Batter Up escrita por Carol Bandeira


Capítulo 34
Fim de ano conturbado- pt 1


Notas iniciais do capítulo

Eita, que tá recheado isso aqui!

Tinha tanta coisa para acontecer que fui escrevendo e quando eu vi... mais de 3 mil palavras! A ideia não era dividir esse capítulo, mas os personagens foram ganhando vida propria... enfim, espero que gostem.

Boa leitura!



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Com as festas de final de ano se aproximando Gil não teve maiores notícias sobre o substituto de Vinny. Sem querer se meter mais nos assuntos internos dos Devils, o jogador resolveu se manter distante do estádio, o que era muito fácil por conta do recesso de fim de ano. As poucas vezes que viu seus colegas de time também não trouxeram novidades. Todos estavam tão perdidos quanto ele.

Assim, Gilbert voou para Marina del Rey no dia 23 de dezembro sem saber como seria seu próximo ano. Sua namorada ficara em Vegas, pois a família toda se reuniria na cidade para as festas de fim de ano. O casal decidira passar o natal em família, mas o Ano Novo seria reservado para os amigos. Catherine convidara a todos para a magnífica festa que Sam Braun organizara no fim do ano. O evento duraria praticamente o dia todo, e Sara se mostrara muito ansiosa pelo dia.

Seus dois primeiros dias na casa de sua mãe foram tranquilos. Como sempre, havia muita comida e bebida, e a casa estava sempre cheia com algum parente ou amigo de sua mãe. O Natal era a única ocasião em que Gil não se importava de ter a casa abarrotada de gente. Na verdade preferia assim. Quando seu pai os abandonou o primeiro ano sem ele deixou as festas de fim de ano com um gosto fúnebre. Betty, que andara sempre com um ar melancólico em dias normais, se deixou levar pela depressão e Gil nunca se sentira tão amedrontado na vida, ao ver sua mãe adoecendo diante de seus olhos. Foi uma batalha árdua a que eles enfrentaram, mas junto com seu tio Herbie, os dois conseguiram ajudar a senhora. No fim daquele ano Betty já estava bem melhor, e o Natal foi usado como o evento para comemorar a “volta” da matriarca. Foram dois dias de festa, com vários convidados para partilhar a nova alegria da casa. Desde então, aquela data se tornou mais ainda especial, e se tornou tradição para eles.

Este ano, porém, Gil acordou no dia 25 para um cenário diferente. Encontrou sua mãe já acordada, seu olhar compenetrado na janela da cozinha. Gil apagou e ascendeu as luzes do comodo para avisar a Betty que havia acordado. A senhora se assustou, e Gil estranhou

—Gilbert!

—Bom dia,mãe- ele foi até ela e depositou um beijo na testa da senhora- está tudo bem?

A senhora disse que sim, mas o filho não acreditou. Ela estava tensa, e ainda que tentasse agir normalmente ao preparar o café da manhã para o filho ( Gil tentou declinar, dizendo que já era grande demais para isso, mas mãe é mãe né?) a toda hora ela olhava o relógio de parede.

—Estamos esperando alguém, mãe?- Gil perguntou a ela assim que a senhora se sentou a frente dele.

—Não, meu filho- ela respondeu rapidamente, mas logo desviou o olhar do dele.

Gil achou o comportamento da mãe curioso e já ia indagar a respeito disso quando Herbie apareceu na cozinha. Após o tio tomar seu café os três foram abrir seus presentes de natal, e Gil se esqueceu de sua pergunta, ficando entusiasmado com os presentes que ganhara.

