As Cobras Não São Más escrita por JessyFerr


Capítulo 52
Capítulo 52 Segunda Investida


Notas iniciais do capítulo

Oi amores lindos! Eu pessoalmente gostei muito desse capítulo e espero que gostem também. Quero dedicá-lo as lindas leitoras, Grazie, Zero Roll, MissRebelde e DudaWeasleyMalfoy, amo vocês lindas e muito obrigada pelos reviews.
Bjos♥



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Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos.

Confúcio

– Capítulo Cinquenta e Dois –

Segunda Investida

- Eu nunca reparei nesse lugar antes. – disse Hermione admirando o local. O lugar parecia completamente confortável e íntimo, era elegante e pouco iluminado, havia o som de uma música de fundo – Tudo bem eu já havia reparado, lembro quando Draco trouxe a Gina aqui, depois da briga com o Harry. Vocês ricos vivem bem.

- Não acredite nisso. – disse Blásio dispensando o garçom depois de ter anotado os pedidos – Só depois de muito tempo, eu fui me dar conta que dinheiro não é tudo.

- Mas nunca é terde pra aprender. – disse Hermione docemente – Isso me faz pensar por que você trabalha como professor se tem dinheiro suficiente para sustentar dez gerações.

- Acho que por que... nessa escola eu passei os melhores anos da minha vida. – disse Blásio pensativo – Sabe, Hermione, eu nunca fui muito ligado a minha família, eu só me sentia em um lar quando ia para Hogwarts ou quanto ia para a mansão Malfoy... eles sempre foram incríveis comigo. – terminou ele com um sorriso sincero – É um prazer estar de volta, tanto que não recebo salário para lecionar.

- Neville não te paga um salário? – perguntou Hermione atônita.

- Tecnicamente sim. – disse Blásio se divertindo com o choque de Hermione – Todo mês ele transfere o meu salário para um orfanato.

Hermione ficou em silênio observando o homem a sua frente. Nunca em seus sonhos mais loucos ela pensaria em Blásio Zabine como um homem bom, ela era acostumada com aquele Blásio zombeteiro e arrogante da época da escola e não em um bem feitor.

- Espero que goste da comida. – disse Blásio quando foram servidos – Eles servem a melhor lagosta de toda Grã-Bretanha. – O que foi?

Hermione parecia um pouco perdida com os talheres e seu rosto estava incrivelmente vermelho. Então Blásio se levantou e puxou uma cortina de seda que tirava qualquer visão das outras mesas.

- Pode comer como você quiser. – disse ele se sentando novamente.

- Mas... eu...

- Relaxa Hermione. – disse Blásio calmamente – Eu me lembro uma vez que Liesel e eu estávamos em um restau... Desculpe.

- Não tem problema. – disse Hermione sincera – Liesel e você devem ter se divertido muito antigamente. Ela é bem viva e você... bem... é engraçado.

- Você não ia dizer engraçado, Hermione. – disse Blásio se fazendo de ofendido.

Hermione gargalhou e se sentiu menos constrangida em relação à comida. No seu total o encontro dos dois foi ótimo, levando em conta as suas diferenças, eles conversavam e brincavam um com o outro como se a “amizade” fosse de longa distância.

- E a Liesel que teve de te carregar pra casa? – perguntou Hermione sorridente – Por que você não saía daquele bar hein?

De repente as gargalhadas cessaram e Blásio ficou em silêncio, pois se tocara de uma coisa. 90% do encontro, aconteceu com ele pensando em Liesel e a grande maioria da conversa entre eles, foi sobre Rony e Liesel. Será que Hermione também estava pensando em Rony assim como ele pensava em Liesel?

- Algo de errado? – Hermione perguntou.

  - Sim... quer dizer não! Não! – apressou-se Blásio a responder.

- Blás? – insistiu Hermione.

- Não é nada...

- Hmm... – Hermione disse pensativa – Não se sente como se o tempo todo, a felicidade estivesse do seu lado?

- É... O tempo todo – disse ele pensando em Liesel. Hermione suspirou e os dois ficaram em silêncio, até Blásio tomar coragem e resolver falar – Hermione, eu preciso te falar umas coisas...

