O assassino da Neve ácida escrita por Raphael Redfiel


Capítulo 4
Capítulo 4




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- Quem você pensa que é? - quis saber Marcos.
- Sou o detetive mais famoso do mundo, vai me dizer que nunca ouviu falar de mim? - Nenhum dos dois mostrou conhece-lo - Hello, Arthy o detetive com mais prémios no mundo inteiro - continuaram com a mesma cara - OK, esqueçam, bom eu gostaria de ver a ultima cena do crime.
- Vai ser impossível, meu pessoal esta lá investigando no momento.
- Tudo bem, eu não vou atrapalhar.
- Me acompanhe então --- disse sem emoção.
- Equipe - então duas pessoas saíram do helicóptero.
- Com licença - disse Lisa.
- Sim.
- Meu irmão sumiu depois do ataque, o senhor pode encontra-lo.
- Por favor me chame de detetive - deu uma piscadela - Pode ter certeza que farei o máximo para encontra-lo.
- Sou Lisa, sou um dos sobreviventes.
- Fascinante! Me conte o que aconteceu.
Então Lisa detalhou novamente tudo que havia acontecido.
- Incrível, temos um Serial Killer de Q.I. altíssimo aqui.
- Incrível é alguém achar graça na desgraça dos outros - debochou Marcos.
Ninguém mais falou nada.
O cenário do crime era absurdo, sangue escorria pelas paredes, moveis destruídos e jogados pelo que era uma sala antes. A cozinha era sombria, a neve havia encobrido todo o lugar, um rastro de buracos e sangue no chão seguia até um imenso rombo na parede de onde um vento gélido entrava.
- Ah posso sentir os dedos frígidos da morte no lugar! - exclamou Arthy sorridente - Rapazes vamos fazer a festa.
Arthy e sua equipe começaram a olhar cada cantinho do cómodo a procura de pistas. Lisa e Marcos acompanhavam abismados Arthy que seguia para a cozinha.
- Interessante - disse ele olhando os buracos no chão - Algo corroeu o chão.
- Você deve saber qual o nome que demos a esse maníaco não? - perguntou Marcos.
- Sim - disse ele fazendo uma careta - Assassino da neve ácida, bem original não.
- Veja por si mesmo o porque, esses buracos foram feitos por ácido sulfúrico.
- Não concebo!
- Algumas vitimas apenas foram estrassalhadas, outras sumiram como a dessa casa.
- Algo mais que eu deva saber?
- Sim, pelo que percebemos ele costuma atacar lugares próximo da montanha, como os chalés e o lado leste da cidade.
- Algo em comum entre as vitimas?
- Não houve grande diferença entre os sexos nos crimes.
- Bom isso já ajudou muito - disse ele se voltando para a sala - Alguma coisa equipe?
- Não senhor - disseram em unisono.
- Vamos para o lado de fora, aqui não tem nada de importante, voltem até o helicóptero e me tragam a pasta.
Os dois se entre olharam, assentiram com a cabeça e deixaram a casa.
Arthy olhou o rombo na parede e o atravessou, sua cara mudou repentinamente.
- Olhem isso! - exclamou ele apontando para algumas pegadas na neve.
- É ele deixa algumas pegadas na neve, mas a neve acaba por apaga-las - disse Marcos mostrando onde elas terminavam.
- O senhor parece me subestimar de mais senhor Marcos, se olhar bem você me deu todas as pistas necessárias para encontrar o nosso vilão.
- Ta bom génio diga o que descobriu.
- Se ele ataca mais ao lado leste, com mais de 100% de chance de que vive para esse lado, dando para ele um grande esconderijo, a montanha possui cavernas e algumas casas antigas se não me engano - ele parou olhou as pegadas e indicou uma direção - Sugiro que devemos seguir para lá, as chances de ser a rota certa são de 1% mas não podemos negar a possibilidade.
- 1% fala sério!
- Se você quer achar o irmão dessa moça vivo ainda, devemos agir agora.
- Faça o que quiser, mas eu não quero ter nenhum envolvimento com isso.
- Minha equipe já é o bastante.
- Posso acompanha-lo? - pediu Lisa.
- Lisa você esta louca é muito perigoso - disse Marcos.
- Você mesmo disse que eu fui covarde em deixar meu irmão, desta vez eu vou tomar uma atitude.
- Façam o que quiserem eu lavo minhas mãos - disse ele deixando-os a sós.
- Fico sentido com sua determinação senhorita - disse Arthy colocando sua mão no ombro dela - Mas ele tem razão é perigoso, você quem mesmo continuar?
- Eu não posso ficar aqui parada esperando o pior.
- Se assim deseja.
- Então vamos?
- Deixe minha equipe chegar, eles vão trazer o que vamos precisar.
- Não é melhor pedir ajuda?
- Ta na cara que ele é apenas um, nos quatro podemos muito bem cuidar dele.
Arthy continuou examinando as pegadas, se sentou observando onde elas terminavam, colocou as mãos na frente da cara, uniu dedo com dedo formando um posição estranha e olhou pelo buraco formado. Ficou parado nessa posição até que sua equipe chegou trazendo uma maleta prateada. Eles deixaram a mala na frente dele e o deixaram lá ainda parado. Ele olhou para a maleta abriu e retirou um objeto retangular colocou na boca e arrancou um pedaço com os dentes.
- Chocolate para animar a mente! - exclamou sorridente.
Ele deixou a barra de chocolate na maleta e puxou outra caixa de dentro, abriu revelando quatro pistolas reluzentes, pegou uma delas e indicou para que eles fizessem a mesma coisa. Lisa pegou receosa a arma. Arthy vendo que todos estavam armados indicou o caminho. O grupo então começou a subir pela montanha. O frio era cruel, ele batia com força em sua pele, mas eles seguiram firmes e confiantes.
O vento gelado passava com força pelas árvores, escondendo a direção que queriam tomar, a montanha se inclinava e mudava de direção tentando engana-los, porem Arthy era esperto e consegui achar o caminho de volta, coisa que ninguém entendia como. Então chegaram em uma descida íngreme que terminava na abertura de uma caverna.
- Chegamos! - exclamou Arthy.
E realmente haviam chegado, percebendo que várias pegadas levavam a caverna.
Ficaram olhando quando Arthy indicou que entrassem.
Escuro e Frio, foi o que sentiram quando adentraram, o cheiro forte de sangue e fezes impregnava o lugar.
- Que horror! - exclamou Lisa.
- Silencio - cochichou Arthy - Ele pode nos escut...
Mas antes que ele conseguisse terminar a frase, um grito grutural tomou o lugar, foi tudo muito rápido, os quatros viram uma enorme sombra se formar, facas rodarem no ar pela mão da sombra, dispararam contra ele, mas o tiros pareciam não surtir efeito. Ele era grande, parecia vestir um enorme casado de peles branco manchado de sangue, avançou ferozmente contra um dos homens de Arthy que foi jogado contra a parede.
Lisa desesperada deixou a caverna correndo que nem uma louca, apenas notando o rosto de relance do assassino. Dentes afiadíssimo progetavam-se dando a ele uma cara medonha, porem algo estava errado, ela não era humano, as facas eram na verdade grandes garras e sua boca babava uma gosma bruxuleante que soltava fumaça como se estivesse quente.
Arthy foi o único a deixar a caverna além de Lisa.
- Espere - chamou ele.
Mas ela não parou.
Lisa correu como nunca em sua vida, enquanto ouvia os gritos da criatura. Quando finalmente conseguiu avistar a cidade ela sentiu alguém a agarrar. Gritou e começou a se debater. A criatura havia sido mais rápida.


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