Um tempo depois Herbie se despediu de Gil e da irmã para ir até o cemitério. Herbie fazia isso todo ano, uma visita ao túmulo de sua mulher.  Betty então pediu a Gil para ajudá-la na arrumação do espaço. Em conjunto eles lavaram a louça e jogaram fora os papeis de presente. Gil levou os dele para seu quarto e foi tomar um banho. Estava terminando de se vestir quando ouviu a campainha tocar. Sabendo que sua mãe estaria lá para receber quem fosse o jovem continuou em seu quarto, aproveitando para ligar para sua namorada. Pensando que a mãe recebia visita de uma amiga, o jogador tomou seu tempo no telefone querendo deixar Betty confortável com quem quer que fosse.

Quando terminou sua conversa com Sara, Gil saiu de seu quarto e desceu as escadas. A casa, como normalmente, estava muito quieta, e Gil pensou estar recebendo um dos amigos surdos de sua mãe. Por isso, nada poderia prepara-lo para o susto que levou ao ver seu pai sentado ao lado de sua mãe, conversando com ela como se fosse a coisa mais natural do mundo ele estar ali. Seu choque foi tamanho que o jogador não conseguiu se conter

—Mas o que você está fazendo aqui?!

Sua exclamação fez com que Will, sentado de costas para a abertura da porta da sala, quase pulasse da cadeira de susto. Betty se assustou com o movimento repentino do homem, e os dois viraram o olhar para encontrar o filho, com a cara de poucos amigos.

—Gil, bom dia!- seu pai começou em um tom amigável, mas o filho não queria saber

—Eu perguntei o que você está fazendo aqui!- O jogador estava tão alterado que nem se lembrava de fazer os sinais para que Betty o entendesse, mas a senhora não precisava de ASL para entender que Gil estava sendo mal educado com o pai.

—Gilbert!- ela exclamou, muito mais alto do que gostaria, ela sabia, para chamar a atenção do filho. Quando o garoto olhou para ela, continuou com as mãos- Isso é jeito de se falar com seu pai?

—Eu falo com ele do jeito que merece! Afinal, por que você aceitou ele aqui?

Betty revirou os olhos, sabendo que seria difícil fazer seu filho ver a razão naquele instante.

—Gil...

—Ele não tem direito de pisar nessa casa! Ele nos abandonou, ou a senhora já se esqueceu de todo o mal que ele nos fez? Pois eu não esqueci!!

—Não me esqueci, Gil... mas eu resolvi que guardar todo esse ódio me fazia mal... então eu o perdoei muito antes de ele aparecer na minha porta.

William, que até o momento estava somente observando a conversa, colocou uma mão no ombro de Betty para que ela o olhasse.

—Você não sabe o quanto eu quis ouvir isso...

Gil ficou surpreso ao perceber que seu pai havia entendido a conversa deles. Fazia tanto tempo que ele não devia usar o ALS, para Gil ele já devia ter se esquecido de tudo.

—Não podemos mudar o passado, Will... eu realmente espero que esse tempo que passou tenha te ajudado a superar seus problemas...

Gil não podia acreditar naquilo...depois de tudo que ela sofreu por conta daquele homem, como ela conseguia falar em perdão para ele. Ele nunca nem pedira para ser perdoado! A raiva mais uma vez tomou conta de Gil e ele já ia começar mais um assalto verbal quando sua mãe colocou uma mão no ombro de Gil e outra em sua boca. Tendo calado seu filho, ela lhe dirigiu a palavra.

—Gil, eu não espero que me entenda agora. Com o tempo tenho certeza de que vai compreender de onde estou vindo... a sabedoria do tempo é muito valiosa. Por isso te peço, escute o que seu pai tem a lhe dizer. Eu não pediria isso se não achasse importante. E se não quiser fazer isso por ele, então faça por mim, ok?

Gil relutou um pouco, mas não havia uma coisa que sua mãe pedisse que ele negasse.

—Ok, mãe...

—Obrigada, meu menino- ela deu um beijo em sua bochecha e , com um olhar para William, saiu da sala.