- O que foi? – ela perguntou

- Eu gosto muito de você, Hermione. – disse Blásio sinceramente.

- Gosta...? – ela perguntou apreensiva.

- Eu nunca fui bom com isso, mas... – ele tentou procurar palavras, mas, foi em vão – Eu estou com uma confusão enorme na minha cabeça.

- Não é a sua cabeça Blás. – disse Hermione com um sorriso doce – Sua confusão é aqui – disse ela apontando em direção ao coração de Blásio – Eu também estou assim... esse era o seu plano?

- Mais ou menos. – respondeu Blásio com um sorriso fraco – Hermione, mesmo depois de ter ido morar na França... o meu pensamento continuava em você. Eu estava completamente desolado por ter me apaixonado e você não ter me correspondido – ele respirou fundo – Justamente eu, Blásio Zabine, me apaixonei e tinha que ser por você.

- Não pense que eu também não sofri com isso. – disse Hermione mais séria – Eu admito que fiquei com medo, eu nunca teria a coragem que a Gina teve... fiquei com medo de perder a todos que eu amava.

- E preferiu me perder?

- Blásio, por favor. – pediu Hermione – Pensei que havíamos superado isso.

- Você me esqueceu tão fácil assim? – ele perguntou.

- Não. – respondeu Hermione abatida – Só que ao mesmo tempo em que eu não te tirava da cabeça, eu me apaixonava de novo pelo meu marido... estranho não é?

- Não. – respondeu Blásio convicto – Eu sinceramente te entendo.

- Porque a sua situação com a Liesel é a mesma? – perguntou Hermione – Você não me chamou hoje aqui só pra me ajudar a resolver a minha vida. Você também queria tirar a sua dúvida.

- É, e talvez agora ela me odeie mais. – disse Blásio suspirando.

- Liesel é uma mulher fantástica Blásio. – disse Hermione – Uma mulher como ela você não deve deixar escapar assim... tenho certeza que ela vai entender os seus motivos.

- Você não conhece a Liz como eu. – disse Blásio passando as mãos no rosto – Ela é incrivelmente cabeça dura... assim como você.

Hermione sorriu e balançou a cabeça.

- Bom. – disse ela – Eu sou cabeça dura e estou aqui, não?

- Só espero que com a Liesel não demore tantos anos assim como foi com você. – disse Blásio – O que vai fazer em relação ao seu marido?

- Acho que... Rony e eu temos muito que conversar. – respondeu Hermione – Séculos de conversa.

Blásio gargalhou.

- Obrigada Blásio. – disse Hermione colocando a sua mão sobre a dele – Graças a você, sei que nunca deixei de amar meu marido.

- E graças a você, sei que amo a Liz. – disse Blásio e eles brincadaram a sorte em seguida.

***

Blake e Melanie aproveitaram o final de semana para as aulas de piano na sala precisa. Blake observava o desempenho da namorada com o piano, que fora incrívelmente rápido se comparado ao violão.

Ele não conseguia disfarçar a admiração que sentia por ela, cada vez que olhava para aqueles olhos prateados, ele se perdia em sua imensidão da mesma forma que se inebriava com o cheiro dos seus cabelos ou era arrebatado pelo seu sorriso.

- Blake?

- Oi loirinha. – disse Blake voltando a terra. Melanie já havia parado de tocar e agora olhava curiosa pra ele.

- O que você achou? – ela perguntou o que parecia ter sido pela segunda vez.

- Maravilhoso. – respondeu Blake se sentando no banco ao lado dela – Você tem dominado muito bem a técnica, eu estou muito satisfeito.

- Obrigada. – disse Melanie lhe dando um beijo – Mas eu tenho um professor ótimo.

- Nisso eu tenho que concordar. – disse Blake recebendo em seguida um soco no braço.

- Você mereceu. – disse ela – E quando será a sua prova?

- Na próxima semana. – respondeu ele – O resultado sai em junho e se eu passar, já no começo de julho eu posso fazer a matrícula.

- Já estou com saudade. – disse ela se jogando no pescoço dele.

- Eu nem fiz a prova ainda.

- Mas sei que você vai passar. – disse Melanie fazendo bico – Você é o melhor Blake.

