Collapse escrita por Gnoma


Capítulo 10
Capítulo 10 - The Room of Requirement


Notas iniciais do capítulo

Olá!!! Bem, eu acho que não demorei a postar esse capítulo. Se sim, me desculpem. Se não... vamos em frente.
Muito obrigada pelas reviews, não consigo nem acreditar que só com 10 capítulos já estou quase com 100 reviews. Vocês são incríveis. E, ah, eu queria que vocês soubessem que eu geralmente não respondo as reviews pelo simples fato de NÃO SABER o que falar. Sabe, eu agradeço MUITO os comentários de vocês, são o que me motiva a escrever, mas eu não sei como expressar meu agradecimento sem ser por um simples "obrigado", e eu acho que vocês merecem muito mais do que isso por comentarem na minha história. Bem, enfim, só não parem de comentar, porque eu li TODAS as reviews e agradeço a TODOS que deixam. E os leitores fantasmas... já sabem, né? Gastar um minuto pra digitar uma review não mata ninguém.
O capítulo ficou meio pequeno, mas é pelo simples fato de eu achar que tinha que terminar nesse momento. Espero que gostem ^-^



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Ponto de vista: Rose Weasley.

Minha boca estava aberta num perfeito “O” de exclamação, e meu coração começou a bater rapidamente. Meu sangue começou a ferver e eu entendi que nada nunca iria tirar esse caldeirão borbulhante de raiva por Scorpius Malfoy de dentro de mim. Mas aquilo não era realmente a questão que importava no momento. Eu estava na Sala Precisa, num local onde eu deveria estar completamente sozinha e impenetrável, e Scorpius Malfoy acabara de abrir a porta e olhava diretamente em meus olhos, parecendo considerar se responderia ou não a minha pergunta.

– Hein? – eu tornei a perguntar, vendo que ele não falara nada.

Scorpius sorriu de canto e fechou a porta atrás de si, mergulhando a sala num completo silêncio, do mesmo modo que estava antes de sua chegada. Continuei encarando fixamente seus olhos, enquanto ele chegava mais perto. Apenas quando estava a um passo de distância de mim, ele abriu a boca.

– Só estava querendo ficar sozinho pra pensar. – ele disse, dando uma olhada para o teto da sala, onde eu tinha certeza de que a substância azul-prateada continuava flutuando. – Mas parece que me enganei um pouco. Já tem alguém aqui, não é mesmo?

– Sem mais piadinhas. – eu disse ironicamente. – Como me achou, Scorpius?

– Eu já disse. – ele falou, e eu pude ver que se controlava para rir.

– Ah, mas eu não acredito. Só não ficaria surpresa se alguém te visse rondando esse corredor murmurando “um lugar onde possa encontrar Rose Weasley”.

– É, você me pegou. – Scorpius disse e eu ergui duas sobrancelhas, sem necessidade de falar algo. Ele suspirou. – Sua prima Lily me ajudou.

– Lily? – eu exclamei, incrédula. – Lily Potter?

– Que outra prima chamada Lily você tem, Rose? – ele disse, inclinando a cabeça para um lado. – Mas é, sim, foi ela quem me ajudou. Eu te chamei no Salão Principal quando você estava indo embora, mas você não me ouviu ou simplesmente me ignorou. Comi meu café-da-manhã o mais rapidamente que consegui e estava disposto a ficar gritando senhas aleatórias pra tentar entrar na Torre da Grifinória ou esperar você aparecer... Mas ai Lily me chamou. Eu achei estranho, é claro, porque ela...

– Porque ela é uma Potter. – eu interrompi-o, cruzando os braços. – E isso não faz o menor sentido.

– Posso terminar? – ele disse e eu fiquei quieta, bufando de raiva. – Pois é, eu decidi ouvir o que ela tinha a dizer. Lily me disse que achava que nós dois tínhamos que conversar, e também que ela parecia ter sido a única que entendeu o que você sentia... – eu franzi a testa e Scorpius, percebendo o gesto, deu de ombros. – Não fazíamos a mínima ideia de onde você estava, então Lily teve alguma ideia do nada e me mandou esperar do lado de fora da Torre da Grifinória. Um tempo depois, ela voltou com um mapa de Hogwarts, perfeitamente desenhado, que mostrava todo mundo no castelo, onde eles estavam e...

– Lily te mostrou o Mapa do Maroto? – eu perguntei, de olhos arregalados. – Não!

– Se esse for o nome do mapa... Mas é, Rose, ela disse que pegou do quarto de James. Nós procuramos você no mapa por uns seis minutos, até ela dizer que você provavelmente estava na Sala Precisa, porque ela não aparecia no mapa. Não discuti, e ela me sugeriu falar algo como “um lugar onde possa encontrar Rose Weasley”. Fiquei um bom tempo rondando o corredor, mas, é, consegui. E foi Lily Potter quem me ajudou.

Fiquei um tempo quieta, processando as informações. Por que Lily tinha ajudado Scorpius a me encontrar? Essa história de ela ser a única que sabia o que eu estava sentindo era ridícula. Um beijo não muda nada, e ela com certeza não sabia daquilo. Ela roubara o Mapa do Maroto do dormitório dos garotos apenas para ajudar um Malfoy...

– Como você encontrou esse lugar? – Scorpius perguntou, depois de um tempo. Sua voz me assustou, já que tínhamos ficado em silêncio por um tempo considerável, e ela ecoou pela sala.

