Batter Up escrita por Carol Bandeira


Capítulo 16
Aprendendo a levantar


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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O próximo jogo dos Devils seria naquele sábado, desta vez na casa dos Lions, o mesmo time que os havia batido no primeiro jogo. A equipe estava mordida, afinal, haviam treinado muito e não mostraram nem metade do que sabiam fazer para os adversários. Por isso, mais uma vez Gil viu seu tempo com Sara ser muito escasso. Antes de ele viajar, quinta à noite, eles se encontraram num parque para um piquenique. Sara se mostrou muito compreensiva quanto ao horário apertado de Gil, muito diferente dele, que iria viajar mais tarde- muito a contragosto.

–Infelizmente não poderei assistir à aula de hoje com você- ele disse enquanto pegava na mão dela

–Tenho certeza de que Gerard vai compreender.

–Ele pode compreender, mas não vai gostar nada. Ele e minha mãe cismam que eu tenho que largar o baseball. Acho que ele tem muito mais munição agora, depois do fiasco do primeiro jogo.

–Gilbert! Foi uma ocasião separada!- ela disse isso com as mãos no rosto do rapaz, o obrigando a olhar para ela- Todos vocês estavam nervosos, agora vão poder atuar bem melhor!

Gil sorriu e roubou um beijo dela. Depois outro, e Sara respondeu com mais um dela. Gil começava a achar que não havia no mundo nada mais doce que a boca dessa mulher. E por isso ele aprofundou ainda mais o beijo, sua língua explorando a boca dela. Ele, que já estava meio deitado, a puxou para si enquanto deitava na toalha que os protegia da grama, só querendo estar mais próximo a ela. Nada mais que isso, pois estavam ao ar livre em plena luz do dia-quer dizer, da lua. Só ficar ali com ela deitada por cima dele já devia fazer muita gente revirar os olhos, principalmente pais que passeavam com os filhos.

–Ok, senhor, chega disso!- Sara disse, separando-se dele e rindo- Droga Gil, você parece gostar mesmo de demonstração de afeto em público.

Gil riu também e voltou a puxar Sara para si, dessa vez ficando sob ela.

–Isso é culpa sua!- ele sussurrou em seu ouvido- Por ser tão...- olhou Sara de cima a baixo.

–Tão...?- Sara perguntou, seus lábios roçando nos dele ao fazer a pergunta.

Gil não conseguiu responder, já que seus lábios voltaram a atacar aquela mulher tão atraente.

–Droga, Sara! Você me mata assim!- ele saiu de cima dela e suspirou. Nunca quisera tanto uma mulher na vida quanto queria a Sara naquele momento. Mas qualquer coisa teria que esperar, já que o trabalho o chamava.

–Eu tenho mesmo que ir agora...

Sara o beijou novamente, sua língua passando por entre seus lábios.

–Vai sentir minha falta?-Gil gemeu e respondeu com mais um beijo.

–Claro... você vai ver o jogo?

–Uhum...todos os lances.

–Ótimo.

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5 dias depois

“E mais uma vez os Devils de Las Vegas perderam um jogo, agora na casa do adversário”

“É, John, não parece um começo auspicioso para os Devils. Nem o ídolo do time, o Mc, que fez uma temporada brilhante ano passado parece ter acordado para o jogo.”

“E o que dizer de umas das chamadas revelações do time? O jovem Grissom? Era de se esperar que fizesse algo parecido com o de seu velho quando ele estava começando a carreira.

“Bom, alguns dizem que até mesmo por ter essa responsabilidade de superar o pai...”

–Ei! Eu estava vendo isso!- Grissom gritou e levantou do sofá, pronto para atacar a criatura que havia desligado a tv.

–Você não precisa ficar vendo isso, Griss- Nick disse com compaixão.

O jovem jogador se jogou no sofá novamente e Nick olhou com reprovação. Gil não parecia nada com o jovem educado e arrumado que era. Seus cabelos estavam desgrenhados e oleosos, a barba por fazer e a camisa cinza que usava estava toda amarrotada e suja. Nick não quis observar mais nada e falou.

