Batter Up escrita por Carol Bandeira


Capítulo 12
Conselhos femininos sobre problemas com mulheres


Notas iniciais do capítulo

Então,

Depois de um longo tempo mais um capítulo para voces. Espero que gostem do puxão de orelha que Greg vai levar. E por favor, comentem sobre o que vcs acham da fic até agora... estou sem saber o q vcs acham pois o numero de reviews nas minhas fics tá caindo... :/
Eu não deixo de escrever por conta disso, pois é algo que eu amo, mas é sempre bom ter um incentivo a mais para escrever.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/275021/chapter/12

Quando Greg chegou em casa batendo portas e sem falar com ninguém, Nana sabia que havia algo errado com seu menino. Papa Olaf falou para que ela não se metesse que Greg já era um adulto e deveria saber lidar melhor com suas frustrações. Mas Nana tinha um grande entendimento sobre Greg. Apesar de o garoto ser um gênio, sua inteligência emocional era aquela de um garotinho. E os garotinhos precisavam de um puxão de orelha para se tornarem homens.

A curiosidade da senhora foi ainda mais atiçada quando Sara chegou, muito quieta e com os olhos vermelhos. Diferente de seu primo, a jovem trocou algumas palavras roucas com seus avós e se trancou em seu quarto. Nana logo somou dois mais dois. Afinal não era todo dia que seus dois netos chegavam em casa naquele jeito. Era obvio que eles brigaram, e Nana sabia muito bem da dinâmica entre esses dois. Em sua opinião, eles ficaram muito tempo bem, o que não era de se esperar quando tantos sentimentos conflitantes eram colocados um contra o outro diariamente.

Por esse motivo, quando mais de uma hora se passou sem nenhum sinal de Greg, Nana bateu na porta do quarto de seu neto. Ele fingia que nada escutava, mas a avó bateu até que ele atendesse.

- O que a senhora quer?- ele falou num tom grosseiro, sem paciência para ela.

-É assim que você fala comigo?- Greg pediu desculpas mas ainda não deixou a avó entrar- Não vai me dar passagem, Greg?

-Sinceramente, estou a fim de ficar sozinho;

-E eu estou a fim de te importunar. Vamos moleque. Abra essa porta, a casa é minha e eu tenho o direito de entrar aonde bem entender.

Greg segurou um palavrão, mas deixou a avó entrar. Não querendo sair por baixo na situação o jovem voltou para a cama e colocou o travesseiro por cima da cabeça. Nana simplesmente puxou a cadeira da escrivaninha e sentou em frente a cama de Greg. O jovem conseguiu ignorar a avó por um pequeno tempo, mas logo teve que reagir.

-Nana...

-Gregory... sua prima chegou em casa com os olhos inchados, logo depois de você chegar todo irritado. É obvio o que aconteceu.

-Isso é entre Sara e eu.

-Meu querido... sim, é entre vocês, mas acho que vocês precisam de uma terceira pessoa para ver o que está acontecendo e tentar resolver.

- O problema são terceiras pessoas, Nana...

-Ah... então é isso.

Greg olhou para a avó, de forma desolada.

-Eu sei, eu sei...você sente algo mais do que carinho por sua prima... um amor que não devia, não é.

-Eu... eu não sei se não devia... afinal... ela nem é minha prima... e é natural... a gente se dá tão bem... sempre foi assim... e agora...

-Gregory... conte-me o que aconteceu. Afinal, você já sabia que sua prima não retornava seus sentimentos. Por que então só agora que você está chorando pelos cantos?

Greg se jogou na cama novamente e ficou olhando para o teto. Ele não queria dizer a Nana o que fizera. Tinha sido idiotice, coisa de criança, e o que ele menos queria era levar um puxão de orelha por conta disso. Mas também... sua avó era uma mulher intuitiva. Ela geralmente tinha as respostas certas nesses tipos de situação. E ela não estava envolvida emocionalmente, o que a proporcionaria a dar uma resposta coerente para seus problemas. Então Greg contou tudo, desde a festa no barzinho até o incidente de hoje a tarde. Ele não contou que brigou com a prima, é claro, só que descobriu por meio do professor que eles estavam namorando.

-E eu não entendo vó. Aquele sujeito é tão arrogante, e parece que ele fica seguindo a Sara! É impossível você esbarrar tanto numa pessoa em 2 semanas se essa pessoa não está te seguindo!

Nana ouviu tudo atentamente, pesou tudo o que sabia e juntou com sua experiência de vida, chegando a uma conclusão.

-Greggo, meu neto querido... ah, como posso te dizer isso?- Greg amarrou a cara, já sabia que ouviria coisas que não queria – Eu não conheço esse tal de Grissom, mas você geralmente é um bom julgador de caráter. E pode ser que esteja certo com relação a ele... mas o coração que o que o coração quer. E a sua prima estava tão feliz nesses últimos dias. Ao que parece esse relacionamento tem feito bem a ela.