Blake sorriu e em seguida capturou os lábios de Melanie com paixão que foi correspondido pela mesma forma por parte da garota. Seus toques e carícias foram ficando cada vez mais intensos assim como o beijo urgente que acontecia entre os dois.

Blake de uma forma surpreendentemente ágil, conduzira Melanie até um sofá que fora posicionado perto do piano, enquanto uma mão permanecia na cintura de Melanie a outra descansa em sua nuca.

- Blake...

- Shii, não diz nada. – disse ele entre os beijos que depositava no pescoço da garota. – Eu te amo Mel.

- Eu também... te amo Blake – respondeu Melanie já ofegante – Mas... espera um pouco...

- Esperar o que...? – disse ele agora fitando Melanie, seus olhos verdes acastanhados agora negros de muito dilatados.

- Eu acho que ainda não é hora. – Melanie conseguiu dizer de uma vez só, saindo de baixo de Blake – Não é que eu não queira, mas... não me sinto preparada ainda. Sinto muito.

- Não. – disse Blake se sentando – Eu que sinto muito. Me desculpe loirinha, é que é difícil ficar perto de você, ainda mais quando estamos sozinhos.

- Não pense que não é difícil pra mim também. – disse Melanie se aproximando dele – Mas eu quero que seja perfeito.

- Eu também quero. – disse ele se levantando e beijando os lábios de Melanie suavemente – Acho que acabamos por hoje.

- É. – disse ela – Vamos para o salão comunal?

- Vai na frente, eu preciso fazer uma coisa. – disse Blake voltando a se sentar no banco do piano – Em cinco minutos eu te alcanço.

Melanie assentiu e saiu da sala precisa, quando Blake viu que a sala voltou a se fechar tirou das vestes o seu caderno e começou a escrever.

***

Josh segurava em suas mãos uma carta que acabara de chegar, ele lera e relera tantas vezes que não acreditava que era aquilo mesmo que estava escrito.

É certo que descobrir ser um Black não foi fácil, mas, depois de ler essa carta, nem se ele descobrisse ser um Lestrange iria tirar a sua felicidade naquele momento.

- Oi Josh. – disse Melanie quando entrou no salão comunal.

- Oi Mel. – disse Josh sorridente – Por que você está ofegante?

- Eu vim correndo. – ela apressou-se a dizer – Pensei que você ia a Hogsmeade.

- Anthony me chamou pra ir com o time, mas, não estava com a mínima vontade. – disse ele suspirando – Ainda mais porque, os assédios seriam maiores fora da escola.

- Com certeza. – disse Melanie se sentando ao lado dele – Sem contar que aquela velha da Rita Skeeter pode estar por ai. Ela nunca vai se aposentar?

- Verdade. – disse Josh voltando a ler a carta.

- E essa carta? – perguntou Melanie curiosa – É de uma das suas fãs?

- Não. – respondeu Josh – É do Sr. Potter.

- Sei. Ele fala alguma coisa de você assumir o seu sobrenome?

- Não. Eu disse a ele uma vez que me interessava de trabalhar do setor de Cooperação Internacional em Magia. – ele explicou – Então o Sr. Potter me mandou essa carta informando que conseguiu uma entrevista para julho com o chefe de lá.

- O chefe do setor? – perguntou Melanie cuidadosa – Por acaso, qual é o nome dele.

- Por acaso é Robert Zegers.

- Hmm. – disse Melanie pensativa – E o que você pensa sobre isso?

- Que se ele for igual ao filho estou ferrado. – disse Josh com uma careta.

Melanie ia dizer algo, mas, nesse momento Blake entrou no salão comunal.

- Seu pai vai entrevistar o Josh pra um estágio no ministério. – Melanie foi logo falando.

- De tanta gente, tinha que ser o pai dele...

- Alguma recomendação, amor? – Melanie perguntou lançando a Josh um olhar de censura.

- No caso dele? – Blake se virou para Josh – Seja você mesmo, você é o tipo de filhinho que o Sr. Zegers sempre desejou – disse Blake com um ar de desprezo subindo para o dormitório em seguida.


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Notas finais do capítulo

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