–Vamos, pare de sentir pena de si mesmo e levante essa bunda preguiçosa do sofá.Nós vamos sair!

–Não, Nick... preciso ficar aqui, tenho trabalho a fazer.

–Que trabalho, ficar procurando algum comentarista para ouvir ele te malhar?

–Não, preciso estudar o próximo adversário e...

–Chega, já ouvi coisa demais! Vai tomar um banho e se arrumar, Gil! E eu não vou ouvir um não como resposta.

–Coitadinho de você...

Nick cruzou os braços e balançou a cabeça. De todos os seus colegas de apartamento Gil era o último que Nick imaginaria agindo dessa forma.

–Vamos Gil, larga dessa... Vamos sair todos juntos, beber e esquecer os problemas.

–Eu não quero esquecer Nick... eu quero melhorar o meu jogo.

–Ok.. E se eu te disser que Rick convidou a Sara e ela aceitou?

–Como?

–É, Cath achou que precisaríamos de um incentivo extra...

–E por que vocês acham que ela seria um incentivo a mais? Nem estamos namorando...

–Ah, tá ok... Então você vai deixar a Sara sair com a gente pra um bar para dançar e aceitar bebidas de estranhos e sei mais o quê quando ela poderia estar com você? Tá legal Gil,eu vou indo então...

Nick já ia se virar para ir embora quando ouviu Gil xingar e pedir para que ele o esperasse. Nick sorriu e mandou uma mensagem para Cath.

“Vc tinha razão, o urso vai sair da toca!”

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Sara se olhou mais uma vez no espelho e aplicou uma última camada de batom em seus lábios. Ajeitou os cabelos uma última vez e suspirou.

–Acho que não dá para ficar melhor que isso.

Sara usava uma saia de cor magenta, que na frente batia em seus joelhos, mas por trás era comprida. A parte de cima era composta por um top justo de um vermelho escarlate. Sara achava que as cores se complementavam bem e esperava que Gil pensasse o mesmo. Lembrou-se de Warrick dizendo como Gil estava desanimado desde a última partida. O moreno disse que nunca vira Gil jogar mal como estava jogando, e que talvez o amigo precisasse de um incentivo para voltar a se sentir bem. Ela não sabia o que ele queria dizer com isso, mas tentaria ajudar da maneira que podia.

–Sara, você está maravilhosa, com certeza vai tirar Gil de seu mau humor na hora-Sofia falou.

–Ok, estou pronta. Vamos?

Elas saíram do banheiro feminino do bar Franz, um dos bares badalados da Strip. As duas tinham sido as primeiras a chegar, mas agora Sara pode ver Catherine e Warrick entrando pela entrada principal. Catherine acenou para as duas e ela e Rick foram ao encontro delas.

–Obrigada por ter vindo Sara.

–Nem precisa agradecer. Mas você acha que ele vai ficar feliz? Quero dizer, ele nem me ligou nem nada esses últimos dias...

–Ah, não liga pra isso. O Gil também não me ligou. Ele se cortou de todo mundo.

–Por isso a Cath fez essa intervenção- Warrick complementou.

–É, mas intervenções só funcionam se o alvo aparecer- Sofia comentou- Onde está o elusivo senhor Grissom?

–Ele vem com outro amigo. Nick me mandou uma mensagem, já devem estar chegando. Então, vamos começar essa festa?

~*~*~*~*~*~*~*~CSI~*~*~~*~*~*~*~*~*

–Ei princesa, posso te pagar um drink?

Um homem veio por trás de Sara e a perguntou. Sofia olhou para ela e riu. Warrick e Catherine já estavam dançando, cada um com uma garrafa de cerveja na mão. Sara se virou para o rapaz que ofereceu um drink e declarou sorrindo.

–Não há com que se procurar, eu posso pagar minhas próprias bebidas.