-Por enquanto, Nana. Mas isso é só questão de tempo. Ele é um jogador da liga profissional, vai fazer viagens o ano todo, vai ficar rodeado de Marias chuteiras dando em cima dele... a Sara não merece alguém assim.

-Você prevê o futuro, Greg?

-Não...

-Então não pode dizer isso. Meu neto, eu não estou dizendo para você desistir dela, não. Aposto que ainda não há nada sério entre eles, pode ser que seja só um relacionamento passageiro. E se você gosta mesmo dela, vai apoiá-la nele. Por que se não o fizer, meu neto, quem fica mal na história é você. Por que se eles continuarem juntos e voce ficar contra, só vai afastá-la de você. E se estiver certo ela vai se ressentir por voce não ter dado apoio. Parece  uma questão de soma-zero para você, eu sei, mas o que está em jogo é o seu bom relacionamento com sua prima. Ela precisa que voce a apoie, se não, só vai se afastar dela.

Nana olhou fundo para seu neto, e viu que ele estava sofrendo. Mas ele sofreria muito mais se não fizesse o que ela disse. Nana passou a mão na cabeça dele e disse.

-Pense nisso, Greg. Escolha bem o seu jogo para  não chorar no final.

Com essas últimas palavra de sabedoria Nana saiu do quarto de Greg, esperando que ele entendesse o que ela quis dizer.  

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~~*~*~*~*~*~*

Sara estava lendo um livro em seu quarto, tentando se esquecer de sua tarde dos infernos. O problema era que não conseguia se concentrar. Greg a deixara tão nervosa que a jovem tinha vontade de ir até ele e lhe dizer umas poucas e boas. Como não conseguia se aquietar, resolveu dar uma corrida pelo bairro. Isso sempre a acalmava.

 Depois de uma hora de corrida, Sara se sentia mais tranquila. Tão mais tranquila que pode pensar nos acontecimentos do dia com mais clareza. Ela sabia que Greg não levaria na boa o relacionamento dela com Gil. Ele nunca gostara de nenhum dos outros namorados dela, mas também nunca fizera um estardalhaço por conta deles. Por que com Gil fora diferente, se afinal eles não tinham nada certo ainda? Talvez pela maneira com que Greg descobrira... ter aquela notícia jogada assim na cara dele deve ter doído, levando em conta os sentimentos dele pela prima. Sara resolveu que diria a Greg que ela e Gil não estavam namorando ainda, mas que ela queria que, se isso acontecesse, ele largasse as hostilidades para com Gil por um minuto. Sara tinha certeza que se Greg conhecesse melhor a Grissom, que ele não ficaria com tanta raiva dele.

Falando em Gil... Sara também tinha que pedir desculpas a ele... havia desliado o telefone na cara dele quando ele ligara mais cedo. Ela só esperava que ele a entendesse.

                ~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~~*~*~*~*~*~*

Gil foi jantar com Catherine no restaurante preferido da amiga. Ela estava radiante e Gil bem sabia o porquê. Ficou feliz, pois pelo menos um deles estava com sorte naquele departamento. Ele não entendia a mudança de humor repentino de Sara. Ela estava com a maior voz de choro e Gil queria muito saber o que era e ter o poder de confortá-la. Mas infelizmente eles não estavam nessa fase de relacionamento.

-Então, Gil. Se você não queria minha companhia hoje era só falar.

-Desculpe Cath... Mas o que você disse?

A jovem promoter riu e continuou

-É que o senhor está a milhas daqui... Pensando na sua modelo?

-Ah... não... é – Gil ficou vermelho, tendo sido pego em seus devaneios.

-Não precisa ficar nervoso, Gil. Só estou brincando...nossa você precisa relaxar!

Gil olhou para a amiga com um sorriso. Ela era uma peça rara e Gil era muito sortudo de te-la como amiga.

-Mas então, eu te trouxe aqui como um pedido de desculpas pois..

A fala dela foi interrompida pelo telefone de Gil. Catherine não precisava nem perguntar a ele quem era para saber a identidade da pessoa. Só pelo sorriso do amigo ela já adivinhou.

-Cath, com licença... eu tenho que atender essa...

-Vai lá, Gil, antes que ELA desista.

Gil sorriu novamente para a amiga e foi até a varanda do restaurante para atender a ligação.

-Sara?

