O assassino da Neve ácida escrita por Raphael Redfiel
Lisa se sentia meio distante, ouvia vozes, mas não conseguia entender o que diziam, percebeu aos poucos dois vultos ao seu lado. Quando olhou bem percebeu que estava em um quarto hospitalar. - Ela acordou - disse uma voz feminina. - Finalmente, vou chamar o medico - disse uma voz masculina. - Mas o que aconteceu - disse Lisa - Andy! Marcos! - ela caiu em lágrimas. - Tenha calma moça - disse a mulher - Meu nome e Jessica, eu sou enfermeira. - O que aconteceu com eles!? - Desculpe mas só trouxeram você até nos. Ela sentou na cama segurou as pernas e começou a chorar. Nisso um homem entrou no quarto. - Minha querida Jessica, será que poderia me dar uns minutinhos com a moça - pediu o homem. - Ela levou um grande choque, não sei se seria... - Prometo que será rápido. - Tubo bem, vocês tem cinco minutos A enfermeira os deixou a sós. - Lisa, deixe-me apresentar, meu nome e Marcos Oliveira, sou o delegado dessa cidade - ele percebeu que quando mencionou seu nome ela deu um guincho - Sinto em dizer, mas o jovem que estava no chalé esta morto. Ele esperou ela falar. - E meu irmão? - perguntou ela chorando. - Só havia um corpo lá. - Mas nos estávamos em três, eu vi ele sendo atirado... Ela tentou falar, mas caiu no choro novamente. - Tenha esperança, ele deve estar vivo - ele queria que ela ajudasse, mas ela apenas chorava - Eu odeio perguntar essas coisas, mas a senhorita poderia me contar o que aconteceu? Ela parou de chorar, respirou fundo e levantou a cabeça. - Não me lembro bem, eu estava sentada na sala, meu irmão veio correndo e... - ela caiu no choro novamente mas continuou - O Marcos estava sendo levantado por três coisas que mais pareciam espadas, não consegui ver direito, meu irmão foi arremessado pela sala e eu apenas sai correndo. - Não conseguiu ouvir nada, ver algo além disso? - Não sei bem - ela pensou e só conseguiu lembrar de uma coisa - Eu escutei algum ruído antes do meu irmão entrar na casa. - Como era esse ruído? - Não consigo lembrar sinto muito. - Tudo bem, você esta em choque, descanse um pouco e vá pra casa. - Ir para casa! - exclamou ela - Meu irmão pode estar ai vivo e você quer me mandar de volta pra casa. - Você o deixou lá sozinho, faz diferença agora - ele olhou bem nos olhos dela - Queira me dar licença - disse deixando o quarto. Ela não queria ficar muito mais tempo naquele hospital, ainda ficava lembrando das palavras do delegado "Você o deixou lá sozinho, faz diferença agora". "Mas é claro que faz" pensou ela, era seu irmão, ela sempre o protegeu desde pequeno. por que havia fugido? Ela sentia nojo dela mesma. Decidida ela foi até a delegacia da cidade quando começou a se sentir melhor. A delegacia era um grande prédio cinza, destacando-se na neve. - Eu preciso falar com Marcos Oliveira por favor - pediu ela a recepcionista. - Da parte de quem? - Apenas Lisa, ele vai saber quem é. - Só um momento - pediu a recepcionista ligando para alguém, um tempo depois disse - Ele já vem encontra-la. Lisa procurou um lugar para sentar, encontrando um banquinho de madeira onde se sentou e ficou de cabeça baixa. Um tempo depois Marcos apareceu. - Minha cara Lisa, o que a traz aqui? - Quero meu irmão de volta. - Eu não sei onde ele esta. - Mas pode me ajudar não pode? - Posso, mas primeiro preciso que você saiba de uma coisa. - Diga. - Seu irmão foi assassinado por um Serial Killer que anda apavorando nossa cidade, não sabemos nada sobre ele, apenas que você é mais uma pessoa sobreviveram ao seu ataque. - E por que não fecharam a cidade? - Nos fechamos, mas vocês chegaram justo quando estávamos evacuando. Então ela lembrou dos carros deixando a cidade. Depois a imagem do mendigo mandando eles irem embora. Como ela nunca pensou nisso, em todos os filmes sempre havia alguém mandando as pessoas fugirem e elas sempre ficavam e morriam. - O que eu posso fazer para ajudar? - quis saber ela pensando que como todo filme, ela é quem deveria matar o assassino - Nada, mas eu gostaria que continuasse na cidade quando encontrarmos seu irmão. - Mas onde eu vou ficar, esse maluco esta a solta por ai. - Você pode ficar conosco, ele não seria maluco o bastante de tentar algo aqui. De repente um homem surgiu de uma porta. - Senhor! - O que foi Jonathan, para que tanto escanda-lo. - Tem um homem querendo falar com o senhor. - E porque tanta agitação? - Senhor ele esta vindo de helicóptero. - O que! - Ele quer que o senhor o espere na entrada da cidade. - Quando? - Agora. - Não acredito! - urrou Marcos - Lisa queira me acompanhar. Ela assentiu com a cabeça e os dois deixaram a delegacia. A cidade ainda mantinha aquela sensação de abandonado quando chegaram aos portões da cidade. - Francamente - debochou Marcos quando um helicóptero branco pousou a sua frente. Um homem magro, barbudo e vestido de branco desceu da aeronave, acenando para eles. - Olá - disse ele. - Quem é você? - quis saber Marcos. - Meu nome é Arthy e eu vim aqui resolver o seu pequeno problema.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!