Quando Sara pensou em se mover o mesmo homem a segurou pelo braço e Sara já começou a perder a paciência.

–Vamos, gata. Só um drink, pra gente conversar.

–Se você soltar meu braço posso pensar no seu caso.

–Ok, ok...então, me diga o seu nome.

–Eu até poderia, mas não acho que deva...

–Por quê? Afinal, estamos só conversando, seria uma cortesia.

– Meu namorado não gostaria.

O homem olhou direto para a mão de Sara e ao notar a falta de uma aliança de compromisso, disse com um sorriso arrogante.

–Ah, gata, e cadê o seu namorado? Ou uma aliança?

O homem já partiu para cima dela e Sara já iria dar uma resposta malcriada quando ouviu uma voz grossa vir de trás dela.

–Querida, esse cara está te incomodando?- Gil apareceu logo ao seu lado e enlaçou sua cintura com um de seus braços musculosos. No outro ele segurava um drink, e Sara perguntou:

–Esse é para mim, amor?

Gil, que estava fuzilando o outro rapaz com os olhos, somente estendeu a bebida a ela e continuou a encarar o dito cujo. O rapaz se tocou e foi embora, e só nesse momento que Gil voltou sua atenção para Sara, com um sorriso amarelo.

O casal se encarou, os dois um pouco sem graça, até que Sara resolveu acabar com o silêncio:

–E aí sumido. Há quanto tempo.

Gil deu um sorriso envergonhado e respondeu.

–Sara...hum...eu... desculpe-me... por essa semana...

Sara deu um sorriso para ele.

–Tudo bem, Gil. Todo mundo passa por uma fase ruim. Eu não vou ficar implicando com isso.

Sara pode ver os ombros de Gil relaxar quando o jovem ouviu o que ela tinha a dizer. “Nossa, ele se importa mesmo com o que eu penso dele!”. Sara não pode deixar de ficar arrepiada ao fazer essa contestação.

Naquele momento Nick chegou com duas Budweiser na mão e entregou uma para Gil, que por sua vez apresentou o amigo a Sara.

–Sara, esse é o Nick, outro colega de apartamento.

–Colega não! Amigo, Gil!- Gil sorriu e balançou a cabeça.

–Ok. Amigo- ele disse em tom de deboche- essa aqui é a Sara, amiga de Warrick.

Nick estendeu sua mão para Sara e quando ela estendeu a própria mão Nick a levou até a boca, dando um delicado beijo, num gesto cavalheiresco.

–Nick aqui é um galanteador, Sara. -Gil contou enquanto tomava um gole de sua cerveja- Só não se esqueça, Nick, de desligar seu charme para cima dela.

–Gil!- Sara exclamou, indignada com jovem, mas Nick riu e disse:

–Fica frio, cara. Eu tenho certeza de que Sara tem alguma amiga linda para me apresentar.

–Na verdade, tenho sim. Vem cá.

Sara puxou Nick pelo braço, ignorando Gil completamente. O jovem balançou a cabeça e seguiu seu par de amigos. Quando se aproximou, Sara estava introduzindo Sofia Curtis para Nick Stokes. O texano logo jogou seu charme, mas a loira não pareceu nem um pouco impressionada.

–Parece que seus esforços foram em vão- Gil comentou.

–Eu não diria isso ainda. Nick ainda tem a noite toda para ganhar a atenção dela.

Gil grunhiu ainda meio inconformado de estar ali e de todos aqueles caras estarem olhando para sua... sua... sua amiga. Gil revirou os olhos, pensando que ele não podia ficar mais melodramático se tentasse.

–Gil!- Sara falou enquanto balançava o braço do rapaz. Pela cara dela já o estava chamando há um tempo- Vamos, sua amiga está nos chamando.