-Ah, Gil...oi...- a jovem parece ter sido pega de surpresa quando Gil atendeu, e respondeu com uma dose de vergonha

-Oi... – Gil respondeu no tom de voz dela, achando uma graça o jeito que ela falava

-Desculpe... ah... eu- Sara ficou nervosa ao ouvir a voz do rapaz e acabou se atrapalhando para responder- queria pedir desculpas por hoje a tarde...eu fui meio mal educada ao desligar o telefone

-Não tem problema. Eu sei que ce tava chateada com alguma coisa... – Gil deu a abertura para que ela contasse o que houve. Se ela não o fizesse ele não forçaria

-Pois é...

Ao ver que ela estava hesitando em responder, Gil tratou logo de mudar a prosa.

-Mas, e agora, você já tá melhor?- Sua voz passava a preocupação que sentia

-Sim...eu tive um tempo pra pensar e.. sim eu já estou melhor. Foi só uma briga idiota com o meu primo.

Ao ouvir que o motivo da infelicidade de Sara foi o primo Gil ficou curioso. Afinal, o que aquele almofadinha podia fazer para deixa-la tão triste? Ele teria que investigar isso mais a fundo, porém a hora não era agora.

-Ah... ok então, fico feliz que já passou.

-Então, como minha forma de pedir desculpas, quer fazer algo amanhã? Eu pago.

Gil sentiu que era hora de descontrair um pouco a conversa deles. Ele queria ouvir Sara rir.

-Ah... eu não aceito dinheiro...- por pedidos de desculpas

Gil ficou satisfeito ao ouvir a risada de Sara do outro lado da linha

-Ah, é... e o que o senhor aceita?- disse a morena, entrando na brincadeira

-De mulheres bonitas? Uma tarde inteira ao meu lado...

Mais risos do outro lado da linha

-Ah, e isso não é muito não?

-Não... na medida... com um beijo de despedida, é claro.

-Tá... eu acho que posso arranjar isso.

-Ok, então eu passo na sua casa amanha as 13:00. Combinado?

-Sim.

-Então, te vejo em breve.

-Até breve!

Os dois desligaram com um sorriso no rosto.

Mas o de Gil não durou muito tempo, pois o jovem voltou a pensar no que Sara dissera antes. O motivo da briga fora o primo... Aquele moleque vivia aparecendo nas conversas deles... o que será que Sara sentia por ele, Gil se perguntou. Afinal, você não ficava tão chateado assim com uma pessoa se ela não significasse algo para você.

Ele voltou para a mesa com uma cara de pensativo, e isso aguçou a curiosidade de Catherine. Ela esperava que ele voltasse todo sorrisos. Afinal, seu amigo estava apaixonado pela jovem Sara, isso era fácil de ver. Então porque ele estava tão sério de repente?

-Gil, há alguma coisa que você queira me contar?

-Ah... nada não, Catherine- ele desconversou- Já sabe o que vai pedir?- Catherine disse que sim, então Gil chamou o garçom e fez os pedidos.

Catherine observou seu amigo, que parecia mesmo apreensivo com alguma coisa. Viu-o suspirar antes de olhar para ela e lhe dar um sorriso.

-Você quer mesmo saber, não é?

-Sim... mas não é por fofoca não, Gil... é que você parece ter algo em mente...e eu só quero te ajudar... como você me ajudou um dia...

Gil não falou nada, só olhou profundamente para sua amiga e depois levou sua bebida até a boca e deu um gole. Catherine já ia desistir de saber  o que estava se passando quando Gil falou.

-Eu to com uma dúvida... sobre aquele primo da Sara...

Gil então contou que achava muito estranho o relacionamento dos dois. Ele sentia que havia algo mais ali do que um amor fraternal, e que isso com certeza afetaria qualquer relacionamento que ele quisesse ter com Sara.

-Afinal, o cara me odeia, e se ele é capaz de influenciar tanto a Sara a ponto dela ficar mal daquele jeito ... isso não me dá um futuro bom...

Catherine logo colocou sua opinião na mesa

-Escuta, Gil...  Ele pode até gostar dela, mas se ela gostasse realmente dele desse jeito, ela não estaria contigo. Não te procuraria como ela fez hoje. Eu acho que ela só tem um peso na consciência por não sentir o mesmo que o primo, e isso a faz querer agrada-lo demais.

-E é isso, Cath! O problema é esse. Ele a afeta demais. Ela vai ficar passando a mão na cabeça dele, e eu onde fico?

-Você fica onde quiser. Olha, as coisas vão ser assim até ela querer dar um basta nisso. A escolha é sua... Se você acha que aguenta ficar com a garota e o primo, vá em frente. Gil, você tem que ter confiança em sim mesmo, mostrar que é homem o suficiente para peitar esse moleque. Aí que  vai ganhar o respeito dela. Esse tal de Greg só vai te afetar se você deixar.

Gil pensou que Catherine tinha razão. Afinal, ele estava saindo com ela não é? E o tal do garoto ia ficar em casa chupando o dedo. Ele só tinha que ser o melhor homem na situação.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Batter Up" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.