Pai e filho se encararam por um tempo, cada um com seus pensamentos. Gil não conseguia entender o que aquele homem queria com ele. E Will observava seu filho com o olhar de um pai orgulhoso. Era a primeira vez em muito tempo que ele podia estar tão próximo de seu filho, e isso o deixou emotivo. Cansado de ficar em pé, Will voltou a se sentar no sofá, e esperou Gil também se acomodar antes de começar a falar.

—Então, filho...recebeu a carta que enviei?

—Sim... Sara me entregou no mesmo dia.

—Então...

—Eu que escolhi não ir ao seu encontro..., mas, como você nos encontrou aqui?

Era uma pergunta válida. Gil morou com seus pais em Chicago e só se mudaram para Marina del Rey por conta dos problemas de Betty, portanto não tinha como Will ter esse endereço.

—Bem... Sara não foi a única pessoa que encontrei em minha estadia em Vegas..

—Você e minha mãe... mas como?

—Por intermédio do destino, quem sabe? Nós nos hospedamos no mesmo hotel. Como você sabe, eu as vi no dia do jogo, mas como Betty estava com Herbie achei melhor não me aproximar. Nesse mesmo dia vi os dois entrarem no Eclipse quando estava saindo do bar. Mas foi só no dia seguinte que tive a oportunidade de falar com ela. Herbie nunca gostou de acordar cedo, e Betty estava sozinha tomando café. Eu não podia deixar a oportunidade de falar com ela passar. Fiquei muito surpreso pela recepção que tive... ela foi muito educada, e desde então estamos nos comunicando por e-mail.

Gil não podia acreditar. Sua mãe dando trela para ele, depois de tudo o que o homem a fez passar. Ainda por cima fazendo isso nas costas dele! Não era a toa que Gil achou sua mãe muito estranha esses dias.

William resolveu dar um tempo para Gil digerir essa informação, sabendo que o filho não devia ter gostado nada do fato dele conversar com a mãe “escondido” dele.

—Olha, eu não sei o que você quer da gente... mas se você pensa que vou deixar sacanear minha mãe de novo, está muito enganado!

—Gilbert... por favor! Eu não tenho intenção nenhuma de enganar vocês! Também não tinha anos atrás, mas perdi o controle, e a confiança da minha família...eu sei... Mas eu tentei voltar...eu juro... mas quando consegui me reestabelecer e criar coragem para voltar... vocês já haviam partido... e ninguém sabia me informar para onde.

—Nós partimos porque você partiu o coração dela! Ela estava inconsolável, não levantava da cama! Fomos para perto da família novamente! E você sabia onde moravam o irmão e os meus avós! E mesmo assim fica aí me dizendo não saber onde estávamos. Como quer que eu acredite em uma palavra que sai da sua boca?!

—Eu sabia que eles moravam em Marina del Rey, sim. Mas sabia que se chegasse lá eu bateria com a cara na porta. E então... eu liguei para seus avós, implorei para que eles me deixassem falar com ela mas... fui negado. Eu devia ter tentado mais vezes, Gil. Eu sei, mas não tentei.

— E ainda assim quer que eu tente te perdoar, mesmo quando você não pode tentar?- Gil levantou do sofá e ia se dirigir a escada- Faça-me um favor, não me procure mais.

—Gil, espere! Por favor! Eu não vim aqui para que me perdoasse- Will falava quase que atropelando as palavras- O que eu tenho para te dizer vai afetar o seu futuro. Por favor, filho...

Gil se virou e cruzou os braços. Ele tinha que conceder, o homem era mesmo insistente.

—O quê, quer se casar com minha mãe novamente?- sarcasmo foi sua arma de escolha para lidar com ele.

—Não, não. E se quisesse, filho, isso não é uma conversa para ter com você- a petulância de Gil já estava lhe enchendo- É sobre seu futuro profissional.

—Já tenho um agente, obrigado!

—E um treinador?