Gil olhou para onde Sara apontou e avistou Catherine, perto da pista de dança, com Warrick bem atrás dela. Ela só poderia querer uma coisa: dançar. Mas Gilbert Grissom não dançava! Ou era isso que ele dizia sempre para as garotas com quem saia, porém ele tinha a ligeira impressão de que se Sara quisesse mesmo se juntar a Catherine ele não teria como negar esse prazer a ela; afinal havia um bando de marmanjos ali querendo uma chance com Sara. E seria preciso somente um deslize dele para qualquer um daqueles homens arrebatarem sua garota. Afinal, eles não tinham nada juntos!

Foi assim que Gil se encontrou em meio a um bando de jovens sacudindo seus corpos na batida da música. Ele mesmo não dançava, somente ensaiava uns movimentos para lá e para cá, de acordo com o que Sara fazia com aquele corpo maravilhoso dela. Na verdade, Gil mais parecia com um segurança, atrás de Sara com os braços cruzados e uma carranca no rosto, enquanto Warrick e Catherine participavam de uma dança que exalava sensualidade. Não havia dúvidas sobre aonde a noite dos dois iria terminar.

Quando a música que tocava estava prestes a terminar outro jovem se aproximou de Sara, e a julgar pelo jeito que os olhos dele percorriam o corpo de Sara Gil já sabia bem quais eram as intenções do fanfarrão. Ele somente colocou as mãos na cintura de Sara e a puxou para si. Os corpos dos dois agora estavam colados e o jovem jogador podia sentir o cheiro amadeirado do perfume de sua companheira. Somando isso ao calor que irradiava de Sara e aos movimentos que ela fazia com o corpo, Gil começou a se sentir em um estado de embriagues maior que o das duas garrafas de cerveja que ele já havia consumido poderiam lhe deixar. Sara elevou um pouco o pescoço, a fim de ver o rosto de Gil e sorrir para ele.

–Não gosta de dançar, Gil?

–Não muito- ele falou ao pé do ouvido dela e logo após deslizou seus lábios pelo pescoço de Sara. A garota fechou os olhos, apreciando a carícia de Gil.

Mas apesar das carícias Sara pode sentir que Gil ainda estava meio preso. Então ela se virou para ele e passou os braços pelo pescoço dele.

–Vamos, Gil. Solta esse corpo e relaxa!

Gil deu um sorriso amarelo e ,muito a contragosto, começou a seguir os movimentos de Sara.

–Isso aqui não é o que eu chamo propriamente de relaxamento.

–Imaginei... então por que você veio?- ela perguntou sem malícia, só querendo fazer conversa.

–Porque você estaria aqui- ele falou baixinho, mas na direção do ouvido de Sara para que ela escutasse. E Gil foi premiado por sua resposta com um longo beijo. Antes de fechar os olhos e se entregar a Sara ele deu uma olhadinha na direção em que estava aquele rapaz que tentara se engraçar com ela. Em seu olhar para ele já dizia tudo... Desaparece, mané! A gata é minha!

Eles dançaram juntos mais umas duas músicas quando Catherine se juntou a eles. Gil perguntou por Warrick e a loira respondeu que ele fora ao banheiro. Aproveitando a presença de sua amiga, Gil resolveu ir até o bar para pegar mais uma cerveja. Na verdade ele precisava mesmo era de um pouco de ar, mas sentira que Sara estava se divertindo demais dançando e não queria estragar o momento para ela. Prometendo trazer mais uma bebida para as meninas, Gil partiu em direção ao bar. Lá encontrou James, que estava acompanhado de dois amigos da polícia. O grupo convidou Gil para tomar uma dose de Uísque e o jovem aceitou, pensando que ele precisaria de mais álcool no sangue se quisesse sobreviver àquela noite.