– Eu... Eu procurei por um lugar onde pudesse ficar sozinha para pensar. – eu disse, olhando para o teto. – Sabe...

– Ah, sei. – Scorpius disse, virando os olhos para o teto também. – Meu pai me contou sobre essa sala. Não sobre a Sala Precisa, mas sobre o que ela se transformava se precisássemos ficar sozinhos. Ele usou bastante essa sala, sabe, no seu tempo de escola. É esquisito vir aqui e pensar no meu pai adolescente aqui, sozinho e provavelmente pensando sobre as artes das trevas...

Eu franzi a testa. O que realmente era esquisito era o fato de Scorpius estar falando esse tipo de coisa na maior normalidade, e ainda por cima para uma pessoa que ele odiava. Eu mesma já estava começando a sentir os efeitos da sala, que eu fui percebendo aos poucos. Ela tinha um incrível “poder” de clarear sua mente e fazer com que certos pensamentos não parecessem tão abomináveis. Parecia até mesmo que aquela substância flutuante no teto eram os pensamentos descartáveis, coisas sem sentido... Como se ela estivesse puxando tudo que me confundia e deixando lá em cima, longe do meu alcance... Mas eu sabia que havia algo mais poderoso do que a própria sala, e acabara de entrar pela porta. Scorpius Malfoy era capaz de puxar todos esses pensamentos confusos e fazê-los penetrar novamente na minha mente, e só a sua alma perto da minha produzia efeitos mais poderosos do que a própria sala em si. E aquilo me assustava incrivelmente.

– O que você quer? – eu perguntei, saindo do repentino transe em que a sala me colocara, e provavelmente fazendo o mesmo com Scorpius, que sacudiu a cabeça e voltou a me olhar nos olhos. – Você não veio até aqui simplesmente pra ficar falando coisas sem sentido.

– É óbvio que não. – Scorpius disse. – Eu queria conversar com você, Rose.

– Ah, chega. – eu disse, irritada. – Não temos nada para conversar. Se você não percebeu, eu vim aqui para ficar sozinha, mas parece que esse não é mais o lugar ideal. Vou com certeza procurar outro.

Quando dei um passo para a frente, querendo passar por Scorpius e atravessar a porta para ir até os jardins ou qualquer outro lugar, ele parou a minha frente e me impediu de passar, segurando meu braço.

– Não, Rose. – Scorpius disse. – Nós precisamos conversar, só... me escuta.

– Me larga. – eu disse. – Você não tem o direito de me prender aqui, Malfoy.

– Malfoy? – ele disse, erguendo as sobrancelhas. Segurou meu braço com mais força. Não doía, mas eu podia sentir que ele ficara irritado. – Bem, Weasley, se você não quer ficar aqui por bem, vai pelo menos esperar cinco minutos até eu dizer o que eu tenho aqui dentro.

– Ah, e você acha que você me impedirá? – explodi. – Te derroto com minha varinha em cinco minutos.

– Me escuta! – ele disse num tom de voz alto, quase gritando, mesmo que eu estivesse a centímetros de distância dele. – Você poderia por favor parar de agir como se nada tivesse acontecido naquele baile?

– Desculpe? – eu caçoei. – A única coisa que aconteceu foi você ter me beijado. O que tem de errado nisso, além do seu relacionamentozinho com a Alison?

– Nós terminamos, se isso importa pra você. E não é disso que eu estou falando, Rose. – meu coração acelerou. – A questão é que eu sei que, assim como eu, você sentiu algo de diferente quando a gente se beijou.

– Oi? – eu disse, disfarçando a tremedeira em minha voz.

O que Scorpius dizia, por um lado, era verdade. Eu já havia beijado três caras diferentes, e realmente não tinha sentido a mesma coisa que sentira quando beijara Scorpius, mas aquilo deveria ser somente porque, talvez, seu beijo fosse melhor do que os outros que eu provara. Aquilo não significava nada, significava? Não, absolutamente não. Era aquela sala e a presença de Scorpius que estavam me deixando confusa, até porque eu tinha absoluta certeza de que não sentira nada de diferente na noite anterior. Eu tinha deixado aquilo claro para mim mesma cinco segundos antes de Scorpius entrar na sala, e agora eu via o quanto eu necessitava sair de lá o mais rápido possível.

– Não adianta mentir para si mesma, Rose! – ele disse, num tom quase de súplica, mas eu não me rendi. – Você sabe muito bem que eu já senti pelo menos uma dúzia de beijos de garotas diferentes, – eu revirei os olhos. – e nenhum deles provocou a sensação que eu tive ontem. Como se uma corrente elé...

– Me poupe, Scorpius. – eu disse, impaciente. – Vá descrever o meu beijo para as paredes, porque eu realmente não estou interessada nas sensações que ele provocou em você.

Eu não consigo encontrar palavras concretas que possam descrever a expressão de Scorpius naquele momento. Ele soltou o aperto em meu braço e, por um momento, eu me senti agradecida. Mas então olhei para seu rosto. Scorpius estava totalmente perplexo, e logo desviou o olhar para o teto. Pude entender que ele não conseguia olhar em meus olhos depois do que eu dissera, e eu queria dar um tapa em mim mesma por estar beirando a preocupação com aquilo. Eu não deveria ligar, não é mesmo? E foi exatamente por isso que eu passei reto por ele e desapareci pela porta, sem dizer nem uma palavra sequer.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não se esqueçam das reviews, hein!
PS: O que acharam da nova capa? Fui eu quem fiz também. ^-^