Finalmente Gil ficou surpreso. O jovem abriu a boca para responder, mas parece que finalmente seu pai tinha dado um jeito de calá-lo. Foi uma vitória curta, no entanto

—Do que está falando?- até onde Gil sabia, os Devils deixaram a demissão de Vinny acobertada da imprensa, e Gil vinha acompanhando o noticiário. Ninguém vazara a história até aquele momento- Como você descobriu?

—Eu sei da mesma fonte que você. Por que não nos sentamos para conversar melhor?

Com uma mão no ombro do filho, Will guiou um jovem atordoado até o sofá. Como Gil não reclamara, Will aproveitou a chance e se sentou ao lado dele.

—Filho... não sei como dizer isso de outra maneira... mas faz um tempo que Doug vem me rondando para que eu assuma o cargo de treinador dos Devils.

Gil olhou para o pai, e o homem podia ver novamente a raiva se apoderar dele.

—E você assumiu sem nem pensar não é?

—Não. Se eu o tivesse você já estaria sabendo. Eu disse a Doug que não o faria enquanto não falasse com você. Eu falei para ele que nosso relacionamento é complicado e que não daria certo mas... ele tem outros planos...

— Que planos ele teria? Eu não entendo! Nós estamos bem com o Vinny, por que ele iria querer mexer em um time que está por cima!

—Gil, uma coisa que você tem que aprender e que Vinny não pareceu compreender é que em toda empresa há um que de política no fundo. Vinny não concordava com algumas ideias de Doug, e por isso o relacionamento dele se complicou. Vinny embarreirou muitas coisas, e isso o queimou...

—Mas tava dando tudo certo...

—Não importa, Gil. Tem certas horas que nós precisamos concordar com certas coisas,  se quisermos continuar onde estamos... brigamos por umas coisas e aceitamos outras. Não é assim seu relacionamento com Sara?

—Vinny dizia que Doug não se importava com o jogo e sim com os cifrões que este o proporcionava.

— Sem dinheiro, meu filho, os Devils não terão como jogar. Doug é um cara inteligente, sabe? Ele pode não entender do beisebal, mas é um tubarão na administração. Sabe por que ele me quer no time, Gil?

William então começou a contar a Gil sobre os planos de Doug. Ele queria investir no marketing dos Devils, e assim que contrataram o Gil já imaginavam colocar Will na parada. Doug tinha certeza que se promovesse um encontro entre pai e filho através do esporte a marca dos Devils se valorizaria. As pessoas adoram um drama familiar, e ajudava o fato de Gil ser um ótimo jogador. Doug queria ser o responsável por deslanchar a carreira de Gil. Tinha certeza de que as pessoas pagariam para ver os dois em campo.

—E ele não vai descansar até conseguir, meu filho.

Gil não podia dizer que era uma ideia louca, esse plano de Doug. O garoto podia até ver que isso ajudaria em sua carreira. Mas não podia deixar de se sentir usado. E os sentimentos dele, não contavam para nada? Gil se lembrava claramente do que sentia ao treinar com o pai nos últimos anos de convívio deles. Will era um jogador frustrado e por isso ficou obcecado com a carreira do filho. O jovem tinha medo de a historia se repetir. Ainda mais, o que isso faria com os outros jogadores do time? Será que eles ficariam felizes com Will? Podiam muito bem achar que seriam preteridos em favor de Gil. Mesmo se ele jogasse mil vezes melhor que eles, poderiam acusa-lo de favoritismo.

— E você, vai aceitar? Agora que me advertiu e tirou o peso de sua consciência ?

—Não nego que estou tentado. Não vai ficar melhor que isso para mim, Gil. Basebal é a única coisa que sei fazer, que sou bom. Não quero ficar minha vida me arrastando entre times da Minor League. Tenho boa visão de jogo, estratégias... e sei lidar com o pessoal de cima. Jogar para os Devils seria uma oportunidade impar para mim. Sei que consegue entender isso. Não pense como meu filho, e sim como um companheiro de esporte. O que faria se estivesse em meu lugar?  

