O assassino da Neve ácida escrita por Raphael Redfiel


Capítulo 3
Capítulo 3




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Lisa se sentia meio distante, ouvia vozes, mas não conseguia entender o que diziam, percebeu aos poucos dois vultos ao seu lado. Quando olhou bem percebeu que estava em um quarto hospitalar.

- Ela acordou - disse uma voz feminina.

- Finalmente, vou chamar o medico - disse uma voz masculina.

- Mas o que aconteceu - disse Lisa - Andy! Marcos! - ela caiu em lágrimas.

- Tenha calma moça - disse a mulher - Meu nome e Jessica, eu sou enfermeira.

- O que aconteceu com eles!?

- Desculpe mas só trouxeram você até nos.

Ela sentou na cama segurou as pernas e começou a chorar. Nisso um homem entrou no quarto.

- Minha querida Jessica, será que poderia me dar uns minutinhos com a moça - pediu o homem.

- Ela levou um grande choque, não sei se seria...

- Prometo que será rápido.

- Tubo bem, vocês tem cinco minutos

A enfermeira os deixou a sós.

- Lisa, deixe-me apresentar, meu nome e Marcos Oliveira, sou o delegado dessa cidade - ele percebeu que quando mencionou seu nome ela deu um guincho - Sinto em dizer, mas o jovem que estava no chalé esta morto.

Ele esperou ela falar.

- E meu irmão? - perguntou ela chorando.

- Só havia um corpo lá.

- Mas nos estávamos em três, eu vi ele sendo atirado...

Ela tentou falar, mas caiu no choro novamente.

- Tenha esperança, ele deve estar vivo - ele queria que ela ajudasse, mas ela apenas chorava - Eu odeio perguntar essas coisas, mas a senhorita poderia me contar o que aconteceu?

Ela parou de chorar, respirou fundo e levantou a cabeça.

- Não me lembro bem, eu estava sentada na sala, meu irmão veio correndo e... - ela caiu no choro novamente mas continuou - O Marcos estava sendo levantado por três coisas que mais pareciam espadas, não consegui ver direito, meu irmão foi arremessado pela sala e eu apenas sai correndo.

- Não conseguiu ouvir nada, ver algo além disso?

- Não sei bem - ela pensou e só conseguiu lembrar de uma coisa - Eu escutei algum ruído antes do meu irmão entrar na casa.

- Como era esse ruído?

- Não consigo lembrar sinto muito.

- Tudo bem, você esta em choque, descanse um pouco e vá pra casa.

- Ir para casa! - exclamou ela - Meu irmão pode estar ai vivo e você quer me mandar de volta pra casa.

- Você o deixou lá sozinho, faz diferença agora - ele olhou bem nos olhos dela - Queira me dar licença - disse deixando o quarto.

Ela não queria ficar muito mais tempo naquele hospital, ainda ficava lembrando das palavras do delegado "Você o deixou lá sozinho, faz diferença agora". "Mas é claro que faz" pensou ela, era seu irmão, ela sempre o protegeu desde pequeno. por que havia fugido? Ela sentia nojo dela mesma. Decidida ela foi até a delegacia da cidade quando começou a se sentir melhor.

A delegacia era um grande prédio cinza, destacando-se na neve.

- Eu preciso falar com Marcos Oliveira por favor - pediu ela a recepcionista.

- Da parte de quem?

- Apenas Lisa, ele vai saber quem é.

- Só um momento - pediu a recepcionista ligando para alguém, um tempo depois disse - Ele já vem encontra-la.

Lisa procurou um lugar para sentar, encontrando um banquinho de madeira onde se sentou e ficou de cabeça baixa. Um tempo depois Marcos apareceu.

- Minha cara Lisa, o que a traz aqui?

- Quero meu irmão de volta.

- Eu não sei onde ele esta.

- Mas pode me ajudar não pode?

- Posso, mas primeiro preciso que você saiba de uma coisa.

- Diga.

- Seu irmão foi assassinado por um Serial Killer que anda apavorando nossa cidade, não sabemos nada sobre ele, apenas que você é mais uma pessoa sobreviveram ao seu ataque.

- E por que não fecharam a cidade?

- Nos fechamos, mas vocês chegaram justo quando estávamos evacuando.

Então ela lembrou dos carros deixando a cidade. Depois a imagem do mendigo mandando eles irem embora. Como ela nunca pensou nisso, em todos os filmes sempre havia alguém mandando as pessoas fugirem e elas sempre ficavam e morriam.

- O que eu posso fazer para ajudar? - quis saber ela pensando que como todo filme, ela é quem deveria matar o assassino

- Nada, mas eu gostaria que continuasse na cidade quando encontrarmos seu irmão.

- Mas onde eu vou ficar, esse maluco esta a solta por ai.

- Você pode ficar conosco, ele não seria maluco o bastante de tentar algo aqui.

De repente um homem surgiu de uma porta.

- Senhor!

- O que foi Jonathan, para que tanto escanda-lo.

- Tem um homem querendo falar com o senhor.

- E porque tanta agitação?

- Senhor ele esta vindo de helicóptero.

- O que!

- Ele quer que o senhor o espere na entrada da cidade.

- Quando?

- Agora.

- Não acredito! - urrou Marcos - Lisa queira me acompanhar.

Ela assentiu com a cabeça e os dois deixaram a delegacia. A cidade ainda mantinha aquela sensação de abandonado quando chegaram aos portões da cidade.

- Francamente - debochou Marcos quando um helicóptero branco pousou a sua frente.

Um homem magro, barbudo e vestido de branco desceu da aeronave, acenando para eles.

- Olá - disse ele.

- Quem é você? - quis saber Marcos.

- Meu nome é Arthy e eu vim aqui resolver o seu pequeno problema.


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