Quando ele voltou para a pista de dança, munido de mais três garrafas de cerveja, encontrou seu grupo de amigos dançando ao som de funk. Warrick já havia voltado e se encontrava entre Catherine e Sara, enquanto as duas mexiam os quadris no ritmo que o cantor mandava. Warrick parecia viver um dos melhores momentos de sua vida, ao julgar pelas caras que fazia do lugar que estava. Realmente, era uma cena alucinante ver aquelas duas dançarem daquele jeito, os quadris sem perder o ritmo, as mãos que passeavam sensualmente pelos cabelos, pelos corpos. Gil só conseguia pensar em quão ágil e flexível Sara poderia ser e em como ele queria que ela dançasse daquele jeito só para ele. Depois de dar mais uns goles em sua cerveja ele se dirigiu até o grupo e com o seu corpo separou Warrick de Sara. A jovem deu um grande sorriso ao vê-lo e já ia reclamar da demora dele, mas Gil tomou sua boca com um beijo feroz, fazendo com que Sara se levantasse do chão com seu abraço.

–Você adora me provocar, não é? Dançando desse jeito?- ele afastou um pouco seus lábios dos dela somente para sussurrar aquela frase.

–Não é uma provocação, somente um convite para que você se junte a mim...

Gil sentiu seu corpo todo arrepiar e puxou sua parceira ainda mais para perto, de modo que não houvesse um centímetro entre seus quadris, que balançavam com a música que tocava, a fricção deixando Gil extremamente louco. Querendo potencializar mais ainda as boas sensações que vivenciava ele afastou os cabelos de Sara de seu pescoço para que ele pudesse beijar aquela pele alva e cheirosa, com sua língua, boca e dentes. Sara pareceu gostar dos carinhos pois logo ela tombou o pescoço de lado e passou uma das suas mãos pelo cabelo de Gil. E assim eles seguiram dançando mais umas três ou quatro faixas de música até que resolveram parar para se refrescar. O que para Gil significava mais uma ou duas de sua fiel Budweiser. Já Sara percebendo que todos os seus companheiros já estavam meio bêbados resolveu ser a responsável dali e partir para o refrigerante.

E assim o casal foi dançando a noite, e a cada gole a mais de cerveja as mãos de Gil ficavam mais soltas, seus beijos mais quentes e mais ousados. Há um ponto da noite ele escorregou suas mãos para dentro da saia de Sara e com a boca quase dentro do decote da blusa dela. Com as mãos que estavam passeando pela coxa dela ele levantou a perna de Sara até seus quadris, fazendo Sara sentir sua excitação.

–Deus, homem!- Sara riu e o empurrou- Se contenha ou vamos ser presos por atentado ao pudor! Vamos, eu preciso me sentar.

Sara puxou Gil pelas mãos até uns sofás que ficavam espalhados pela boate e nem precisou fazer muita força para que Gil se sentasse. Gil, por sua vez, puxou Sara para seu colo e mais um beijo, que mal começou e já estava aumentando, assim como o volume na virilha dele.

–Gilbert!

–Tá bom, tá bom- Gil resolveu se contenta em tê-la em seus braços, e Sara descansou a cabeça no ombro dele e suspirou. Realmente estava cansada. Desde que chegara a Vegas ela não dançava daquele jeito. Seus pés a estavam matando. Depositou um delicado beijo no pescoço de Gil, que em resposta roubou seus lábios novamente, dessa vez em um beijo calmo. Quando eles se separaram Sara encontrou os lindos olhos azuis de Grissom a encarando com grande intensidade. No rosto dele, um sorriso que fez com que Sara se arrepiasse, sentindo que ele queria muito mais do que ela estava oferecendo aquela noite.

–Gil...- Sara mordeu o lábio, ainda incerta de onde queria que aquela noite terminasse. Gil, com os olhos nos lábios de Sara colocou sua mão no queixo dela e ,com seu dedo separou os lábios dela dos dentes.

–Saraa... eu ....

–O que, Gil?

–Ah...- ele a puxou para um abraço apertado e falou em seu ouvido.

–Você é muito gostosa- A fala sussurrada em seu ouvido,os lábios brincando em seu ouvido, a voz rouca... tudo contribuía para aumentar o desejo de Sara.

A morena se levantou e puxou Gil para si

–Vamos embora- Gil sorriu e já ia levando Sara para a saída quando ela o impediu.