O problema era que Gil não conseguiria parar de pensar como filho, e nem Will teria facilidade em ver Gil com um jogador qualquer de sua equipe. Havia muita mágoa entre os dois.

—Isso não vai dar certo, Will.

William respirou profundamente e virou o rosto. Isso o magoava profundamente.

—Doug não vai deixar quieto, Gil. E eu preciso muito disso.

Não somente pelo dinheiro, mas ele queria uma chance de se aproximar de Gil. E sabia que essa seria a melhor oportunidade que teria.

—Ao que parece o senhor já se decidiu.- Gil novamente se levantou, e dessa vez foi em direção a porta- Bom, já que é assim nos vemos no ano que vem, treinador- Gil abriu a porta de casa, claramente expulsando seu pai.

Will se levantou e  antes de sair parou de frente ao filho.

—Eu não queria que fosse assim, Gil.

—Isso não podia ser diferente, William. Até outro dia- empurrou o pai para fora de casa e bateu a porta na cara do velho. Sua vontade era de quebrar a cara de Will, mas controlou seu ímpeto. Olhou para a sala, inquieto, e sabia que não podia mais ficar ali. Foi até seu quarto para arrumar sua mala e foi lá que sua mãe o encontrou. A senhora se entristeceu ao ver o filho naquele estado, mas sabia que não havia muita coisa que pudesse fazer.

—Já vai, Gilbert?

—Sim, mãe. Se quiser, pode convidar o William para jantar, já que são tão bons amigos agora.

A senhora se surpreendeu com a fala do filho. Ele nunca usara esse tom de voz com ela. Ela não imaginara que William pudesse impactar seu filho tão negativamente.

Gil jogou sua mala sobre os ombros e passou pela mãe sem falar nada. Apesar de indignada, Betty sabia que quando Gil estava assim era melhor deixa-lo em paz.

—Ao menos avise quando chegar, Gil. Você pode ser um homem feito, mas ainda assim me preocupo. Gil parou e voltou até sua mãe.

—Desculpe mãe- deu um beijo nela e um abraço- Eu ligo quando chegar. Mande um abraço ao tio Herbie por mim.

E saiu sem esperar por uma resposta.

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A casa estava abarrotada de gente que ele gostava, e seu estomago estava cheio das mais gostosas delícias de sua mãe. O humor de Greg estava nas alturas. Ele até participara de uma competição de Karaokê e ganhara. Por isso, quando a campainha soou e ele foi atender, foi com um sorriso no rosto que abriu a porta. Sorriso esse que amarelou ao ver quem era do outro lado.

—Gilbert! Achei que só voltaria no fim da semana!

—É, mudança de planos Greg. A Sara está aí?

Greg abriu mais a porta e convidou Gil a entrar. Ele ainda detestava o cara a sua frente, mas estava mortificado com o jeito que se comportara por causa dele. Greg deixou Gil no corredor e foi atrás da prima.

—Sara, seu namorado está aí!- ele avisou a garota e logo se retirou. Não queria ser testemunha da reunião dos dois.

Sara saiu de seu quarto e desceu as escadas, surpresa com o anuncio. Logo viu Gil, que estava agora conversando com Laura.

—Gil, o que houve?- ela interrompeu a conversa dele com sua mãe, pois podia ver no semblante do namorado que havia algo errado.

—Vou deixar os pombinhos a sós- Laura comentou e foi embora;

—Sara... podemos....

A morena puxou Gil pela mão e o levou a seu quarto. Gil estava se segurando até aquele momento, mas ao chegar ao quarto da namorada e ela o puxar para seus braços foi que ele pode deixar toda sua angustia desabar. Não sabia o porque, mas chorou como nunca havia chorado na vida, ali no colo de sua namorada. Sara estava assustada, mas ficou quieta, esperando o namorado por para fora tudo o que precisasse. Iria descobrir o que lhe afligia mais cedo ou mais tarde.


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