língua fora. – disse Blake calmamente.

- Relaxa. Você sabe que estou de olho em outra. – disse Allan – Boa sorte.

- Valeu. – disse Blake colocando a capa de invisibilidade e saindo do quarto em seguida.

Ele não quis se despedir de Melanie, pois, esta com certeza estaria estudando com Josh, mas, ela lhe desejou boa sorte na noite anterior. Foi bem difícil ele conseguir desviar dos alunos que faziam uma multidão nos jardins do colégio, pois, muitos decidiram ficar em Hogwarts estudando ao invés de ir a Hogsmeade.

Como era final de semana os portões estavam abertos e Blake o atravessou sem problema algum. Ele caminhou em direção oposta ao que levava a Hogsmeade, depois que viu que não havia ninguém por perto, retirou a capa e aguardou encostado em uma árvore. Blake esperava que não tivesse chegado muito cedo.

- Pontual. – disse a voz de Draco Malfoy assim que aparatou na sua frente – Gosto disso.

- Bom dia Sr. Malfoy. – disse Blake satisfeito por vê-lo ali.

- Está preparado? – perguntou Draco.

- Estudei como um louco, acho que sim. – disse Blake com um sorriso torto.

- Ótimo. Porque se o ministério descobrir que estou te ajudando, estarei em problemas, então é melhor que não seja em vão. Coloca a capa novamente – disse Draco colocando a mão sobre um ombro de Blake e os desaparatando em seguida.

***

Todos sempre diziam que a noite de Hogsmeade era linda, principalmente para dois jovens que já deveriam ter voltado para a escola na hora certa. Matthew e Lana haviam acabado de sair do Alternative Soul, risonhos e cambaleando como bêbados.

- Já está de noite, já deveríamos ter voltado! – Matt disse se mostrando de repende sério.

Lana riu da cara dele, fazendo ele rir também. Começaram a caminhar devagar para Hogwarts enquanto conversavam.

- Eu nunca imaginei que você conseguisse ser irresponsável! – Lana comentou sorrindo. – Todos estão estudando enquanto nós... Por Merlin! Estamos bêbados!

- Eu simplesmente esqueci que horas eram, de verdade! – Matt se defendeu. – Talvez a companhia que era muito boa...

Lana ficou levemente corada e o encarou por segundos com um pequeno sorriso tímido.

- A gente tem se encontrado bastante, né? – ela disse quando ele desviou o olhar e sorriu.

- Sim, é verdade.

- E até agora nem eu saí com Allan e nem você saiu com Sarah. – ela disse mais pra ela mesma do que para Matthew.

- É... Talvez não fosse pra dar certo mesmo.

- Está desistindo?

- É que... talvez eu esteja interessado em outra pessoa. – disse Matthew – Mas eu continuaria precisando da sua ajuda, mais do que antes dessa vez.

Lana não conseguia pensar muito bem em quem ele deveria estar interessado, mas seu sangue começou a correr mais rápido e esquentar seu corpo. Sentia suas bochechas queimarem, e não era timidez dessa vez. Ela respirou fundo e o olhou.

- Talvez eu não possa te ajudar, Matt.

- Por que não? – ele a encarou de volta, confuso.

- Olha... Faz mais de um mês que estamos nos falando bastante, e nos encontrado muito também. – disse Lana com um tom de voz aborrecido – E eu tenho que te dizer que também não estou mais tão interessada no Allan.

- E você não poderia mais se encontrar comigo só porque não está mais a fim do Allan? – ele perguntou levantando uma sobrancelha.

- Não, não é isso! – ela respirou fundo mais uma vez – Quer saber?! – ela ergueu a voz se mostrando decidida – Eu estava pensando que talvez eu estivesse a fim de você... mas deixa pra lá, isso é loucura! Fala pra mim, quem é a garota e no que posso te ajudar? – ela se jugava estúpida e idiota agora. Seu ego estava no chão.

Matthew continuou a encarando, um tanto confuso. Sorriu de repente, fazendo Lana ficar vermelha e desviar o olhar ao morder o lábio inferior.

- Você a conhece. – ele disse voltando a olhar para frente, já estavam se aproximando de Hogwarts. Por algum motivo ele se divertia com a situação. Ria meio abobado e por isso não conseguia falar.

- Desembuche logo! – disse Lana irritada.

- Eu não vou conseguir falar... É aquela bem meiga.

- Metade das garotas daqui são meigas.

- Mas ela é muito meiga, mais que as outras. – disse Matthew se divertindo com a irritação da ruiva.

- Não é mais simples você só me dizer o nome dela, Matt? – disse Lana parando de repente e colocando uma das mãos na cintura.

- Ok. – ele disse parando de caminhar. Estavam a poucos metros da entrada de Hogwarts e em breve ela se fecharia. – Chega mais perto. – ele deu um passo pra frente

- Quê?

- Só faça isso, por favor, Lana. – ela se aproximou devagar, um pouco relutante e tímida – Acha mesmo que estava interessada em mim?

- Você não ia me dizer o nome da garota?! – ela franziu a testa, dando um passo para trás. Isso fez com que ele desse mais um pequeno passo para frente.

- Eu to falando sério. – embora tentasse se manter, soltava alguns risos acidentalmente.

- Por que você quer saber? Por acaso se eu disser que sim você acha que a garota vai dizer também? – Lana perguntou de forma irônica.

- Tenho toda certeza que sim. – disse ele convicto.

- Isso não faz sentido nenhum, Matt! – Lana disse jogando as mãos para o alto.

- Lana, você não entendeu ainda? Mesmo?

- Entender o que?!

- Tudo bem... – ele respirou fundo – Tudo bem. Só me responde por enquanto. Você achava que...?

- Sim. – ela cortou. – Achei que até poderia rolar algo, mas você gosta dessa garota aí. E agora eu quero saber... – ela parou de falar e se sentiu congelada quando ele se abaixou e aproximou o rosto do seu ouvido. O hálito quente dele a arrepiou por um segundo.

- É você.

Lana continuou parada, as bochechas dela se rosaram e ela inclinou o rosto ligeiramente para observar Matthew com o canto dos olhos. Ele a encarou também. Devagar se aproximou, beijando perto de sua orelha, e voltou a olhá-la. Imóvel. Ele a beijou mais uma vez, mais ao centro da bochecha, ainda a olhando. Depois beijou seu rosto, encostando no canto dos lábios dela, o que a fez sorrir. Ele sorriu também. Se encararam docemente, encostando a ponta dos narizes e então selando um beijo calmo, depois mais outro, este mais longo fazendo com que ela passasse suas mãos pelos ombros dele e ele suas mãos pela cintura dela. Depois que se soltaram só sorriram.

- Sabe quando te passam a cola da prova e você não acredita, daí resolve toda a questão do jeito mais difícil pra chegar à mesma conclusão e aí começar a se sentir um burro? – Matthew disse olhando para cima com um tom sonhador e risonho.

- Não. – respondeu Lana – Eu sempre aceito as colas.

- Bom, é como eu me sinto agora.