–Gil, preciso ir no banheiro antes. Vá se despedir de seus amigos, te encontro na saída, ok?

–Ok- puxou Sara para si, de forma que ela pudesse sentir o quão ansioso ele estava para sair dali- Mas vai rápido.

Sara o empurrou e foi em direção ao banheiro enquanto Gil foi procurar por Catherine.

~*~*~*~*~*~*~*~CSI~*~*~~*~*~*~*~*~*

Fazia 30 minutos que Gil deixara Sara e 10 que ele a esperava na saída. E nada dela. Ele conseguira se despedir de todos os seus amigos e beber mais uma(ou duas, ele já não se lembrava) cervejas e ela ainda estava no banheiro? Impaciente, Gil foi procura-la quase que tropeçando em seus próprios pés. Porém, antes que pudesse passar pelo bar sua atenção foi desviada para uma cena rotineira que se desenvolvia perto do bar.

–Olha, eu já disse pra tirar essa mão de mim!

Mesmo inebriado, Gil reconheceria aquela voz em qualquer lugar. Então, a excitação que sentia momentos antes foi corrompida por um sentimento de raiva ao ver a cena a sua frente. Aquele brutamonte que cercara a Sara na pista de dança estava de volta, dessa vez mais bêbado e mais insistente. Ele havia imprensado Sara na pilastra e suas mãos subiam e desciam pelo corpo dela- algo que ninguém ali tinha direito de fazer a não ser ele. Gil viu vermelho e sem avisar nem nada deu o bote. Pegou o cara pelo ombro e o atirou no chão, logo se postando de frente a Sara.

–Qual é o teu problema, cara?! Não tá vendo que eu to conversando com a mina não?!

–O meu problema?! O meu problema é você, parceiro, quase estuprando a minha amiga aqui! Não a ouviu dizendo não?

–Que isso parceiro. Eu não tava fazendo nada demais. Pelo menos você fez pior com ela, e eu pensei que poderia aproveitar também... já que ela é tão dada a promiscuidade assim!

A comoção atraiu mais ainda o olhar das pessoas em volta, e alguns amigos do brutamonte vieram o socorrer. Bem na hora, pois se não Gil teria acertado um chute nele, e teria no mínimo quebrado a mandíbula do rapaz. Um dos amigos dele teve que segurar Grissom para que ele não amassasse o rapaz. Quase na mesma hora uns seguranças vieram acabar com a confusão.

–Ei, ei o que está acontecendo aí?

Um dos amigos do brutamonte respondeu.

–Esse cara aí começou!

–Ele só estava me defendendo!- Sara falou pela primeira vez desde que Gil chegou- Esse aí- ela apontou pro cara que só agora se levantava- Estava em cima de mim, tentando...tentando...

Os seguranças entenderam a situação, mas pediram para que todos eles se mandassem da boate, escortando o brutamontes para fora.

Gil e Sara foram em seguida, e Sara pegou um taxi dando o endereço do prédio de Grissom para o motorista.

–Você ainda vai subir comigo?- Gil perguntou quando o taxi começou a se movimentar- Não precisa, se não quiser.

Na verdade o que Sara mais queria era ir pra casa para dormir, mas ela estava preocupada com Grissom sozinho no apartamento. Ele parecia muito alterado, ao julgar pelo comportamento agressivo e a fala esquisita. Ela decidiu então que subiria com ele até o apartamento para se assegurar que ele passaria bem a noite.

Então, quando o táxi parou no endereço de Gil, Sara pagou a corrida e quase carregou um Grissom meio acordado, meio dormindo, até a portaria do prédio. De lá, o porteiro a ajudou a carrega-lo até o apartamento. Quando lá chegaram Gil ajudou mais um pouco indo direto se jogar na cama. Sara só conseguiu retirar os sapatos e as meias dele, nem tentando fazer muita coisa. Ele apagou bonito, e Sara resolveu que iria descansar um pouco ao lado dele,depois iria embora. Só que ela adormeceu.


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